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Cefaleia crônica

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Isabela Santos – Med Resumos 
 
 
Cefaleia Crônica 
- Cefaleia crônica diária não é um tipo específico de cefaleia 
- É uma síndrome que engloba diversas cefaleia primárias e secundária 
- O termo crônica se refere a frequência das dores de cabeça ou à duração da doença 
- Exames de imagem são realizados para excluir uma causa secundária na avaliação inicial de pacientes que 
apresentam cefaleia em salvas 
- Afeta 2% da população mundial e é mais incapacitante do que a enxaqueca episódica 
- Alguns pacientes com enxaqueca crônica diária têm dores de cabeças diárias ou quase diárias de 
gravidade leve a moderada 
- Pacientes com enxaqueca crônica apresentam alta frequência de transtornos psiquiátricos, distúrbios do 
sono, fadiga, distúrbios respiratórios, outros tipos de dor, queixas gastrointestinais. 
 
Patofisiologia: centra-se no sistema trigeminovascular + processamento atípico da dor, hiperexcitabilidade 
cortical, inflamação neurogênica e sensibilização central estejam envolvidos 
 
Enxaqueca episódica = menos de 15 dias de dor por mês → passa ao padrão de enxaqueca crônica → 
mais de 15 dias de dor por mês 
- Indivíduos com mais comorbidades, distúrbios respiratórios, cardiovasculares, digestivos, psiquiátricos, no 
SNC e dor → maior probabilidade para enxaqueca crônica 
 
Subtipos de cefaleia crônica de longa duração → quatro horas ou mais, em uma frequência de 15 ou 
mais dias por mês, por mais de 03 meses. 
- Enxaqueca crônica 
- Cefaleia do tipo tensional crônica 
- Cefaleia por uso excessivo de medicamentos → essa é precedida por uma cefaleia episódica (tensional ou 
enxaqueca) que foi tratada com quantidades frequentes e excessivas de medicamentos 
 
Subtipo de cefaleia crônica de curta duração → menos de quatro horas → o crônica se refere a uma 
duração prolongada da condição sem remissão 
- Cefaleia em salvas crônica 
 
Fatores de riscos não modificáveis 
- Sexo feminino | - História de lesão na cabeça ou pescoço | - Baixo nível de escolaridade 
- Genética | - Baixo nível socioeconômico | - Eventos estressantes | - Mais jovem | - Alodinia 
Cefaleia Crônica Cefaleia Crônica 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
Fatores de risco modificáveis 
- Frequência de cefaleia basal mais alta 
- Uso excessivo de medicamentos abortivos para dor de cabeça 
- Depressão | - Ronco habitual | - Alto consumo de cafeína | - Obesidade 
- Distúrbios do sono | - Náuseas persistentes e frequentes | - Asma 
 
Observação: pacientes que desenvolvem enxaqueca crônica podem reverter para enxaqueca episódica 
 
Diagnóstico 
- Ter cefaleia por 15 ou mais dias por mês → por mais de 03 meses → com características de enxaqueca 
presentes em no mínimo 08 dias por mês 
 
Gerenciamento 
- O tratamento deve se concentrar na terapia profilática, evitando os gatilhos da enxaqueca e limitando o 
uso de medicamentos para cefaleia aguda 
- Intervenções profiláticas podem incluir farmacoterapia, terapia comportamental, fisioterapia e outras 
estratégias 
- O uso simultâneo dessas diferentes modalidades terapêuticas → maior eficácia 
- O uso de medicamentos para cefaleia aguda deve ser limitado → para minimizar o risco de cefaleia por uso 
excessivo de medicamentos 
 
Farmacoterapia 
- Muitos medicamentos profiláticos usados para enxaqueca episódica → também são usados para prevenção 
de enxaqueca crônica 
- A escolha de um agente profilático para enxaqueca episódica ou crônica dependem de fatores individuais 
do paciente 
- Os tricíclicos ou outros antidepressivos → pacientes deprimidos ou propensos a depressão 
- Betabloqueadores → pacientes hipertensos 
 
Agentes de primeira linha: começar com um dos agentes de primeira linha 
- Propanolol | - Amitriptilina | - Topiramato | - Ácido Valproico 
Agentes de segunda linha: 
- Antagonistas do CGRP (Erenumabe) | - Venlafaxina | - Betabloqueadores (Atenolol, nadolol e metoprolol) | - 
Gabapentina | - Magnésio | - Riboflavina | - Toxina botulínica | - Verapamil 
Agentes de terceira linha: 
 
Isabela Santos – Med Resumos 
- Memantina | - Pregabalina | - Matricária 
- 50% dos pacientes tratados com esses medicamentos obtiveram pelo menos 50% da redução na frequência 
das dores de cabeça após 03 meses 
 
Princípios que melhoram a taxa de sucesso 
- Iniciar medicamentos orais com uma dose baixa e aumentar gradualmente 
- Realizar um teste adequado com o medicamentos → medicamentos orais pelo menos 08 semanas na faixa 
de dose alvo 
- Toxina botulínica → mínimo de 03 séries de injeções separadas por 12 semanas 
- CGRP → mínimo de 03 meses quando administrado mensalmente E 06 meses após início dos trimestrais 
 
Terapia não farmacológica 
- Terapia comportamental, biofeedback, TCC, controle do estresse, terapia de relaxamento, fisioterapia, 
exercícios, calor, compressas frias e neuroestimulação 
- Mudanças do estilo de vida, higiene do sono, horário rotineiro de refeições, exercícios regulares, evitar 
gatilhos da enxaqueca para pacientes com enxaqueca crônica 
- Pacientes com enxaqueca crônica são mais propensos a ter dores de cabeça desencadeadas por estresse, 
falta de alimentação, odores, dor no pescoço, fumo, dormir tarde e exercícios

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