FP101 TEORIAS DA APRENDIZAGEM E BASES METODOLÓGICAS NA FORMAÇÃO

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Trabalho conv. ordinária
FP101 – Teorias da aprendizagem e bases metodológicas na formação
Trabalho conv. ordinária
Trabalho
Ana Cláudia Caetano de Sá
Ana Lucia Nuernberg Bristot
Armando Lima Barbosa
Clenildo Costa Pimentel
Grupo: 2023-02
Data: 25/03/2023
Estratégias no processo de formação dos docentes
Índice 
1 Os objetivos da ação formativa.........................................................................................3
2 O modelo de formação do professorado ………………………………..............................3
3 Os tipos de modalidades formativas.................................................................................4
4 Os conteúdos da formação...............................................................................................5
5 A duração da ação da formativa.......................................................................................6
6 Bibliografia ........................................................................................................................6
1 Os objetivos da ação formativa.
A formação inicial de professores, sozinha, não é capaz de organizar o excesso de informações e novas tecnologias do atual momento, deixando várias lacunas no processo de ensino-aprendizagem. Iniciativas, tanto públicas como privadas, tentam preencher esses vazios, por meio da formação continuada de professores (Parente, 2015).
 Considerando a necessidade dos professores da Faculdade de Física e Química da Universidade X de atualizarem-se, a proposta de formação docente deve ter como objetivos: 
· Proporcionar aos docentes um conhecimento mais amplo sobre as tecnologias e metodologias mais inovadoras no ensino de Física e Química (Gadotti, 2013);
· Capacitar os professores na utilização dessas novas tecnologias e metodologias no desenvolvimento de suas aulas (Gadotti, 2013); 
· Promover a reflexão sobre a prática docente atual, possibilitando a incorporação das novas abordagens e recursos no planejamento e execução das atividades didáticas (Gadotti, 2013); 
· Desenvolver a integração dos docentes com trocas de experiências e conteúdos, podendo assim, refletir, discutir, interagir e criar novas formas de procedimentos que auxiliem na prática docente (Kenski, 2015). 
É importante destacar que a formação deve ser específica para a área de Física e Química, levando em conta o perfil dos professores da faculdade, que possuem doutorado ou mestrado na área. Além disso, é fundamental considerar que alguns dos professores possuem mais de 10 anos de experiência docente, o que deve ser aproveitado para a troca de experiências e enriquecimento da formação. Já, os poucos professores com formação específica em didática, devem ser incentivados a compartilhar seus conhecimentos com os demais colegas.
2 O modelo de formação do professorado.
De acordo com Kenski (2015), a formação proposta deve ter um modelo de formação continuada, que permita a atualização constante dos professores e a incorporação das novas tecnologias e metodologias ao longo do tempo. Deve ser uma formação dinâmica e interativa, que incentive a reflexão sobre a prática docente e o compartilhamento de experiências entre os professores. 
Segundo FUNIBER (2020), existem vários tipos de modelos de formação permanente: modelo prática-artesanal, academicista, tecnicista-eficientista, hermenêutico-reflexivo, modelo baseado em competências. 
Entretanto, a proposta de formação continuada de professores para a Universidade X, deve seguir o Modelo Hermenêutico-Reflexivo que considera o professor como o protagonista do processo de formação, leva em conta as suas atitudes, seus valores e suas concepções sociais e educativas. Esse modelo reconhece que os docentes são capazes de decidir as teorias e as práticas que melhor atendem às demandas do ambiente escolar, refletindo e compartilhando ideias. Grupos de trabalho, especialistas e estudos de caso, são exemplos de formação hermenêutico-reflexivo (FUNIBER, 2020). 
Seguindo esse modelo, os docentes podem trocar experiências e conhecimentos, além de promover a reflexão e a análise crítica da prática docente atual. O modelo torna-se flexível e adaptado às necessidades específicas dos professores, considerando sua formação acadêmica, experiência docente e área de conhecimento. Além disso, devem ser consideradas as necessidades específicas dos professores, alguns podem necessitar de recursos mais direcionados para a aquisição de conhecimentos teóricos e práticos.
3 Os tipos de modalidades formativas.
A formação permanente pode ser realizada em diferentes modalidades, de forma a atender às necessidades e disponibilidades dos professores. Dentre as modalidades existentes, segundo FUNIBER (2020), destacam-se as presentes na referida proposta de formação de professores da Faculdade de Física e Química:
Cursos de formação: apesar de serem tradicionais, é uma das modalidade mais eficaz para a formação contínua, pois é capaz de transmitir, ampliar e aplicar conceitos complexos e tecnológicos. Podem ser realizados no formato presencial, semipresencial, ou à distância.
Oficinas: modalidade prática que desenvolve a criatividade, uma opção para complementar os cursos teóricos de forma experimental, para que os professores possam aplicar os novos conhecimentos e habilidades adquiridas. Nessa modalidade, ocorrem trabalhos em grupo, troca de experiências, sugestões de melhorias nas aulas, tem a função de promover o aprendizado através do engajamento do docente na própria formação.
Jornadas: modalidade que tem a função de integrar a teoria com a prática. São encontros onde professores expõem suas pesquisas científicas de forma a compartilhar conhecimentos e ensinamentos práticos com outros professores.
Conferências: nessa modalidade, a exposição de trabalhos e pesquisas é realizada por um especialista com tema específico. Sua função é ensinar e/ou compartilhar conhecimento com os professores em formação.
Grupos de trabalho: são grupos de estudo que podem ser organizados dentro da própria escola, com o objetivo de promover a comunicação entre os professores e a elaboração de projetos e pesquisas voltados aos interesses dos professores e da escola.
Estes são alguns exemplos de modalidades que podem ser utilizados na formação contínua de professores da Universidade X. Porém, vale ressaltar, que existem outras modalidades que podem ser utilizadas de forma conjunta de acordo com aprendizagens que se planeja desenvolver na formação de professores.
4 Os conteúdos da formação.
A formação docente permanente proposta para os professores da Universidade X deve contemplar diferentes conteúdos, tais como: 
· Novas tecnologias educacionais, como recursos digitais, softwares educacionais, plataformas de aprendizagem online (Aleixo, 2011); 
· Metodologias ativas de ensino, como aprendizagem baseada em projetos, gamificação, flipped classroom (Aleixo, 2011);
· Didática geral e específica para Física e Química;
· Metodologia de pesquisa em educação, com enfoque em avaliação de aprendizagem e melhoria da prática docente;
· Desenvolvimento de habilidades de comunicação e inteligência emocional;
· Uso de estratégias de ensino inovadoras;
· Desenvolvimento de habilidades de gestão do ensino.
5 A duração da ação da formativa.
A duração da ação formativa está além de estruturas fechadas e anacrônicas. A formação docente exige tempos e espaços amplos. Dessa forma, os docentes devem estar abertos a novas tecnologias (Kenski, 2015). 
A proposta de formação de professores continuada deve ser distribuída ao longo do ano letivo (mínimo de 120h), com diferentes modalidades de formação permanente, para contemplar as necessidades específicas de cada professor, a fim de permitir a flexibilidade e a adaptação à rotina dos professores. Abaixo, segue uma proposta de como ficaria distribuída a carga horária do curso de formação de professores ao longo do ano letivo:
Cursos de formação: cursos presenciais e onlines sobre metodologias ativas de ensino, desenvolvimento de habilidades de comunicação, conteúdossobre a gestão do processo de ensino-aprendizagem (planejamento, organização e avaliação da aprendizagem), com duração de 20 horas.
Oficinas: baseadas nos recursos digitais, softwares educacionais, plataformas de aprendizagem online, gamificação voltados para disciplinas de Física e Química, onde o professor se atualiza das práticas de ensino atuais, com duração de 20 horas.
Jornadas e Conferências: que poderiam abordar a didática geral para as disciplinas específicas com enfoque em avaliação de aprendizagem e melhoria na prática pedagógica e desenvolvimento de habilidades de comunicação entre os professores, com duração de 40 horas.
Grupos de trabalhos: ministrados com o objetivo de orientar e incentivar os professores a refletir, discutir, e trocar informações sobre as práticas pedagógicas colocadas em prática ao longo do ano letivo, com duração de 40 horas.
6 Bibliografia 
Aleixo, J. C. C. (2011). A formação inicial e continuada do professor dos anos iniciais do ensino fundamental da rede municipal de Nova Iguaçu. Monografia. Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu. Acesso em: https://finom.edu.br/assets/uploads/cursos/tcc/202102240902329.pdf
FUNIBER (2020). Os agentes formadores: o professorado. In: Teorias da aprendizagem e bases metodológicas na formação. (pp. 71-101). Barcelona. Espanha.
Gadotti, M. (2013). Qualidade na educação: uma nova abordagem. Congresso de educação básica 2013: qualidade na aprendizagem. Acesso em: https://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/14_02_2013_16.22.16.85d3681692786726aa2c7daa4389040f.pdf
Kenski, V. M. (2015). A urgência de propostas inovadoras para a formação de professores para todos os níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional, 15(45), 423-441. Acesso em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5814347/mod_folder/content/0/A%20urg%C3%AAncia%20de%20propostas%20inovadoras.pdf
Parente, C. M. D., Do Valle, L. E. L. R., De Mattos, M. J. V. M. (2015). A formação de professores e seus desafios frente às mudanças sociais, políticas e tecnológicas. Porto Alegre: Penso.