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Semiologia das mucosas, linfonodos e termometria

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Devem ser observadas as condições do animal em 
termos de: 
• Nível de consciência (alerta, 
deprimido/apático, excitado) 
O estado do animal deve ser alerta, 
especialmente naqueles considerados 
como presa (equinos, ruminantes, etc.) 
Entretanto, esse parâmetro passa a ser 
subjetivo entre as espécies, cujo tempo de 
reação a estímulos pode variar, e mesmo 
entre os indivíduos. 
OBS.: diferenciar excitabilidade de 
temperamento. 
• Postura e locomoção (normal ou anormal) 
Trata-se do posicionamento que o animal 
adora quando em posição quadrupedal, em 
decúbito e durante a locomoção. 
É importante observar a postura dos 
membros, o alinhamento da coluna e o 
posicionamento da cabeça. Posturas 
anormais geralmente indicam algesia 
localizada e/ou comprometimento 
nervoso, e algumas são especialmente 
caracterizadas (ex. postura ortopneica – 
distensão do pescoço, protrusão da língua 
e abdução dos membros anteriores; 
postura de cavalete – rigidez e adbução 
dos quatro membros, típica de tétano). 
• Condição corporal (obeso, gordo, normal, 
magro, caquético) 
Ao observar o score do animal, é 
importante considerar a espécie, a raça e 
a utilidade/aptidão. 
Em animais com pelos curtos, essa etapa 
pode fazer parte da inspeção geral, mas 
em animais de pelos longos, deve ser feita 
a palpação da região sacra. 
• Condição física: se relaciona ao prognóstico 
da condição do animal considerando a 
condição observada. Por exemplo, um 
cavalo com fratura de osso longo possui 
um prognóstico reservado a desfavorável, 
pois não conseguirá se levantar para 
comer, fugir de predadores, etc. 
• Alterações anatômicas no geral 
(assimetrias, atrofias, áreas de alopecia, 
cicatrizes, edema, etc.) 
Outros aspectos a serem considerados: 
• Pelame (pelos limpos, brilhantes, eriçados, 
com ectoparasitas, etc.) 
A avaliação inicial da pele na inspeção geral 
é feita principalmente com a intenção de 
avalias a hidratação do paciente. A pele 
saudável é elástica, voltando rapidamente 
à posição inicial quando pinçada. Já a pele 
desidratada permanece deformada por 
mais tempo, quanto maior o grau de 
desidratação. Entretanto deve-se tomar 
cuidado com essa avaliação em raças que 
apresentem pele em excesso (ex. Sharpei) 
e animais mais idosos, cuja elasticidade da 
pele é naturalmente diminuída, além de 
avaliar conjuntamente a condição corporal. 
O grau de desidratação pode ser 
@Pads.Vet 
subestimado em animais obesos e 
superestimado em animais magros. 
A desidratação pode advir da perda excessiva de 
líquido em casos de diarreia e/ou vômito, ou da 
ingestão inadequada de água. 
• Formato abdominal (sugestivo de 
timpanismo, ascite, etc.) 
• Caracterísitcas respiratórias (eupneico, 
dispneico) 
• Outros (apetite, sede, defecação, vômito, 
secreções, micção, etc.) 
 
É necessário higienizar as mãos e colocar as luvas 
antes de iniciar o exame de mucosas. 
São examinadas as mucosas: 
• Oculares (+ vasos da esclerótica) 
- Utiliza-se o dedo indicador na conjuntiva 
palpebral superior e o polegar na 
conjuntiva palpebral inferior 
- Observar a terceira pálpebra e sua 
glândula (alterações na glândula são vistas 
no tétano, síndrome de Horner e algumas 
intoxicações) 
• Nasais 
• Oral 
- Observada segurando o animal pelas 
narinas e levantando o lábio superior 
- Por ser muitas vezes pigmentada, não 
pode ser utilizada para avaliação da cor 
- Observar o tempo de reperfusão capilar 
(TRC), através da mucosa gengival, que 
deve ser entre 1 e 3 segundos. 
Normalmente, se o veterinário conseguir 
acompanhar todo o processo de 
reperfusão, já significa que ele está 
aumentado. O TRC aumentado indica 
desidratação. 
 
• Vulvovaginal 
- No caso dos machos, a mucosa peniana 
não é avaliada nessa etapa. 
Em todas as mucosas, é importante avaliar três 
parâmetros: umidade, integridade e coloração. 
As mucosas devem apresentar-se úmidas, 
brilhantes e a coloração deve ser rósea-
avermelhada. Em recém-nascidos, a coloração é 
rósea menos intensa, e em fêmeas no cio, a 
mucosa vulvar pode se apresentar mais 
avermelhada. Algumas raças também podem 
apresentar mucosas mais avermelhadas. 
 
 
Assim como para as mucosas, existem 
parâmetros a serem avaliados nos exames de 
linfonodos. São eles: 
Na inspeção: volume, forma e presença de 
fístulas. 
Na palpação: consistência, sensibilidade, mobilidade, 
temperatura, superfície, forma e volume. 
Métodos auxiliares: punção, biópsia, 
É importante estar ciente de que áreas do corpo 
cada linfonodo palpável faz sua drenagem. 
Linfonodo Área de drenagem 
Submandibulares Porção ventral da cabeça 
Parotídeos Porção dorsal da cabeça 
Retrofaríngeos Porção interna da cabeça 
Cerv. Superficial Orelha, pescoço, peito e 
espádua 
Sub-ilíacos Porção posterior do tronco 
e craniolateral da coxa 
Retromamários Úbere e aspecto 
caudoventral das coxas 
Escrotais Genitálias externas 
Poplíteos Estruturas distais ao 
linfonodo, músculos da 
perna e da coxa 
Bifurcação da 
aorta 
Cavidade abdominal 
 
♯ Ruminantes 
Nos ruminantes, os linfonodos palpáveis analisados 
no exame são: 
1. Cadeias parotídeas 
↳ localizadas na base da orelha, próximas à 
articulação temporomandibular 
2. Cadeias retrofaringeanas 
3. Cadeias submandibulares 
↳ localizadas entre as hemimandíbulas 
4. Cadeias cervicais superficiais 
↳ localizadas cranialmente à escápula 
5. Linfonodos subilíacos 
6. Linfonodos retromamários/escrotais 
↳ localizadas entre a mama e o membro 
pélvico 
 
Os linfonodos da cabeça não são examináveis na 
saúde, apenas quando alterados. 
Há ainda os linfonodos ileofemorais e da bifurcação 
da aorta, porém estes são avaliados juntamente 
ao sistema digestivo durante a palpação interna. 
♯ Equídeos 
Nos equídeos, os linfonodos examinados no 
exame são: 
1. Cadeias submandibulares 
↳ localizadas ventralmente ao arco 
mandibular 
2. Cadeias parotídeas 
↳ localizadas abaixo da glândula parótida 
3. Cadeias retrofaríngeas 
↳ localizadas ventralmente à faringe, nos 
primeiros anéis traqueais 
4. Cadeias cervicais superficiais 
↳ localizadas cranialmente à escápula 
5. Cadeias subilíacas 
↳ localizadas na região da virilha 
Todos os linfonodos, menos os parotídeos, são 
palpáveis nos equinos. 
Há ainda os linfonodos ileofemorais e da bifurcação 
da aorta, porém estes são avaliados juntamente 
ao sistema digestivo durante a palpação interna. 
 
♯ Pequenos animais 
Em cães, gatos e alguns animais silvestres, três 
linfonodos/cadeias linfáticas são palpáveis mesmo 
em estado saudável. São eles: 
1. Linfonodos submandibulares 
↳ localizados cranialmente às glândulas 
salivares, atrás do arco mandibular 
2. Linfonodos cervicais superficiais 
↳ localizados cranialmente à escápula 
3. Linfonodos poplíteos 
↳ localizados em um arco diametralmente 
oposto à patela. 
Outros linfonodos podem ser perceptíveis caso 
aumentados: 
4. Axilares 
↳ localizados na axila 
5. Inguinais superficiais 
↳ localizados na face medial e cranial dos 
membros pélvicos 
 
Os animais homeotérmicos são capazes de regular 
a própria temperatura, independentemente da 
temperatura do ambiente. Isso ocorre por um 
mecanismo termorregulador no hipotálamo, capaz 
de efetuar termogênese por meio de mecanismos 
oxidativos e termólise por mecanismos de perda 
de calor (vasodilatação, aumento da frequência 
cardíaca, sudorese, arfagem, etc.) 
A hipertermia (aumento da temperatura corporal) 
pode ser causada por mecanismos fisiológicos, 
como o exercício e o aumento do metabolismo. 
Porém pode ser desencadeada por mecanismos 
patológicos, como endotoxinas (bactérias, vírus, 
hipersensibilidade, fungos, tumores, etc.), 
pirógenos exógenos, pirógenos endógenos 
(mediadores proteicos), inflamação, etc. 
A síndrome febril consiste em um conjunto de 
sintomas que vão além apenas da hipertermia. São 
eles: 
• Mucosas congestas, secas e sem brilho 
• Taquicardia 
• Taquipneia 
• Pelos arrepiados 
• Desidratação 
• Apatia 
A febre é, ainda, caracterizada por três estágios:o incremento – fase em que a doença ainda está 
se estabelecendo; o fastígio ou cume – fase em 
que a doença já estabeleceu; e descenso – quando 
a temperatura corporal começa a decair. 
 
Há também diversos tipos de febre: 
• Febre contínua: a temperatura 
permanece elevada, com pequenas 
variações diárias.; 
• Febre intermitente: períodos de febre 
alternados com períodos apiréticos ao 
longo do dia. Indicativo de hemoparasitose. 
• Febre recorrente: períodos de febre 
alternados com períodos de múltiplos dias 
apiréticos. 
• Febre remitente: febre com oscilações 
que ultrapassam 1ºC, sem alcançar o limite 
fisiológico em um dia. 
• Febre inversa: febre que se eleva pela 
manhã e decai à tarde. 
• Febre efêmera: aparece e desaparece 
rapidamente ao longo do dia. 
• Febre atípica: não se enquadra em nenhum 
dos tipos descritos.

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