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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MATO GROSSO Campus Campo Novo do Parecis Curso de Tecnologia em Agroindústria Prof. Inayara Rebelatto Licor cremoso de maracujá com pimenta dedo de moça Pesquisa e Desenvolvimento de novos produtos Curso: Tecnologia em Agroindústria - turma: 6º semestre IFMT – Campus Campo Novo do Parecis 01 Aluno – Julia Amyr Gonçalves Albergaria . E-mail: forthfcnp@gmail.com 02 Aluno –Iara Guaraci Gomes Mariano. E-mail: guaraciiara28@gmail.com Campo Novo do Parecis, MT Dezembro de 2022. SUMÁRIO SUMÁRIO ............................................................................................................................................................... 2 1. Introdução ............................................................................................................................................................. 4 2. Objetivos ............................................................................................................................................................... 5 2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................................. 5 2.2 Objetivo Específico ......................................................................................................................................... 5 3. Considerações Sobre o Mercado ........................................................................................................................... 5 4. Especificação da Matéria-Prima ........................................................................................................................... 9 5. Metodologia .......................................................................................................................................................... 9 6. Descrição do Processo de Produção ................................................................................................................... 10 7. Armazenamento e distribuição ....................................................................................................................... 11 8. Referências .......................................................................................................................................................... 12 RESUMO Desde os primórdios da humanidade o ser humano tem um gosto específico por bebidas alcoólicas, sejam elas destiladas, fermentadas ou misturadas. A história por trás do licor e como as lendas dizem que foi feito por bruxas como parte de um caso de amor. Com o tempo, a Itália tornou-se uma das manufaturas mais tradicionais e com ela popularizou-se em todo o mundo. Liquifacere e licor significam «tornar líquido» e «líquido» é a palavra latina para licor. Existem duas conjecturas principais sobre a introdução de bebidas espirituosas no Pau-Brasil. A primeira é que a chegada dos lusos e a produção da cana-de-açucar levaram à produção da cachaça. Em segundo lugar, os povos indígenas simbolizam a gratidão e comemoram o nascimento de uma nova criança na tribo Do fruto e da polpa da cachasa foi preparado um licor denominado pipes . Os licores são bebidas que variam consideravelmente quanto à matéria-prima, teor alcoólico e teor de açúcares . Assim, existem vários tipos de licores, desde os pontos de vista «tradicionais» aos «especiais», como é o caso dos licores de nata. Por meio desses processos o Licor se torna uma bebida tão característica e tem dominado o mercado comercial e consumidor. O maracujá e uma fruta muito consumida em forma de sucos, sorvetes ou bebidas, que possui vitaminas A e C. São produzidos cerca de 602 mil toneladas no Brasil .Desenvolver um produto um novo produto com características inovadoras para um mercado que exige novas tendências de licores O objetivo deste trabalho é elaborar de um novo produto e avaliar a aceitabilidade por análise sensorial do licor cremoso com pimenta dedo de moça , com cachaça Palavras-chave: Licor; Maracuja; Pimenta. 1. Introdução Desde o início humanidade os homens apresentam certo gosto por bebidas alcoólicas sejam elas destiladas, fermentadas ou por mistura. O tipo por mistura vem ganhando cada vez mais mercado com o passar dos anos, surgiu novas técnicas, formulas e sabores inusitados sobre todos os licores tem ganhado muito destaque (SILVEIRA et al.) A história por trás do licor, e que ele teria surgido com lendas que bruxas produziam como porção do amor. Com passar do tempo a Itália virou uma da mais tradicional na produção e com isso foi se popularizando mundialmente. liquifacere e liquore siginificam “torna liquido” e “liquido” e o termo da palavra licor em latim. No brasil existem duas principais teorias de como o licor foi introduzido. A primeira e que com a vinda dos portugueses e a produção de cana- de- açúcar tenham gerado a produção de cachaça. A segunda e que os indígenas como agradecimento e comemoração de uma nova criança na tribo fazia um licor com cachaça e polpa de frutas chamada de cachimbo (SILVA et al.2021) Os licores são bebidas que apresentam grandes variações quanto à matéria prima, teor alcoólico e teor de açúcar (TEIXEIRA et al., 2007). Assim, existindo diversos tipos de licores que vão de uma perspectiva “tradicional” até os “especiais”, como os cremosos. No geral, para a elaboração das variações de licores utiliza-se matérias-primas diferentes e de qualidade, sendo principalmente frutas, mas também há mudanças no processo de preparação. As frutas são os principais atrativos, devido a sua cor, aroma, sabor, vitaminas e minerais (SCHMIDT, 2014). Os licores que apresentam mais de uma matéria prima vegetal como base, não havendo predominância de nenhuma delas, podem ser denominados de maneira genérica como licor de ervas, licor de frutas ou outras denominações que caracterizem o produto (BRASIL, 2009). Desta maneira, o licor poderá ser denominado como seco, fino, doce, creme, escarchado ou cristalizado, sendo definido respectivamente: a) Licor seco: é uma bebida que contém mais 30g e no máximo 100g de açúcares por litro. B) Licor fino ou doce, bebida que contém mais de 100g e máximo 350g de açúcares por litro. C)Licor Creme contém mais de 350g de açúcar por litro; d) Licor escarchado ou cristalizado é a bebida saturada de açúcares parcialmente cristalizado (BRASIL, 1997) Licores cremosos são emulsões, formadas por bebida alcoólica e leite em pó integral ou creme, adicionados de açúcar, flavorizantes, corantes, conservantes, espessantes e emulsificantes (PRODUCTION, 2011). Diferentemente do licor com creme, sua ação adoçante principal e característica é a base láctea, sendo necessário essa diferenciação para que não comparações equivocadas. Apesar da consistência ser a principal característica do licor cremoso, há uma grande consequência que é a sua desestabilização, chamado “creaming”, que é a ascendência das gotículas de gordura devido à diferença de densidade entre as gotículas dispersas e o meio dispersante (BECKETT, 1995). Sendo um processo que deve ser cuidado durante sua fabricação, para que haja uma emulsificação correta e sofra os problemas de estabilidade, podendo alcançar o objetivo esperado. O licor é uma bebida alcoólica que se caracteriza por possuir uma grande proporção de açúcar misturado com álcool, água e aromáticos extraídos de frutas, raízes, sementes, sucos, ervas e outros (TEIXEIRA et al., 2005) Para uma formulação de qualidade do licor é considerado alguns fatores, como a misturaideal de seus ingredientes por maceração, destilação ou infusão do álcool com a matéria prima selecionada para a caracterização sensorial, misturando-se ao xarope somado ao repouso sobre abrigo de luz por um determinado tempo (VIEIRA et. al., 2010). O álcool etílico ou etanol é a matéria-prima principal do licor e interfere diretamente na sua qualidade, podendo ser usado de vários tipos cada um conferindo características especiais (FRANCISCO et al., 2007). O álcool etílico hidratado de cereais produzido por fermentação a partir de amido, açúcares e outros carboidratos e purificado por destilação é o mais indicado por ser um produto neutro, de alta pureza, o que permite realçar o aroma e sabor da fruta (TEIXEIRA, 2004). Alguns fabricantes artesanais utilizam a aguardente de cana (cachaça) para a fabricação de licores, por desejarem produtos com predominância das características dessa bebida e pela facilidade com que é encontrada (CARVALHO, 2007). Na produção de licores, a fonte de açúcar pode ser o “açúcar branco” comercial ou xarope, obtido pela fervura da mistura água e açúcar até completa dissolução, com o intuito de trazer homogeneidade da solução. Sendo o mais indicado o xarope, a partir da elaboração com açúcar refinado (PEDROSO, 2010). Dentre os princípios aromáticos, as frutas (suco, polpa, casca e semente) são mais utilizadas. A base da substância aromática é o óleo essencial que a matériaprima contém e se dissolve bem no álcool (CARVALHO, 2007). Os licores podem ser produzidos a partir dos extratos alcoólicos provenientes da maceração alcoólica das frutas ou da destilação dos macerados aromáticos com base de frutas, mas podem também ser adicionados de extratos das frutas para lhes seres atribuídos mais sabor (PENHA, 2004). Por meio desses processos o Licor se torna uma bebida tão característica e tem dominado o mercado comercial e consumidor. O maracujá (Passiflora edulis) e uma fruta muito consumida em forma de sucos, sorvetes ou bebidas, que possui vitaminas A e C. São produzidos cerca de 602 mil toneladas no Brasil (MARQUES et al). A pimenta dedo de moça (Capsicum baccatum) e um fruto rico em vitaminas A e C com muitas propriedades medicinais , e um dos métodos de conservação de alimentos, devido a acpsaicina e a dihidrocapsaicina presente (DOS REIS et al 2022) . 2. Objetivos 2.1 Objetivo Geral Desenvolver um produto um novo produto com características inovadoras para um mercado que exige novas tendências de licores 2.2 Objetivo Específico O objetivo deste trabalho é elaborar e avaliar a aceitabilidade por análise sensorial do licor cremoso com pimenta dedo de moça (Capsicum baccatum), com cachaça. 3. Considerações Sobre o Mercado A respeito do desempenho do mercado de bebidas no Brasil, onde o consumo dessa bebida aumenta 5,1 % ao ano (ABRABE, 2013). Este cenário motiva a elaboração de licores artesanais a partir de novos sabores , agregando valor a seus produtos e aumentando a produtividade nesse setor. Também é importante salientar que a pequenos produtores de maracujá na da região de Campo Novo do Parecis-MT é uma forma de criar novas oportunidades e uma fonte alternativa de renda através de um produto consagrado no mercado nacional. Visado sempre fornecer soluções para a obtenção de uma bebida com equilíbrio entre o gosto doce e sabor alcoólico, de acordo com as exigências do mercado consumidor atual. Segundo MAPA (Ministerio da agricultura, pecuária e abastecimento) em 4 de junho de 2009 o Decreto n° 6871, define licor como “bebida com graduação alcoólica de quinze a cinquenta e quatro por cento em volume, a vinte graus Celsius, com percentual de açúcar superior a trinta gramas por litro. Elaborada com álcool etílico potável de origem agrícola, ou destilado alcoólico simples de origem agrícola, ou com bebida alcoólica, adicionada de extratos ou substâncias de origem vegetal ou animal, substâncias aromatizantes, saborizantes, corantes e outros aditivos permitidos em ato administrativo complementar. ” (BRASIL 2009) Atualmente são encontrados diversos tipos de licores, com diferentes sabores, teor de álcool e de açúcar. A formulação varia de acordo com cada matéria-prima que e de suma importância para que se garanta um produto de alta qualidade (SILVEIRA et al). INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº. 35, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2010 DA ELABORAÇÃO DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS POR MISTURA Seção I Das Disposições Gerais Art. 2o A bebida alcoólica e a não-alcoólica, o álcool etílico potável e o destilado alcoólico 7simples utilizados na elaboração da bebida alcoólica por mistura deverão atender aos seus respectivos padrões de identidade e qualidade definidos na legislação vigente. Art. 3o A bebida alcoólica por mistura não deverá ter a sua característica sensorial ou composição alterada pelo material do recipiente, utensílio ou equipamento utilizado no seu processamento e comercialização. Art. 4o É vedada a adição de qualquer substância ou ingrediente que altere as características sensoriais naturais do produto final, excetuados os casos previstos na presente Instrução Normativa. Art. 5o A água e o açúcar são ingredientes permitidos para a elaboração da bebida alcoólica por mistura, sendo que: I - a água é ingrediente opcional na elaboração da bebida alcoólica por mistura, e deverá ser destinada, exclusivamente, à padronização da graduação alcoólica do produto final; II - o açúcar permitido é a sacarose que poderá ser substituída total ou parcialmente por açúcar invertido, glicose, frutose, maltose ou seus derivados reduzidos ou oxidados ou mel, observado o disposto a seguir: a) os açúcares permitidos para a elaboração da caipirinha industrializada deverão ser os disciplinados na Seção VI desta Instrução Normativa; e b) o mel não poderá ser utilizado na elaboração da caipirinha, do fermentado de frutas misto, do preparado líquido ou sólido para (nome da bebida alcoólica por mistura), da bebida alcoólica composta e do aperitivo. Art. 6o Na bebida alcoólica por mistura, é permitido o uso de aditivo e de coadjuvante de tecnologia de fabricação. Art. 7o É vedada a utilização de recipientes e embalagens tipo flaconetes, sachês, conta- gotas, spray, ampolas, copos-medidas ou outros que caracterizem os produtos similares àqueles de uso farmacêutico, medicamentoso ou terapêutico. Parágrafo único. A utilização de sachês é permitida somente para o preparado sólido para (nome da bebida alcoólica por mistura). Art. 8o Na bebida alcoólica por mistura, a concentração de álcool metílico não deverá ser superior a vinte miligramas por cem mililitros de álcool anidro, com exceção da bebida preparada com destilado alcoólico simples, caso em que: I - quando o componente alcoólico desta bebida for proveniente exclusivamente do destilado alcoólico simples, a concentração de álcool metílico não deverá ser superior a cento e trinta e cinco miligramas por cem mililitros de álcool anidro; II - quando o componente alcoólico desta bebida for proveniente do destilado alcoólico simples associado com outra bebida alcoólica, o limite será estabelecido pelo seguinte cálculo: a) limite = ? (li x qi/100), em que: li é igual ao limite individual de álcool metílico para cada componente alcoólico, em miligrama por cem mililitros da bebida, e qi é igual à quantidade utilizada de cada componente alcoólico, em mililitros por cem mililitros da bebida; e b) li terá o valor conforme o limite estabelecido no inciso I deste artigo para o destilado alcoólico simples e vinte miligramas por cem mililitros de álcool anidro para as demais bebidas. § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica ao fermentado de frutas misto. § 2o Na bebida alcoólica por mistura, a concentração de cobre (Cu) não deverá ser superior a cinco miligramas por litro. § 3o Na bebida alcoólica por mistura, a concentraçãode chumbo (Pb) não deverá ser superior a dois décimos de miligrama por litro. Art. 9o No rótulo da bebida alcoólica por mistura, ficam proibidas as seguintes designações, ainda que associadas ao nome empresarial ou à marca comercial: I - branco, bianco, rosé, tinto, rosado, rosso, suave, seco, demi-sec, meio-doce e outras designações específicas para os vinhos e para os derivados da uva e do vinho, exceto nos casos previstos na presente Instrução Normativa; II - artesanal, caseiro, familiar, natural ou cem por cento natural, reserva, reserva especial, sidra, espumante, dentre outras, salvo nos casos previstos nesta Instrução Normativa; e III - colonial, no caso do coquetel composto. Seção II Do Licor Art. 10. Licor é a bebida definida no art. 67 do Decreto no 6.871, de 2009, elaborada por meio de processo tecnológico adequado que assegure a sua apresentação e conservação até o momento do consumo. § 1o A denominação do licor deverá obedecer à seguinte ordem: licor, seguida da classificação quanto ao teor de açúcar, seguida do nome da matéria-prima utilizada, caso https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211221#art67 https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211221#art67 https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211221#art67 atendido o disposto no art. 11 desta Instrução Normativa. § 2o Observado o disposto no § 1o deste artigo, as denominações licor de café, de cacau, de chocolate, de laranja, de ovo, de doce de leite e outras, só serão permitidas aos licores em que, em suas preparações, predominem o aroma e o sabor da matéria-prima que justifiquem essas denominações. § 3o O licor denominado advocat, avocat, advokat ou advocaat deverá conter teor mínimo de cento e cinquenta gramas de açúcar por litro. § 4o Os ingredientes obrigatórios para o licor denominado advocat, avocat, advokat ou advocaat são a gema de ovo, a clara de ovo e o açúcar ou mel, sendo que: I - o teor mínimo de gema de ovo pura é de cento e quarenta gramas por litro de produto acabado; e II - na elaboração do licor à base de ovo, poderá ser adicionado aroma natural ou idêntico ao natural. Art. 11. O licor que tiver o nome do extrato ou da substância de origem animal ou vegetal deverá contê-la, obrigatoriamente, proibida a substituição do extrato por aditivo aromatizante sintético. Art. 12. O licor deverá atender adicionalmente aos requisitos especificados nos §§ 1o a 14 para que possa ostentar as denominações. § 1o Quando denominado de cherry, o licor deverá conter exclusivamente cereja como matéria-prima de origem vegetal. § 2o Quando denominado de curaçau, o licor deverá conter casca de laranja amarga, como matéria-prima predominante de origem vegetal. § 3o Quando denominado de kümmel, o licor deverá conter sementes de alcarávia (Carum carvi L.) como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 4o Quando denominado de marasquino ou maraschino, o licor deverá ser incolor, conter destilado de cereja como ingrediente exclusivo de origem vegetal, apresentar teor mínimo de duzentos e cinquenta gramas de açúcar por litro e graduação alcoólica mínima de vinte e quatro por cento em volume, a vinte graus Celsius. § 5o Quando denominado de licor de ouro, o licor deverá conter casca de vegetal cítrico como matéria-prima exclusiva de origem vegetal e lâminas de ouro puro. § 6o Quando denominado de peppermint ou pipermint, o licor deverá conter menta (Mentha piperita L.) como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 7o Quando denominado de ratafia, o licor deverá conter frutas frescas maceradas como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 8o Quando denominado de peach, o licor deverá conter pêssego como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 9o Quando denominado de apricot, o licor deverá conter damasco como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 10. Quando denominado de prunelle, o licor deverá conter ameixas verdes como matéria- prima exclusiva de origem vegetal. § 11. Quando denominado de noix, o licor deverá conter nozes inteiras verdes (Juglans regia L.) como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 12. Quando denominado de cassis, o licor deverá conter groselha-negra (Ribes nigrum L.) como matéria-prima exclusiva de origem vegetal. § 13. O licor de anis que contiver, no mínimo, trezentos e cinquenta gramas de açúcares por litro poderá ser denominado de Anisete. § 14. Os licores de que trata este artigo não deverão ser adicionados de nenhum ingrediente de origem animal, excetuado o mel quando utilizado como fonte de açúcares. 4. Especificação da Matéria-Prima Cachaça O álcool é a matéria-prima principal na produção de licores e interfere diretamente em sua qualidade. Dentre as diversas fontes alcoólicas disponíveis para a produção de licores destaca se a cachaça, obtida através da destilação do caldo fermentado da cana-de-açúcar. A cachaça é um produto típico brasileiro e a incorporação de açúcar e extratos ou essências de frutas a essa bebida é uma forma de agregar valor, criando novas oportunidades para um produto já existente e consagrado no mercado de bebidas. Além disso, a aceitação desse produto no mercado nacional e internacional impõe melhorias na qualidade, e assim surge a necessidade de estabelecer um controle físico-químico e sensorial dos produtos desenvolvidos. Maracujá e pimenta dedo de moça os vegetais indicados para a fabricação de licores são aqueles que conferem ao produto boas características aroma, sabor ,cor e também aqueles conhecido com propriedades nutricionais .Podendo-se utilizar como fonte desses princípios aromáticos e medicinais : ervas ,frutas ,raízes, casca ,sementes e flores Agua a água tem de ser de excelente qualidade, com destaque para os licores que são preparados por processos a frio, ou seja, onde não há tratamento térmico algum. Portanto, a água deverá ser potável, filtrada ou destilada, isenta de contaminação microbiana com destaque para os patogênicos, não possuir sabor e aroma. As águas duras devem ser evitadas, pois estas provocam a turvação do licor Leite condensado Ele é rico em cálcio, potássio e fósforo, bom para a formação óssea e contração muscular. É também uma ótima fonte de energia para quem tem um gasto calórico muito alto Creme de leite As propriedades físico-químicas do creme dependem de vários fatores como o estado dos glóbulos de gordura e da membrana dos glóbulos de gordura, a concentração de glóbulos de gordura, o tipo e concentração de sólidos de leite não gordurosos no creme (proteínas, sais, estabilizantes e emulsificantes adicionados), a temperatura e a manipulação do creme (bombeamento, aeração e agitação que podem causar ruptura ou aglomeração dos glóbulos) Leite O leite é uma mistura homogênea composta por substâncias como lactose, glicerídeos, proteínas, sais, vitaminas e enzimas. Algumas substâncias podem estar em emulsão tais como gordura e algumas substâncias associadas, mas também podem estar dispostas em suspensão como a caseína ligada a sais minerais. Entretanto, a lactose, vitaminas hidrossolúveis e as proteínas do soro se apresentam na forma de uma solução Açúcar A sacarose como edulcorante melhora a qualidade do licor, ou desenvolve circunstâncias de qualidade, para o tipo de bebida desejada. Para isso é necessário evitar a turvação ou coloração do xarope, com precipitação de impurezas dissolvidas ou em suspensão. O processo é realizado pela fervura com albumina de ovo seguida de retirada do precipitado ou uso de carvão ativo animal ou vegetal 5. Metodologia Para a produção dos licores, foi utilizado o suco do maracujá (Passiflora edulis), obtidos no mercado local da cidade de Campo Novo do Parecis/ MT e destilado alcoólico, sendo a cachaça “Velho barreiro”. A produção será conduzida no laboratório de produção agroindustrial do Instituto Federalde Educação, Ciência e Tecnologia de Campo Novo do Parecis- MT. 6. Descrição do Processo de Produção Esterilização das garrafas Em banho-maria: encha uma panela grande com bastante água e coloque com cuidado o vidro e a tampa. Leve ao fogo alto e deixe ferver por, no mínimo, 1/5 minutos. Desligue o fogo e utilize uma pinça de cozinha para retirar os itens da água, sempre com cuidado para não se queimar nem deixar o vidro cair. Disponha sobre um pano de prato limpo estendido em uma bancada seca. O método de obtenção dos licores será por de infusão (maracujá e pimenta dedo de moça), de acordo com o fluxograma (Imagem 1) de produção: Imagem 1 – Fluxograma de produção de licores Para elaboração dos licores foi utilizado a seguinte formulação: • 1L de Cachaça “Velho Barreiro” • 1 kg de maracujá • 2 latas de leite condensado • 2 cremes de leite • 200g de pimenta dedo de moça • 1L de leite • 500ml de água potável • 400g Açúcar O método constitui na recepção dos produtos, realizando a pesagem de cada item. Em seguida realizada a higienização dos produtos e materiais utilizados, seguindo para o corte do maracujá e da pimenta dedo de moça. Em contato direto com o suco do maracujá e pedaços da pimenta, houve a infusão na cachaça sendo realizado a maceração por 7 dias. Após transcorrido o tempo a mistura foi filtrada e adicionado a calda de açúcar, o leite condensado e o creme de leite, sendo tudo misturado no liquidificador até o ponto de cremosidade. Em seguida foi armazenado em um recipiente de vidro. Designe embalagem 7. Armazenamento e distribuição A distribuição sera na cidade de Campo Novo do Parecis, em feiras , bar ,restaurantes , mercados e mercearias. O armazenamento deve ser feito das seguinte maneira: Licores Rápidos Cremoso (sem macerar) (feitos a base de leite ou leite condensado) Conservar na geladeira (sem conservante) Para uso pessoal = 180 dias ,Comercio e garantia no rótulo = 60 dias NUNCA deixe no freezer Perde o sabor e as propriedades da infusão 8. Referências BECKETT, S.T. Physico-Chemical Aspects of Food Processing. Londres: Blackie Academic & Professional, 1995. 4 BRASIL. Decreto n° 6.871, de 04 de junho de 2009. Regulamenta a Lei n° 8,918, de 14 de Julho de 1994, que Dispõe Sobre a Padronização, a Classificação, o Registro, a Inspeção, a Produção e a Fiscalização de Bebidas. Diário Oficial da União: 05 de junho de 2009. Disponível em: https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=211221#art67. Acesso em 09 Out. 2022. BRASIL. Decreto n. 2.314, de 4 de setembro de 1997. Regulamenta a lei n° 8.918 de 14 de julho de 1994, que dispõe sobre a padronização, a classificação, o registro, a inspeção, a produção e a fiscalização de bebidas. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 5 set. 1997. CARVALHO, R. F. Produção de Licores. Dossiê técnico. Rede de Tecnologia da Bahia – RETEC/BA. 2007. DE ÁVILA SILVEIRA, Amanda et al. Licor de frutos de ora-pro-nóbis. DOS REIS, Thalia Costa et al. 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