Logo Passei Direto
Buscar

Apostila - Unidade V - Módulo I - Laserterapia de Baixa Potência, Luz Intensa Pulsada (IPL)Fotodepilação, LED e Alta Potência em Enfermagem Estética

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

MÓDULO I 
 
UNIDADE V 
 
LASERTERAPIA: 
LED, LIP e DIODO 
 
 www.inaesp.com.br 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução ........................................................................................................................... 4 
Bases Físicas do Laser ....................................................................................................... 5 
Componentes dos Lasers, LIP e LEDs ............................................................................... 7 
Monocromaticidade ........................................................................................................... 10 
Colimação ......................................................................................................................... 11 
Coerência .......................................................................................................................... 12 
Produção do Laser ............................................................................................................ 13 
Conceitos Importantes ...................................................................................................... 15 
Fluência, Energia, Densidade, Difusividade e Formatos dos Objetos ............................... 18 
Óptica da pele ................................................................................................................... 19 
Normas de Segurança ...................................................................................................... 20 
Fototermólise Seletiva ....................................................................................................... 22 
Tipos de Lasers ................................................................................................................. 22 
Lasers de Estado Sólido ................................................................................................... 23 
Lasers a Gás ..................................................................................................................... 24 
Lasers de Excímero .......................................................................................................... 25 
Lasers de Corantes ........................................................................................................... 25 
Profundidade - Penetração da Radiação do Laser ............................................................ 26 
Funcionamento da Radiação a Laser na Pele................................................................... 29 
Em termos práticos, temos: ............................................................................................... 30 
Interações Terminais ......................................................................................................... 31 
Resfriamento da Pele ........................................................................................................ 33 
Resurfacing - Laser CO2 ................................................................................................... 35 
Mecanismo de Ação do Laser Erbium: YAG ..................................................................... 43 
Tratamento vascular com laser ......................................................................................... 45 
Laser KTP Pulsado ........................................................................................................... 50 
Laser infravermelho de pulso longo .................................................................................. 51 
Laser de Onda Contínua ................................................................................................... 53 
Laser Argônio .................................................................................................................... 53 
Laser CO2 .......................................................................................................................... 53 
Laser de Onda Quase Contínua ........................................................................................ 54 
 www.inaesp.com.br 
 
2 
Laser de Vapor de Cobre .................................................................................................. 54 
Laser KTP (Potássio/Tritanil/Fosfato) ................................................................................ 54 
Laser Pulsado ................................................................................................................... 55 
Laser Corante Pulsado ...................................................................................................... 55 
Laser Pulsado de Longo Pulso .......................................................................................... 56 
Laser Alexandrite .............................................................................................................. 56 
Laser Nd:YAG ................................................................................................................... 56 
Tratamento de lesões pigmentadas com laser .................................................................. 57 
Lasers Utilizados ............................................................................................................... 58 
Laser Não Seletivo ............................................................................................................ 58 
Lasers Seletivos ................................................................................................................ 58 
Tipos de Laser ................................................................................................................... 59 
Laser Quase Contínuo ...................................................................................................... 59 
Laser Pulsado Q-Switched ................................................................................................ 59 
Tratamento de remoção de tatuagem ............................................................................... 60 
Tipos de Tatuagem ........................................................................................................... 61 
Mecanismo de Eliminação das Tatuagens ........................................................................ 61 
Tipos de Laser ................................................................................................................... 61 
Laser Nd: YAG .................................................................................................................. 62 
Laser Nd: YAG de Frequência Dobrada ............................................................................ 62 
Dye Laser .......................................................................................................................... 62 
Outras Considerações ....................................................................................................... 62 
Tratamento de estrias, cicatriz de acne com laser ............................................................ 63 
Lasers Mais Utilizados ...................................................................................................... 63 
Dye Laser .......................................................................................................................... 64 
Laser não ablativo ............................................................................................................. 65 
Tratamento de hiperhidrose .............................................................................................. 67 
Classificação da Hiperidrose ............................................................................................. 68 
Ação do Laser na Hiperidrose ........................................................................................... 69 
Tratamento de remoção de pelos com laser ..................................................................... 69 
Anatomia e Biologia do Folículo Piloso .............................................................................69 
Mecanismo da Fotodestruição dos Folículos Pilosos ........................................................ 72 
Fontes de Luz Laser e Não Laser Atualmente em Uso ..................................................... 73 
Laser Rubi ......................................................................................................................... 75 
Laser Alexandrite de Pulso longo ...................................................................................... 76 
Laser Diodo Pulsado ......................................................................................................... 76 
 www.inaesp.com.br 
 
3 
Área tratada ....................................................................................................................... 78 
Laser Nd: YAG .................................................................................................................. 80 
Destruição Mecânica ......................................................................................................... 80 
Laser QS Nd:YAG ............................................................................................................. 80 
Mecanismo Fotoquímico - Terapia Fotodinâmica .............................................................. 81 
Soprano - Gold Standard .................................................................................................. 83 
Cuidados Pós-tratamento .................................................................................................. 85 
Luz intensa pulsada - LIP .................................................................................................. 86 
Mecanismo de Ação .......................................................................................................... 87 
LIP no Rejuvenescimento e Cicatriz .................................................................................. 90 
LIP para Tratamento de Acne ........................................................................................... 91 
LIP para Epilação .............................................................................................................. 91 
LIP nas Lesões Pigmentadas ............................................................................................ 92 
LIP nas Lesões Vasculares ............................................................................................... 92 
A aplicação ........................................................................................................................ 93 
LEDs ( LIGHT EMITTING DIODES) .................................................................................. 95 
Conceitos .......................................................................................................................... 97 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 105 
 
 www.inaesp.com.br 
 
4 
 
LASERTERAPIA 
 
Introdução 
 
Em 1917 Albert Einstein publicou a teoria quântica que elucidava os princípios da 
emissão de radiação espontânea e estimulada. “Luz é um sistema extremamente complexo 
de energia radiante que é composto por fótons (unidade fundamental de energia) e ondas. 
Está organizado dentro do espectro eletromagnético para o tamanho (comprimento) das 
ondas, frequentemente medida em metros de frações.” Albert Einstein. (BAGNATO, 2005) 
O primeiro verdadeiro laser foi um Laser de Ruby desenvolvido em 1960 por 
Theodore Maiman trabalhando para a Hughes Corporation, o primeiro MASER ótico, e 
sugeriu o nome de LOSER (LIGHT OSCILLATION BY STIMULATED EMISSION OF 
RADIATION), mas como LOSER, em inglês, significa perdedor, foi trocado para LASER 
(LIGHT AMPLIFICATION BY STIMULATED EMISSION OF RADIATION - Amplificação da 
luz por emissão estimulada de radiação). Em julho de 1960 Theodore Maimann anunciou o 
primeiro laser, sendo de Rubi. Em 1961 foi desenvolvido o Laser Hélio-Neônio por Javan e 
Nd:YAG por Johnson. Em 1962 foi desenvolvido o Laser de Argônio por Bennet, e em 1964 
desenvolvido laser o Dióxido de Carbono por Patel (GRINBLAT, MAKARON, 2003). 
O laser é destinado a amplificação da luz através da estimulação de emissão de 
radiação, e existe um processo físico pelo qual um laser produz luz. Os lasers são fontes 
únicas de luz estabelecidas no processo de emissão estimulada. Uma discussão dos 
princípios do laser começa com a formulação dos princípios de radiação eletromagnética 
feita por Einstein. A radiação eletromagnética é uma forma básica de energia que pode 
exibir ondas e propriedades de partículas. Um “quantum” de energia eletromagnética 
chamada fóton pode estimular um átomo excitado para emitir outro fóton com a mesma 
energia. Os fótons resultantes têm energia e tamanho de onda iguais e estão em fase 
(temporal e espacial). (PATRIOTA,2007) 
Em 1960, Theodore Maiman observou a estimulação de uma luz vermelha numa 
lâmpada de flash excitada por um cristal de rubi. No inicio dos anos 60 o Dr. Leon Goldman 
tornou-se o primeiro médico a utilizar o laser em humanos. Quatro componentes essenciais 
formam os sistemas de todos os lasers: 
• meio líquido, sólido ou gasoso que possam ser excitados para emitir a luz do 
laser; 
 • uma fonte de energia para excitar o meio; 
 www.inaesp.com.br 
 
5 
• espelhos nos finais do laser, formando a “cavidade”; 
• um sistema de entrega. 
(VLADIMIROV et al., 2004) 
Em 1973, Heinrich Plogg de Fort Coulombe, Canadá, apresentou um trabalho sobre 
"O uso do laser em acupuntura sem agulhas", para atenuação de dores. A partir do final 
dessa década, começaram a ser desenvolvidos lasers de diodo, dando origem ao primeiro 
diodo operando na região do infravermelho próximo (904 nm), constituído por um cristal de 
arseneto de gálio (As-Ga). (ALMEIDA-LOPES,2002) 
Em 1981, apareceu pela primeira vez o relato da aplicação clínica de um laser de 
diodo de As-Ga-Al, publicado por Glen Calderhead, Japão, utilizando um laser de Nd:YAG, 
operando em 1064nm. 
A partir dos anos 90, diferentes dopantes (agente dopante = impureza que altera as 
propriedades de uma substância pura) foram introduzidos visando à obtenção de lasers de 
diodos diferentes, capazes de gerar comprimentos de ondas diversas. Com a 
disponibilização dessa tecnologia, hoje podemos contar com aparelhos pequenos, de fácil 
manuseio e transporte, com alta durabilidade e baixo custo. 
 
Bases Físicas do Laser 
 
A luz pode ser descrita como uma emissão eletromagnética, e, como tal, tem 
algumas características que a identifica plenamente. Essas emissões são conhecidas, 
genericamente, por radiações ou ondas eletromagnéticas, e estão contidas em uma grande 
faixa, que está subdividida de acordo com algumas características físicas peculiares. 
Existem as que não podemos ver, tais como as ondas de rádio AM e FM, e aquelas que 
podemos ver, as luminosas, compostas por fótons, tais como a luz emitida pelas lâmpadas 
dos lustres das casas (GRINBLAT, MAKARON, 2003). 
As emissões estão organizadas no Espectro de Radiações Eletromagnéticas (FOTO 
1), baseado em uma característica particular: o Comprimento de Onda. Esse espectro é 
composto por radiações infravermelhas, radiações visíveis, radiações ultravioletas, 
radiações ionizantes. Os lasers utilizados para tratamento médico emitem radiações que 
estão situadas na faixa das radiações visíveis, infravermelha e ultravioleta, e não são 
ionizantes. (BAGNATO, 2005) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
6 
FOTO 1: Espectro eletromagnético. Ilustração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Peter Hermes Furian / Shutterstock.com 
 
Na escala de comprimento de onda, abaixo da faixa de emissões que chamamos de 
"visível", temos o ultravioleta, que é uma faixa muito ampla. A emissão ultravioleta é 
responsável pelo escurecimento de nossa pele quando nos expomos ao sol. (VLADIMIROV 
et al., 2004) 
Acima da faixa de emissões que chamamosde "visível", temos o infravermelho, que 
é também uma faixa muito mais ampla do que a faixa que conseguimos enxergar. Esse tipo 
de emissão é o responsável pelo aquecimento que observamos na luz gerada pelos 
aparelhos fotopolimerizadores, que utilizam fonte de luz halógena, e que é comumente 
chamada de calor. O laser nada mais é do que luz, e, portanto, tem o comportamento de luz, 
ou seja, pode ser refletido, absorvido ou transmitido, sofrendo ou não espalhamento no 
processo. Entretanto, é uma luz com características muito especiais, tais como: colimação, 
coerência e monocromaticidade. (VLADIMIROV et al., 2004) 
A inversão da população (funcionamento) ocorre quando uma quantia maior do que a 
metade dos átomos existentes no meio envolvente do laser é excitada por uma fonte de 
energia, isso é um pré-requisito para que um laser funcione. Com a inversão da população, 
os fótons viajando nesse meio têm uma maior tendência para encontrar um átomo excitado 
(liderando-o para emissão estimulada) do que um átomo em repouso que pode 
simplesmente absorver a luz. Conforme a luz viaja para frente e para traz entre os espelhos 
do laser, uma intensidade muito grande pode ser alcançada. A luz do laser tem várias 
propriedades que são difíceis ou impossíveis de serem alcançadas com outras fontes de luz. 
Elas são monocromaticidade, coerência e alta intensidade. (NUNES, et al., 2010) 
Os raios do laser podem viajar em longas distâncias sem perda significante de 
intensidade. Os lasers podem ser divididos em instrumentos contínuos ou pulsantes. 
(ALMEIDA-LOPES,2002) 
 www.inaesp.com.br 
 
7 
No modo onda-contínua (CW = Continuous Wave), os lasers emitem um raio 
constante de luz. Os lasers Argon são um exemplo desse tipo de laser. Esses lasers 
frequentemente têm um poder de pico limitado, enquanto que poderes de pico elevados 
podem ser alcançados por laser pulsantes durante períodos curto de tempo. Lasers Q-
switched produzem pulsos muito curtos com um poder muito alto de pico. Que refere-se a 
um fator de qualidade de depósito de energia do laser, o qual é mudado repentinamente 
para produzir uma explosão curta e intensa de luz. O nível de repetição para lasers 
pulsantes é expressado em hertz. Alguns lasers emitem uma série rápida de baixos pulsos 
de energia que se comportam cirurgicamente como lasers CW, e são chamados de quase 
contínuos. (ALMEIDA-LOPES,2002) 
Dermatologicamente os lasers Q-switched são designados para produzir pulsos de 
10-100ns, com fluência tipicamente na faixa de 2-10J/cm2. Esses pulsos curtos e de alto-
poder são úteis na remoção seletiva de tatuagens e lesões pigmentadas. (ALMEIDA-
LOPES,2002) 
 
Componentes dos Lasers, LIP e LEDs 
 
Várias são as características que diferenciam a luz do laser da Luz e Led: 
- Coerente: a emissão de fótons estão espacialmente e temporariamente lado a lado 
uma com a outra. A luz viaja com uniformidade entre cristas e vales dos comprimentos de 
onda. 
 - Monocromático: convencionalmente, monocromático é a energia emitida do laser 
que se refere a apenas um único comprimento de onda ou uma banda estreita (narrow 
band) de comprimento de ondas. 
 - Colimadas: são as ondas que viajam paralelas umas a outras através do espaço. 
São essas propriedades de colimação e coerência que permitem que a energia do laser 
possa ser transmitida através de longas distâncias sem significativa divergência do feixe 
luminoso, e também permitem que essa energia seja precisamente focada em um pequeno 
feixe de luz. 
 - Alta intensidade: o número de fótons emitidos por um laser, por unidade de área, é 
muito grande quando comparado com todas as outras fontes de radiação eletromagnética, 
incluindo a luz solar. 
 - Teoria do Quantum: quando um átomo entra em estado de excitação e retorna 
espontaneamente ao repouso, ele emite energia (photon de luz) que pertence a um 
comprimento de onda específico. - Se o photon chocar-se com outro átomo excitado, este 
 www.inaesp.com.br 
 
8 
último retornará ao estado de repouso, emitindo outro photon sincrônico temporal e 
espacialmente com o primeiro photon. Apartir dessa teoria:foi desenvolvido o primeiro laser 
em 1960 -> Laser de Ruby (faixa de comprimento de onda =694nm) (NUNES, et al., 2010) 
Todos os lasers apresentam quatro componentes básicos: 
 - Uma cavidade óptica ou ressonadora. 
- Um laser médio. 
- Uma fonte de energia. 
 - Um sistema de transmissão (lançamento). 
Veremos a seguir mais explicações sobre os componentes do laser, luz pulsada e 
Led. 
A luz branca contém todas as cores. Ao passar pelo prisma ocorre uma decomposição, que 
separa a luz branca em seus diversos componentes. Essas várias cores, projetadas em um 
anteparo, diferenciam-se pelos seus chamados comprimentos de onda, ou frequências, as 
cores vão passando de uma a outra continuamente; temos o chamado espectro contínuo 
(FOTO 2). (BAGNATO, 2005) 
 
FOTO 2: Espectro de emissão de uma lâmpada de luz 
 
Fonte: (BAGNATO, 2005) 
 
Comprimento de Onda 
 
É a distância medida entre dois picos consecutivos de uma trajetória ondulatória. A 
unidade utilizada para expressar grandeza é uma fração do metro, normalmente o 
nanômetro, que é equivalente a 0,000000001 m (ou 10-9) (FOTO 3). (BAGNATO, 2001) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
9 
FOTO 3: Mensuração comprimento onda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 
 
É uma característica extremamente importante, pois é o que define a profundidade 
de penetração no tecido-alvo. Diferentes comprimentos de onda apresentam diferentes 
coeficientes de absorção para um mesmo tecido. Como podemos observar, as radiações 
emitidas na região do ultravioleta e na região do infravermelho médio apresentam alto 
coeficiente de absorção pela pele, fazendo com que a radiação seja absorvida na superfície, 
enquanto que na região no infravermelho próximo (820 nm e 840 nm) constata-se baixo 
coeficiente de absorção, implicando máxima penetração no tecido. Os tecidos são 
heterogêneos do ponto de vista óptico e, portanto, absorvem e refletem energia de maneira 
distinta. (ALMEIDA-LOPES,2002) 
É a cor de luz usada. Conforme o comprimento de onda haverá uma absorção por 
um determinado cromóforo-alvo e determinada profundidade de penetração e atuação. 
Quanto maior o comprimento de onda, maior a penetração. Por exemplo, para atingir uma 
melanose, que é superficial, necessitamos de comprimentos de onda menores; e para 
atingir pêlos que são mais profundos precisamos de comprimentos maiores. (BAGNATO, 
2001) 
 
CROMÓFORO: grupo de átomos que confere cor a uma substância e absorve um 
comprimento de onda específico. 
- Os principais cromóforos da pele são a oxiemoglobina, melanina e a água. Lesões 
vasculares contêm pigmento de oxiemoglobina, tornando-se alvo para a luz do Laser 
absorvida por esse pigmento (FOTO 4). 
 
 www.inaesp.com.br 
 
10 
 
 
 
 
FOTO 4: Curva de absorção dos principais cromóforos da pele 
 
Fonte: (CAMPOS, et al.,2009) 
 
São lasers que trabalham em nanosegundos. 
Switched = transferir, conduzir, dirigir, desligar ou interromper corrente. 
Q-switched = quality switched. 
 
Designa um grupo de lasers que possui dispositivo eletroóptico dentro da cavidade 
óptica, que permite a liberação de energia armazenada em um curto pulso, da ordem de 
nanosegundos. 
 
Monocromaticidade 
 
Dá-se em virtude de a luz emitida possuir um único comprimento de onda, que oscila 
na mesma frequência e, consequentemente, apresenta uma única cor, diferente da luz 
branca que é formada pela composição de várias cores, onde cada cor corresponde a uma 
frequência determinada. Esse conceito caracteriza a luz produzida por um laser como 
monocromático; a maior parte da radiação emitida pelo aparelho de uso terapêutico agrupa-
se em torno de um único comprimento de onda, com uma amplitude muito limitada da faixa 
de ondas (FOTO 5). Em contraste, a luz gerada poroutras fontes é formada por uma 
enorme variedade de comprimentos de onda, algumas vezes variando desde o ultravioleta 
 www.inaesp.com.br 
 
11 
até o infravermelho, o que resulta na sensação da cor branca, quando a luz colide com a 
retina de um observador humano. A luz comum é composta por um conglomerado de vários 
comprimentos de onda: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, todas unidas 
para produzir a luz “branca”. (ALMEIDA-LOPES,2002) 
 
FOTO 5: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2015 
 
Colimação 
 
Na luz de um laser, os fótons produzidos pelo aparelho de laser são, para todas as 
finalidades práticas, paralelos, praticamente inexistindo qualquer divergência da radiação 
emitida, ao longo da distância percorrida. Essa propriedade mantém a potência óptica do 
aparelho enfeixada numa área relativamente pequena ao longo de distâncias consideráveis 
e, até certo ponto, mesmo durante o trajeto através dos tecidos (FOTO 6). (ALMEIDA-
LOPES,2002) 
 www.inaesp.com.br 
 
12 
Foto 6: Colimação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2015 
 
Coerência 
Emissão da radiação laser se dá devido ao alinhamento das ondas eletromagnéticas 
no tempo e no espaço. A coerência é a propriedade que denota vários aspectos. Todos os 
fótons de luz emitidos pela radiação laser têm o mesmo comprimento de onda. As 
depressões e picos das ondas da luz emitida “encaixam-se” perfeitamente no tempo 
(coerência temporal); e as ondas viajam na mesma direção (coerência espacial) (FOTO 7). 
(ALMEIDA-LOPES,2002) 
 
FOTO 7: Coerência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 
 www.inaesp.com.br 
 
13 
 
As aplicações da radiação laser, em geral, realizam-se sobre a pele, a qual 
apresenta uma capacidade de reflexão e um coeficiente de absorção específicos para os 
diferentes comprimentos de onda. A penetração do laser será tanto maior quanto maior for o 
comprimento de onda. (ALMEIDA-LOPES,2002) 
 
Produção do Laser 
 
São necessárias algumas condições especiais. Primeiramente necessita-se de um 
"Meio Ativo", composto por substâncias (gasosas, líquidas, sólidas ou ainda por suas 
associações) que geram luz quando excitadas por uma fonte de energia externa. Esse 
processo de excitação é denominado Bombeamento e sua função é transformar o meio 
ativo em meio amplificador de radiação, já que promove neste o fenômeno denominado 
Inversão dePopulação, ou seja, os elétrons da camada de valência do meio absorvem a 
energia bombeada e saltam para um nível de energia mais externo. Como esse segundo 
nível está mais distante da influência do núcleo, seu nível de energia é maior. Chamamos 
essa situação de estado metaestável. Quando o primeiro elétron decai, retornando ao nível 
com menor energia, ocorre a liberação de energia altamente concentrada, a qual chamamos 
de fóton. Esse fóton acaba por excitar o decaimento dos demais átomos que já estavam no 
estado excitado. Isso gera um processo em cascata e com crescimento em progressão 
geométrica, que resulta na emissão estimulada de radiação. (BAGNATO, 2001) 
Esquema simplificado das partes que constituem um laser. O bombeamento fornece 
energia ao meio ativo. Com isso, há acúmulo de energia na cavidade. Nessa, um espelho 
semitransparente permite um pequeno vazamento da luz produzida, que constitui o feixe de 
luz laser (FOTO 8). (BAGNATO, 2005) 
 
FOTO 8: Esquema simplificado da produção do laser. 
 
Fonte: www.gentequeeduca.org.br – 06/07/2020 
 www.inaesp.com.br 
 
14 
Fonte de Energia 
- Essa energia lançada vai excitar os elétrons do meio ativo do laser médio para 
iniciar a amplificação do processo. 
- A fonte de energia externa, pode ser térmica, elétrica ou ótica. 
- Essa ativação pode ser acompanhada: 
- pelo uso de uma corrente elétrica direta como no laser de argônio; 
- pela estimulação óptica de outro laser ou flashlamp, como no 
dye laser; 
- pela excitação por radiofrequência como em muitos lasers de CO2; 
- pelas reações químicas nas quais ligações químicas são quebradas para promover 
desprendimento de energia, como no laser hidrogênio-fluorado. 
Sistema de Transmissão:O sistema de transmissão ou entrega pode consistir em 
uma flexível cavidade de guias de onda, fibras ópticas, ou um braço articulado com espelhos 
ajustados. 
O meio ativo deve estar contido em reservatório denominado Cavidade Ressonante. 
Nas extremidades internas dessa cavidade devem existir espelhos, sendo um deles de 
reflexão total e outro de reflexão parcial. Isso assegurará que esse sistema composto por 
reação óptica e meio ativo seja a sede de uma oscilação laser. Como a cavidade do laser é 
composta por espelhos em suas extremidades, essa radiação é amplificada, ou seja, os 
fótons emitidos por estimulação entram em fase e permitem que ocorra um incremento a 
cada reflexões múltiplas completadas dentro da cavidade.(FOTO 10) (BAGNATO, 2001) 
Existem muitos tipos de laser, porém o principio básico para se produzir um feixe de laser é 
o mesmo para todos eles, quer seja um laser cirúrgico, terapêutico ou de diagnóstico. 
(BAGNATO, 2001) 
 
FOTO 10: Diagrama do laser. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 
 www.inaesp.com.br 
 
15 
 
Para a identificação do laser, precisamos conhecer sua fonte geradora, caracterizada 
pelo meio-ativo que vai gerar a luz laser; e sua intensidade, caracterizada pela densidade de 
potência óptica produzida ou energia gerada do laser. Do mesmo modo que as lâmpadas 
residências são identificadas pelas potências, normalmente expressas em Watts, também 
utilizamos essa unidade (ou uma fração dela), para identificar a potência do laser (1mW = 
miliWatt = 0,001W). (BAGNATO, 2001) 
A última característica relevante do laser é referente ao seu regime de 
funcionamento, isto é, existem aqueles que quando acionados permanecem ligados 
continuamente até serem desligados (laser contínuos, CW), e existem outros tipos que 
funcionam de forma pulsada ou chaveada, ou seja, estão parte do tempo ligados e parte do 
tempo desligados. A maioria dos lasers terapêuticos opera de modo contínuo. (FOTO 11) 
(BAGNATO, 2001) 
FOTO 11: Diagrama que demonstra o funcionamento do laser 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 
 
Conceitos Importantes 
 
 www.inaesp.com.br 
 
16 
- TRT = Tempo de Relaxamento Térmico 
- Tempo de relaxamento térmico é o tempo necessário para um objeto resfriar em 
50% da temperatura adquirida imediatamente após a exposição ao laser sem conduzir calor 
ao tecido circunjacente. Laser que respeita o TRT apresenta melhores resultados. 
- Para atingir máxima precisão, ou fototermólise seletiva, o tempo de exposição deve 
ser mais curto que o TRT. 
- Se a exposição exceder ou for igual ao TRT, a energia térmica será transferida aos 
tecidos adjacentes, resultando em danos térmicos não específicos (queimaduras e 
cicatrizes). 
- Dessa forma, sempre que estamos utilizando um laser ou fonte de energia em 
determinado ponto e vamos realizar nova passagem naquele ponto, é importante aguardar 
de alguns segundos a minutos para que aquela região se resfrie para depois aplicar-se o 
laser novamente. 
(ALMEIDA-LOPES, et al., 2003) 
Irradiância: sinônimo para densidade de potência (DP), que é definida como sendo 
a potência óptica útil do laser, expressa em Watts (W), dividida pela área irradiada, expressa 
em centímetros quadrados (cm²). É através do controle da irradiância que o cirurgião pode 
cortar, vaporizar, coagular o tecido, quando da utilização de laser cirúrgico. 
Fluência: é o termo utilizado para descrever a taxa de energia que está sendo 
aplicada no tecido biológico. Ao multiplicarmos a irradiância pelo tempo de exposição 
obteremos a fluência ou densidade de energia, ou ainda dose de energia (DE) expressa em 
Joules por centímetro quadrado (J/cm²). 
Energia: é uma grandezafísica que, no caso da laserterapia, representa a 
quantidade de luz laser que está sendo depositada no tecido, e é definida multiplicando-se a 
potência óptica útil do aparelho laser pelo tempo de exposição. O resultado obtido tem como 
representação a unidade Joule (J). 
Para uma dada potência, variações na irradiância podem produzir efeitos sobre o 
tecido biológico, que são nitidamente diferenciadas. Por exemplo, um laser com potência de 
saída de 10 W, irradiando uma área de 10 cm², apresentará irradiância igual a 1 W/cm². Se 
o mesmo laser for focalizado sobre uma área de 1 cm², a irradiância será aumentada em 10 
vezes, provavelmente gerando dano térmico ao tecido biológico, dependendo do tempo de 
exposição. 
Para uma dada quantidade de energia a ser depositada, variações na fluência 
podem produzir efeitos sobre o tecido biológico, que são nitidamente diferenciadas. Por 
exemplo, uma dose total de 30J sobre um ponto. Numa primeira hipótese, imaginemos que 
os 30J sejam aplicados em um segundo, sobre uma área de 1 cm². Teremos, então, 
 www.inaesp.com.br 
 
17 
irradiância igual a 30W/cm², o que provavelmente ocasionará dano térmico ao tecido 
biológico. Imaginemos agora que os 30J sejam aplicados sobre a mesma área em 30 
segundos. Teremos, para essa situação, irradiância igual a 1W/cm², o que não ocasionará 
dano térmico ao tecido biológico. 
Lembro que quanto maior a energia, maior será a força destrutiva do laser. Na 
laserterapia, será indicada a dose expressa em Joules (energia, que é a quantidade de luz 
laser depositada no tecido), a fluência expressa em J/cm² (joules por centímetro quadrado), 
que é a taxa de deposição dessa energia (o modo como a energia será depositada) e 
número estimado de sessões. 
Por exemplo, esse esquema representa dois tipos de tratamento vascular. No 
primeiro desenho a púrpura é causada pela distribuição muito rápida de energia que leva à 
ruptura do vaso. Isso é recomendado nos casos de hemangioma e mancha vinho do porto. 
No segundo desenho, o laser foi aplicado com maior duração de pulso, ocasionando 
tratamentos com mínima púrpura, pois o vaso sanguíneo é coagulado mais gentilmente. 
Indicado nos tratamentos de rosácea e vasos da face, onde o paciente não quer ficar com o 
púrpura no rosto. (FOTO 12) 
 
FOTO 12: Esquema de tratamento 
 
 
 
 
 
 
Fonte: BAGNATO, 2001. 
 
Spot Size: quanto maior o spot, maior a penetração no tecido e melhor a distribuição 
da energia. Spots menores penetram menos na superfície da pele e concentram a energia. 
São maiores produzem penetração mais profunda e diminuem o tempo de tratamento nos 
casos de depilação a laser. Para tratamento de lesões vasculares é recomendável spots 
menores que condensam a energia e atuam somente no alvo. Dependendo da distância do 
spot na pele, o feixe de luz pode mudar. A aplicação do feixe acoplado totalmente na pele 
produz um feixe de energia mais profunda e focada (FOTO 13). (BAGNATO, 2001) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
18 
FOTO 13: Spot Size 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.nupen.com.br - 09/06/2020 
 
Fluência, Energia, Densidade, Difusividade e Formatos dos 
Objetos 
- Quantidade de energia entregue por unidade de área: J/cm. 
A energia do laser é medida em Joules (J) 
A densidade energética (fluência) é igual a potência do laser(watts) vezes a duração 
de pulso (segundos) dividida pelo tamanho efetivo da ponteira (centímetros quadrados), 
sendo medida em Joules por centímetro quadrado. 
O resfriamento das estruturas microscópicas teciduais é determinada pela condução 
de calor. 
Condução é a transferência de calor entre dois sistemas interagindo, e é dirigida por 
uma temperatura gradiente (uniforme) entre os dois sistemas. 
O tempo de relaxamento térmico para a condução de calor é proporcional ao 
quadrado do tamanho do objeto. Ele é aproximadamente calculado pela fórmula TRT = d²/4k 
, onde d é o diâmetro do objeto ou espessura da camada tecidual e k é a difusividade 
termal. Difusividade termal é a propriedade do material que expressa a habilidade do calor 
para difundir. O tempo de resfriamento de um objeto depende do seu formato devido a 
diferenças no volume e superfície de área. Em geral, comparando alguns tipos de formatos, 
esferas esfriam mais rapidamente que cilindros, os quais resfriam mais rapidamente que 
planos. 
 www.inaesp.com.br 
 
19 
Pequenos objetos resfriam mais rapidamente que grandes objetos. Para objetos com 
o mesmo formato e material, um objeto com a metade do tamanho resfria em um quarto do 
tempo e o mesmo objeto com um décimo do tamanho resfria em um centésimo do tempo. 
A duração do pulso auxilia no resfriamento e na proteção ou dano aos cromóforos-
alvo. Quanto maior a duração de pulso maior é o tempo de resfriamento do cromóforo-alvo. 
(ALMEIDA-LOPES, et al., 2003) 
 
Óptica da pele 
 
A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. Em geral, os efeitos nos 
tecidos ocorrem somente quando a luz é absorvida. 
Conforme a luz atinge a superfície da pele, ocorre uma reflexão de 4-7% devida à 
diferença no índice refratário entre o ar (n=0) e a camada córnea (n=1.45). Isso é chamado 
de reflexão de Fresnel porque segue as equações de Fresnel relacionando a reflexão com o 
ângulo de incidência, plano de polarização e índice de refração. O restante 93-96% da 
incidência da luz entra na pele, onde é espalhada e absorvida. 
O coeficiente de absorção é definido como a probabilidade de extensão por unidade 
que um fóton num comprimento de onda particular será absorvido, e depende da 
concentração de cromóforos (molecular de absorção) presentes. A difusão ocorre quando o 
fóton muda sua direção de propagação. Toda luz retornando da pele, é, desse modo, luz 
dissipada. Quando a absorção ocorre, o fóton entrega a sua energia a um átomo ou 
molécula chamada de cromóforo. Uma vez absorvido pelo cromóforo, o fóton cessa de 
existir e o cromóforo se torna excitado. 
A absorção de ultravioleta (UV) e luz visível leva à excitação eletrônica do cromóforo. 
Luz infravermelha tende a causar excitação vibracional. Os três cromóforos primários na 
pele são água, hemoglobina e melanina. Os cromóforos exibem faixas características de 
absorção em certos comprimentos de onda. 
É esse fato que permite o delineamento de alvos específicos para a atividade de 
laser. A melanina é largamente absorvida através do espectro. Em contraste, a absorção do 
sangue é dominada pela oxihemoglobina e ocorre reduzida absorção de hemoglobina, a 
qual exibe fortes faixas no UV, azul, verde e faixas amarelas. 
Na epiderme normalmente pigmentada, a absorção é o processo dominante sobre a 
maioria do espectro óptico (200-1000nm). Na derme, a difusão pelas fibras colágenas pode 
ocorrer. A penetração da luz na derme é largamente dominada pela difusão, a qual varia 
inversamente com o comprimento da onda. A profundidade de penetração está geralmente 
 www.inaesp.com.br 
 
20 
inversamente relacionada com o comprimento de onda entre 280-1300nm. Nessa região 
correspondente ao UVB, UVA, visível e próximo do infravermelho, quanto mais longo o 
comprimento de onda, mais profunda a penetração. Luz dissipada é maior com 
comprimentos de ondas curtos. Em um comprimento de onda abaixo de 300 nm, há uma 
forte absorção por proteínas, ácido urocânico e DNA. Acima de 1300 nm, a penetração 
diminui devido a absorção da luz pela água. A luz se apresenta branca ou branco-amarelada 
porque contém todos os diferentes comprimentos de onda do espectro de luz visível. Um 
prisma colocado em frente a uma lâmpada irá refratar a luz, e as cores que o constituem 
irão separar-se em forma de arco-íris. A luz do laser é pura e monocromática tendo, 
portanto, atração por um cromóforo-alvo específico. A maior região de penetração do 
comprimento de onda é a 650-1200 nm vermelha e perto da região do espectro 
infravermelho. As regiões menos penetráveis são as distantes do ultravioletae distantes do 
infravermelho. 
A capacidade de condensar energia luminosa em pulsos ultracurtos permite que 
moléculas-alvo possam ser excitadas até níveis energéticos mais elevados, absorvendo 
mais a energia no cromóforo-alvo e liberando uma energia total menor para os tecidos ao 
redor. 
(CATORZE, 2009) 
 
Normas de Segurança 
 
Os lasers são classificados em categorias segundo seu grau de periculosidade. De 
acordo com cada categoria, são exigidas normas de segurança que devem ser aplicadas e 
que envolvem o cirurgião-dentista, seu auxiliar e o paciente. (PINHEIRO,1995) 
Não existe em nosso país um órgão governamental que regulamente o uso do laser, 
por isso, a norma que temos adotado é a ABNT IEC, que é a versão européia da norma 
americana 21CFR, capítulo 1, Parte 1040 e, de acordo com ela, os equipamentos de laser 
são classificados em seis categorias: Classe I, Classe ll e lla, Classe Ill e Classe IV e que 
dependem, basicamente, da densidade de potência óptica emitida por eles e do 
comprimento de onda gerado por eles. (FOTO 14) 
Classe I – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum 
procedimento ou equipamento de segurança. 
Classe II – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum 
procedimento ou equipamento de segurança. 
 www.inaesp.com.br 
 
21 
Classe lla – São equipamentos inofensivos e não demandam a utilização de nenhum 
procedimento ou equipamento de segurança. 
Classe Illa – São equipamentos que podem provocar danos aos olhos, sendo, 
portanto, imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento 
de onda gerado pelo laser em questão. 
Classe lllb – São equipamentos que podem provocar danos aos olhos, sendo 
imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o comprimento de onda 
gerado pelo laser em questão. Os equipamentos enquadrados nessa categoria devem ainda 
contar com dispositivos de interrupção internos, a fim de evitar acidentes quando da 
manipulação dos circuitos internos do equipamento 
Classe IV – Essa é a categoria onde estão classificados todos os lasers cirúrgicos. 
Portanto, são equipamentos que podem provocar danos tanto aos olhos quanto a outros 
tipos de tecido, sendo imprescindível a utilização de óculos de proteção compatíveis com o 
comprimento de onda gerado pelo laser em questão. Os equipamentos enquadrados nessa 
categoria devem ainda contar com dispositivos internos e externos de proteção e 
monitoramento. A sala onde esses equipamentos estão instalados deve dispor de 
dispositivos de proteção, de modo a evitar que alguma pessoa seja submetida à exposição 
acidental ao entrar na referida sala durante uma aplicação de laser. 
(PINHEIRO,1995) 
 
FOTO 14: Segurança durante aplicação. 
Comprimento de onda Duração da emissão Limite máximo 
180 a 400 nm 
<30000s 24mJ x k1 x k2 
>30000s 0,8nW x k1 x k2 
401 a 1400 nm 
1ns a 20 ms 0,2nW x k1 x k2 
10ms a 10 s 0,7nW x k1 x k2 x t¾ 
10s a 10000s 3,9mJ x k1 x k2 
10000s 0,39mW x k1 x k2 
1 ns a 10s 10 J/cm² sr x k1 x k2 x t 1/3 
10s a 10000s 20 J/cm² sr x k1 x k2 
10000s 2mW/cm² sr x k1 x k2 
1401 a 2500nm 
1ns a 0,1ms 79 mJ x k1 x k2 
0,1 ms a 10s 4,4 mJ x k1 x k2 x t ¾ 
10s 0,79mW x k1 x k2 
2501 nm a 1mm 
1ns a 0,1ms 10mJ/cm² x k1 x k2 
0,1 ms a 10 s 0,56 J/cm² x k1 x k2 x t1/4 
10 s 0,1 J/cm² x k1 x k2 x t 
k1 e k2 são fatores de correçõ relacionados ao comprimento de onda 
t= tempo de exposição 
Fonte: www.nupen.com.br - 18/06/2020 
 
Os óculos de proteção são específicos para cada equipamento laser, e dependem do 
comprimento de onda emitido e da máxima potência óptica gerada por ele. É importante 
 www.inaesp.com.br 
 
22 
mencionar que não existem óculos universais para os lasers cirúrgicos, mas para os lasers 
terapêuticos já existem lentes especiais que podem ser utilizadas tanto para os lasers que 
emitem comprimentos de onda visível como para os que emitem laser infravermelho. 
(PINHEIRO,1995) 
 
Fototermólise Seletiva 
 
O conceito de Fototermólise Seletiva foi inicialmente desenvolvido para o tratamento 
de manchas de vinho do porto em pacientes jovens, e houve o início do uso de lasers 
pulsantes de tintura na medicina. Com a seleção de um comprimento de onda de laser 
preferencialmente absorvido e sua descarga numa duração e fluência de pulso apropriado, 
alvos específicos podem ser destruídos enquanto limitam o dano nos tecidos circunvizinhos. 
O aquecimento seletivo é alcançado por uma combinação de absorção de luz seletiva, e 
uma duração de pulso menor ou aproximadamente igual ao TRT do alvo de ação. Isso 
produz calor localizado e seletivo com destruição focal do alvo. Em geral, a Fototermólise 
seletiva de várias lesões é melhor alcançada usando pulso em vez da tecnologia de laser 
contínuo, por causa dos pequenos TRTs dos alvos cutâneos, tais como vasos sanguíneos e 
células pigmentadas. Para a maioria dos tecidos, o tempo de relaxamento termal de uma 
dada estrutura- alvo em segundos é aproximadamente igual ao quadrado da dimensão do 
alvo em milímetros. (CATORZE, 2009) 
Há uma relação primária entre a duração da exposição e o aprisionamento da injúria 
termal. O TRT de um alvo é proporcional ao quadrado de seu tamanho. Para um dado 
material e forma, um objeto com metade do tamanho, esfriará em um quarto do tempo. Em 
geral, ótima duração de pulso para Fototermólise Seletiva é igual aproximadamente ao TRT. 
Vasos sanguíneos são uma ampla categoria e incluem capilares com um TRT de décimos 
de microssegundos; as veias das pernas, com um TRT de centenas de milissegundos; e as 
grandes veias de adultos com manchas de vinho do porto, as quais tem TRTs acima de 
décimos de milissegundos. TRT também está relacionado com a forma do alvo. Para uma 
dada espessura, esferas esfriam mais rápidas do que cilindros, os quais esfriam mais 
rápidos do que planos. (CATORZE, 2009) 
Os alvos pequenos pigmentados, tais como Nevos de Ota, são melhor tratados com 
pulsos curtos (nanosegundos), enquanto estruturas maiores, tais como folículos pilosos, tem 
TRTs grandes e são melhores tratados com pulsos maiores. (CATORZE, 2009) 
Tipos de Lasers 
 www.inaesp.com.br 
 
23 
Existem vários tipos de laser. (FOTO 15) 
Laser médio ou meio - A ação do laser médio geralmente dá ao laser seu nome e 
pode ser composto de um meio gasoso, líquido ou sólido. Trata-se do meio que será 
ativado. Ex: CO2, Diodo, Ruby, etc. 
Laser – Meio Gasoso - CO2 (Dióxido de Carbono); - Argônio; - Gold Vapor Laser. 
Laser – Meio Líquido - Dye laser (utilizam líquido com pigmento rhodamina); - Dye 
= pigmento, corante, tintura. 
Laser – Meio Sólido - Ruby; - Nd:YAG (Nd:YAG crystal); - Diodo; - Alexandrite 
(Alexandrite crystal). 
(MAZER, 2000) 
 
FOTO 15: Tipos de laser 
 
Fonte: http://slideplayer.es/slide/1096252/-18/06/2020 
 
Normalmente o laser é designado pelo tipo de material empregado na sua geração. 
 
 
Lasers de Estado Sólido 
 
 www.inaesp.com.br 
 
24 
O meio ativo está incorporado em uma matriz hospedeira, que pode ser tanto 
cristalina quanto amorfa. (MAZER, 2000) 
Na concentração do íon dopante, como no nosso exemplo acima, o neodímio é 
geralmente muito pequeno, 1:100. Porém, mesmo assim, isso significa que existe em torno 
de 10²º íons por centímetro cúbico. Por esse motivo, pequenos lasers em estado sólido 
podem apresentar altíssima potência no seu feixe de saída. Embora tenha sido 
desenvolvida uma grande gama de lasers em estado sólido, com muitas aplicações 
interessantes, poucos são comercializados. Os mais vendidos são Nd: YAG. Além do YAG: 
YLF (fluoreto de ítrio e lítio), YVO (vanadato de ítrio), YAP (perovsquita de alumínio e ítrio) e 
YSGG (granada de ítrio, escândio e gálio), que apresentam características materiais 
promissoras. (MAZER, 2000) 
 
Lasers Semicondutores 
 
Também chamados de lasers de diodo, baseados em materiais sólidos. Esses 
dispositivos eletrônicos costumamser muito pequenos e utilizam baixa energia. (MAZER, 
2002) 
É um pequeno cubo de material semicondutor com dimensões milimétricas, que 
converte diretamente corrente elétrica em energia luminosa. O material é crescido em 
camadas, de baixo para cima, dentro de um recipiente especial, similar ao crescimento de 
um cristal quartzo na natureza. A energia luminosa é emitida em forma de feixe de laser por 
uma das faces do cubo e apresenta, no máximo, uma potência de poucos watts. (MAZER, 
2002) 
Até o momento, arranjos de lasers de diodo com alta potência de saída só existem 
para algumas faixas de comprimento de onda, em razão da complexidade dessa técnica. 
Essas faixas se estendem de 630 a 1.050 nm. (MAZER, 2002) 
Os diodos são classificados em diodos de emissão contínua (cw) e emissão quase 
contínua (qcw). Esse último modo de operação é essencialmente uma emissão contínua 
interrompida. Existem também os diodos pulsados de baixa potência, que operam pulsos de 
100 ns (nanossegundos) com potência com picos de 500 watts. (MAZER, 2002) 
 
Lasers a Gás 
 
 www.inaesp.com.br 
 
25 
Um dos sistemas de laser mais vendidos no mundo é o sistema laser a gás, de 
dióxido de carbono CO2. Como o nome sugere, o meio ativo está na forma de vapor ou 
gasosa. Existem pelo menos cinco tipos de laser a gás. Eles são classificados como laser 
de átomos (Hélio-Neônio), laser íons (Argônio) ou laser molécula (CO2). Existe também o 
laser de vapor metálico (laser de cobre) e de excímero (ArF). Os excímeros são geralmente 
aletos de gases raros, que consistem de dois átomos e emitem no ultravioleta, portanto são 
especialmente adequados para fazer aplicação por meio de fotodissociação (quebra de 
estrutura das moléculas). (BEYLOT, 2008) 
 
Lasers de Excímero 
 
Até recentemente, esses lasers eram conhecidos pela necessidade de manutenção 
frequente e baixa potência de saída. Embora tenha havido um avanço tecnológico 
significativo nos últimos cinco anos, esse laser ainda apresenta alto custo. Os lasers de 
excímero operam no ultravioleta e, portanto, interagem com a matéria, principalmente por 
meio da fotodissociação. Esse processo é indicado à aplicação de microfuração e ablação 
superficial. Os efeitos danosos causados ao tecido biológico pela radiação ultravioleta não 
são totalmente conhecidos, é necessária muita cautela ao utilizar essa radiação. (BEYLOT, 
2008) 
Os lasers de excímero disponíveis no mercado usam fluoreto de gases raros com 
emissão estreitas entre 193 e 351 nm. (BEYLOT, 2008) 
 
Lasers de Corantes 
 
Utilizam corantes orgânicos complexos, tais como a rodamina 6G, em solução líquida 
ou suspensão, como materiais de geração do laser. Podem ser ajustados em uma ampla 
faixa de comprimentos de onda (FOTO 16). 
 
FOTO 16 - Distribuição dos diferentes equipamentos com os seus respectivos comprimento 
de onda, regime de pulso e ação 
Material 
Comprimento 
de onda 
Regime de 
pulso 
Indicação 
Cristais: 
 www.inaesp.com.br 
 
26 
Rubi 694nm 
Pulsado e 
Contínuo 
Remoção tatuagem e pelo 
Alexandrite 755nm Pulsado Remoção de pelo 
Neodímio– YAG 1064nm Pulsado Coagulação de tumores 
Hólmio – YAG 2130nm Pulsado Endodontia 
Érbio- YAG 2940nm Pulsado Peeling 
Semicondutores: 
AlGalnP 630 – 685nm Contínuo Bioestimulante 
AsGaAl 780-870nm Continuo Bioestimulante 
AsGa 904nm Pulsado Bioestimulante 
Gases 
Eximeros 
193, 248, 308 
nm 
Pulsado Cirurgia vascular e oftálmica 
Argon 350 – 514 nm Continuo 
Cirurgia oftálmica e 
dermatológica 
Vapor de Cobre 578nm 
Pulsado e 
Contínuo 
Cirurgia dermatológica 
HeNe 632,8nm Continuo Bioestimulante 
CO2 10600nm 
Pulsado e 
Contínuo 
Cirurgia dermatológica 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
Profundidade - Penetração da Radiação do Laser 
 
Vários autores relacionam a profundidade do laser com os tecidos biológicos. Todos 
são unânimes em afirmar que os estratos biológicos são uma grande barreira à penetração 
da radiação óptica. Em relação às diferentes profundidades, cabe ressaltar que diferentes 
estudos relacionam a profundidade de penetração com diferentes porcentagens de energia. 
A radiação laser pode atingir entre 9,7 a 14,2mm com 1% de energia incidente. 
(CAVALCANTI, 2011) 
Devido à complexa estrutura dos estratos cutâneos, há uma grande dificuldade na 
quantificação tanto de absorção quanto de penetração da radiação laser. São quatro os 
processos que podem estar presentes nos diferentes segmentos cutâneos: reflexão, 
 www.inaesp.com.br 
 
27 
absorção, transmissão e difusão. A pele absorve cerca de 50% do laser incidente a cada 0,4 
-1,0 mm de tecido (FOTO17). 
 
FOTO 17 – Feixo de reflexo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CAVALCANTI, 2011 
 
O laser AsGa com 904 nm (comprimento de onda) apresenta poder de penetração 
maior, próximo de 1,0 mm de profundidade com 50% e radiação incidente, enquanto o laser 
HeNe tem 632,8 nm, aproximadamente 0,40 mm. Apesar da vantagem de maior penetração 
do laser AsGa apresentada, a desvantagem de emitir radiação somente no regime pulsado 
é que diminui muito a energia depositada, por causa disso, atualmente tem-se dado 
preferência aos equipamentos de emissão contínua. (CAVALCANTI, 2011) 
Vários autores relatam que a profundidade de penetração da radiação laser é de 
poucos milímetros e que a sua absorção se dá em nível superficial; assim existem algumas 
teorias que explicam o efeito a distância. Quando os níveis de energia dos quantuns 
sobrepassa os 4 ev (eletro-volts) pode-se levar à ruptura das ligações químicas dos 
compostos de carbono, hidrogênio ou nitrogênio, onde as forças de união são inferiores a 4 
ev; nesse caso há um efeito acumulativo da radiação. Porém, quando a radiação possui 
níveis de energia de 1 a 4 ev, não é possível produzir tal ruptura, e sim um desprendimento 
 www.inaesp.com.br 
 
28 
dos elétrons, excitação eletrônica, que cessa imediatamente com o término da irradiação. 
Os elétrons desprendidos voltam ao seu estado estável de origem sem a possibilidade de 
apresentar efeitos acumulativos. As radiações com níveis energéticos inferiores a 1 ev 
promovem um efeito de vibração molecular com grande capacidade de penetração, 
provocando um aumento da temperatura. As radiações laser atualmente utilizadas na 
prática clínica promovemsomente uma excitação eletrônica, uma vez que o seu nível 
energético está abaixo de 4 ev. (FOTO 18 e 19). 
 
FOTO 18 – Nível da resposta com energia. 
 
Nível de Resposta Nível de Energia 
Vibração Molecular < 0,8 ev 
Excitação de elétron 1,0 a 4,0 ev 
Ionização > 6,0 ev 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
FOTO 18 – Recursos terapêuticos 
Recurso Terapêutico Nível de Energia 
Infravermelho 0,0012 ev 
AsGa 1,37 ev 
HeNe 1,94 ev 
Ultravioleta C 6,0 ev 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
Reflexão: pode ocorrer na interface entre os diferentes estratos, devido à diferença 
do índice de reflexão . 
Absorção: iniciará um processo bioquímico ou bielétrico. A absorção da radiação 
pelos diferentes tecidos dependerá do laser utilizado, uma vez que cada tecido absorve 
diferentes comprimentos de onda. HeNe é absorvido por tecidos, preferencialmente 
vermelhos, e o AsGa por tecidos brancos e translúcidos. 
Transmissão: é o percurso da radiação nos diferentes estratos. 
Difusão: ocorre em partes pelas moléculas, fibras ou células no interior dos estratos. 
É dependente das dimensões das partículas que formam o estrato em relação ao 
comprimento da onda em que se emite a radiação. 
(CAVALCANTI, 2011) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
29 
Funcionamento da Radiação a Laser na Pele 
 
A luz pode ser absorvida ou difundida através da pele. Em geral os efeitos nos 
tecidos ocorrem somente quando a luz é absorvida. (ANTONIO, 2010) 
Quando a absorção ocorre, o fóton entrega a sua energia a um átomo ou molécula chamada 
de cromóforo. Uma vez absorvido pelo cromóforo, o fóton cessa de existir e o cromóforose 
torna excitado. (FOTO 19) (ANTONIO, 2010) 
 
FOTO 19: Profundidade do laser 
Fonte: (http://www.bemestarmed.com.br/site/radiacao-luminosa-laser-e-luz-intensa-
pulsada-fundamentos-dos-tratamentos-esteticos/) 20/06/2020 
 
A absorção de ultravioleta (UV) e luz visível levam à excitação eletrônica do 
cromóforo. Luz infravermelha tende a causar excitação vibracional. Os três cromóforos 
primários na pele são água, hemoglobina e melanina. Os cromóforos exibem faixas 
características de absorção em certos comprimentos de onda. É esse fato que permite o 
delineamento de alvos específicos para a atividade do laser. A melanina é largamente 
absorvida através do espectro. Em contraste, a absorção do sangue é dominada pela 
oxihemoglobina e ocorre reduzida absorção de hemoglobina, a qual exibe fortes faixas no 
UV, azul, verde e faixas amarelas. (ANTONIO, 2010) 
 www.inaesp.com.br 
 
30 
Na epiderme, normalmente pigmentada, a absorção é o processo dominante sobre a 
maioria do espectro óptico (200 – 1000nm). Na derme, a difusão pelas fibras de colágeno 
pode ocorrer. A penetração da luz na derme é largamente dominada pela difusão, a qual 
varia inversamente com o comprimento da onda. A profundidade de penetração está, 
geralmente, inversamente relacionada com o comprimento de onda entre 280 – 1300 nm. 
Nessa região corresponde ao UVB e UVA, visíveis e próximos do infravermelho; quanto 
mais longo o comprimento de onda, mais profunda a penetração. A luz dissipada é maior 
com comprimentos de ondas curtos. Num comprimento de onda abaixo de 300 nm há uma 
forte absorção para proteínas, ácido urocânico e DNA. Acima de 1300 nm, a penetração 
diminui devido à absorção da luz pela água. (ANTONIO, 2010) 
A luz se apresenta branca ou branco-amarelada porque contém todos os diferentes 
comprimentos de onda do espectro de luz visível. Um prisma colocado em frente a uma 
lâmpada irá refratar a luz e as cores que o constituem, irão separar-se em forma de arco-
íris. A luz do laser é pura e monocromática tendo, portanto, atração por um cromóforo-alvo 
específico. A maior região de penetração do comprimento de onda é a 650 – 1200 nm, 
vermelha e perto da região do espectro infravermelho. As regiões menos penetráveis são as 
distantes do ultravioleta e do infravermelho. (ANTONIO, 2010) 
A capacidade de condensar energia luminosa em pulsos ultracurtos permite que 
moléculas-alvo possam ser excitadas até níveis energéticos mais elevados, absorvendo 
mais a energia no cromóforo-alvo e liberando uma energia total menor para os tecidos ao 
redor. (ANTONIO, 2010) 
 
Em termos práticos, temos: 
 
Tratamento de tatuagens e lesões pigmentadas benignas: a melanina tem 
absorção da luz e consequente ruptura da molécula nos comprimentos de onda entre 400 
nm e 600 nm. Laser com comprimento de onda nessa faixa, como é o caso do Nd: Yag QS 
(532 nm), obtém bons resultados em lesões superficiais. Já tatuagens têm uma resposta 
específica para cada cor. Assim, tintas preta e azul absorvem radiação em uma ampla faixa 
de comprimento de onda no espectro visível e infravermelho proximal. Já a tinta verde 
responde melhor ao laser no comprimento de onda de 694 nm (QS de rubi) e 755 nm (QS 
de alexandrite). A cor amarela e as cores pastel são de difícil tratamento, e a resolução 
completa é incomum. As tatuagens feitas por amadores geralmente necessitam de menos 
tratamento do que as tatuagens feitas por profissionais. (TRINDADE, 2009) 
 www.inaesp.com.br 
 
31 
Redução de pelos: o mecanismo exato e o cromóforo responsável ainda 
permanecem incompletamente compreendidos. Supõe-se que o cromóforo absorvente seja 
a melanina na haste do pelo e nas células da matriz. Por esse motivo, pelos grisalhos e 
brancos são altamente resistentes ao tratamento. Observa-se uma boa resposta na radiação 
de espectro entre 600 e 1200 nm. Portanto, lasers de rubi (694nm), alexandrite (755nm), 
diodo (800 nm) e Nd: Yag (1.064nm) são os mais utilizados. (TRINDADE, 2009) 
Lesões vasculares: a hemoglobina possui pico de absorção da luz nos 
comprimentos de onda entre 400 nm e 600 nm ultrapassando apenas em alguns 
comprimentos a absorção de luz da melanina. Utilizando-se desses comprimentos 
consegue-se maior lesão vascular com menor risco de hipocromia. (TRINDADE, 2009) 
Resurfacing: esse é um capítulo a parte, uma vez que o princípio do tratamento é a 
lesão de todas as moléculas até o cromóforo, que na verdade tem papel de limitar a lesão 
ao absorver a energia. São os chamados lasers ablativos, que se destacam em relação aos 
anteriormente descritos. Essa classe de lasers tem como cromóforo a água e comprimento 
de onda elevado. Seus principais representantes são o laser de CO2 (10.600 nm) e 
Erbium:Yag (2.940 nm). (TRINDADE, 2009) 
 
Interações Terminais 
 
Em aplicações dermatológicas, a maioria dos procedimentos que utilizam laser 
produz calor. Conforme a temperatura sobe, muitas das estruturas essenciais dentro das 
células são desnaturadas; isso inclui DNA, RNA e membrana das células. A desnaturação 
resulta na perda da função celular via coagulação das macromoléculas. A coagulação termal 
produz necrose na célula e, se difundida, uma queimadura. (COSTA, et al., 2011) 
A maioria das células humanas podem facilmente resistir a temperaturas até 40º C. A 
combinação de tempo e temperatura determina se uma dada população celular pode 
sobreviver em temperaturas mais elevadas. Isso ocorre porque a desnaturação termal é um 
processo de proporção: o calor aumenta à velocidade que as moléculas se desnaturam. 
(TOREZAN, et al., 1999) 
A exposição a temperaturas elevadas, na maioria dos organismos e células, induz 
uma reação chamada resposta ao calor de choque. (TOREZAN, et al., 1999) 
Essa resposta é caracterizada pela inibição da síntese proteica normal, e indução da 
síntese de um particular conjunto de proteínas chamadas de proteínas de choque de calor 
(HSPs), as quais conferem alguma resistência à lesão termal. Um exemplo que 
encontramos na natureza são algumas bactérias termofílicas que podem sobreviver de 80 a 
 www.inaesp.com.br 
 
32 
90º C. Esses organismos têm membranas termalmente estáveis que são protegidas pela 
produção de HSPs. (COSTA, et al., 2011) 
Lesões termais por indução de laser são bem descritas por um modelo ARTHENIUS, 
o qual diz que o nível de desnaturação celular é exponencialmente relacionado à 
temperatura. Assim, o acúmulo do material desnaturado aumenta exponencialmente com a 
temperatura, e proporcionalmente com o tempo. Próximo de uma temperatura crítica (que é 
diferente para diferentes tecidos) ocorre uma rápida coagulação: isso é importante para as 
bem definidas margens histológicas de coagulação no laser e outras lesões termais. Na 
derme, a matriz estrutural proteica extracelular, o colágeno, tem um papel predominante na 
coagulação. (COSTA, et al., 2011) 
A elastina é termalmente estável e pode sobreviver à fervura sem lesão aparente. 
Por contraste, o colágeno tem transição aguda de derretimento por uma forma fibrilar entre 
80 a 70ºC. Nessa, ou acima dessa temperatura, podem surgir cicatrizes. A fototermólise 
seletiva permite o aquecimento selecionado dos alvos dentro da derme, tais como vasos 
sanguíneos e folículos pilosos, com a preservação da derme entre os alvos. Um limite 
superior é colocado pela absoluta necessidade de manter a pele numa temperatura abaixo 
de 60 a 70ºC. (TOREZAN, et al., 1999) 
Quanto mais o tecido ficar exposto à energia do laser, maior disseminação da 
energia termal para os tecido circunvizinhos. Para limitar a exposição do tempo para uma 
dada fluência, o poder do laser deve ser aumentado para compensar; ou seja, a 
fototermólise visa destruir um tecido-alvo de forma controlada e localizada, lesionando ao 
mínimo os tecidos adjacentes. (TOREZAN, et al., 1999) 
Uma vez que a luz do laser foi absorvida pelo tecido, a energia é convertida em 
energia de calor. Atravésda condução, o tecido circunvizinho torna-se aquecido. O processo 
pelo qual o calor se torna difuso dentro do tecido por condução é chamado de relaxamento 
termal. O tempo de relaxamento termal (TRT) é definido por uma dada estrutura de tecido, 
com o tempo necessário para o tecido aquecido perder metade de seu calor. A chave para 
desfazer a ablação do tecido é ser capaz de torná-lo mais rápido do que o calor, que é 
conduzido para o tecido circunvizinho. (TOREZAN, et al., 1999) 
 
Interações Laser – Tecido 
 
Um número de parâmetros controla os efeitos laser-tecido, incluindo comprimento de 
onda, fluência, irradiação, tamanho da lesão e a quantidade de tempo que o tecido é 
exposto à luz do laser. Com lesões menores, a luz é mais facilmente removida por difusão 
 www.inaesp.com.br 
 
33 
quando comparada com lesões maiores. Para alcançar a maior profundidade de penetração 
efetiva na pele, é utilizado em lesões grandes a combinação de comprimento da onda de 
600 a 1300 nm. (ANTONIO, 2010) 
 
Resfriamento da Pele 
 
A melanina epidérmica é frequentemente um indesejado alvo cromóforo durante o 
tratamento a laser. Dano epidérmico pode ser minimizado com o uso de resfriamento da 
pele. Isso é especialmente importante no tratamento de tipos de pele mais pigmentada, nas 
quais os efeitos colaterais são mais comuns. 
Todos os métodos de resfriamento envolvem a extração do calor por condução à 
superfície da pele. O agente de refrigeração pode se mover ao longo da pele, como no caso 
de escoamento de gás ou líquido ou um sólido em movimento. Para o resfriamento de 
spray, o agente de resfriamento é um líquido cuja temperatura é mais baixa do que a 
temperatura da superfície cutânea. Nesse caso, o resfriamento é via evaporação; a camada 
refrigerante desenvolve num tempo enquanto o líquido ferve e evapora. Em refrigeramento 
com um contato sólido, o agente ativo é tipicamente um sólido com alta capacidade termal e 
condutividade. Com gel frio, o resfriamento passivo ocorre. A combinação da temperatura, 
qualidade de contato, e condutividade termal do meio frio determinam com que rapidez o 
calor pode ser extraído da pele. 
Há três tipos básicos de resfriamento da pele: pré-resfriamento, resfriamento paralelo 
e pós-resfriamento, que corresponde à extração do calor da pele, antes, durante e após a 
exposição ao laser. O pré-resfriamento diminui a temperatura antes da chegada do pulso do 
laser. Para pulsos mais curtos do que 5 ms, tais como o Q-switched, o tempo necessário 
para extrair calor de toda a epiderme é minimizado, o pré-resfriamento fornece toda a 
proteção necessária. Aparelhos de resfriamento dinâmico, tais como spray líquido de 
cryogen, fornecem um pré-resfriamento mais agressivo e superficial. 
O resfriamento paralelo se refere ao resfriamento durante o pulso laser, e é mais 
efetivo para pulsos mais longos do que 5 a 10 ms. Spray de resfriamento interfere 
fisicamente com o pulso do laser e é, portanto, não adequado para o resfriamento paralelo. 
Com a safira fria pressionada à pele, justamente antes ou durante o pulso longo do laser, é 
possível evitar seguramente fluências muito grandes, mesmo em peles pigmentadas. O pós-
resfriamento é usado para minimizar a dor e o eritema. 
Esquema de resfriamento na emissão de luz pulsada para vasos. O uso do gel 
gelado minimiza dano térmico à epiderme e permite a termocoagulação do vaso. Sem o gel 
 www.inaesp.com.br 
 
34 
a epiderme já é afetada antes de ocorrer a coagulação do vaso. (FOTO 20) (ZHANG, et al., 
2013) 
 
FOTO 20: Resfriamento da pele. 
 
 
Fonte: (KAMINSKY, 2009) 
 
No próximo exemplo ilustrativo, o spray de criogênico está sendo liberado sobre a 
pele milissegundos antes do pulso de laser. O resfriamento é rápido e ocorre somente na 
camada superior da epiderme. Pode ser controlada a quantidade de gás liberada e tempo 
de ação sobre a pele. Não resfria as estruturas abaixo da superfície da pele. Não impede a 
visibilidade durante o tratamento. (FOTO 21) 
 
FOTO 21: Resfriamento da pele durante aplicação. 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (KAMINSKY, 2009) 
 
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: 
- Wang G. Low level laser therapy (LLLT). Technology Assessment. 2004, 34. 
 www.inaesp.com.br 
 
35 
- Patriota RCR. Laser um aliado na dermatologia. Rev Med São Paulo. 2007 
abr.-jun.;86(2):64-70.64 
Resurfacing - Laser CO2 
 
Foi desenvolvido em 1964 e seu comprimento de onda é intensamente absorvido 
pela água intra e extracelular. Laser de CO2 contínuo foi primeiro desenvolvido como 
instrumento de corte cirúrgico. Seu uso foi limitado pelo perigo de desidratação dos tecidos 
adjacentes. Essa limitação fez com que fossem desenvolvidos lasers de CO2 pulsados, que 
permitem um resurfacing com precisão e menores riscos. (CAMPOS, 2010) 
Várias modificações, relativamente recentes, têm sido aplicadas aos lasers de CO2, 
permitindo seu uso corrente como laser de escolha para resurfacing cutâneo profundo e 
para cicatrizes de acne. Apresentam também indicações para o tratamento de rugas, lesões 
superficiais, outros tipos de cicatrizes e fotoenvelhecimento. No entanto, pode ocasionar 
alguns efeitos colaterais significantes como infecção bacteriana e viral pós-operatória, 
cicatrizes, eritema prolongado e hipopigmentação permanente. (CAMPOS et al., 2009) 
Desde a descoberta da fototermólise seletiva por Anderson e Parrish, os lasers têm 
sido utilizados no tratamento do rejuvenescimento da pele, com início no Brasil na década 
de 1990. Os lasers de CO2 10.600nm e de Erbium 2.940nm não fracionados de primeira 
geração foram os primeiros a ser usados. A penetração depende do conteúdo de água e 
independe da melanina e da hemoglobina, sendo seu coeficiente de absorção de água de 
800/cm. A duração média de um pulso é inferior a um milissegundo e penetra cerca de 20 
μm no tecido. Os resultados foram muito animadores, mas, como fazem a ablação completa 
da epiderme, ambos apresentam todas as possíveis complicações da exposição total da 
derme no período pós-operatório (PO). O Erbium é um pouco mais suave, e tem menor 
incidência de efeitos colaterais. Por ser um procedimento tão agressivo, frequentemente 
gera um problema pessoal e familiar ao paciente. Todas essas dificuldades técnicas fizeram 
com que, após um período de grande entusiasmo, o CO2 e o Ebrium fossem realizados com 
menor frequência. (CAMPOS, 2010) 
Em laser de CO2 há uma mistura de gases de dióxido de carbono, hélio e nitrogênio. 
Durante a operação laser, os elétrons da corrente de descarga colidem com as moléculas 
de N2, que entram num estado excitado. Colidindo nesse estado com uma molécula de CO2, 
eles podem transferir sua energia de excitação para essa nova molécula que, recebendo a 
energia, salta para o nível energético laser superior. (CAMPOS et al., 2009) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
36 
Diferentes Vibrações da Molécula de CO2 
 
Diferencialmente de um laser sólido, a molécula de CO2 não acumula a energia de 
excitação através de elétron, que salta para órbitas mais altas, mas por meio de uma 
vibração relativa entre átomos da molécula. 
Após transferência de energia da molécula de nitrogênio para o CO2 por meio de 
uma colisão entre ambos, o CO2 executa uma vibração assimétrica de estiramento. Desse 
nível de energia, a molécula decai sob a emissão de um fóton para o nível laser inferior. 
Desse nível, a molécula retorna rapidamente para o nível fundamental, principalmente pela 
adição de hélio, que consegue retirar de maneira eficiente a energia restante da molécula de 
CO2. Além de ajudar no resfriamento do CO2, o hélio também tem propriedade de ajudar 
manter uma alta concentração de elétrons na área de descarga. (CAMPOS et al., 2009) 
 
Tipos de Laser CO2 
 
Os lasers CO2 podem ser: contínuo, superpulsado, ultrapulsado e fracionado. Com a 
tecnologia utilizando laser de CO2, uma das primeirastecnologias a serem utilizadas por 
terem um comprimento de onda muito alto, com atração não seletiva por cromóforos 
específicos (o CO2 atinge a água), tornou-se agressivo, com down time elevado e algumas 
complicações quanto à cicatrização, tendo sido ultrapassado por outras novas tecnologias. 
Atualmente tem seu uso enaltecido por ter sido associada à tecnologia fracionada com 
atuação aleatória na pele. 
- Pulsado: energia constante, dano tecidual intenso -> utilização para corte e 
coagulação. Devido à condução do calor, cerca de 1 mm do tecido colateral é lesado. 
 - Superpulsado: pulsos extremamente rápidos, de forma que o tecido interpreta de 
maneira continua, embora o dano tecidual colateral seja menor. 
Ultrapulsado: altos picos de energia, pulsos mais longos e intervalos entre os pulsos 
mais demorados, levando à vaporização do tecido com mínimo dano térmico à distância. 
- Flashcan: utiliza fonte continua em que espelhos computadorizados focalizam o 
feixe no tecido, distribuindo-o em forma de espiral. Menos de 0,1 mm de dano colateral. 
- Fracionado: emite luz de maneira fracionada e aleatória, promovendo menor down 
time, menor dor e resultados satisfatórios. 
(CAMPOS, 2010) 
 www.inaesp.com.br 
 
37 
 
Indicações 
Existem três indicações primárias para o uso do CO2: 
- Rugas e fotoenvelhecimento. 
- Cicatrizes traumáticas e de acne. 
- Lesões de pele. 
(CAMPOS, 2010) 
 
Rugas e Fotoenvelhecimento 
 
As rugas faciais podem ser divididas em duas categorias: estáticas, que são o 
resultado de fotoexposição crônica e do processo normal de envelhecimento, e dinâmicas, 
causadas por expressões faciais repetidas e ação muscular. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) 
Desses dois tipos, as estáticas e o fotoenvelhecimento respondem melhor ao tratamento a 
laser. Para rugas dinâmicas é necessário associação com outros procedimentos visando à 
diminuição da ação muscular, causadora da ruga. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) 
Pacientes com rugas generalizadas, periorbitais e rugas periorais (FOTO 23) terão uma 
melhora significante e duradora com a aplicação do laser CO2. (CAMPOS, 2010) 
FOTO 22 – Envelhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.dermatofuncional.pt/envelhecimento-cutâneo 10/06/2020 
 
 www.inaesp.com.br 
 
38 
Cicatrizes Traumáticas e de Acne 
O laser de CO2 no tratamento de cicatrizes pode ser utilizado para rebaixá-las ou 
aplainar os tecidos vizinhos, no caso de cicatrizes atróficas, como sequela de acne(FOTO 
24). Outros procedimentos podem ser associados com o objetivo de otimizar o resultado, 
como, por exemplo, subincisão ou preenchimento. (CAMPOS, 2010) 
 
FOTO 23 – Cicatriz de acne. 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.dermatologia.net - 10/06/2015 
 
Lesões de Pele 
A principal indicação para o laser de CO2 são as lesões epidérmicas, como 
queratose actínica e seborréica, nevo epidérmico, verrugas, queilite actínica, dermatose 
papulosa nigra (FOTO 25). (CAMPOS, 2010) 
 
FOTO 24. – Lesão epidérmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 www.inaesp.com.br 
 
39 
Fonte: www.dermatologia.net - 10/06/2020 
 
Lesões dérmicas também podem ser tratadas com o laser de CO2, apesar de não ser 
o ideal, pois o dano térmico profundo poderá levar à formação de cicatrizes. Essas lesões 
incluem: hiperplasia sebácea, siringomas, nevos intradérmicos, veno misto e rinofima. 
(CAMPOS, 2010) 
 
Mecanismo de Ação do Laser CO2 
O laser CO2 opera na parte mediana da porção invisível do espectro eletromagnético, 
em 10.600 nm. Nessa faixa não há um cromóforo específico que absorva o laser, ocorrendo, 
portanto, absorção não seletiva da luz pela água intra e extra vascular. (AVRAM, 2009) 
Quando aplicado o laser CO2, a primeira passada remove a epiderme. A segunda e a 
terceira passadas fazem com que o colágeno se encolha, sendo produzido um efeito térmico 
controlado. Em longo prazo, ocorre a estimulação da formação de neocolágeno. (AVRAM, 
2009) 
Passadas sucessivas terão pouco efeito ablativo em razão da falta do cromóforo 
(água), trazendo efeitos térmicos cumulativos, impossíveis de serem previstos e 
controlados. Assim, o laser de CO2 tem efeito ablativo menor e térmico maior, quando 
comparado ao érbio. (AVRAM, 2009) 
O mecanismo de rejuvenescimento facial com o laser de CO2 ocorre de três 
maneiras: 
- remoção da pele fotoenvelhecida; 
- encolhimento das fibras de colágeno; 
- a longo prazo, estimulação de neocolágeno. 
Dependendo da quantidade e da concentração de energia que incide no tecido, 
serão obtidos efeitos de ablação, podendo ser usado para corte (concentração de energia 
em um ponto) ou resurfacing (ponteira colimada). (AVRAM, 2009) 
Em geral, o mecanismo de ação dos lasers é pela produção de calor: pequenas elevações 
de temperatura produzem bioestimulação; elevações entre 60°C e 85°C provocam a 
coagulação; acima de 85°C, a carbonização; e a vaporização ocorre com temperatura 
próxima aos 100°C. (AVRAM, 2009) 
No laser de CO2, a vaporização ocorre quando o ele atinge a pele, através do 
aquecimento muito rápido da água – fenômeno que gera a ablação, remoção tecidual 
responsável pelo resurfacing ablativo. Além disso, essa reação é exotérmica, ou seja, libera 
calor que se dissipa pelas células adjacentes, gerando um efeito térmico residual. Essa 
 www.inaesp.com.br 
 
40 
transferência de calor é provavelmente responsável pela desnaturação do colágeno. A 
desnaturação do colágeno contribui para a contração em si do tecido (frequentemente 
visível a olho nu durante o procedimento) e a melhora das rugas e flacidez que ocorre após 
o procedimento. Esse fenômeno também induz uma reação tecidual que gera 
neocolagênese nos seis meses posteriores ao procedimento. Em resumo, o laser de CO2 
produz rejuvenescimento da pele através da ablação (remoção da pele fotolesada), 
contração de colágeno e neocolagênese. (AVRAM, 2009). 
 
Vantagens da técnica: Os resultados são excelentes após uma única sessão. 
 
Desvantagens e limitações: Sendo a técnica muito agressiva, o PO é longo e 
desconfortável, com risco relativamente alto de cicatrizes.Não deve ser feito nas épocas de 
maiores radiações solares, o que nem sempre é possível de se evitar em algumas regiões 
do Brasil. 
 
Contraindicações 
Absolutas: 
- Infecção herpética ativa. 
- Acne ativa. 
- Doenças do colágeno (esclerodermia). 
- Vitiligo. 
- Áreas submetidas à radioterapia ou queimaduras. 
- História de queloide, cicatriz hipertrófica. 
- Uso de isotretinoína nos últimos dois anos (essa droga promove atrofia dos anexos 
cutâneos, que são responsáveis pela reepitelização). 
Relativas: 
- Herpes Zoster. 
- Atrofia ou cicatriz pós peeling químico, mecânico ou eletrólise. 
- Peles sensíveis. 
- Pele tipo Fitzpatrick V e VI. 
- Descolamento ou retalho cutâneo recente. 
(FIFE,2009) 
Técnica passo a passo: 
Um mês antes: Recomendar o uso de filtro solar, ácidos retinoico, glicólico ou 
vitamina C. 
 www.inaesp.com.br 
 
41 
Pré procedimento: O uso de antiviral sistêmico é sempre obrigatório para a 
prevenção do herpes simples na face, sendo discutível o uso de antifúngicos e antibióticos 
profiláticos. 
Em peles mais claras, com menor risco de hiperpigmentação, produtos contendo 
ácido retinoico e hidroquinona serão utilizados por um período de duas a quatro semanas 
anteriormente à aplicação do laser CO2. Em peles mais escuras, deve se dar maior atenção 
à supressão da pigmentação com o uso de ácido glicólico, hidroquinona e kójico, por um 
período mais prolongado, dependendo da resposta da pele até por 12 semanas. 
Procedimento: Por ser muito doloroso, vários recursos devem ser utilizados para 
minimizar a dor do paciente. A anestesia tópica deve ser iniciada uma hora antes da sessão, 
acrescida do uso de sedativos orais e analgésicos. Muitas vezes, dependendo do nível de 
ansiedade do paciente, indica-se anestesia geral ou sedação. 
O aspirador de fumaça deve ser usadodurante todo o procedimento, que só deve ser 
iniciado após a limpeza meticulosa da pele, eliminando-se quaisquer resquícios de creme 
anestésico. A anestesia troncular é bastante útil na analgesia das regiões malar e 
supralabial. O resfriamento da pele com ar frio entre os disparos (para não atrapalhar o 
aspirador de fumaça) alivia muito a sensação de queimadura que o laser de CO2 produz. 
Após o procedimento: O paciente deve ser mantido em sala bem resfriada, com 
máscara fria e ar gelado voltado para a face tratada, e se necessário deve ser prescrito um 
analgésico oral. O paciente deve deixar o consultório apenas após o alívio da dor. Utilizam-
se compressas de solução salina para limpeza, creme cicatrizante e antiviral sistêmico até a 
epitelização completa. Nesse período, o paciente deve ser visto pelo médico diariamente ou 
em dias alternados. Antibiótico e antifúngicos sistêmicos devem ser imediatamente 
prescritos se houver indícios clínicos de infecção bacteriana ou monilíase. O LED (Luz 
Emitida por Diodo) tem efeito anti-inflamatório e cicatrizante,e pode ser usado no pós-
operatório. 
O paciente deve ser orientado a não se expor diretamente ao sol por, no mínimo, seis 
meses após o procedimento. O paciente é instruído a usar filtro solar UVA/UVB não oleoso, 
contendo um bloqueador físico. No PO poderá ser associado à uma base cor da pele, para 
disfarçar o eritema. 
Resultados esperados: São muito exuberantes após uma única sessão, mas a 
técnica é invasiva e o paciente apresenta uma limitação social por 30 dias, mantendo-se a 
pele fotossensível e eritematosa por até seis meses. 
Assim como nos demais procedimentos a laser, com o laser de CO2 existe a necessidade de 
documentação fotográfica padronizada prévia e posterior, para a segurança do médico e 
 www.inaesp.com.br 
 
42 
demonstração dos resultados ao paciente, sendo também recomendável a obtenção do 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 
 
 www.inaesp.com.br 
 
43 
Laser Erbium: YAG 
 O Erbium: YAG foi o segundo laser desenvolvido para Resurfacing 
ablativo. Emite um raio com comprimento de onda de 2.940 nm na faixa infravermelha, que 
se aproxima do pico de absorção de água (coeficiente de absorção de água = 12.000). Esse 
laser tem profundidade de penetração limitada a 1 a 3 μm de tecido por J/cm2, enquanto o 
CO2 atinge 20 a 30 μm. O efeito térmico residual também é muito menor com o Er:YAG. Isso 
provoca uma ablação mais precisa da pele com um mínimo de danos para os tecidos (valor 
estimado de 10 a 40 μm). Ocorre sangramento durante o tratamento, caracterizando um 
inconveniente desse laser. A eficácia global do laser Er:YAG é comparável à do laser de 
CO2; no entanto, os resultados desse último são ainda considerados superiores na maioria 
dos estudos comparativos. Contudo, o laser Er:YAG induz cicatrização mais rápida e com 
efeitos colaterais menos frequentes e menos graves. Melhores indicações: envelhecimento 
facial moderado, tratando lesões pigmentadas e melhorando cicatrizes. É indicado para 
pacientes que querem rejuvenescer sem correr os riscos dos efeitos colaterais do laser de 
CO2 (STEINER, et al.,2011). 
Segundo Dr. Hughes, o laser Erbium: YAG produz contração cutânea de 14% após 
16 semanas de aplicação, decorrente do remodelamento da derme. 
Zweig et al. publicaram, em 1988, um estudo comparativo da interação tecidual do 
laser Erbium: YAG infravermelho médio, que opera a 2,94 ųm e o de CO2 a 10.6 ųm. 
Chegaram à conclusão de que o dano térmico adjacente às aplicações do laser é mais 
reduzido com Erbium: YAG. Esse laser é capaz de promover na pele uma correção precisa 
de suas imperfeições por meio de um efeito controlado de vaporização tecidual, enquanto 
produz um estiramento zona residual de destruição térmica. 
 
Mecanismo de Ação do Laser Erbium: YAG 
Na água a profundidade de penetração do comprimento de onda do Erbium: YAG é 
de somente 0,75 ųm, sendo do CO2 de 10 ųm. Assim, esse laser possui um comprimento de 
onda de 2,94 ųm e apresenta um coeficiente de absorção de água 13 vezes maior em 
relação ao laser de CO2. Como o tecido é constituído substancialmente por H2O, a radiação 
por qualquer desses dois comprimentos de onda serve bem para cortes de alta precisão. 
Porém, em razão da disponibilidade de guias de onda óptica apropriada ao nível de 2,94 
ųm, pode-se observar uma gama de aplicações cirúrgicas muito maior para o Erbium: YAG. 
(STEINER, et al.,2011) 
 www.inaesp.com.br 
 
44 
Um comprimento de onda de 2940 nm, pulsado com duração de 350 ms por pulso, 
também tem sido utilizado para resurfacing, com a vantagem de produzir menor eritema e 
ablação superficial com menor injúria térmica que o laser de CO2. Apresenta absorção 20 
vezes superior ao CO2, assim sua penetração é 20 vezes menor que o CO2. (STEINER, et 
al.,2011) 
Vantagens da técnica: resultados visíveis após uma única sessão. Desvantagens e 
limitações: em caso de fotoenvelhecimento severo, há necessidade de repetir o tratamento. 
O risco de efeitos colaterais não é desprezível, porém menor quando comparado ao CO2. 
(STEINER, et al.,2011) 
 
Indicações 
Considera-se que as principais indicações para o uso do laser Erbium: YAG sejam 
para o tratamento de: 
- Melanoses e queratoses solares. 
- Rugas periorbiculares e periorais. 
- Rugas finas. 
- Rejuvenescimento cutâneo. 
- Nevos. 
- Hidradenoma sebáceo. 
- Rinofima. 
- Xandelasma. 
- Cicatrizes atróficas de acne. 
- Cicatrizes pós-traumáticas. 
- Implante capilar. 
 
Contraindicações 
- Considera-se que as principais contraindicações sejam: 
- infecções; 
- alergias; 
- alterações psíquicas graves. 
(NORONHA, et al., 2005) 
 
Técnica passo a passo 
Um mês antes: Conduta semelhante à do laser CO2. 
Pré-procedimento: Obrigatório o uso de antiviral oral no caso de história prévia de 
herpes simples na face. 
 www.inaesp.com.br 
 
45 
Procedimento: Proceder à limpeza da pele e utilizar o aspirador de fumaça; pode 
ser feito apenas com anestésico tópico, havendo necessidade eventual de sedação ou 
anestesia geral. 
Após o procedimento: A conduta é idêntica à do laser anterior, com a ressalva de 
que, com o uso do laser Er:YAG, os fenômenos dolorosos e inflamatórios são de menor 
intensidade. 
Resultados esperados: Os resultados são altamente satisfatórios para o 
fotoenvelhecimento moderado; em casos de fotoenvelhecimento severo, devem ser 
indicadas sessões complementares. 
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: 
- Campos V, Mattos RA, Fillippo A, Torezan LA. Laser no rejuvenescimento facial. Surgical & 
Cosmetic Dermatology 2009;1(1):29-36 
- Saluja R, Khoury J, Detwiler SP, Goldman MP. Histologic and clinical response to 
varying density settings with a fractionally scanned carbon dioxide laser. J Drugs 
Dermatol. 2009;8(1):17-20. 
 
Tratamento vascular com laser 
Os lasers apresentam excelentes resultados no tratamento das lesões vasculares. 
Tanto emitido em luz visível (argônio, vapor de cobre, laser corante pulsado), como invisível 
(CO2 e Nd: YAG) têm sido utilizados no tratamento dessas desordens cutâneas 
(CARVALHO, et al., 2010). 
Cada um desses lasers produz diferentes comprimentos de onda e amplitudes de 
pulsos e envolve um método diferente de distribuição de energia, onda contínua, quase 
contínua, pulsada e q-swiched cujas características determinam seu efeito no tecido 
vascular (CARVALHO, et al., 2010). 
As lesões vasculares são constituídas de cromóforos vermelho-azulados, nos quais a 
principal substância que absorve luz é oxihemoglobina. Uma vez que a luz incide e é 
absorvida pela hemoglobina, ocorre sua conversão em calor, que danifica o endotélio e o 
tecido conectivo adjacente, alterando suas características e destruindo o vaso. Os picos de 
absorção da oxihemoglobina verificam-se principalmente na porção azul-verde-amarela da 
luz visível (400 a 600 nm) commenor absorção entre 800 a 1.100 nm. A luz visível tem sido 
o principal instrumento usado para o tratamento das lesões vasculares. Maiores 
comprimentos de onda penetram mais profundamente na pele com menor dispersão. Os 
comprimentos de onda de 577 a 585 nm, que coincidem com um pico de absorção da 
 www.inaesp.com.br 
 
46 
hemoglobina, têm sido os raios utilizados na maioria dos equipamentos para o tratamento 
dessas lesões (CARVALHO, et al., 2010). 
Os lasers com maior comprimento de onda (532 a 690 nm) permitem a penetração 
mais profunda da luz, demonstrando maior seletividade para hemoglobina do que para 
melanina. Os de menor comprimento de onda (488 a 532 nm) tendem a ser melanina-
específico, causando competição com a melanina. Quanto mais amarela a luz, maior 
afinidade com hemoglobina; quanto mais verde, maior afinidade com a melanina. Os lasers 
quase contínuos são excelentes para o tratamento de telangiectasias de grande calibre, em 
razão da sua capacidade de produzir mais calor profundo. Nas telangiectasias de pequeno 
calibre, ou pequenos vasos, e em hemangiomas, pode ser utilizada a luz intensa pulsada, 
532 nm (NAVARRO, et al, 2001). 
 
Classificações das Lesões Vasculares 
 
Podem ser classificadas de acordo com sua evolução, em congênitas ou adquiridas. 
Congênitas 
- Manchas cor de vinho do porto (PWS). 
- Hemangiomas. 
- Más-formações venosas. 
- Linfangiomas. 
 
Adquiridas 
- Telangiectasias. 
- Angiomas em “cereja”. 
- Lagos venosos. 
- Granuloma piogênico. 
- Poiquilodermia de Civatte. 
- Sarcoma de Kaposi. 
As lesões congênitas são mais frequentes na cabeça e região cervical, e por 
definição aparecem na infância. Por outro lado, as adquiridas desenvolvem-se em qualquer 
período de vida, como resultado de traumas, influência hormonal, degeneração solar, ou 
como sinal de uma síndrome. 
(CARVALHO, et al., 2010) 
 
Principais Indicações do Uso do Laser em Lesões Vasculares 
- Mancha cor de vinho do porto (PWS). 
 www.inaesp.com.br 
 
47 
- Hemangiomas. 
- Telangiectasias. 
- Poiquilodermia de Civatte. 
- Angioma em “cereja”. 
- Rosáceas. 
(NAVARRO, et al, 2001) 
 
Sistema a Laser Utilizado para Tratamento de Lesões Vasculares 
 
Na década de 70 a 80 o laser de argônio e outros lasers de onda contínua e quase 
contínua foram os sistemas de escolha para o tratamento das lesões vasculares. Embora 
em alguns casos os resultados fossem satisfatórios, havia 25% de incidência de formação 
de cicatrizes inestéticas, o que limitou o uso dessa tecnologia. (CORCOS, et al., 2005) 
Com o desenvolvimento da teoria da fototermólise seletiva por Anderson e Parrish, 
em 1983, foi possível considerar que os cromóforos da pele, tais como a hemoglobina e a 
melanina, poderiam ser seletivamente destruídos por lasers que emitissem luz com 
comprimento de onda e duração de pulsos específicos. A proposta seria causar dano 
vascular específico, com o uso de um comprimento de onda bem absorvido pelo alvo e 
duração de pulso rápido suficiente para limitar o dano térmico. A absorção localizada do 
laser, com subsequente produção de calor no alvo, causa danos seletivos sem 
comprometimento da pele adjacente. 
No entanto, se a energia do laser for absorvida pelos vasos, mas a duração da 
exposição for excessiva, haverá geração de calor capaz de produzir coagulação não 
específica dos tecidos adjacentes. Essas dispersões de energia dificultam a chegada dos 
comprimentos de onda desejados ao cromóforo-alvo, e aumentam o risco de efeitos 
adversos tais como cicatrizes. (CORCOS, et al., 2005) 
Embora cada sistema a laser tenha sua vantagem, nenhum deles revelou-se tão 
específico como o laser de corante pulsado (PDL). O PDL original foi sendo modificado, 
minimizando seus efeitos colaterais. Esse laser inicialmente foi desenvolvido com 
comprimento de onda de 577 nm, correspondendo a um dos picos de absorção da 
oxihemoglobina, com spot size de 5 mm e velocidade de um pulso a cada 3 s. 
Posteriormente desenvolveu-se o modelo 585 nm de comprimento de onda, proporcionando 
melhor absorção, sem perda da especificidade vascular. Esse laser dispõe de vários spot 
size, inclusive um de 10 mm que permite a penetração dérmica mais profunda. O aparelho 
possibilita o tratamento de áreas específicas com menor número de pulsos e velocidade de 
um pulso por segundo, diminuindo o tempo de aplicação. 
 www.inaesp.com.br 
 
48 
 
 
Tipos dos Lasers para Lesão Vascular 
Os lasers usados para lesões vasculares são separados em três categorias: lasers 
contínuos e quase contínuos, lasers pulsados e fontes levemente pulsadas. (CORCOS, et 
al., 2005) 
 
Laser de Onda Contínua e Quase Contínua 
A primeira categoria inclui lasers tais como o laser de argônio (488 nm-514 nm), o 
laser de argônio bombeado ajustável na cor (488- 638 nm), o vapor de cobre e lasers de 
brometo de cobre (578 nm), o laser de fosfato de potássio e titânio (KTP-532 nm) e o laser 
de criptônio (568 nm). O laser de argônio foi o tratamento de escolha para muitas lesões 
vasculares dos anos 70 até o fim da década de 80. Apesar da absorção seletiva da luz de 
laser de argônio, pela hemoglobina, em vasos sangüíneos, a natureza contínua do raio de 
luz produz uma lesão, por causa do calor (térmico) não específico no tecido adjacente aos 
alvos vasculares, aumentando a probabilidade de formação de cicatriz. Além do mais, a 
absorção concomitante pela melanina leva freqüentemente a mudanças de pigmentação 
que são permanentes após a terapia a laser. Apesar do alto índice de efeitos adversos, o 
laser argônio ainda é útil no tratamento de manchas vinho do porto nodulares (PWSs), 
telangiectasias faciais, angiomas em aranha de fluxo alto, granulomas piogênicos e lagos 
venosos espessos. Os lasers de ondas semicontínuas (cobre, brometo, criptônio e KTP) 
têm sido usados para muitas lesões vasculares diferentes, mas devido ao seu curto intervalo 
entre os pulsos, os vasos não resfriam adequadamente depois da pulsação do laser, e a 
lesão vascular produzida é idêntica àquela de laser CW. Em um esforço para otimizar o 
tratamento e limitar o prejuízo dos tecidos adjacentes, aparelhos cuidadosamente 
examinados foram anexados aos lasers CW e de ondas semicontínuas, distribuindo pontos 
pequenos e não adjacentes em uma área de tratamento predeterminada. Ainda, a duração 
do pulso permaneceu longa demais para fototermólise seletiva a ser realizada, aumentando 
o risco de prejuízo térmico extensivo. (CORCOS, et al., 2005) 
 
Laser Pulsado 
Estes são divididos em três categorias principais: lasers de corantes pulsados, os 
lasers KTP pulsados e os lasers pulsados infravermelhos (IR). 
 
Laser de contate pulsado 
 www.inaesp.com.br 
 
49 
O laser de corante pulsado, Pulsed Dye Laser (PDL), o primeiro laser desenvolvido 
baseado na teoria da fototermólise seletiva, foi projetado especialmente para tratar 
interiormente vasos nas PWSs em crianças. Ele usa uma lanterna de luz de alto poder para 
energizar uma tintura orgânica (rodamina) e para produzir um pulso verdadeiro de luz 
amarela. A PDL original emitiu um comprimento de onda de 577 nm, coincidindo com o 
último pico de absorção de oxihemoglobina. A tintura foi então modificada para produzir luz 
em 585 nm e para levar em consideração a penetração de tecido mais profundo da luz, 
apesar de uma ação vascular levemente menos seletiva. A duração do pulso da PDL 
tradicional (450 cs) é mais curta do que o tempo de relaxamento térmico calculado da 
vasculatura cutânea (1 a 3 ms por diâmetro de vaso de 10 a 100 cm, respectivamente) e 
leva em consideração a absorção de energia suficiente pela oxihemoglobina, ao causar 
coagulação das hemáceas. Um exame histológico das PWSs, após tratamento com com 
PDLs, demonstra uma epiderme intacta com vasos sanguíneos da pele superficiais, 
contendo eritrócitos aglutinados, fibrina e trombina Esses achados histológicos 
correlacionam-secom a púrpura vista clinicamente, imediatamente após exposição aos 
PDLs. Um mês após o tratamento, os vasos destruídos são substituídos por vasos de 
aparência normal, sem evidência de cicatriz na pele. (MEDEIROS, 2005) 
O PDL clássico é considerado o tratamento de escolha para muitas lesões 
vasculares, tais como as PWSs, particularmente em bebês e crianças, telangiectasia facial, 
incluindo angiomas em aranha, eritema e telangiectasia associados com rosácea, 
hemangioma superficial e poiquiloderma de Civatte. O uso de PDLs foi também expandido 
para incluir lesões não vasculares, tais como verrugas, cicatrizes hipertróficas, estrias 
extensas, rugas e psoríase. Modificações mais recentes no PDL incluíram a adição de 
sistemas de resfriamento ativo, tais como um sistema de resfriamento em spray que distribui 
esguichos a temperaturas baixas na superfície da pele antes da pulsação a laser (aparelho 
de resfriamento dinâmico, Candela, Wayland, MA), ou um sistema de resfriamento de ar 
com um fluxo contínuo de ar resfriado na área de tratamento, durante a aplicação do laser 
(SmartCool, Cynosure, Chelmsford, MA). Protegendo a epiderme, esses métodos de 
resfriamento permitem o uso de doses de luz de incidência mais alta para o tratamento de 
lesões vasculares resistentes e reduzem a dor e a aflição associados à terapia a laser. 
(MEDEIROS, 2005) 
Apesar da eficácia de PDLs clássicos em uma variedade de entidades vasculares, 
algumas lesões profundas com vasos sanguíneos maiores, tais como telangiectasias da 
perna e alguns PWSs são resistentes a essa terapêutica. O desenvolvimento de púrpura no 
pós-operatório, que geralmente dura de duas a três semanas, permanece um fator limitante 
para muitos pacientes. Além do mais, estudos mostraram que a duração do pulso ótimo 
 www.inaesp.com.br 
 
50 
para o tratamento de vasos de 30-50 cm de diâmetro está situada no domínio de 1-10 ms. 
Essas observações levaram ao desenvolvimento de PDLs com comprimentos de onda de 
penetração mais profunda (595 e 600 nm) e durações levemente mais longas (1,5 ms), que 
aquecem os vasos mais suavemente, produzindo púrpura menos profunda e de menor 
duração do que os PDLs tradicionais (clássicos). Usados com um spray resfriador e um 
software que permite fluências muito altas, os lasers de tintura de pulso longo alcançaram 
resultados impressionantes nas PWSs e hemangiomas, com clareamento mais rápido das 
lesões e menos sessões de tratamento. Vasos faciais que não foram receptivos ao 
tratamento de PDL clássico, assim como o PDL azul e os vasos mais profundos nas 
cavidades paranasais, também mostraram resposta significante após o tratamento com os 
lasers de tintura de pulso longo. O tratamento de veias na perna de menos de 0,4 mm de 
diâmetro também indica promessa, mas os resultados no tratamento de vasos de calibre 
mais grosso foram decepcionantes. Os lasers mais novos de corante de pulso variado ou 
ultralongo (V-Beam, Candela, Wayland, MA; V Star, Cynosure, Chelmsford, MA) foram 
recentemente adicionados ao grupo de sistemas de PDL. Ao distribuir fluências de laser 
equivalentes sobre durações de pulso variáveis (mais de 40 ms), esses aparelhos versáteis 
de laser são capazes de tratar vasos de vários tamanhos. Além disso, sua duração de pulso 
mais longa permite um aquecimento mais suave e uniforme dos vasos atingidos, resultando 
em redução ou ausência de púrpura pós-operatória. Estudos clínicos indicaram que esse 
tipo de laser é altamente eficiente no tratamento de eritema facial (sem vasos visíveis), com 
fluências que não resultam em púrpura. O tratamento de telangiectasias faciais visíveisl ou 
PWSs pode também ser realizado, mas com fluências imediatamente acima do limiar para 
indução de púrpura (MEDEIROS, 2005). 
 
Laser KTP Pulsado 
 
Lasers KTP pulsados ou Nd:YAG de dupla frequência e longo pulso, que emitem luz 
verde em 532 nm, também foram desenvolvidos num esforço em tratar anomalias 
vasculares sem púrpura, no período pós-operatório. Vários lasers KTP pulsados estão 
atualmente em uso clínico, com durações de pulso variando de 1 ms a 100 ms, atingidos no 
tecido através de um aparelho de fibra óptica. Estudos mostraram que esses lasers são 
eficazes no tratamento de telangiectasia facial e uma variedade de anomalias vasculares, 
mas a sua eficácia no tratamento de PWSs e telangiectasias na perna está ainda sob 
investigação. As vantagens distintas desse grupo de lasers são a forte absorção de seu 
comprimento de onda, de 532 nm, pela hemoglobina e ausência de púrpura no período pós-
 www.inaesp.com.br 
 
51 
operatório. Os últimos resultados do aquecimento lento de vasos sanguíneos em durações 
de pulso mais longas levaram em consideração o resfriamento dos vasos, sem a ruptura da 
parede do vaso ou extravasamento de células sanguíneas dentro dos espaços intersticiais. 
A desvantagem dos lasers KTP pulsados é a sua profundidade limitada de penetração na 
pele, devido a seu comprimento de onda curto. Além disso, a luz de 532 nm compete pela 
absorção com melanina mais do que os comprimentos de onda mais longos, resultando em 
mudanças potenciais de pigmentos, particularmente em pacientes com pele de pigmentação 
mais escura. (KALIL, et al., 2009) 
 
Laser infravermelho de pulso longo 
Oxihemoglobina e hemoglobina reduzida têm características de absorção com 
ligações no espectro próximo a infravermelho (700 - 1200 nm) e na velocidade ms. Vários 
lasers pulsados emitindo no espectro próximo ao infravermelho foram usados no tratamento 
de veias nas pernas, tais como a alexandrite (755 nm), o diodo (800 nm) e o Nd:YAG (1064 
nm). Seu comprimento de onda é menos absorvido pela melanina, portanto permite uma 
penetração mais profunda na pele, mas a sua absorção pela hemoglobina é muito menor do 
que outros lasers vasculares específicos. É, entretanto, suficiente para fotocoagular veias 
reticulares superficiais e mais profundas (com mais de 3 mm de diâmetro) de forma eficaz, 
através de pele clara ou com pigmentação mais escura. 
A seguir vamos ver os lasers usados para lesões vasculares: lasers contínuos e 
quase contínuos, lasers pulsados de modo mais específico(FOTO 26). 
 
FOTO 25 - Lesões Vasculares - Lasers Específicos 
Tipo de Laser Especificações Vantagens Desvantagens 
Nd:YAG 
Frequência 
dobrada 
532nm – q-
switched 
Ausência de púrpura, bom resultado 
em grandes vasos 
Menos específico para lesões 
vasculares, não indicado em crianças 
com lesões extensas (PWS) 
KTP 
532nm – quase 
contínuo 
Ausência de púrpura, bom resultado 
em grandes vasos 
Menos específico para lesões 
vasculares, não indicado em crianças 
com lesões extensas (PWS) 
568nm – 511nm 
quase contínuo 
Ausência de púrpura, bom resultado 
em grandes vasos, comprimento de 
onda dupla 
Menos específico para lesões 
vasculares, não indicado em crianças 
com lesões extensas (PWS) 
Laser Argônio 
577nm quase 
contínuo 
Ausência de púrpura, bom resultado 
em grandes vasos 
Menos específico para lesões 
vasculares, não indicado em crianças 
com lesões extensas (PWS) 
Laser Vapor de 
cobre 
578nm quase 
continuo 
Ausência de púrpura, bom resultado 
em grandes vasos, comprimento de 
onda dupla 
Menos específico para lesões 
vasculares, não indicado em crianças 
com lesões extensas (PWS) 
Laser Corante 
pulsado 
585nm pulsado 
Melhor especificidade vascular, seguro 
em crianças 
Púrpura após o tratamento 
Laser corante 
pulsado de longo 
pulso 
590 – 600nm pulsado 
Boa especificidade vascular, 
penetração mais profunda 
Púrpura mais discreta 
 www.inaesp.com.br 
 
52 
Fonte de luz 
intensa pulsada 
550-900nm pulsado 
Ausência de púrpura, penetração mais 
profunda 
Os parâmetros de tratamento 
necessitam ser mais bem definidos 
 
 
 
 
 www.inaesp.com.br 
 
53 
 
Lesões Vasculares - Resposta aos Tratamentos de Laser 
Tipo de Laser 
Lesão Vascular 
Hemangioma PWS 
Telangiectasias 
Faciais 
Poiquilodermiade 
Civatte 
Telangiectasias em 
MMII 
Nd:YAG Pobre Pobre Boa Desconhecida Regular 
KTP Regular Pobre Boa Pobre Regular/Pobre 
Criptônio Desconhecida Regular Boa Desconhecida Pobre 
Argônio Regular Regular Boa Pobre Pobre 
Vapor de cobre Regular Regular Boa Pobre Desconhecida 
corante pulsado Excelente Excelente Excelente Excelente Pobre 
Corante pulsado 
de longo pulso 
Excelente Excelente Excelente Excelente Boa 
LIP Desconhecida Regular Boa Boa Regular 
 
Fonte: Tais Amadio Menegat 2015 
 
Laser de Onda Contínua 
Laser Argônio 
Até o desenvolvimento dos PDL, o laser Argônio era o tratamento de escolha para 
PWS. Emite luz em 6 diferentes comprimentos de onda, que variam de 457,9 a 515,4 nm, 
em faixa azul/verde do espectro visível e produz onda contínua, embora possa ser 
intermitente. A profundidade de dano vascular é aproximadamente 1 mm e os comprimentos 
de onda são absorvidos tanto pela oxihemoglobina quanto pela melanina. Em razão da 
competição entre esses dois cromóforos, há menor penetração do laser ao nível do vaso em 
pacientes fototipo IV, V, VI e bronzeados. 
Diferentemente dos PDL, que causam dano térmico limitado no vaso, o laser argônio causa 
dano não seletivo das estruturas adjacentes, e como resultado da absorção da luz pela 
melanina, hipo e hiperpigmentação ocorrem em grande porcentagem nos pacientes; 5 a 
25% dos casos resultam em cicatrizes inestéticas ou atróficas. O tratamento com laser 
argônio é doloroso e necessita anestesia. Os cuidados pós-operatórios são importantes, 
uma vez que o tratamento leva ao deslocamento imediato da derme e epiderme. 
 Laser CO2 
Emite onda de 10.600 nm, infravermelha, que é primariamente absorvida pela água, 
resultando na vaporização do tecido durante a coagulação de vasos sanguíneos. O dano 
térmico produzido pelo laser de CO2 é não seletivo, causando agressão à epiderme e 
 www.inaesp.com.br 
 
54 
derme, com maiores efeitos colaterais. Embora não seja um laser de escolha para lesões 
vasculares, foi utilizado no passado. (BEYLOT, 2008) 
 Laser de Onda Quase Contínua 
Há lasers que, embora não emitam ondas contínuas de radiação, apresentam 
características pulsáteis tão rápidas que a pele as interpreta como uma fonte contínua de 
energia. São: laser de criptônio (520 a 568nm), Dye laser (577 a 585nm), laser de vapor de 
cobre, que emite luz de 511 a 578nm e o laser KTP em 532nm. 
 Laser de Vapor de Cobre 
Esse laser emite onda única de 578 nm ou combinada com uma de 511 nm. A série 
de pulsos é de 10 a 40 ns, com 2mJ de energia por pulso. Esse comprimento de onda é 
bem absorvido pela oxihemoglobina e pode penetrar mais profundamente no tecido-alvo. Os 
pulsos não podem ser emitidos individualmente. Os disparos seriados levam à destruição 
térmica do vaso-alvo e também ao dano térmico não seletivo. Embora não existam estudos 
comparativos com outros lasers, o laser de vapor de cobre parece ser efetivo em 
telangiectasias, PWS planas e escuras ou maduras e hipertróficas. No entanto, o dano 
seletivo pode levar à formação de cicatrizes, principalmente no tratamento de vasos 
menores. 
 Laser KTP (Potássio/Tritanil/Fosfato) 
Muitos lasers KTP pulsados são utilizados para lesões vasculares. O laser KTP de 
532 nm foi escolhido por ter comprimento de onda com boa absorção pela hemoglobina. 
Embora o mecanismo desse equipamento seja variável, todos produzem pulsos de 532 nm. 
O resultado de tratamento de lesões faciais é excelente. Não causa púrpura, podendo, no 
entanto, causar eritema, que em geral desaparece em menos de 24 horas. Sua limitação 
deve-se ao fato de que esse comprimento de onda trata bem os vasos superficiais, porém 
tem pouca penetração na pele, não atingindo vasos mais profundos. Como sua absorção 
pela melanina está aumentada, esse laser deve ser usado com cautela em pacientes foto 
tipo IV ou mais, pelo maior risco de desenvolver alterações pigmentares. (KALIL, et al., 
2009) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
55 
 Laser Pulsado 
 Laser Corante Pulsado 
O laser corante pulsado, Pulsed Dye Laser (PDL), o primeiro laser desenvolvido 
baseado na teoria da fototermólise seletiva, foi projetado especialmente para tratar 
interiormente vasos nas PWS em crianças. Apresenta comprimento de onda específico para 
os cromóforos da hemoglobina e segue o princípio da fototermólise seletiva. O modelo inicial 
de 577 nm correspondia a um dos picos de absorção da hemoglobina, sendo posteriormente 
ajustado para 585 nm, permitindo penetração mais profunda na derme, sem perda da 
especificidade vascular. Foram desenvolvidos para causar dano vascular específico nos 
vasos dérmicos de diâmetro de 100 ųm ou menos. Os parâmetros requeridos são: amplitude 
de pulso (pulsewidth) de menos 1 ms, comprimento de onda próximo ao pico de absorção 
da oxihemoglobina (541 a 577nm) e alto pico de densidade de energia, próximo a 10 Jm². A 
curta duração de pulso e o alto pico de densidade de energia distinguem esse laser de 
outros disponíveis para o tratamento das lesões vasculares. A amplitude de pulso menor 
que o tempo de relaxamento térmico dos pequenos vasos agride seletivamente as hemácias 
e as células endoteliais, sem causar dano térmico ao colágeno adjacente. Esse dano 
específico pode ser demonstrado histologicamente numa profundidade de 1,2 mm nas PWS 
tratadas, encontrando-se hemácias, fibrinas e plaquetas aglutinadas dentro dos vasos 
irradiados situados na derme papilar e reticular. A junção dermoepidérmica aparece intacta 
e os vasos sanguíneos são substituídos por estruturas dérmicas normais e capilares, sem 
fibrose, dentro de um mês após o tratamento. (CARDOSO, et al., 2006) 
O efeito imediato da aplicação é a formação de manchas púrpuras cutâneas, que 
duram de 10 a 14 dias. Os lasers de corante pulsado utilizam o corante rodamina, que 
produz comprimento de onda de 585 a 600 nm. Os equipamentos mais recentes, com 
duração de pulsos maiores, têm a capacidade de penetrar mais profundamente e tratar 
lesões de maior calibre. (CARDOSO, et al., 2006) 
Um exame histológico das PWS, após tratamento com PDL, demonstra uma 
epiderme intacta com vasos sanguíneos da pele superficial contendo eritrócitos aglutinados, 
fibrina e trombina. Esses achados histológicos correlacionam-se com a púrpura vista 
clinicamente, imediatamente após exposição aos PDL. Um mês após o tratamento, os vasos 
destruídos são substituídos por vasos de aparência normal, sem evidência de cicatriz na 
pele. (CARDOSO, et al., 2006) 
Os lasers mais novos de corante pulsado, variado ou ultra longo foram recentemente 
adicionados ao grupo de sistemas de PDL. Ao distribuir fluência de laser equivalente sobre 
 www.inaesp.com.br 
 
56 
durações de pulsos variáveis (mais de 40ms), esses aparelhos são capazes de tratar vasos 
de vários tamanhos. (CARDOSO, et al., 2006) 
 Laser Pulsado de Longo Pulso 
Foram inicialmente utilizados no tratamento de telangiectasias de perna de pequeno 
calibre e hoje já são empregados em grande variedade de lesões vasculares. Casos de 
PWS resistentes ou recalcitrantes podem agora ter resultados mais encorajadores 
utilizando-se o laser de pulso maior, com amplitude de pulso de 1,5 ms. Lasers pulsados de 
longo pulso, que emitem comprimento de onda de 590 a 600 nm com pulsos de 1 a 10 ms, 
são usados para tratar vasos de grande calibre e mais profundos, sendo também úteis no 
tratamento de lesões recalcitrantes de PWS. Outra área em que seu uso pode ser promissor 
é no tratamento das telangiectasias das pernas de maior calibre. (CORCOS, et al., 2005) 
 Laser Alexandrite 
O laser de alexandrite tem comprimento de onda de 755 nm. É utilizado 
principalmente para remoção de pelos. Esse comprimento de onda mais longo penetra mais 
profundamente na pele e é meno absorvido pela melanina superficial. Modelo: Q-switched, 
50-100μs Long pulsed, 10-50ms; Lasers Q-switched produzem pulsos muito curtos com um 
poder muito alto de pico. Variando aduração de pulso, as ondas podem ser distribuídas em 
milissegundos (alexandrite 20ms; diodo 10 a 250 ms). Esses lasers são também efetivos no 
tratamento de lesões vasculares e potencialmente úteis para tratar telangiectasias nas 
pernas e outras más-formações congênitas. Podem ter resultado satisfatório também em 
vasos de maior calibre. (TRINDADE, 2009) 
 Laser Nd:YAG 
Laser de luz infravermelha que emite comprimento de onda de 1.064 nm. Pode ser 
distribuído em modo contínuo ou pulsado (Q-swiched). Esse comprimento de onda é pouco 
absorvido pelos cromóforos da pele, permitindo uma maior penetração em profundidade de 
4 a 6 mm e ampla difusão de raios, resultando em dano térmico inespecífico para a pele. 
(NORONHA, et al.,2004) 
O laser Nd: YAG tem boa indicação para tratamentos de PWS volumosa e de 
hemangiomas, porém pode causar dano térmico inespecífico, é difícil prevenir o 
desenvolvimento de cicatrizes hipertróficas e alterações pigmentares permanentes, o que 
 www.inaesp.com.br 
 
57 
tem limitado seu uso no tratamento das lesões vasculares superficiais. (NORONHA, et 
al.,2004) 
Os lasers Nd: YAG pulsados de frequência dobrada emitem luz verde com 532 nm. 
Para produzir luz 532 nm, o comprimento de onda é divido ao meio e a frequência dobrada 
com um cristal óptico de Potássio/Tritanil/Fosfato (KTP). Esse comprimento de onda é 
próximo de um dos picos de absorção de hemoglobina, e a amplitude de pulso resultante 
em alguns sistemas de laser operam em milissegundos, próxima ao relaxamento térmico 
dos pequenos vasos cutâneos, aquecendo o vaso mais lentamente e causando dano 
térmico sem que ele seja rompido. (NORONHA, et al.,2004) 
Não há formação de púrpura e o tratamento é bem aceito pelos pacientes. As 
aplicações são realizadas em vasos individualmente, sendo difícil tratar áreas extensas 
como nos lasers pulsados. A penetração da luz 532 nm é mais superficial, mais difícil nas 
peles pigmentadas e menos efetiva por sessão de tratamento que nos lasers pulsados. 
(NORONHA, et al.,2004) 
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: 
-Patriota RCR. Laser um aliado na dermatologia. Rev Med São Paulo. 2007 
abr.-jun.;86(2):64-70.64 
 
Tratamento de lesões pigmentadas com laser 
O tratamento das lesões pigmentadas a laser foi realizado inicialmente com laser não 
seletivo, que apenas cauterizava as lesões, queimando indistintamente todos os 
componentes da pele. O princípio da fototermólise seletiva permitiu tratar de maneira 
seletiva as lesões pigmentadas. O primeiro laser desenvolvido utilizando esse conceito foi o 
flashlamp-pumped pulsed dye laser para tratamento de lesões vasculares. Todavia, os 
primeiros experimentos para tratamento de lesões pigmentadas foram realizados no início 
da década de 60, por Goldman, que utilizou o laser rubi no modo normal. 
A intenção do tratamento a laser para lesões pigmentadas é a de remover o 
pigmento indesejado, a melanina, sem, no entanto, destruir as estruturas circunjacentes. O 
melanossoma, organela intracelular que armazena melanina é o alvo que deve se atingir. 
Podem-se utilizar diversos lasers para tratar lesões pigmentadas, pois a melanina tem a 
capacidade de absorver vários comprimentos de onda. Os lasers com comprimento de onda 
maiores penetram mais profundamente na pele, podendo tratar lesões dérmicas, além de 
epidérmicas. Os lasers com comprimento de onda mais curtos tratam eficientemente as 
lesões epidérmicas, porém não são eficientes para tratar pigmentos dérmicos. 
 www.inaesp.com.br 
 
58 
Para decidir qual laser utilizar, deve-se determinar a localização do pigmento, se está 
localizado na epiderme ou derme. Além disso, a correta identificação da lesão determinará 
se o laser é a melhor indicação de tratamento (FOTO 27). (GUIRRO e GUIRRO, 2001) 
 
FOTO 26 - Principais Características Clínicas das Lesões Pigmentadas Tratadas com 
Laser. 
Lesões Epidérmicas Lesões Dérmicas Lesões Mistas 
Melanoses Nevo de Ota Pigmentação pós-
inflamatória Efélides Nevo de Ito 
Manchas café com 
leite 
Nevo melanocítico Melasma 
Nevo de Becker Nevo azul Nevo spilus 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
Lasers Utilizados 
Para obter um bom resultado com o tratamento a laser para lesões pigmentadas, é 
preciso levar em conta alguns fatores: a correta identificação da lesão; escolha adequada do 
aparelho, com base na profundidade do pigmento na pele e escolha da energia adequada a 
ser utilizada. (MAIO, 2004) 
Laser Não Seletivo 
Os lasers não seletivos não possuem capacidade de destruir especificamente o 
pigmento e lesam indistintamente todos os componentes da pele. Os mais utilizados são os 
lasers de CO2 e Er: YAG. Ambos os lasers têm afinidade pela água e, portanto, destroem 
indistintamente todas as estruturas da pele. (MAIO, 2004) 
Podem ser utilizados para tratar lesões pigmentadas epidérmicas com relevo, com os nevos 
verrugosos e a queratose seborreica pigmentada. Embora possam tratar efélides e 
melanoses eficientemente, uma vez que promovem a remoção da camada da pele, seu uso 
implica incidência maior de efeitos colaterais. (MAIO, 2004) 
 Lasers Seletivos 
São os mais adequados para o tratamento de lesões pigmentadas. O estudo da 
absorção da melanina mostra que ela absorve luz em uma faixa grande de comprimento de 
 www.inaesp.com.br 
 
59 
onda. A oxihemoglobina, no entanto, também absorve a luz em alguns desses 
comprimentos de onda. Os lasers para tratar pigmento devem, portanto, possuir 
comprimento de onda que seja preferencialmente absorvido pela melanina e pouco 
absorvido pela oxihemoglobina. A duração de pulso do laser deve ser muito pequena, menor 
do que o tempo de relaxamento térmico da estrutura-alvo, a melanina, para que o calor seja 
confinado apenas a essa estrutura e o mínimo de calor seja irradiado para os tecidos 
vizinhos. Os estudos mostram que o alvo é a melanossomas, estrutura celular que 
armazena a melanina. 
 
Tipos de Laser 
 Laser Quase Contínuo 
Dentre os lasers chamados de quase contínuos, aqueles com comprimento de onda 
pequenos, entre 510 e 532 nm, são excelentes para o tratamento de lesões pigmentadas 
epidérmicas. Embora seus pulsos sejam longos, maiores do que o tempo de relaxamento 
térmico do melanossoma, penetram superficialmente na pele, de modo a não gerar calor 
desnecessário na derme. 
Laser Pulsado Q-Switched 
Esses lasers possuem pulsos de curta duração, confinando o dano térmico ao alvo. 
Os lasers q-switched armazenam grande quantidade de energia, que é liberada 
abruptamente, na forma de pulsos muito curtos e que atingem altíssimas temperaturas 
(FOTO 27). 
 
FOTO 27 - Tipo de Laser com Comprimento de Onda, Duração de Pulso e Principal 
Indicação. 
Tipo de lesão Tipo de laser 
Diâmetro da ponteira 
(mm) 
Fluência 
(J/cm²) 
Melanoses 
Rubi 6,5 3 – 5 
Nd:YAG 4 3 
Alexandrite 4 3,4 
Corante pulsado 3 2,5 
Mancha café com leite 
Rubi 6,5 3 – 4,5 
Nd:YAG 3 1 – 1,5 
Alexandrite 3 2,5 – 3,5 
Corante pulsado 5 2 – 3,5 
Nevo de Becker 
Rubi 6,5 4,5 
Nd:YAG 3 1,5 – 1,8 
CO2 3 4 – 5 
 www.inaesp.com.br 
 
60 
Alexandrite 3 6 
Nevo Spilus 
Rubi 6,5 4,5 
Nd:YAG 3 1,5 – 2 
CO2 3 4 – 4,4 
Nevo de Ota 
Rubi 6,5 5 – 6 
Nd:YAG 3 5 
Alexandrite 3 6,5 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
Para que se obtenham bons resultados com o mínimo de efeitos colaterais, devem-
se levar em consideração alguns aspectos: 
- O paciente não deverá estar bronzeado. 
- Foto tipo IV e V devem ser alertados do maior risco de hipo ou hiperpigmentação. 
- Fazer uma boa documentação fotográfica. 
(MAIO, 2004) 
 
Tratamento de remoção de tatuagem 
 
As tentativas de remoção de tatuagens são tão antigas quanto o hábito de fazê-las. 
Os métodos mais antigos incluem dermoabrasão, salabrasão, crioterapia com nitrogênio 
líquido, quimiocirurgia, destruição térmica e excisão cirúrgica, com ou sem enxertia. Todos 
esses métodos podem resultar em cicatrizesinestéticas, muitas vezes piores do que a 
própria tatuagem. Os lasers oferecem grande vantagem nesse tipo de tratamento, pois, em 
razão da sua seletividade, superam todos os outros métodos em relação à baixa incidência 
de cicatrizes. (MAIO, 2004) 
As primeiras tentativas para remoção de tatuagem com laser ocorreram na década 
de 60, com o uso do laser de Rubi, q-switched. Esses experimentos foram abandonados na 
época por falta de recursos técnicos, mas foram retomados em 1983, com o 
desenvolvimento do conceito de fototermólise seletiva. Nesse intervalo de tempo, utilizaram-
se lasers de onda contínua tais como Argônio, CO2 e rubi, que embora fossem efetivos para 
remoção de pigmentos na derme, quase sempre deixavam sequelas. (MAIO, 2004) 
O conceito da fototermólise seletiva permitiu tratar determinados alvos na pele, poupando as 
estruturas circunvizinhas. Dessa forma, é possível atravessar a epiderme e fragmentar a 
tinta da tatuagem localizada na derme. A combinação do comprimento de onda ideal e do 
tempo de duração de pulso torna possível o confinamento da energia laser apenas no alvo. 
(SACKS, BARCAUI, 2004) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
61 
Tipos de Tatuagem 
As tatuagens são classificadas em: médicas, amadoras, traumáticas, profissionais e 
cosméticas. 
Tatuagens Médicas: geralmente utilizadas para a marcação de radioterapia e 
introdução de cateter 
Tatuagens Amadoras:são feitas de modo artesanal, geralmente com agulhas, 
utilizando nanquim ou grafite. São de cor cinza ou preta azulado, desbotadas e de contorno 
mal definido, pois a quantidade de tinta que se injeta é menor do que na tatuagem 
profissional. Raramente são coloridas 
Tatuagens Profissionais: são feitas com máquina manual que injeta pigmento na 
derme profunda, de modo uniforme. Essas tatuagens podem ser de cor única ou 
multicoloridas e as tintas utilizadas são corante organometálico. Com o tempo a cor pode 
desbotar, tornando mais fácil o tratamento 
Tatuagens Cosméticas: também conhecidas como maquiagem definitiva, são feitas 
manualmente. As tintas utilizadas são geralmente preta e marrom nas pálpebras e 
supercílios, e tons de vermelho a rosa nos lábios. Tintas de coloração da pele são usadas 
para correção de tatuagens cosméticas mal elaboradas e também para a correção de 
cicatrizes e manchas acrômicas 
 
Mecanismo de Eliminação das Tatuagens 
O clareamento das tatuagens deve-se a três mecanismos que ocorrem 
simultaneamente: 
* Eliminação transepidérmica: em razão do grande impacto que o laser provoca 
sobre os pigmentos das tatuagens, parte deles é lançada por meio da epiderme. Quando as 
crostas se destacam, podem-se observar fragmentos de tinta a elas aderida. 
* O principal mecanismo conhecido é a fragmentação dos pigmentos em pequenas 
partículas, que podem então ser fagocitadas pelos macrófagos e removidas por via linfática. 
 * Há a possibilidade de ocorrerem também alterações físico-químicas nos 
pigmentos, tornando-os menos visíveis. 
(SACKS, BARCAUI, 2004) 
 
Tipos de Laser 
 www.inaesp.com.br 
 
62 
Laser Nd: YAG 
Possui comprimento de onda de 1064 nm e duração de pulso de 10 ns, liberados 
com uma velocidade de até 10 Hz (o intervalo entre os pulsos pode ser controlado de 
maneira a tornar a sessão mais rápida). 
Trata eficientemente os pigmentos preto e azul. A sua vantagem sobre os outros 
lasers q-switched é a penetração mais profunda na derme, permitindo o tratamento de peles 
mais pigmentadas. (MAIO, 2004) 
Laser Nd: YAG de Frequência Dobrada 
Utilizando um cristal, a frequência do Nd: YAG pode ser dobrada, diminuindo o seu 
comprimento de 1064 nm pela metade, ou seja, 532 nm. A velocidade de liberação dos 
pulsos pode chegar a 10 Hz. Este laser pode tratar de maneira eficaz o pigmento vermelho 
e, algumas vezes, o pigmento amarelo. (MAIO, 2004) 
 Dye Laser 
Possui comprimento de onda de 510 nm e duração de pulso de 300 ns. É eficaz para 
tratamento de tatuagens de cores vermelha, amarela e laranja. (MAIO, 2004) 
 
Outras Considerações 
O prognóstico quanto ao número de sessões para remoção de tatuagem depende da 
avaliação clínica da lesão. De modo geral, as tatuagens amadoras são mais facilmente 
removíveis, uma vez que os pigmentos utilizados, o grafite e a tinta nanquim, são 
eficazmente destruídos pelo laser e a quantidade de pigmento na derme costuma ser bem 
menor do que na tatuagem profissional. O número estimado é de um a quatro. (SACKS, 
BARCAUI, 2004) 
As tatuagens profissionais utilizam os corantes organometálicos, menos suscetíveis 
ao laser, e são aplicadas em maior quantidade na pele. A quantidade de tinta é muito 
importante para avaliação do tratamento, portanto é necessário interrogar o paciente sobre 
retoques nas tatuagens antigas e sobreposição de tatuagem. A média de aplicações para 
se remover uma tatuagem profissional é de oito a dez sessões. (SACKS, BARCAUI, 2004) 
As tatuagens realizadas sobre cicatrizes são mais difíceis de remover, pois nem sempre a 
penetração do laser no tecido cicatricial se faz de maneira desejada. Isso vale também para 
 www.inaesp.com.br 
 
63 
as tatuagens que já tenham sido tratadas previamente com outro método não seletivo, como 
criocirurgia ou dermoabrasão. (SACKS, BARCAUI, 2004) 
As tinturas de cor escura como preto, azul escuro e alguns tons de verde, são mais 
facilmente removíveis, enquanto o amarelo, vermelho e azul são mais difíceis de remover e 
nem todos os tipos de laser são capazes de fazê-lo. (SACKS, BARCAUI, 2004) 
 
Tratamento de estrias, cicatriz de acne com laser 
Tanto para as estrias recentes como para as já instaladas, o tratamento vai dispor 
das mesmas técnicas, a quantidade de sessões e a combinação de protocolos é que varia. 
Atualmente, o emprego do laser tem possibilitado resultados muito satisfatórios no 
tratamento de estrias em ambas as fases. 
Nas estrias rosadas, ele provoca um fechamento dos pequenos vasos sanguíneos e 
estimula a formação de um novo colágeno, dando à estria uma tonalidade próxima à da pele 
e uma diminuição do seu tamanho. 
Já nas estrias nacaradas, o laser vai atuar basicamente estimulando um novo 
colágeno, visando somente a diminuição do seu tamanho. 
O tratamento a laser é feito em sessões mensais cujo número dependerá da largura, 
aquelas mais estreitas respondem e desaparecem completamente nas primeiras sessões, 
as mais largas, no entanto, exigirão sessões adicionais e melhoram de forma variável, e da 
sua localização, áreas que não estão sujeitas a hiperestiramento melhoram mais 
rapidamente. 
 
Lasers Mais Utilizados 
Os trabalhos referentes a estrias nos quais se nota mais rigor científico são os que 
citam a aplicação de Dye Laser, CoolTouch e Nd:YAG, apesar de existirem alguns trabalhos 
que citam o laser CO2. (BEYLOT, 2008) 
Na década de 1980, quando se iniciou o uso do pulsed dye Laser (seletivo para 
vasos) para tratamento de hemangiomas, observou-se melhora da qualidade das cicatrizes 
deixadas por tratamentos anteriores com laser de argônio (não seletivo). Essa eficácia se 
traduzia na diminuição de eritema (cor avermelhada) e normalização da textura da pele. 
Foram feitos estudos posteriores tratando especificamente esse tipo de lesão, vindo a 
confirmar os achados preliminares. (BEYLOT, 2008) 
 www.inaesp.com.br 
 
64 
Atualmente, os lasers seletivos de ação vascular, particularmente o dye Laser, têm 
comprovada ação nas cicatrizes eritematosas (avermelhadas), hipertróficas e queloides, 
além de melhorar a textura e a maleabilidade das cicatrizes de queimadura. (BEYLOT, 
2008) 
 
 
Dye Laser 
Trata-se do mais seletivo laser para o cromóforo-alvo oxihemoglobina,contida no 
sangue e transformado em energia térmica, havendo coagulação dos vasos. Meio líquido 
corante orgânico rodamina foi o primeiro de uma série de novos aparelhos de sistemas de 
laser designada a tratar cromóforos específicos e consequentemente especificar lesões. Oconceito de fototermólise foi desenvolvido por Anderson e Parish em Harvard no início de 
1980 e foi subseqüentemente aplicado no desenvolvimento desse laser.(MEDEIROS, 2005) 
Usa de 577 a 600 nm com luz amarela, apresenta flashlamp como fonte de energia e 
meio líquido com corante orgânico e base rodamina no meio ativo. Duração de pulsos de 
450 ųseg, havendo necrose intravascular e ruptura de parede do vaso. Logo após o 
tratamento ocorre formação de púrpura em virtude essa ruptura. (MEDEIROS, 2005) 
O Dye Laser vem sendo utilizado para tratamento de cicatrizes hipertróficas, 
queloides e estrias. Apesar de antagônicas as indicações, parece um mesmo mecanismo, 
agindo no processo de remodelação da cicatriz por intermédio da regressão de vasos 
sanguíneos neoformados e, portanto, na migração de fibroblastos da cicatriz, melhora a 
qualidade das cicatrizes e estrias. Esse ganho não é constante em todo paciente, não 
desaparece totalmente. (MEDEIROS, 2005) 
Existem várias hipóteses para explicar a melhora do Dye Laser nessa afecção: 
• A destruição da vasculatura das lesões levaria à isquemia, resultando na 
alteração do metabolismo do colágeno e liberação da colagenase. 
• O laser, embora seja de ação seletiva nos vasos, acaba por realizar 
hipertermia na derme circunjacente, promovendo assim a formação e reorganização do 
colágeno. 
• O aumento de mastócitos que ocorre na área irradiada pelo laser, 
possivelmente também desempenha algum papel nesse processo. A histamina (liberada 
pelos mastócitos) pode ter ação estimulante ou inibitória sobre a síntese de colágeno (os 
estudos são controversos). 
 www.inaesp.com.br 
 
65 
• Lasers no espectro da luz visível, utilizados com fluências baixas, podem 
estimular a proliferação de fibroblastos, levando ao aumento na produção de fibras 
reticulares, colágenas e elastinas. 
Há evidencias histológicas de aumento das fibras elásticas e redução clínica das 
estrias, após o uso do Dye Laser em fluência baixa de 3 J/cm² e feixe de 10 mm de 
diâmetro, com intervalos maiores, de dois a quatro meses, para que haja tempo suficiente 
para a formação de colágeno( 
(MEDEIROS, 2005) 
 
Os efeitos colaterais mais frequentes são púrpuras que duram de uma a duas semanas e 
discromias transitórias. Raramente ocorrem vesículas, crostas, alteração na textura da pele 
e cicatrizes. Os aparelhos mais modernos de PDL têm maiores comprimentos de onda (585 
nm, 590 nm, 595 nm e 600 nm), pulsos mais longos (1,5 a 40 milisegundos), fluências 
variando de 5 a 15 J/cm2, permitindo tratamento de lesões mais profundas, com menor risco 
de púrpura e mantendo a especificidade vascular. (MEDEIROS, 2005) 
 
Laser não ablativo 
Os lasers Nd: YAG pulsados de frequência dobrada emitem luz verde com 532 nm. 
Para produzir luz 532 nm, o comprimento de onda é divido ao meio e a frequência dobrada 
com um cristal óptico de Potássio/Tritanil/Fosfato (KTP). Esse comprimento de onda é 
próximo de um dos picos de absorção de hemoglobina, e a amplitude de pulso resultante 
em alguns sistemas de laser operam em milissegundos, próximo ao relaxamento térmico 
dos pequenos vasos cutâneos, aquecendo o vaso mais lentamente e causando dano 
térmico sem que esse seja rompido. (NORONHA, et al.,2004) 
Estudos realizados com o laser Nd:YAG de pulso longo, de 50 ms, ponteira de conta 
resfriada (-4ºC) e fluência de 50 a 100 J/cm² demonstram que menor a fluência efetiva é 
melhor para diminuir a ocorrência de efeitos adversos. (NORONHA, et al.,2004) 
O laser de Nd:YAG 1320nm, por sua vez, opera na faixa de absorção pela água, não 
havendo competição por outros cromóforos, o que diminui a incidência dos efeitos adversos 
de pigmentação cutânea. A absorção da luz pela água do tecido leva à dissipação da 
energia térmica por toda a área tratada, podendo haver aquecimento de até 2 mm de 
profundidade. (NORONHA, et al.,2004) 
O uso desse laser envolve mecanismos de proteção da epiderme com um spray de 
criógeno antes, durante e após o disparo do feixe (CoolTouch®, Roseville, CA – EUA). É o 
chamado laser não ablativo cujo nome comercial é Cooltouch ou Termacool. 
 www.inaesp.com.br 
 
66 
O laser não ablativo não é uma boa indicação para peles com alterações de 
superfície. Sua principal indicação é o estímulo da síntese e remodelação do colágeno 
(ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) . 
Por não atingir a epiderme, quem se submete a ele não precisa se afastar de suas 
atividades diárias, pois nenhum efeito é perceptível após o tratamento, podendo ocorrer 
apenas discreta vermelhidão durante algumas horas. Em compensação, os resultados 
também não são perceptíveis no curto prazo, sendo necessárias várias sessões para que 
sejam notadas melhoras nas rugas ou cicatrizes (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) 
O laser Cooltouch funciona provocando uma coagulação seletiva do colágeno, que 
atinge temperaturas ao redor de 42 graus. Um spray de nitrogênio é acionado quase 
simultaneamente ao tiro de laser, resfriando a epiderme e evitando queimaduras na sua 
superfície. (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) 
Os raios promovem colunas de coagulação na pele, mantendo a epiderme do local 
intacta, ou seja, não promovem sua ablação. Nessa coluna, inicia-se um processo de 
recomposição de toda a área coagulada, no sentido dermo-epidérmico, após algumas horas, 
com duração de 14 dias. O colágeno e as frações de pigmentos e de vasos que foram 
coagulados são eliminados através da epiderme. (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) 
Dependendo da fluência, a penetração dos raios é variável. Quanto maior a energia 
liberada, mais profunda será a ação e maior a colagênese, permitindo a modulação do 
resultado desejado. (ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) 
 Apesar de a melanina e hemoglobina não serem alvos desses lasers, a coluna do 
raio coagula parte de pigmentos e/ou vasos que forem atingidos por ela no momento da 
penetração na pele. Assim, mesmo indiretamente, ocorre remoção de pigmentos 
epidérmicos e dérmicos superficiais e também de alguns vasos sanguíneos menores. 
(ALEXIADES-ARMENAKAS, 2008) 
Os aparelhos mais usados no Brasil são os de 1.550 nm e 1.540 nm, existindo 
algumas diferenças entre eles. No laser de 1.540 nm, os raios são liberados de modo 
estático, “em carimbo”, em pulsos de 10-100 ms. Há duas ponteiras, uma com ação mais 
superficial (15 mm) e outra mais profunda (10 mm). As fluências usadas variam de 20 a 100 
mJ/cm². São capazes de causar dano térmico médio de 333 µ de largura e 1 mm de 
profundidade quando usadas com altas fluências. No 1.550 nm, os raios são liberados de 
maneira dinâmica através de uma ponteira coaptada ao handpiece. Somente com a 
movimentação desta sobre a pele é iniciado o tratamento. Esse aparelho permite controle 
automático da densidade dos raios, bem como da largura e profundidade das colunas de 
coagulação. 
 
 www.inaesp.com.br 
 
67 
Tratamento de hiperhidrose 
Quando a adrenalina entra em ação, seja por fatores emocionais, esforços físicos ou 
calor, as glândulas sudoríparas causam uma secreção que todos conhecemos por “suor”. 
No caso dos portadores de hiperidrose axilar, o suor é excessivo. (GONTIJO, et al.,2011) 
Não se tratando de doença grave, mas de situação extremamente desconfortável, que 
causa profundo embaraço social e transtornos de relacionamento e psicológicos no 
portador, este frequentemente se isola socialmente e adquire hábitos procurando esconder 
o seu problema. A hiperidrose é situação relativamente frequente, com incidência relatada 
entre 0,6 a 1% da população. (GONTIJO, et al.,2011) 
A sudorese excessiva envolvendo as glândulas sudoríparas écrinas e que excede as 
necessidades fisiológicas é chamada de hiperidrose, podendo acarretar sérias repercussões 
no âmbio social e profissional. Esse efeito pode provocar desde um simples 
constrangimento social, por estar usando uma roupa manchada por suor, até a necessidade, 
eventualmente, de mudar sua atividadede trabalho. (GONTIJO, et al.,2011) 
O suor detectado no aperto de mão pode passar uma falsa impressão de 
insegurança e nervosismo que podem a levar ao isolamento social e dificultar a relação 
interpessoal. Há, enfim, uma enorme variedade decorrentes de hiperidrose e que interferem 
negativamente na vida das pessoas afetadas. (GONTIJO, et al.,2011) 
O início dos sintomas pode ocorrer na infância, na adolescência ou somente na idade 
adulta, por razões desconhecidas. Eventualmente podemos encontrar história familiar. 
(SOLISH, et al.,2007) 
Os pacientes referem sudorese constante, às vezes inesperada, mas a maioria deles 
relata fatores agravantes. Os fatores desencadeantes da sudorese excessiva são o aumento 
da temperatura ambiente, o exercício, a febre, a ansiedade e a ingestão de comidas 
condimentadas. Geralmente há melhora dos sintomas durante o sono. (SOLISH, et al.,2007) 
O suor pode ser quente ou frio, mas a sudorese é constante. Pode afetar todo o corpo ou 
ser confinada à região palmar, plantar, axilar, inframamária, inguinal ou craniofacial. 
(SOLISH, et al.,2007) 
As roupas ficam constantemente molhadas e manchadas, com 
aspecto de má higiene e impressão de descontrole emocional. 
(SOLISH, et al.,2007) 
A pessoa que sofre desse mal frequentemente se isola socialmente e 
adquire hábitos para esconder a sudorese excessiva. Simples 
atividades diárias como escrever, apertar a mão de outra pessoa, 
 www.inaesp.com.br 
 
68 
segurar papéis podem ser muito complicadas para os portadores de hiperidrose. (SOLISH, 
et al.,2007) 
A termoregulação (regulação da temperatura corporal) está associada a dois tipos de 
glândulas na pele: as glândulas apócrinas e as glândulas écrinas. (CONNOLLY, et 
al.,2003) 
As glândulas apócrinas estão associadas aos folículos pilosos, então estão 
presentes em locais da pele nos quais possuem pelos. Mas sua relação com a 
hiperdrose é pouco importante. (CONNOLLY, et al.,2003) 
A hipersecreção das glândulas écrinas é que causam as alterações descritas. As 
glândulas écrinas estão mais concentradas nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés, 
e elas sim têm importante papel na termoregulação. O excesso de secreção dessa glândula 
écrina é que causa a hiperidrose. Existem de 2 a 5 milhões de glândulas écrinas distribuídas 
por todo o corpo. (CONNOLLY, et al.,2003) 
As causas podem ser as mais diversas, desde obesidade, menopausa, uso de 
drogas antidepressivas, alterações endócrinas e neurológicas com disfunção dos sistemas 
nervoso e até mesmo desconhecidas em alguns casos. (CONNOLLY, et al.,2003). 
Quando o quadro de hiperidrose é grave, ocorre gotejamento espontâneo na região 
afetada. Nos casos mais graves, a pele pode ficar macerada ou mesmo fissurada. 
(CONNOLLY, et al.,2003) 
Quando a sudorese é mais intensa na região axilar, outros sintomas desagradáveis 
são relatados. O exsudado pode causar odor fétido (bromidrose). O odor fétido é causado 
pela decomposição do suor e debris celulares de bactérias e fungos. Assim, pode contribuir 
para o aparecimento e manutenção de outras doenças de pele como infecções piogênicas, 
fúngicas, dermatite de contato, etc. (CONNOLLY, et al.,2003) 
 
Classificação da Hiperidrose 
A hiperidrose pode ser dividida em primária e secundária, mas também pode ser 
classificada em generalizada ou focal. A forma primária é aquela em que não há uma 
etiologia definida. Geralmente envolve as palmas e plantas, além das axilas que são áreas 
de maior concentração de glândulas sudoríparas écrinas. Está principalmente relacionada a 
fatores emocionais e por isso é chamada de hiperidrose cortical ou emocional. Esse quadro 
melhora durante o sono e após sedação. (REISFELD, et al.,2008) 
A hiperidrose secundária pode estar associada à obesidade. menopausa, drogas, 
distúrbios endocrinológicos (hipoglicemia, hipertireoidismo, feocromocitoma) e condições 
neurológicas autonômicas. (REISFELD, et al.,2008) 
 www.inaesp.com.br 
 
69 
 
Ação do Laser na Hiperidrose 
Recentemente, foi desenvolvida uma técnica que utiliza o laser 1064, para o 
tratamento da hiperidrose axilar. Com duas das três pequenas incisões de 1 mm na região 
das axilas, o laser é aplicado a nível dérmico, onde se encontram as glândulas sudoríparas. 
(GONTIJO, et al.,2011) 
A ação do laser ocorre pelo calor e as glândulas, sendo termosensíveis, vão 
sofrendo essa ação térmica até serem destruídas. Como não há necessidade de eliminação 
total das glândulas, a redução delas é feita até atingir níveis compatíveis com uma situação 
de sudorese que seja confortável para o convívio social do paciente. (GONTIJO, et al.,2011) 
O procedimento a laser é realizado sob anestesia local e sedação, não havendo restrições 
maiores, a não ser o bloqueio da exposição solar na área axilar pelo período de 30 dias. 
Esse é mais um avanço da tecnologia médica que vem contribuir para o sucesso dos 
procedimentos médicos e a consequente qualidade de vida do paciente. (GONTIJO, et 
al.,2011) 
 
Tratamento de remoção de pelos com laser 
 
O crescimento dos pelos em locais ou quantidade indesejáveis, que se denomina 
hirsutismo e hipertricose, pode resultar de distúrbios ou tumores de origem endócrina, de 
efeito colateral de medicamentos, ou ainda ser resultado de doenças ou traços genéticos. 
(GUIRRO e GUIRRO, 2001) 
A epilação a laser foi utilizada inicialmente para triquíase e áreas doadoras de 
enxertos obtidos de áreas pilosas no final da década 80. (GUIRRO e GUIRRO, 2001) 
 
Anatomia e Biologia do Folículo Piloso 
 
O folículo piloso é uma estrutura anexial complexa localizada na derme profunda e 
possui diâmetro médio de 100 a 300 ų. Pode ser dividido longitudinalmente em três partes 
(FOTO 6): 
 www.inaesp.com.br 
 
70 
* Bulbo: segmento mais inferior do folículo piloso e que se estende desde a base 
dele até a inserção do músculo eretor do pelo. 
* Istmo: porção média entre o músculo eretor do pelo e o ducto da glândula sebácea. 
* Infundíbulo: região localizada acima do ducto da glândula sebácea até a superfície 
da pele. 
 
 
 
 
 
 www.inaesp.com.br 
 
71 
FOTO 28: Folículo piloso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.sandro.com.br 15/06/2020 
 
O bulbo contém células matriz em rápida divisão, induzidas e mantidas pela papila 
dérmica. 
Recentes investigações em camundongos indicam que células denominadas células 
tronco teriam importância fundamental para a formação dos novos pelos e estariam 
localizadas na área chamada de bulge, próximas ao local da inserção do músculo eretor do 
pelo passasse da fase anágena. A medida que o pelo passa da fase anágena (ou 
crescimento ativo) para as fases seguintes catágena e telógena (ou de repouso), a papila 
dérmica se moveria para cima aproximando-se das células do bulbo, estimulando assim 
essas células a se proliferarem, formando uma nova matriz pilosa e ativa. As células se 
moveriam então novamente para baixo com a papila e se transformariam em células da 
matriz no início da nova fase anágena, continuando a dividir-se para a formação de nova 
haste do pelo. Na fase catágena, cessa a proliferação das células da matriz e esta regride 
antes de a papila mover-se para cima novamente e entrar na fase telógena (FOTO 7). 
(BORGES,2006) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
72 
FOTO 29 – Fase crescimento do pelo. 
Fonte: depilacaoalaser.net – 15/06/2020 
 
Mecanismo da Fotodestruição dos Folículos Pilosos 
Há três mecanismos pelos quais a luz pode destruir folículo piloso: 
* Térmico ou fototérmico – em razão do aquecimento local. 
* Mecânico – em razão da cavitação. 
* Fotoquímico – em razão da geração de medidores tóxicos como o oxigênio. 
(MAIO, 2004) 
Mecanismo Térmico ou Fototérmico 
Lasers fontes de luz não coerente foram introduzidos para induzir dano seletivo ao 
folículo piloso, e seu mecanismo segue o princípio da fototermólise seletiva. Esse princípio 
prediz que ocorrerá dano térmicoseletivo de uma estrutura-alvo pigmentada quando se 
aplica luz com fluência suficiente, em comprimento de onda preferencialmente absorvido 
pelo cromóforo-alvo, durante um tempo igual ou inferior ao tempo de relaxamento térmico da 
estrutura-alvo. (TRELLERS, 2009) 
No caso do folículo piloso, o cromóforo é a melanina endógena, localizada no bulbo 
piloso, na haste e no epitélio folicular, e ausente na derme. Para atingir a melanina folicular, 
comprimentos de onda na região do vermelho e infravermelho (300 a 1.100nm) são 
preferencialmente empregados. (TRELLERS, 2009) 
Acredita-se que a duração do pulso do laser tenha papel importante, como sugerido 
pela teoria da transferência térmica. A condução térmica durante o pulso do laser aquece 
 www.inaesp.com.br 
 
73 
uma região ao redor de cada local microscópico de absorção da energia óptica. Portanto, a 
área de confinamento térmico, assim como o dano térmico resultante, é fortemente 
relacionado à duração do pulso do laser. Pulso do laser q-switched danifica efetivamente 
apenas células pigmentadas individuais pelo confinamento do calor aos melanossomas, em 
conseqüência disso, por exemplo, há leucotríquia, mas não perde o pelo em animais após 
pulsos de laser rubi q-switched. Laser q-switched não promoveram perda permanente de 
pelos. (NUNES, et al., 2010) 
Lasers ou fonte de luz que operem na região do vermelho ou infravermelho são: 
laser de rubi, alexandrite, diodo, Nd:YAG e fontes de luz não coerente com filtros chamados 
de corte. O comprimento de onda desses lasers compõem a melanina e penetração 
profunda da derme. Assim, na região entre 600 a 1.100 nm é possível haver o aquecimento 
seletivo e profundo da haste do pelo, do epitélio do folículo piloso e da matriz. (TRINDADE, 
2009) 
Contudo, a melanina na epiderme representa um local competitivo pela absorção, 
principalmente em indivíduos de pele morena e negra. Assim, nesses casos, para proteger a 
epiderme deve-se utilizar duração de pulso maior, comprimento de onda mais longo e 
intensificar o resfriamento da epiderme. (TRELLERS, 2009) 
Com o resfriamento seletivo da epiderme consegue-se minimizar a lesão epidérmica. O 
resfriamento externo da pele pode ser realizado de várias maneiras: aplicação tópica de gel 
gelado, câmara de vidro resfriada ou ponta de contato de safira ativamente resfriada 
adaptada ao laser, ou ainda spray criogênico pulsado acoplado à peça de mão do 
laser.(TRELLERS, 2009) 
 
Fontes de Luz Laser e Não Laser Atualmente em Uso 
Até o momento, os seguintes lasers foram aprovados pela FDA para epilação (FOTO 
8): 
* laser de rubi; 
* laser alexandrite de pulso longo; 
* laser de diodo pulsado; 
* laser Nd:YAG; 
* fonte de luz intensa e pulsada; 
* laser Qs-Nd:YAG (NUNES, et al., 2010). 
 
 
 www.inaesp.com.br 
 
74 
FOTO 30 -Lasers Utilizados para Epilação. 
Laser 
Comprimento 
de onda 
Fluência 
Duração 
do pulso 
Spot size 
Dispositivo 
resfriament
o 
Scanner 
Características 
especiais 
Lasers Rubi 
E2000 (Palomar) 694 nm 
10-40 
J/cm² 
3-100 ms 10-20 mm Contato Não 
Reciclagem de 
fótons 
Epitouch 
(Sharplan) 
694 nm 
20-40 
J/cm² 
1,2 ms 4-6 mm Gel gelado Sim Modo duplo 
Epistar (Aesculap) 694 nm 
25-40 
J/cm² 
2 ms 7 mm Não tem Sim Modo duplo 
Lasers Alexandrite 
Apogee-40 
(Cynosure) 
755 nm 
5-50 
J/cm² 
5-40 ms 
7,10 e 12 
mm 
Ponteira 
resfriada 
Não - 
Epitouch 
(Sharplan) 
755 nm 
10-25 
J/cm² 
2 ms 5 a 10 mm Gel gelado Sim - 
Gentlelase 
(Candela) 
755 nm 
10-100 
J/cm² 
3 ms 8-18 mm DCD Não DCD 
Lasers Diodo 
Light Sheer 
(Coherent) 
800 nm 10-40 
J/cm² 
5-100 ms 9x9 mm Contato Não - 
Featherlite 
(LaserLite) 
800 nm Até 60w 50-250 
ms 
2,4 mm Contato Sim Scanner 
Epistar (Nidek) 800 nm Até 50 
J/cm² 
Até 100 
ms 
4,7 mm Não Não - 
Iriderm 800 nm 
Até 40 
J/cm² 
10-30 ms 7-10 mm Contato Não - 
Laser Nd:YAG Q-switched 
Softlight 
(Thermolase) 
1.064 nm 1-3 J/cm² 10 ns 7 mm Não Não 
Suspensão de 
carbono 
Medlite IV (Conbio) 1.064 nm 
Até 8 
J/cm² 
8 ns 4 mm Não Não - 
Laser Nd:YAG de Pulso Longo 
Cool Glide (Altus 
Medical) 
1064 nm 100 J/cm² 
10-100 
ms 
9x9 mm Não Não - 
Lyra (Lasercope) 1064 nm 
Até 150 
J/cm² 
10-50 ms 3-5 mm Não Não - 
Lâmpadas de Flash Pulsadas com Filtro 
Epilight (ESC) 590-120 0nm Ajustável Variável 8x33 mm Não Não Pulsos múltiplos 
Ellipse(DDD) 600-950 nm Ajustável Variável 10x48mm Não Não Pulsos múltiplos 
Fonte: DCD: Dynamic Cooling Device 2014 
 www.inaesp.com.br 
 
75 
Laser Rubi 
O laser rubi é bem absorvido pela melanina folicular. O modo normal (NMRL) produz 
pulsos mais longos do que o modo q-switched. Há pelo menos três lasers de rubi aprovado 
para remoção de pelo: Epilaser/E2000(Palomar), Epitouch Ruby(Sharplan/ESC) e o 
RubyStar(Aesculp Meditec). (MAIO, 2004) 
O Eiplaser foi amplamente utilizado nos EUA, tendo sido suplantado atualmente pelo 
E/2000, que libera pulsos de 3 a 100 ms, nos quais a energia do laser é dividida em dois 
pulsos de 3 ms, separados por intervalos de 100 ms. O E/2000 emprega também 
mecanismo denominado reciclagem de fótons, em que a luz dispersa de volta é refletida 
novamente para a pele, aumentando, assim, a fluência efetiva. (MAIO, 2004) 
O Epitouch e RubyStar são ambos lasers de rubi modo duplo, que podem operar 
tanto no modo q-switched como no modo pulsado normal para atingir os folículos pilosos. 
No modo pulsado longo, o Epitouch libera pulso de 1,2 ms, com spot size de 4 a 6 mm, e 
fluência de até 40J/cm² com spot menor. Gel gelado é usado para proteger a epiderme de 
dano térmico. O RubyStar libera pulsos de 2 ms com spot size de até 12 mm, e fluência de 
até 35J/cm². Uma peça de mão, com resfriamento por água, resfria a pele antes de 
liberação de pulso do laser. (MAIO, 2004) 
Grossman inicialmente tratou um grupo de 13 pessoas portadoras de pele clara e 
pelos escuros com NMRL, pulsos de 270 ųs, spot size de 6 mm e fluência de 20 a 60 35J 
/cm². 
O exame histopatológico das áreas tratadas com o laser mostrou vaporização das 
hastes dos pelos, lesão extensa e seletiva ao epitélio folicular evidenciada por rupturas 
focais, eosinofilia citoplasmática e condensação nuclear, e com áreas formando placas de 
necrose no epitélio folicular. O crescimento dos pelos foi avaliado em 1,3 e 6 meses após 
sessão única de tratamento. 
Após um e três meses observou-se retardo estatisticamente significante em todas as 
fluências, tanto nos locais depilados com cera como nos raspados previamente ao 
tratamento. 
Após seis meses, houve redução significativa no número de pelos nas áreas 
raspadas e tratadas com 60 J/cm². Embora em 5 de 13 pacientes tenha havido novo 
crescimento completo de pelo, 4 pacientes ainda obtiveram taxas inferiores a 50%, que se 
mantiveram no seguimento de dois anos após o tratamento. Os autores desse estudo 
concluíram que as duas respostas diferentes, atraso no crescimento e perda permanente de 
pelo são provavelmente causadas pela indução de telógeno e minimaturização de folículo 
piloso terminais. 
 www.inaesp.com.br 
 
76 
 
Laser Alexandrite de Pulso longo 
O laser alexandrite emite luz de 755 nm e como o laser de rubi tem por alvo a 
melanina folicular. Embora sua absorção pela melanina seja discretamente menor que a do 
laser de rubi, sua absorção efetiva pela haste do pelo não é muito diferente, porque o 
tamanho relativamente grande do folículo permite a absorção de toda energia alcançada. De 
fato, isso pode ser vantajoso, porque a absorção não desejada pela melanina epidérmica é 
reduzida. Outras vantagens incluem, ao menos teoricamente, profundidade maior de 
penetração, duração maior do pulso mais próxima ao tempo de relaxamento térmico do 
folículo piloso e frequência dos pulsos de até 5 Hz em alguns sistemas. Estudos revelaram 
que quando aplicado três a cinco sessões espaçadas em um total de cinco a oito meses, 
consegue-se a erradicação do pelo de 75 até 95%. (TRINDADE, 2009)Laser Diodo Pulsado 
O sistema de laser de diodo é um laser de 800 nm semicondutor, composto de matriz 
de arseniato de gálio. É naturalmente incolor, mas para aumentar a segurança foi 
adicionado o alumínio à luz invisível do laser, com o intuito de conferir uma tonalidade 
avermelhada à radiação, impondo assim mais cuidado por parte do operador. (FOTO 9) É 
destinado ao tratamento dos pelos indesejáveis, de manchas pigmentadas e de 
teleangectasias vasculares. (IBRAHIMI, 2012) 
 
FOTO 31 - Ponteira diodo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Light sheer 2020 
 www.inaesp.com.br 
 
77 
 
Suas contraindicações são: 
- História de cicatriz queloideana. 
- Infecção ativa ou história de herpes simples na área tratada. 
- Vitiligo. 
- Uso de Isotretinoína oral nos quatro meses que antecedem o tratamento 
(relativa). 
- Pacientes ruivos e com pelos muito claros. 
- Pelos brancos. 
- Distúrbio hormonal podem fazer voltar os pelos (cuidado: menopausa pode 
ser um distúrbio hormonal) 
- Aplicação sobre nevo displásico. 
Irá atuar na absorção da radiação pela melanina da haste do pelo que leva a um 
superaquecimento do folículo, com consequente propagação do calor para as células mãe 
agrupadas em volta da sua camada mais externa, na área próxima à inserção do músculo 
eretor do pelo (bulge). A artéria e veia nutridora de cada folículo também são atingidas, 
aumentando ainda mais a eficácia do tratamento. (IBRAHIMI, 2012) 
A melanina da epiderme compete com a melanina do pelo na absorção da luz, aumentando 
o risco de efeitos colaterais. Quanto maior a barreira de melanina da epiderme, menor a 
margem de segurança do tratamento, por isso o risco é maior em peles morenas ou 
bronzeadas. (HALACMI, 2012) 
A duração ideal do pulso deve ser aquela em que o intervalo de tempo entre um feixe 
de raio e outro seja maior do que o tempo de relaxamento térmico da epiderme e próxima ou 
menor que o tempo de relaxamento térmico do bulbo. Com isso consegue-se a destruição 
de toda a estrutura do folículo, poupando a epiderme do calor excessivo. (HALACMI, 2012) 
Também no sentido de poupar a epiderme, a ponteira do aparelho é resfriada. Ela entra em 
contato direto com a superfície da pele resfriando-a, aumentando assim a margem de 
segurança. (HALACMI, 2012) 
Para que o tratamento seja eficaz é necessário que o folículo piloso esteja na fase 
anágena, pois nessa fase há uma maior concentração de melanina no bulbo capilar, sendo 
portanto mais atingido pelo laser. (IBRAHIMI, 2012) 
Ao término das sessões nota-se a ausência de pelos na área tratada. Geralmente os 
pelos terminais não retornam mais. Após algum tempo pode-se notar a presença de pelos 
lanugos (enugem) nos locais tratados, mas esles não causam incômodo ao paciente. 
(IBRAHIMI, 2012) 
 www.inaesp.com.br 
 
78 
Em alguns casos, vários meses após a última sessão, começam a se observar pelos 
terminais que já haviam desaparecido. Muito provavelmente tratam-se de pelos de evolução 
muito lenta que infelizmente não foram atingidos nem uma vez na fase anágena. Nesse 
caso deve-se explicar ao paciente e propor mais uma sessão para finalizar. (HALACMI, 
2012) 
Para um bom resultado é necessário respeitar o ciclo de crescimento dos pelos, que 
varia de acordo com a região do corpo. O intervalo entre as sessões é o intervalo entre as 
fases anágenas dos pelos (FOTO 10). (IBRAHIMI, 2012) 
 
FOTO 32 – Tabela de intervalo de sessão. 
Área tratada Intervalo entre as sessões (semanas) 
Face 4 
Axilas 4 
Virilha 4 
Dorso 4 a 8 
Pernas 4 a 8 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
O número de sessões também varia de acordo com a área a ser tratada. Geralmente 
são necessárias de três a seis sessões para completar o tratamento. No caso do buço, 
deve-se orientar o cliente que nesse local necessárias é necessário um número maior de 
sessões (em média de cinco a seis) por tratar-se de pelos muito finos. No caso da barba 
masculina são necessárias seis ou sete sessões para tratamento completo, pela alta 
densidade de fios. (IBRAHIMI, 2012) 
A técnica é muito simples. É considerado o aparelho de laser de mais fácil operação. 
Iniciamos passando um anestésico tópico (Emla ou Anestop) 45 min antes do procedimento, 
limpamos a área tratada com sabonete neutro ou clorexidine; são retirados objetos refletores 
da área a ser tratada e a sala deve estar refrigerada. O uso de proteção ocular é obrigatório 
tanto para paciente quanto para o terapeuta. (HALACMI, 2012) 
É obrigatório raspar o local a ser tratado antes do procedimento. Se o pelo estiver 
grande ocorrerá um superaquecimento da sua parte externa, o que queimará a epiderme , 
além de sequestrar um pouco de energia que iria para o bulbo. (HALACMI, 2012) 
Para iniciar a aplicação do laser de diodo devemos aplicar o um gel base de água na 
área a ser tratada. No primeiro disparo devemos fazer o teste inicial observando-se a 
resposta cutânea que geralmente responde com eritema e edema perifolicular. Alguns pelos 
ficam queimados e saem facilmente com a pinça, sem resistência. Em indivíduos de pele 
 www.inaesp.com.br 
 
79 
clara essa resposta é facilmente observada, em pacientes de pele escura essa resposta não 
é observada com muita clareza. Se houver muito eritema nesses pacientes é necessário 
diminuir a fluência do aparelho, pois pode significar complicações futuras. Outro sinal de 
perigo é o eritema muito marcado com o formato de lente. (IBRAHIMI, 2012) 
Durante a realização do procedimento deve-se tomar o cuidado de limpar a ponteira 
do aparelho para evitar a presença de substâncias que impeçam a passagem de luz. 
Aplica-se em toda a área a ser epilada com o cuidado de se fazer um pouco de 
superposição. Não há problemas em se aplicar na mesma área duas vezes. (IBRAHIMI, 
2012) 
Na tabela abaixo (FOTO 11) estão indicados os parâmetros iniciais para todos os 
tipos de tratamentos. Ressalto que podem existir variações num mesmo fototipo e, portanto, 
deve-se sempre fazer o teste inicial. (HALACMI, 2012) 
 
FOTO 33 – Parâmetro de tratamento. 
Foto tipo 
 
Diâmetro do Pelo Densidade 
Fluência/ 
Duração 
I 
Fino Independe 35/ auto 
Grosso 
Baixa 35/30 
Alta 30/30 
II 
 
Fino Independe 25/auto 
Grosso 
Baixa 30/30 
Alta 25/30 
III 
Fino Independe 25/auto 
Grosso 
Baixa 30/30 
Alta 25/30 
IV 
 
Fino Independe 25/30 
Grosso 
Baixa 25/100 
Alta 25/100 ou 400 
V 
 
Fino Independe 20/100 
Grosso 
Baixa 20-25/400 
Alta 20/400 
VI 
Fino 
Baixa 15-20/100 
Alto 15-20/400 
Grosso 
Baixa 15-20/400 
Alta 15-18/400 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
Se estiver tratando a barba masculina deve-se abaixar 5 J dos parâmetros indicados. 
Nas sessões subsequentes, antes de iniciar, pergunte ao paciente sobre bolhas, crostas ou 
alterações da pigmentação. De acordo com a resposta aumente ou abaixe as fluências 
iniciais. 
 www.inaesp.com.br 
 
80 
 
Temos que ter alguns cuidados pós-tratamento como: 
- Fazer compressas frias de soro ou de gelo nos locais tratados. 
- Usar um creme calmante imediatamente após o tratamento, três vezes ao dia, até 
sumir o eritema (Diprogenta ®). 
- As crostículas que se formam após o laser são normais e não devem ser retiradas. 
Caem naturalmente entre dois e três dias. 
- Usar filtro solar diariamente nas áreas tratadas a cada três horas. 
 
Laser Nd: YAG 
Onda contínua, pulsado e q-switching com pulsos de 10 ns, comprimento de onda de 
1064 nm, pulsado e com duração de pulso de 10 ns para pigmentos escuros, remodelação 
não ablasiva, remoção de pelos, cromóforo-alvo proteína tecidual. (NORONHA, et al.,2004) 
Estudos realizados com o laser Nd:YAG de pulso longo, de 50 ms, ponteira de conta 
resfriada (-4ºC) e fluência de 50 a 100 J/cm² demonstram que menor a fluência efetiva é 
melhor para diminuir a ocorrência de efeitos adversos. (NORONHA, et al.,2004) 
Kilmer, em 2000, avaliou a eficácia e segurança desse laser na remoção de pelos, e 
obteve os melhoresresultados com fluência de 50 a 60 J/cm² e pulsos de 15 a 30 ms, 
respectivamente. Houve uma redução média de pelos em 27%, 3 meses após a primeira 
sessão e em 47%, 6 meses após a segunda aplicação, realizada com intervalo de 3 meses. 
 
Destruição Mecânica 
A destruição fotomecânica dos pelos foi utilizada exclusivamente para fins 
cosméticos. A técnica se chama Softlight, utilizava inicialmente um cromóforo aplicado de 
forma exógena. Nessa técnica, suspensão de óleo mineral de partículas de carbono era 
aplicada à pele antes do tratamento. As áreas eram então expostas aos pulsos 
extremamente curtos de ordem de nanossegundos do Qs Nd:YAG. Foi postulado que a 
absorção de luz pelas partículas de carbono dentro dos folículos e seu aumento rápido de 
temperatura geravam ondas fotoacústicas. Esse efeito causaria, portanto, desrupção 
mecânica de células foliculares, causando um retardo no novo crescimento dos pelos. 
(NUNES, et al., 2010) 
Laser QS Nd:YAG 
 www.inaesp.com.br 
 
81 
O laser neodímio:ítrio alumínio granado q-switched (QS Nd:YAG) foi utilizado 
inicialmente para remoção de pelos. Emite irradiação laser de 1064 nm e comprimento de 
onda absorvido em menor grau pela melanina. Estudo utilizando essa abordagem em região 
axilar e inguinal com sessões repetidas e intervalo de um mês, durante quatro meses 
documentou ao menos a eficácia temporária desse método. Vários outros autores 
demonstram em estudos similares a perda significativa em 12 semanas após o tratamento, 
mas não se manteve depois de 6 meses, mesmo após sessões múltiplas. (NUNES, et al., 
2010) 
Estudos recentes mostram que em aplicação sem o uso de preparação tópica 
adjuvante e utilizando om spot size de 4 mm com fluência de 10J /cm², ocorre a redução 
temporária do crescimento do pelo, de duração de um a quatro meses, decorrente, 
provavelmente, mais do prolongamento da fase telógena. A redução permanente não é 
usual, mas pode ser vista em até 30% dos pacientes, após pelo menos três sessões. 
(NUNES, et al., 2010) 
Apesar do efeito temporário, o laser QS Nd:YAG tem algumas vantagens: é o mais 
rápido entre todos os lasers e, por não depender da melanina folicular, teoricamente pode 
ser utilizado para tratar várias cores de pelos. Além disso, a melanina epidérmica não é 
afetada, evitando-se, assim, muitos dos efeitos colaterais que podem ocorrer com outros 
lasers. Por essa qualidade e por ser relativamente indolor, esse laser foi utilizado com bons 
resultados em crianças com hipertricose langinosa congênita. Relatam-se também bons 
resultados para pseudofoliculite de barba. (NUNES, et al., 2010) 
 
Mecanismo Fotoquímico - Terapia Fotodinâmica 
Essa técnica emprega a combinação de radiação não ionizante com drogas 
fotossensibilizantes que se localizam temporariamente dentro dos tecidos-alvo. A ativação 
dessa droga por comprimento de onda adequada selecionado de luz laser ou não laser 
causa destruição tecidual seletiva, enquanto minimiza a lesão dos tecidos circundantes. 
Ácido Aminolevulínico (ALA), administrado por via oral, induziu necrose epidérmica focal e 
lesão fototóxica às glândulas sebáceas e aos folículos pilosos de camundongos pela 
indução da síntese de protoprofirina. A aplicação tópica da ALA à pele poderia induzir a 
formação de protoporfirina IX pelas células foliculares, e a ativação pela luz causaria dano 
folicular e morte celular. (MACHADO, 2000) 
Um estudo de 1995 utilizou esse princípio para remover pelos indesejados. Onze 
pacientes foram envolvidos nesse estudo. Cada área foi depilada, sendo aplicado, em 
seguida, ALA tópico a 20%. Três horas após, as áreas tratadas foram expostas à luz de 
 www.inaesp.com.br 
 
82 
comprimento de onda de 630 nm e fluência de 100 a 200 J/cm². O exame histopatológico 
posterior evidenciou lesão seletiva à epiderme e folículo piloso, com preservação da derme. 
(MACHADO, 2000) 
A vantagem dessa terapia é que ela pode ser utilizada em pacientes com variedade 
de cores de pelos e de pele (FOTO 12). Embora se suponha que a fotossensibilidade 
ativada possa causar dano à membrana celular pela formação de oxigênio para as 
estruturas celulares, transformação e mutagênese significativa foram demonstradas em 
sistemas de culturas de mamíferos. Como ainda não há relatos sobre o seguimento a longo 
prazo de pacientes, são necessários mais trabalhos clínicos antes que a terapia 
fotodinâmica seja utilizada como método confiável para remoção de pelos a longo prazo. 
(MACHADO, 2000) 
 
 
FOTO 34 - Lasers Utilizados para Epilação. 
Laser 
Comprimento 
de onda 
Fluência 
Duração 
do pulso 
Spot size 
Dispositivo 
resfriamento 
Scanner 
Características 
especiais 
Lasers Rubi 
E2000 (Palomar) 694 nm 
10-40 
J/cm² 
3-100 ms 10-20 mm Contato Não 
Reciclagem de 
fótons 
Epitouch 
(Sharplan) 
694 nm 
20-40 
J/cm² 
1,2 ms 4-6 mm Gel gelado Sim Modo duplo 
Epistar (Aesculap) 694 nm 
25-40 
J/cm² 
2 ms 7 mm Não tem Sim Modo duplo 
Lasers Alexandrite 
Apogee-40 
(Cynosure) 
755 nm 
5-50 
J/cm² 
5-40 ms 
7,10 e 12 
mm 
Ponteira 
resfriada 
Não - 
Epitouch 
(Sharplan) 
755 nm 
10-25 
J/cm² 
2 ms 5 a 10 mm Gel gelado Sim - 
Gentlelase 
(Candela) 
755 nm 
10-100 
J/cm² 
3 ms 8-18 mm DCD Não DCD 
Lasers Diodo 
Light Sheer 
(Coherent) 
800 nm 10-40 
J/cm² 5-100 ms 9x9 mm Contato Não - 
Featherlite 
(LaserLite) 
800 nm Até 60w 50-250 
ms 
2,4 mm Contato Sim Scanner 
Epistar (Nidek) 800 nm Até 50 
J/cm² 
Até 100 
ms 
4,7 mm Não Não - 
Soprano – Gold 
Standard 
810 nm 
1 - 20 
J/cm² 
5-30 ms 10x12mm 
Contato 
termoelétrico 
(TEC) 
Não - 
Laser Nd:YAG Q-switched 
Softlight 
(Thermolase) 
1.064 nm 1-3 J/cm² 10 ns 7 mm Não Não 
Suspensão de 
carbono 
Medlite IV (Conbio) 1.064 nm 
Até 8 
J/cm² 
8 ns 4 mm Não Não - 
Laser Nd:YAG de pulso longo 
Cool Glide (Altus 
Medical) 
1064 nm 100 J/cm² 
10-100 
ms 
9x9 mm Não Não - 
Lyra (Lasercope) 1064 nm 
Até 150 
J/cm² 
10-50 ms 3-5 mm Não Não - 
Lâmpadas de Flash Pulsadas com Filtro 
Epilight (ESC) 590-120 0nm Ajustável Variável 8x33mm Não Não Pulsos múltiplos 
Ellipse(DDD) 600-950 nm Ajustável Variável 10x48mm Não Não Pulsos múltiplos 
 www.inaesp.com.br 
 
83 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
Soprano - Gold Standard 
O Soprano é um sistema de epilação a laser de diodo – Gold Standard com 812 nm, 
foi desenvolvido pensando no bem-estar do paciente. É o primeiro sistema de epilação a 
laser que realiza o procedimento com desconforto mínimo em qualquer tipo de pele e pelo. 
Possui sistema de resfriamento através da ponteira resfriada; o procedimento é realizado 
com a ponteira IN MOTIONTM Technology, que permite o aquecimento gradual dos folículos 
pilosos com menor absorção de energia na superfície da pele, esse processo é chamado de 
Fototermólise Volumétrica. (MENEGHEL, et al., 2009) 
Modo de Operação 
Possui dois modos de operação empregando a tecnologia CW™ (Continuous Wave): 
* Modo SHR (Super Hair Removal):utiliza uma série de pulsos de baixa potência e 
alta frequência (10 Hz) para aumentar gradativamente a temperatura do folículo até 50º C 
enquanto os tecidos ao redor alcançam cerca de 45º C. A aplicação gradual de calor, em 
movimento, usa os cromóforos dos tecidos ao redor como reservatórios de calor para 
aumentar a temperatura do folículo. Isso, junto com a energia absorvida pelo folículo, o 
destrói e previne o crescimento dos pelos. A aplicação gradual de energia em movimento 
resulta em um procedimento muito rápido e sem dor. (MENEGHEL, et al., 2009) 
O objetivo da aplicação no modo SHR é alcançar o acúmulo de energia (KJ) para 
uma determinada área (100 cm²). Seguir os parâmetros conforme a foto 13. 
 
FOTO 35 – modo SHR. 
Foto tipo de 
Pele 
Fluênc
ia (J/cm²) 
Tamanho 
da Área (cm²) 
Energia 
Acumulada (KJ) 
I 10 100 10-12 
II 10 100 10-12 
II 10 100 10-12 
IV 8 100 10-12 
V 7 100 10-12 
 www.inaesp.com.br 
 
84 
VI 5 100 10-12 
Fonte: Soprano 2020 
Uma forma alternativapara determinar os parâmetros é por área anatômica conforme 
descrito abaixo na foto 14. 
 
FOTO 35 – parâmetro por área. 
Área (Tipo de 
Pele) 
Foto tipo de 
pele 
Fluência 
(J/cm²) 
Área (cm²) Energia 
Acumulada (KJ) 
Axilas 
I a III 9-10 60 6,0-7,2 
IV a V 8-9 60 6,0-7,2 
VI 5 60 6,0-7,2 
Buço 
I a III 7 15 1,5-1,8 
IV a V 6 15 1,5-1,8 
VI 5 15 1,5-1,8 
Virilha 
I a III 8-9 30 3,0-3,6 
IV 6 30 3,0-3,6 
V a VI 5 30 3,0-3,6 
Barba 
I a III 7 25 2,5-3,0 
IV 6 25 2,5-3,0 
V a VI 5 25 2,5-3,0 
Fonte: Soprano 2020 
 
*Modo HR(Hair Removal): utiliza pulso único contínuo e de alta energia para ser 
absorvido pelo folículo por meio da fotosseletividade. A energia absorvida causa dano 
térmico ao folículo e previne o crescimento dos pelos. A repetição dos pulsos chega a 3 Hz 
e providencia um tratamento rápido(FOTO 15). O resfriamento em “Dual Mode” garante 
melhor conforto ao paciente (FOTO 16). (MENEGHEL, et al., 2009) (FOTO 17) 
 
FOTO 36 – Dual Mode. 
 
 
 
 
Fonte: MENEGHEL, et al., 2009 
 
 
 
 www.inaesp.com.br 
 
85 
FOTO 37 – Modo HR. 
Foto tipo de Pele 1 ªsessão 2ª sessão 3ª sessão 4ª sessão 5ª sessão 
I 45-55 50-60 55-65 60-70 65-75 
II 40-50 45-55 50-60 55-65 60-70 
III 35-45 40-50 45-55 50-60 55-65 
IV 30-40 35-45 40-50 45-55 50-60 
V 25-35 30-40 35-45 40-50 45-55 
---- ---- BARBA HOMEM ---- ---- 
I a III (IV) 25 (IV) 30 (III) 35 (III/II) 40 (III/II) 45 
IV (V) 20 (V) 25 (IV) 30 (IV) 35 (IV)40 
V (VI) 15 (VI) 20 (V) 25 (V) 30 (V) 35 
Fonte: Soprano 2020 
 
 
FOTO 38 – SHR E HR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Nessa imagem vemos o equipamento configurado para aplicação do laser de 
diodo no modo HR (Hair Removal), que trabalha ponto a ponto utilizando altas energias. 
Essa configuração é mais comumente indicada para o tratamento de pequenas áreas. 
2. Na segunda imagem, o equipamento está configurado para operar no modo SHR 
In MotionTM (Super Hair Removal), onde a aplicação é contínua e com baixas energias, 
sendo indicado para o tratamento de grandes áreas e de maior sensibilidade. 
Fonte: ORRINGER, et al., 2006 
 
Cuidados Pós-tratamento 
* Evitar exposição solar e maquiagem por 12 horas. 
* Evitar manipular a pele. 
* Lavar a região com sabonete antisséptico. 
* Aplicar diariamente gel cicatrizante com filtro solar. 
* Não usar no local creme gorduroso. 
 www.inaesp.com.br 
 
86 
(ORRINGER, et al., 2006) 
Caso tenha interesse em saber mais sobre este assunto indico os seguintes artigos: 
- Soprano XL Achieves Efficacious Hair Removal with Decreased PainThe Aesthetic 
Guide March/April 2009 Study will be presented at the ASLMS annual conference April 
2009 
 
Luz intensa pulsada - LIP 
 
Conhecida como Luz Intensa Pulsada, Luz Pulsada Variável ou Luz Pulsada 
Controlada é compreendida pela emissão de um relâmpago de luz de alta intensidade e 
duração controlada diretamente sobre a pele do paciente na região em tratamento por 
intermédio de um sistema eletrônico microprocessado específico para essa finalidade 
(emitindo de 515 a 1200 nm). Esse dispositivo produz luz pulsada não coerente em 
durações de pulso variáveis e intervalos. Uma série de filtros descontínuos é usada para 
mudar o espectro no alcance, aumentado de 515 a 590 nm, a fim de tratar lesões 
vasculares. (SICA, 2009) 
A técnica de Luz Intensa Pulsada oferece uma série de vantagens em comparação 
com os sistemas de fototerapia tradicionais que utilizam a luz Laser, a começar pelo seu 
custo que é bastante inferior. As áreas de emissão luminosa dos sistemas de Luz Intensa 
Pulsada são muito maiores que as dos sistemas laser e, além disso, os sistemas de Luz 
Intensa Pulsada são muito mais flexíveis e seguramente adaptáveis aos diferentes tipos de 
coloração de pele. (ROSS, 2006) 
O aparelho gera uma variedade de fluência (acima de 80 J/cm2) nos modos de pulso 
único, duplo ou triplo, no domínio 2-10 ms. A luz é distribuída por uma fibra em uma abertura 
de 8x15 mm ou 8x35 mm ou em outras configurações conforme o aparelho, permitindo o 
tratamento de áreas amplas. Em um esforço para diminuir o prejuízo na epiderme e 
aumentar a eficácia da energia da luz em vasos mais profundos, um gel de resfriamento de 
ligação é aplicado na pele. A maior vantagem desse aparelho é a sua versatilidade, 
apresentando amplo alcance dos comprimentos de onda e as durações de pulso, que 
permitem o tratamento de lesões vasculares mais profundas. A púrpura no pós-operatório 
não é produzida na maior parte dos pacientes, mas pode ocorrer com o uso de altas 
fluências e durações de pulso curtas. As desvantagens da fonte IPL são: períodos mais 
longos de tratamento, se comparados ao PDL; o número maior de sessões de tratamento 
exigido para tratar lesões vasculares e o grau de experiência e paciência necessário pelo 
operador do laser para obter resultados excelentes. (HEYMANN,2007) 
 www.inaesp.com.br 
 
87 
Uma incidência maior de efeitos adversos, tais como alterações no pigmento, formação de 
bolhas e de cicatrizes, foram relatados, mas recentes melhoras no software têm ajudado a 
reduzir o risco de efeitos adversos. A fonte de IPL mostrou ser eficaz no tratamento de 
telangiectasias faciais e dos membros inferiores, hemangiomas e PWSs. Também foi usada 
em fotorrejuvenescimento sem uso de corte e para destruir folículos pilosos. (SICA, 2009) 
 
[ATENÇÃO] 
 
Mecanismo de Ação 
É gerada por lâminas de flash que liberam comprimentos de onda entre 550 e 1.100 
nm, emitindo uma luz policromática, não colimada e não coerente. Comprimentos de onda 
particulares podem ser escolhidos utilizando-se filtros denominados cortes, que impedem a 
passagem de comprimento de onda abaixo daquele especificado no filtro, permitindo apenas 
a passagem dos comprimentos de onda maiores daquele. (HEYMANN,2007) 
Uma série de filtros descontínuos é usada para mudar o espectro no alcance, 
aumentando de 515 a 590 nm, a fim de tratar lesões vasculares. O aparelho gera uma 
variedade de fluência nos modos único, duplo ou triplo, no domínio de 2 a 10 ms. A luz é 
distribuída por uma fibra em uma abertura de 8x15 mm ou 8x35 mm ou em outras 
configurações conforme o aparelho, permitindo o tratamento de áreas amplas. (ROSS, 
2006) 
A energia luminosa filtrada é distribuída geralmente por uma série de pulsos curtos 
com duração controlada e intensidades que vão, tipicamente, de 16 J/cm² a 56 J/cm², 
podendo chegar em 90 J/cm² em alguns tratamentos especiais. (BELLEW, et al., 2005) 
 Em um esforço para diminuir o prejuízo na epiderme e aumentar a eficácia da 
energia da luz em vasos mais profundos, um gel de resfriamento de ligação é aplicado na 
pele. A maior vantagem desse aparelho é sua versatilidade, apresentando amplo alcance 
dos comprimentos de onda e as durações de pulso, que permite o tratamento de lesões 
vasculares mais profundas. A púrpura no pós-operatório não é produzida na maior parte dos 
pacientes, mas pode ocorrer com o uso de altas fluências e durações de pulsos curtas. 
(BELLEW, et al., 2005) 
Entre as ações e respostas biológicas do organismo ao estímulo pelo tratamento 
com LIP podem-se destacar, entre muitas outras, a produção de colágeno e elastina nos 
tratamentos de fotorrejuvenescimento, a ação bactericida nos tratamentos de acne ativa, a 
ação sobre a melanina nos tratamentos de manchas hiperpigmentadas e a ação sobre a 
hemoglobina nos tratamentos de manchas vermelhas e pequenas lesões vasculares. Nos 
 www.inaesp.com.br 
 
88 
tratamentos de epilação duradoura a estrutura-alvo é a melanina dos pelos, e o efeito 
desejado é a fototermólise seletiva. (HEYMANN,2007) 
As moléculas das estruturas biológicas e celulares comportam-se como uma antena 
para a captura da energia luminosa irradiada. Na foto 1 fica evidente que diferentes 
estruturas moleculares do organismo capturam a energia em diferentes faixas de 
comprimentos de onda do espectro luminoso. Desta forma, é possível afirmar que tais 
estruturasagem como um cromóforo natural para os tratamentos com LIP. (ROSS, 2006) 
Para cada tratamento é imperativo que o comprimento ou a faixa de comprimentos 
de onda da emissão luminosa sejam cuidadosamente escolhidos dado que, para cada caso 
específico, uma determinada estrutura molecular do organismo está diretamente 
relacionada. (BELLEW, et al., 2005) 
Cada um dos cinco diferentes manípulos aplicadores é dotado de filtros ópticos de 
corte ou de passagem de energia luminosa em bandas ou comprimentos de onda muito bem 
definidos que permitem ao usuário selecionar e estimular com facilidade as diferentes 
estruturas-alvo nos diversos tratamentos de LIP sem que outras estruturas moleculares 
sejam indesejadamente atingidas ou estimuladas, restringindo a resposta do tratamento 
somente aos efeitos desejados. (BELLEW, et al., 2005) 
 
FOTO 39 – Cromóforo alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.negocioestetica.com.br 18/06/2020 
 
Considerando que a luz é uma onda eletromagnética e que esta se propga no vácuo 
a uma velocidade com o valor de 3x108 m/s, podemos calcular o comprimento de onda (λ) 
 www.inaesp.com.br 
 
89 
dessa radiação por meio da fórmula λ = c/f, na qual f é a frequência dessa onda no vácuo. 
Desta forma, em função do comprimento de onda, o espectro de luz visível pode então 
assumir diversas cores (desde o violeta até o vermelho), como exposto na tabela ao abaixo. 
(HEYMANN,2007) 
 
Cor Comprimento de Onda (nm) 
Violeta 380 – 440 
Azul 440 – 490 
Verde 490 – 565 
Amarelo 565 – 590 
Laranja 590 – 630 
Vermelho 630 – 780 
 
Indicações e Contraindicações 
Distúrbios estéticos que se beneficiam com a tecnologia da LIP: 
- remoção de pelos; 
- rosáceas; 
- cicatrizes inestéticas; 
- melanoses; 
- acne; 
- rejuvenescimento não ablasivo; 
- telangiectasias; 
- cicatriz de acne; 
(KLIGMAN, et al., 2004) 
As principais contraindicações são: 
 pele bronzeada; 
 doenças crônicas descontroladas; 
 tumores malignos; 
 gravidez; 
 isotretinoina oral; 
 colagenoses (lúpus...); 
 medicamentos fotossensíveis (vitamina a e k); 
 herpes ativa; 
 fotossensibilidade (alergia luz solar); 
 feridas abertas. 
 
 www.inaesp.com.br 
 
90 
(KLIGMAN, et al., 2004) 
390 ~ 510 nm: ação bactericida, tratamentos de acne, psoríase e vitiligo. 
520 ~ 1200 nm: melanina e hemoglobina (melanoses, rejuvenescimento, 
telangiectasias). 
590 ~ 1200 nm: manchas hiperpigmentadas, fotorrejuvenescimento e pelos de peles 
foto tipos I e II. 
640 ~ 1200 nm: epilação duradoura de peles foto tipos III e IV, cor vermelho. 
750 ~ 1200 nm: epilação duradoura em peles fototipos V e VI, cor vermelho intenso. 
 
Podemos destacar as seguintes vantagens do procedimento: 
 Menor tempo de recuperação. 
 Não há eritema prolongado. 
 Ausência de cicatriz. 
 Melhora em relação a rugas finas. 
 Estimulação do colágeno. 
 Retirada de manchas da pele. 
 Remoção de vasos da região. 
 Melhora na textura da pele. 
LIP no Rejuvenescimento e Cicatriz 
A melhora da aparência das rugas, tamanho dos poros e na textura da pele que o 
paciente observa após o tratamento de fotorrejuvenescimento ocorrem através da produção 
de colágeno subdérmico e intradérmico e utiliza o princípio da seletividade fotocinética. O 
acúmulo de novo colágeno dérmico por intermédio de múltiplos tratamentos resulta em um 
espessamento da derme e uma suavização na aparência das rugas, das irregularidades na 
textura ou no tratamento dos poros. (ABALI, et al.,2014) 
A técnica de fotorrejuvenescimento implica resolução gradual dos sinais de 
envelhecimento e das manchas, juntamente com a produção intradérmica de colágeno e da 
reorganização do colágeno existente. Essas mudanças devem ocorrer com mínimo risco e 
sem que seja necessário nenhum tempo de recuperação. (ABALI, et al.,2014) 
O tratamento promove uma mudança substancial e visível na aparência da pele, 
amenizando os sinais causados pelo fotoenvelhecimento, rosácea, telangectasias, 
hiperpigmentação, discromia, rugas finas, cicatrizes de acne e irregularidades na textura da 
pele, resultando em uma pele mais jovem e saudável, sem que o paciente tenha de se 
ausentar das suas atividades regulares. (ABALI, et al.,2014) 
 www.inaesp.com.br 
 
91 
A fim de aprimorar os resultados, é de grande importância estabelecer um programa 
de tratamento específico para as características da pele do paciente. Geralmente faz-se 
uma sessão por mês, em média de cinco sessões. 
Para garantir a manutenção dos resultados do tratamento, o paciente pode necessitar de 
uma nova sessão a cada 3-4 meses. (ABALI, et al.,2014) 
 
LIP para Tratamento de Acne 
 
O tratamento para acne ocorre por meio do combate à bactéria e à inflamação no 
folículo causador da acne, o que acontece quando utilizamos a LIP, uma vez que a luz age 
diretamente na acne, tornando a porfirina (enzima integrante do ciclo da bactéria) 
quimicamente ativa e induzindo-a a liberar oxigênio. Este age diretamente na bactéria, que é 
anaeróbica, e a destrói. Concomitante a isso, o processo inflamatório cessa, e, desse modo, 
há a finalização da reação química e destruição total da propionibacterium acnes. (WILLEY, 
et. Al., 2007) 
 
LIP para Epilação 
 
O melhor período para executar-se uma epilação utilizando a LIP é desde o 
momento final da fase anágena até o início da fase catágena, sendo necessário que a maior 
parte dos pelos da área a ser epilada esteja efetivamente nesse período. (Cameron, S. et 
al,2008). 
 A LIP irá realizar a absorção seletiva da melanina presente no pelo, ocorrendo o 
aquecimento de sua estrutura, destruindo a célula germinativa, mas preservando a epiderme 
e tecidos adjacentes. (Cameron, S. et al,2008). 
Nesse intervalo de tempo é certo que os pelos estejam em contato direto com suas matrizes 
germinativas, porém, como nem todos os pelos encontram-se ao mesmo tempo em igual 
fase de desenvolvimento, em face da dificuldade em determiná-la com exatidão, não se 
pode pretender uma epilação definitiva numa única sessão. (Cameron, S. et al,2008). 
 
 www.inaesp.com.br 
 
92 
LIP nas Lesões Pigmentadas 
 
A LIP será absorvida pela pigmentação da lesão elevando a temperatura local, 
usando fragmentação levará a um dano célula pigmentada, clareando a lesão, porém sem 
lesionar a epiderme ou tecidos adjacentes. (SORIA, et al., 2009) 
São necessárias de duas a seis sessões e terá como reação imediata um eritema, 
sensação de ardência, escurecimento da lesão, anel avermelhado, crostas. É de suma 
importância a utilização de protetor solar. (SORIA, et al., 2009) 
É mais indicada nas lesões pigmentadas: 
- melanoses, efélides, lentigos; 
- manchas café com leite; 
- hiperpigmentação; 
- melasma. 
(SORIA, et al., 2009) 
Dicas: 
- Realize a limpeza de toda a pele a ser tratada, de maneira uniforme, utilizando 
algodão ou gaze embebida em loção de limpeza ou soro fisiológico. 
- Encaixe o anteparo no aplicador de modo que atinja toda a área. 
- Posicione o vão do anteparo sobre o local e execute de dois a três disparos, a fim 
de que a energia aplicada seja suficiente para estimular a melanina da mancha e fazê-la 
ficar num tom mais acastanhado. Repita o mesmo procedimento na outra mancha. 
OBS: pode ser que o número de disparos seja superior a três. 
- Repare após a aplicação, o eritema sobre a mancha e posteriormente haverá o seu 
escurecimento. 
- Finalize com protetor ou bloqueador solar. 
- Orienta-se proteger a pele sadia ao redor da mancha ou acne com micropore 
branco para proteção. 
 
LIP nas Lesões Vasculares 
 
A LIP será absorvida pela oxihemoglobina do sangue, provocando aumento da 
temperatura no interior dos vasos, alta suficiente para ocorrer a coagulação intravascular, 
levando a uma trombose do vaso. (WILLEY, et. Al., 2007) 
 www.inaesp.com.br 
 
93 
É mais indicada no tratamento de rosáceas, hemangioma plano, telangiectasias,poiquilodermia. Pode variar de duas a oito sessões dependendo do distúrbio. (WILLEY, et. 
Al., 2007) 
- Orienta-se proteger a pele sadia ao redor da mancha ou acne com micropore 
branco para proteção. (WILLEY, et. Al., 2007) 
 
Cuidados antes da aplicação 
*Suspender o uso de qualquer tipo de ácido por uma semana antes da aplicação. 
* Não estar com a pele bronzeada. 
* Vir no dia da aplicação sem maquiagem, somente com protetor solar. 
* Não realizar a aplicação se possuir pinos ou placas metálicas ou aparelho no local. 
* Na hora do procedimento o máximo que poderá sentir é um leve formigamento, se 
sentir dor ou queimação deverá informar a profissional. 
* Caso seja na axila vir sem desodorante e não usar desodorante com álcool por 
uma semana 
* Para a depilação, comparecer com a região sem pelos, caso contrário não será 
realizada a aplicação. 
* É normal que logo após a aplicação a pele fique vermelha e sensível. 
 
A aplicação 
1. Aplique uma camada fina (2-3 mm) de gel frio sobre a área inteira a ser tratada. 
2. Ligue a máquina e ajuste os parâmetros (FOTO 2). 
FOTO 40 – Parâmetro LIP. 
FOTO 
TIPO 
INDICAÇÃO FILTRO FLUÊNCIA OBSERVAÇÃO 
I a II 
Acne, psoríase, vitiligo e hipocromia 390 a 510 nm 16 a 26 J/cm² 
Hipercromia, melasma, lesões pigmentadas, 
telangiectasias e vasinhos 
520 nm 24 a 32 J/cm² Lesão mais superficial 
590 a 640 nm 28 a 36 J/cm² Lesão profunda 
Revitalização, rugas e cicatrizes 520 a 640 nm 23 a 35 J/cm² 
Pelos 590 a 750 nm 40 a 47 J/cm² 
III e IV 
Acne, psoríase, vitiligo e hipocromia 390 a 510 nm 16 a 26 J/cm² 
Hipercromia, melasma, lesões pigmentadas, 
telangiectasias e vasinhos 
520 nm 20 a 26 J/cm² Lesão superficial 
590 nm a 640 nm 28 a 36 J/cm² Lesão profunda 
Revitalização, rugas e cicatrizes 520 a 640 nm 20 a 28 J/cm² 
Pelos 
590 nm 40 a 47 J/cm² III: Pelo fino e castanho 
640 nm 
42 a 47 J/cm² III: Preto, fino e normal 
36 a 45 J/cm² IV: Preto, fino e normal 
750 nm 
42 a 47 J/cm² III: Pelo grosso e escuro 
40 a 47 J/cm² IV: Pelo preto e grosso 
V e VI 
Acne, psoríase, vitiligo e hipocromia 390 a 510 nm 16 a 26 J/cm² 
Hipercromia, melasma, lesões pigmentadas, 
telangiectasias e vasinhos 
520 nm 15 a 20 J/cm² Lesão superficial 
590 nm a 640 nm 24 a 30 J/cm² Lesão profunda 
 www.inaesp.com.br 
 
94 
Revitalização, rugas e cicatrizes 750nm 16 a 22 J/cm² 
Pelos 750nm 
24 a 36 J/cm² 
V: áreas pequenas - barba, axila, 
virilha 
18 a 28 J/cm² 
VI: áreas pequenas - barba, axila, 
virilha 
Fonte: Taís Amadio Menegat 2020 
 
3. Aproxime a cabeça do manípulo perpendicular a área do tratamento.(FOTO 3) 
 
FOTO 41 – Colocação manipulo. 
 
 
 
Fonte: celebrim 2014. 
 
4. Pressione a tecla do disparador no punho do manípulo para começar o 
tratamento. 
5. Mova até ficar metade do quadrado anterior e faça um novo disparo Remova o 
gel da área previamente tratada. 
6. Aplique máscara calmante (tília), se desejar, ou compressa de água gelada; caso 
seja tratamento de revitalização poderá ser aplicado gel com DMAE 
 
Após o tratamento 
* Não se expor ao sol por 15 dias. 
* Não usar maquiagem por 48 horas. 
* Não ir a piscinas e/ou mar por 15 dias. 
* Não manipular a pele (realizar tratamentos em cima do local) por 15 dias. 
* Lavar a região somente com sabonete neutro duas vezes ao dia. 
* Aplicar diariamente protetor solar não gorduroso com fator de proteção 
* Não aplicar cremes que contenham ácidos por 15 dias. 
* Caso a pele fique sensível, poderão ser realizadas compressas de soro fisiológico 
gelado ou BEPANTOL LÍQUIDO três vezes ao dia. 
* Caso a região se apresente mais avermelhada e com ardor, utilizar pomada 
BEPANTOL DERMA três vezes ao dia por 20 dias. 
 
Reações Adversas 
Não existem registros significantes de efeitos colaterais mais sérios 
 www.inaesp.com.br 
 
95 
(transitórios ou permanentes) decorrentes do uso da terapia por Luz Intensa 
Pulsada, desde que as dosagens de aplicação sejam adequadas ao paciente; porém podem 
ocorrer: 
 Hiperpigmentação transitória (resolve-se sem tratamentos adjuvantes em no 
máximo seis meses após a aplicação). 
 Prurido. 
 Discromias. 
 Queimaduras. 
 Eritema ou edema local (de 30 minutos a 72 horas). 
(Cameron, S. et al,2008). 
 
LEDs ( LIGHT EMITTING DIODES) 
 
Os efeitos da radiação luminosa sobre os tecidos já são bastante conhecidas na área 
da saúde por meio da ação dos lasers de baixa potência que atuam muito bem na 
bioestimulação dos tecidos, com as características de monocromaticidade, colimação e 
coerência. A luz laser no passado já foi vista como tema de filmes futuristas e arma de 
guerra, mas hoje já pode ser incorporada no dia a dia dos consultórios. A coerência é uma 
das propriedades da luz laser, que ao penetrar no tecido perde sua propriedade nos 
primeiros extratos da pele. Isso ocorre devido à grande variedade de estruturas celulares 
que compõem a pele, mas apesar da perda da coerência no interior dos tecidos, a radiação 
do laser de baixa potência é absorvida pelas células gerando alterações no seu 
metabolismo, tanto em tecidos superficiais como em profundos. O efeito de estimulação 
luminosa depende do comprimento de onda, da dose e da intensidade da luz utilizada na 
irradiação. Na terapia com laser de baixa potência, a luz apresenta uma interação não 
térmica com o tecido, de origem fotoquímica (SCHAFFER et, al., 2000), ou seja, radiações 
com baixa densidade de potência (DP) 0,01 W/cm2 a 1 W/cm2 e também baixa densidade de 
energia (DE) de 1 a 10J/cm2, nesses limites se produz um pequeno e não significante 
aumento de temperatura, o qual não ultrapassa 1º Celsius (KARU,1987). 
O Laser de Baixa Potência LBP age principalmente sobre organelas celulares 
(mitocôndrias e membranas), gerando aumento da síntese de ATP e modificando o 
transporte iônico. Esses processos ocorrem por meio dos fotorreceptores celulares. Dessa 
forma o LBP acelera, no curto prazo, a glicólise e a oxidação fosforilativa e, a longo prazo, a 
transcrição e a replicação do DNA (KARU, 1987). A função fotorreguladora ocorre em 
 www.inaesp.com.br 
 
96 
função dos fotorreceptores. Essas são moléculas de variedade morfológica, que encontram-
se distribuídas nas células do organismo, tais como flavoproteínas, porfirinas, citocromo, 
tirosinas, aspargina e outras. Tais moléculas interferem no metabolismo celular sem a 
necessidade de energia luminosa, mas na presença de radiação luminosa com comprimento 
de onda específico, desencadeiam-se reações fotoquímicas que conduzem a variações no 
metabolismo celular. (RIGAU 1996) 
 Pesquisas demonstram que quando se realiza uma terapia com luz, não é 
importante o seu princípio ativo, sólido, líquido ou gasoso, mas sim o comprimento de onda 
que age sobre os tecidos. Muitas pesquisas dão ênfase à monocromaticidade e à coerência 
da luz, mas pouco se pesquisa sobre atuação da luz difusa e sobre ação de comprimentos 
de onda de largo espectro sobre os organismos vivos. A corrida espacial despertou a 
necessidade de se realizarem novas pesquisas perante o desafio de vôo ao espaço de 
longa duração, pois os astronautas expostos a microgravidade apresentavam sérios 
problemas de cicatrização e atrofias musculares e de tecido ósseo. A NASA iniciou a 
pesquisa com um diodo emissor de luz LED na tentativa de minimizar os efeitos danosos 
por longos períodos no espaço, sendo a plataforma espacial um importante laboratório de 
pesquisa no estudo enfermidades na área da saúde. (PAKHCHYAN, 2008) 
O uso da terapia com LED, diodos emissores de luz da NASA, foi aprovado para 
terapia em humanos pelo FDA americano, pois possibilitou às missões espaciais um melhor 
controle das enfermidades dos astronautas expostos a microgravidade em longos períodos 
sem exposição a luz, sendo essas intercorrências muito similares às que ocorrem aqui na 
terra também, beneficiando civis e militares. Os diodos light-emitting (diodos emissores de 
luz)possibilitaram uma alternativa eficaz aos lasers, pois podem ser produzidos com 
múltiplos arranjados em forma de cluster e permitir o tratamento de grandes áreas, com 
muito mais potência a um baixo custo. Os lasers, entretanto, têm algumas características 
inerentes que fazem seu uso clínico problemático, como limitações em comprimentos de 
onda e em largura do feixe, limitando o seu uso em grandes áreas Os diodos emissores de 
luz LED, se apresentam como uma alternativa ao uso de laser de baixa potência, pois 
proporcionam resultados terapêuticos semelhantes, com amplas vantagens já que podem 
cobrir grandes áreas com uma exposição de tempo menor.(FOTO 1) Os benefícios da 
ledterapia incluem o tratamento de queimaduras, lesões de pele, úlceras de origem venosa, 
arterial ou isquêmica, fraturas dos ossos, dores de origem reumáticas ou articulares, bem 
como a aceleração da cicatrização, etc. A ledterapia tornou-se uma importante arma em 
operações especiais, como alternativa móvel, leve e prática em missões civis e militares no 
tratamento de ferimentos e em missões submarinas de longa duração. Não apresenta 
efeitos colaterais e térmicos, podendo ser utilizada mesmo em casa no alívio das dores e 
 www.inaesp.com.br 
 
97 
como auxiliar da cicatrização. Analisando varias publicações, conclui-se que os resultados 
clínicos dos lasers apresentam os mesmos resultados terapêuticos dos LEDs. (DOURADO, 
et al., 2011) 
 
FOTO 42 - Visão interna Led. 
 
Fonte: Dourado et al 2011 
 
As propriedades coerentes de luz laser não têm continuidade quando o raio interage 
com um tecido, portanto não penetram mais profundamente que a luz LED. Experimentos 
desenvolvidos comparando à luz coerente dos lasers e não coerente dos LEDs, com o 
mesmo comprimento de onda, intensidade e tempo de irradiação, proporcionam o mesmo 
efeito biológico. O uso bem sucedido de LEDs em várias áreas da prática clínica também 
confirma essa conclusão (Manual Photonics Biomédica, 2003). E, “princípios fotobiológicos 
de aplicações terapêuticas de radiação laser,” publicados pela Yu. Vladimirov A., et al em 
Bioquímica Moscou - Volume 69, Number 1 / Janeiro de 2004. 
 
Conceitos 
Diodo é um componente eletromagnético composto de cristal semicondutor de silício 
envolto numa película cristalina que, quando submetido a uma corrente elétrica, emite luz 
(FOTO 2). (DOURADO, et al., 2011) 
 
 www.inaesp.com.br 
 
98 
FOTO 43: Matriz do diodo. 
 
Fonte: http://www.talkingelectronics.com 15/06/2015 
 
Nanômetro (nm) é uma unidade de comprimento, usada para medição de 
comprimento de onda de luz visível (de 400 nm a 700 nm). (DOURADO, et al., 2011) 
 
Energia emitida por cada cor é medida pelo comprimento de onda de emissão 
(distância entre dois pontos atingida pela radiação eletromagnética) (FOTO 3). (DOURADO, 
et al., 2011) 
 
FOTO 44: comprimento onda LED. 
 
Fonte: SANTOS, et al., 2013 
 
Mecanismo Ação 
A fototerapia por LEDs atinge as camadas mais profundas da pele transportando 
energia para as células através de irradiação eletromagnética de baixa frequência. A 
 www.inaesp.com.br 
 
99 
fototerapia não é invasiva nem ionizável, não emite raios UV, não causa aumento da 
temperatura da superfície da pele (epitélio), permitindo assim um resultado gradativo, 
seguro e indolor. Após seu uso, pode ser associada a outras técnicas de tratamentos 
estéticos. (PAKHCHYAN, 2008) 
As principais vantagens dos LEDs são o fato de serem compactos, emitirem luz, 
necessitando apenas de uma pequena corrente, não aquecerem significativamente e 
durarem até cerca de dez anos. Os LEDs têm algumas particularidades que não devem ser 
esquecidas, são polarizados, e o contato positivo do LED (ânodo), geralmente o mais 
comprido, deve ser ligado ao polo positivo da bateria, enquanto o contato negativo (cátodo), 
normalmente o mais curto, deve ser ligado ao polo positivo. No caso de a ligação ser feita 
ao contrário, o LED não se estraga, simplesmente não acende. Além disso, esses 
dispositivos precisam de uma quantidade adequada e predefinida de voltagem e fluxo de 
corrente provida por uma bateria, de forma a acender. A voltagem dos LEDs é diferente 
consoante a cor do LED. Geralmente, os LEDs vermelhos, verdes e amarelos precisam de 
uma voltagem entre os 2.2 V e os 2.4 V, enquanto os azuis e os brancos brilhantes 
necessitam de mais do que 3.4 V. No que diz respeito ao fluxo de corrente, a maioria dos 
LEDs precisam apenas de 20 mAh, e é sempre necessário ligar uma resistência entre a 
bateria e o LED. (DOURADO, et al., 2011) 
Os diodos emissores de luz (LEDs) são semicondutores complexos que convertem 
corrente elétrica em um espectro luminoso estreito não coerente. Em 1993, uma empresa 
japonesa começou a produzir luz branca a partir da combinação da lua azul, vermelha e 
verde, o que abriu um importante campo para essa tecnologia. A luz emitida vai do 
comprimento de onda do ultravioleta ao visível e ao infravermelho, que vai dos 247 aos 1300 
nanômetros (nm). Uma diferença significante entre lasers e LEDs é o modo como a energia 
luminosa é liberada. O pico de energia liberada no LED é mensurado em mili Watts, já o 
laser é em Watts, porém apresentam o mesmo comprimento de onda. Os LEDs não liberam 
energia suficiente para causar danos aos tecidos humanos e não oferece o mesmo risco de 
acidentes aos olhos que o laser. A terapia luminosa por luz visível e infravermelha é julgada 
como sendo de risco insignificante pela Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) 
e tem sido aprovada para uso em humanos. Dentre outras vantagens sobre o laser inclui-se 
a possibilidade de combinar comprimentos de onda de vários tamanhos. (DOURADO, et al., 
2011) 
O LED dispersa a luz por uma superfície maior comparada com o laser e pode ser 
usada onde grandes áreas são indicadas ao tratamento, resultando em redução no tempo 
de tratamento. Segundo os parâmetros utilizados, os efeitos biológicos dependem de: 
comprimento de onda, dose (fluência), intensidade (densidade de potência), tempo de 
 www.inaesp.com.br 
 
100 
irradiação, modo contínuo ou pulsado da onda e padrões de pulso, por exemplo. 
Clinicamente, fatores como frequência, intervalo entre os tratamentos e número total de 
tratamentos são considerados. Quanto à segurança, o LED é seguro, não é térmico, nem 
tóxico e invasivo, e não há relato na literatura de efeitos colaterais. Porém, a atenção deve 
ser enfatizada em pacientes com epilepsia ou com fotofobia quando se utiliza LEDs de 
modo pulsado. (BAROLET, 2008) 
A ledterapia pode ser aplicada de várias formas na clínica diária: pontual ou 
varredura. Uma vez determinado o sistema de terapia que será adotado, deve-se definir 
ainda se a técnica utilizada será por contato ou não contato. Utilizando a técnica de contato, 
as aplicações serão sempre feitas com a ponteira o mais perpendicular possível em relação 
ao tecido-alvo. Recomenda-se envolver a ponteira do aparelho com um fino filme plástico 
para evitar contaminação cruzada (magi pack) e utilizar óculos de proteção. Nos casos de 
bioestimulação de tecidos mais profundos, recomenda-se realizar uma pequena 
compressão com a ponteira do aparelho contra a pele na tentativa de diminuir a distância 
entre a pele e o tecido a ser atingido. Nos casos de feridas abertas ou queimaduras 
recomenda-se dividir a área em quadrantes e usar a técnica de não contato, manter feixe 
em 3 cm diâmetro e aplicar tantos pontos quanto necessários para cobrir cada quadrante. 
 
Indicações: 
• No controle do edema. 
• No controle da inflamação. 
• Na melhora da vascularização. 
• Na redução no tempo de reparação das feridas. 
• Na qualidade da cicatrização. 
• No controle da dor. 
• Na redução do tempo de internação. 
• Na Dermatologia. 
• No controle das acnes. 
• Na atenuação das rugas. 
• No controle de estrias e celulites. 
• Nas queimaduras. 
• No controle de queloidese fibroses. 
• No estimulo de colágeno e elastina. 
• Na psoríase. 
• Na alopecia. 
• Na terapia fotodinâmica. 
 www.inaesp.com.br 
 
101 
• No controle de micoses de unha. 
Nas Patologias diversas: 
• No pé diabético. 
• Nas escaras. 
• Nas úlceras varicosas. 
• No controle das flebites; 
• No controle do herpes zoster e simples. 
• Na fibromialgia. 
• Nas sinusites. 
• Nos processos inflamatórios. 
Contraindicações 
 Câncer. 
 Gravidez. 
 Albinismo. 
 Enxaqueca. 
 
Eefeitos Biológicos 
Fotoestimulação - Fotoregeneração – Dermotonificação. 
 
LUZ VERMELHA (640 nm) - A irradiação da luz vermelha possui efeito 
bioestimulante, regenerador e antiinflamatório. Os termorreceptores absorvem essa energia 
e reagem aumentando a capacidade de produção dos fibroblastos, havendo maior 
regeneração de colágeno, reativando as células, aumentando sua permeabilidade e a 
dermotonificação cutânea. Favorece o rejuvenescimento facial, a tonicidade da pele, 
minimizando linhas de expressão, melhorando a qualidade da pele. 
BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÔES 
LED VERMELHO 
- 640 nm revigora pele 
- melhora da textura 
- reorganiza colágeno 
- trata linhas de expressões e rugas 
- trata hiperemia provocada por rosácea e eczema 
LUZ AZUL (470 nm) – A irradiação da luz azul tem ação bactericida, oxigenante e 
cicatrizante. Na acne ativa, tem efeito fotodestruidor da bactéria propionibacterium acnes, 
agindo diretamente na excessiva produção de gordura inibindo o excesso de secreção 
sebácea, auxiliando na oxigenação e na regeneração do tecido. 
 www.inaesp.com.br 
 
102 
BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÕES 
LED AZUL 
- 470 nm combate acne 
- resultados efetivos na redução da bactéria causadora da acne, reduzindo manchas 
causadas por ela 
 
LUZ AMARELA (590 nm) – A irradiação da luz amarela tem propriedades drenantes 
e desintoxicantes, melhorando a circulação sanguínea e linfática, minimizando edemas, 
estimulando a presença de água, e tem efeito calmante nos casos de vermelhidão causada 
por rosácea. 
BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÔES 
LED AMARELO 
- 590 nm calmante, desintoxincante 
- utilizada pra hiperemia, calmante e desintoxicante. 
- absorvida pelos fluidos corporais, promove a melhora da circulação sanguinea. 
 
LUZ VERDE (525 nm) – A irradiação da luz verde age na inibição do estímulo dos 
melanócitos que provocam a hiperpigmentação, sendo que a pele provavelmente pode se 
encontrar em estado agravado pelo efeito dos raios solares. A discromia também pode ser 
causada por disfunções hormonais, efeitos medicamentosos, uso indevido de cosméticos ou 
por melasma (gravidez). A luz verde sendo também absorvida pelas moléculas 
fotossensibilizadoras (cromóforos), por uma reação bioquímica, age transportando 
iluminação para a superfície da pele. 
BENEFÍCIOS E ESPECIFICAÇÔES 
LED VERDE 
- 525 nm mancha senil 
- trata hiperpigmentação 
- rejuvenescimento 
Dosagem de Energia Sugerida 
 A dosagem de energia sugerida a ser aplicada deverá ser baseada no tipo de 
tecido. 
• Mucosa 4 a 6 j/cm² = 20 s 
• Pele 6 a 8 j/cm² = 20 a 30 s 
• Músculo 8 a 10j/cm² = 30 a 40 s 
• Tecido ósseo 10 a 14j/cm² = 40 a 60 s 
• 
 www.inaesp.com.br 
 
103 
Preparo da Pele 
1- Limpeza da área a ser tratada. 
2- Esfoliação. 
3- Secagem da região. 
4- Proteção dos olhos: embeber algodão com água ou soro e colocar sobre os olhos 
da cliente ou usar óculos de proteção. Não direcionar a luz para os seus olhos, ou também 
usar óculos de proteção. 
5- Aplicação do LED conforme protocolo. 
6- Finalizar com Sérum de acordo com o tratamento e bloqueador solar ou associar 
outras técnicas cosméticas ou eletroterápicas. 
 
Aplicação 
A emissão de luz tem que ser sempre perpendicular à pele, para maior absorção da 
fototerapia. Pode ser trabalhado r cinco pontos por hemiface: queixo, comissura labial, face, 
temporal e frontal e finalizar aplicando por toda a região. 
Pode ser aplicado de uma a três vezes por semana em dias alternados, de 15 a 30 minutos 
por sessão, num total de 20 aplicações. 
 
Intensidade 
(Low) Baixa para as sessões iniciais e/ou sensibilidade da pele causada por peelings 
químicos, físicos ou mecânicos, lesões de acne, rosácea, e em peles morenas. 
 
(High) Alta para peles mais resistentes e conforme a evolução do tratamento. 
 
Protocolo/Combinação 
Deve-se primeiramente fazer uma Anamnese para chegar o mais próximo possível 
das reais causas de cada problema de pele. O Dermabrite auxiliará em todo tratamento, 
podendo ser complementado, após seu uso, a outras técnicas estéticas para incrementar o 
tratamento e se obter o resultado desejado. 
 
Rejuvenescimento 
 Luz Vermelha – aplicar por 15 a 30 minutos. 
 Luz Vermelha associada à Luz Amarela – aplicar por 15 minutos e 
finalizar com a Luz Verde por mais 5 minutos. 
 Violeta: Luz Vermelha associada à Luz Azul - aplicar por 15 minutos. 
 
 www.inaesp.com.br 
 
104 
Acne 
 Luz Azul – aplicar por 20 a 30 minutos. 
 Luz Azul por 20 minutos, finalizar com Luz Vermelha (antiinflamatória) 
por mais 5 minutos. 
 Violeta: Luz Vermelha associada à Luz Azul - aplicar por 15 minutos 
ou por 2 a 3 minutos em cada lesão. 
Discromias 
 Luz Verde – aplicar por 5 minutos em cada mancha, num total de 15 a 
20 minutos em toda região. 
 Luz Vermelha associada à Luz Verde – aplicar por 15 minutos nas 
discromias. 
Olheira 
 Luz Amarela – aplicar por 5 minutos na região dos olhos, finalizar com 
a Luz Verde por mais 5 minutos (por hemi-face). 
 Luz Amarela associada à Luz Verde – aplicar por 5 minutos na região 
dos olhos (por hemi-face). 
 www.inaesp.com.br 
 
105 
REFERÊNCIAS 
ABALÍ MOT, BRAVO BSF, ZYLBERSZTEJN D. Luz Intensa Pulsada no tratamento de cicatrizes 
após queimaduras. Surg Cosmet Dermatol. 6(1):2631 (2014) 
ABALÍ MOT, BRAVO BSF, ZYLBERSZTEJN D. Luz Intensa Pulsada no tratamento de cicatrizes 
após queimaduras. Surg Cosmet Dermatol. 6(1):2631 (2014) 
ALEXIADES-ARMENAKAS MR, DOVER JS, ARNDT KA. The spectrum of laser skin resurfacing: 
Nonablative, fractional, and ablative laser resurfacing Journal of the American Academy of 
Dermatology. 58 (5):719-37 (2008) 
ALEXIADES-ARMENAKAS MR, DOVER JS, ARNDT KA. The spectrum of laser skin resurfacing: 
Nonablative, fractional, and ablative laser resurfacing Journal of the American Academy of 
Dermatology. 58 (5):719-37 (2008) 
ALMEIDA-LOPES L, MASSINI RJ. Laserterapia, conceitos e aplicações. CD-Room DMC, São 
Carlos (2002) 
ALMEIDA-LOPES L, MASSINI RJ. Laserterapia, conceitos e aplicações. CD-Room DMC, São 
Carlos (2002) 
ANTONIO CR.CAPITULO 49: Laser - Principios básicos e avançadosDermatologia Ibero-
Americana Online (2010) 
ANTONIO CR.CAPITULO 49: Laser - Principios básicos e avançadosDermatologia Ibero-
Americana Online (2010) 
Apostila Laser Clinic – Conceito Básico: Light Sheer (2009) 
Apostila Laser Clinic – Conceito Básico: Light Sheer (2009) 
AVRAM MM, TOPE WD, YU T, SZACHOWICZ E, NELSON JS. Hypertrophic scarring of the neck 
following ablative fractional carbon dioxide laser resurfacing.Lasers Surg Med.41(3):185-8 
(2009) 
AVRAM MM, TOPE WD, YU T, SZACHOWICZ E, NELSON JS. Hypertrophic scarring of the neck 
following ablative fractional carbon dioxide laser resurfacing.Lasers Surg Med.41(3):185-8 
(2009) 
BAGNATO VS. Aplicações modernas de uma solução em busca de problemas. CIÊNCIA HOJE, 
31:37 (2005) 
BAGNATO VS. Aplicações modernas de uma solução em busca de problemas. CIÊNCIA HOJE, 
31:37 (2005) 
BAGNATO VS. Os fundamentos da luz laser. Física na escola, São Carlos, 2(2) 4:9 (2001) 
BAGNATO VS. Os fundamentos da luz laser. Física na escola, São Carlos, 2(2) 4:9 (2001) 
BELLEW SG, WEISS MA, WEISS RA. Comparison of intense pulsed light to 595-nm long-pulsed 
pulsed dye laser for treatment of hypertrophic surgical scars: a pilot study. J Drugs 
Dermatol;4(4):448-52.(2005) 
BELLEW SG, WEISS MA, WEISS RA. Comparison of intense pulsed light to 595-nm long-pulsed 
pulsed dye laserfor treatment of hypertrophic surgical scars: a pilot study. J Drugs 
Dermatol;4(4):448-52.(2005) 
BEYLOT C. Lasers ablatifs et lasers fractionnels. Ann Dermatol Venereol. 35:S189-94 (2008) 
BEYLOT C. Lasers ablatifs et lasers fractionnels. Ann Dermatol Venereol. 35:S189-94 (2008) 
BORGES,F. Dermato-Funcional – Modalidades Terapêuticas nas disfunções Estéticas – Ed. 
Phorte (2006) 
BORGES,F. Dermato-Funcional – Modalidades Terapêuticas nas disfunções Estéticas – Ed. 
Phorte (2006) 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Dermatologia na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. - 1ª 
Ed. (2002) 
 www.inaesp.com.br 
 
106 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. 
Dermatologia na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. - 1ª 
Ed. (2002) 
BRAUN M., Permanent Laser Hair Removal With Low Fluence High Repetition Rate Versus High 
Fluence Low Repetition Rate 810 nm Diode Laser. A Split Leg ComparisonStudy14:16 (2009) 
BRAUN M., Permanent Laser Hair Removal With Low Fluence High Repetition Rate Versus High 
Fluence Low Repetition Rate 810 nm Diode Laser. A Split Leg ComparisonStudy14:16 (2009) 
CAMERON, S. et al.Within-patient right-left blinded omparison of diode (810nm) laser therapy 
and intense pulsed light therapy for hair removal.Laser Med Sci, v. 23, p. 393-397 (2008) 
CAMERON, S. et al.Within-patient right-left blinded omparison of diode (810nm) laser therapy 
and intense pulsed light therapy for hair removal.Laser Med Sci, v. 23, p. 393-397 (2008) 
CAMPOS V, MATTOS RA, FILLIPPO A, TOREZAN LA. Laser no rejuvenescimento facial.Surgical 
& Cosmetic Dermatology;1(1):29-36 (2009) 
CAMPOS V, MATTOS RA, FILLIPPO A, TOREZAN LA. Laser no rejuvenescimento facial.Surgical 
& Cosmetic Dermatology;1(1):29-36 (2009) 
CAMPOS VB, Gontijo G. Fractional CO2laser: a personal experience. Surg Cosmet 
Dermatol.2(4):326-32 (2010) 
CAMPOS VB, Gontijo G. Fractional CO2laser: a personal experience. Surg Cosmet 
Dermatol.2(4):326-32 (2010) 
CARDOSO, A.O et al. Angioma em tufos: relato de um caso tratado com laser corante 
pulsado. An. Bras. Dermatol. [online].81(3). Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962006000900003&lng=en&nrm=iso>. (2006) 
CARDOSO, A.O et al. Angioma em tufos: relato de um caso tratado com laser corante 
pulsado. An. Bras. Dermatol. [online].81(3). Available from: 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962006000900003&lng=en&nrm=iso>. (2006) 
CARVALHO TG, RIBAS JM, MACEDO JF, MALAFAIA O, MICHAELIS W, MACEDO RAC. 
Tratamento a laser das malformações vasculares venosas. Rev. Col. Bras. Cir. [Internet]. 
37(5):345-50 (2010) 
CARVALHO TG, RIBAS JM, MACEDO JF, MALAFAIA O, MICHAELIS W, MACEDO RAC. 
Tratamento a laser das malformações vasculares venosas. Rev. Col. Bras. Cir. [Internet]. 
37(5):345-50 (2010) 
CATORZE MM. Laser: bases and use in dermatology. Med Cutan Iber Lat Am. 37(1):5-27 (2009) 
CATORZE MM. Laser: bases and use in dermatology. Med Cutan Iber Lat Am. 37(1):5-27 (2009) 
CAVALCANTI, T M et al. Conhecimento das propriedades físicas e da interação do laser com os 
tecidos biológicos na odontologiaAn. Bras. Dermatol.86(5):955-60 (2011) 
CAVALCANTI, T M et al. Conhecimento das propriedades físicas e da interação do laser com os 
tecidos biológicos na odontologiaAn. Bras. Dermatol.86(5):955-60 (2011) 
CONNOLLY M, BERKER D. Management of primary hyperhidrosis. A summary of the different 
treatment modilities. Am J Clin Dermatol.4:681-97 (2003) 
CONNOLLY M, BERKER D. Management of primary hyperhidrosis. A summary of the different 
treatment modilities. Am J Clin Dermatol.4:681-97 (2003) 
CORCOS L, DINI S, DE ANNA D, et al.The immediate effects of endovenous diode 808-nm laser 
in the greater saphenous vein: morphologic study and clinical implications. J Vasc Surg. 
41(6):1018-24 (2005) 
CORCOS L, DINI S, DE ANNA D, et al.The immediate effects of endovenous diode 808-nm laser 
in the greater saphenous vein: morphologic study and clinical implications. J Vasc Surg. 
41(6):1018-24 (2005) 
COSTA FB,KALIL CLP, CAMPOS VB. Complicações com o uso de LASERs.Parte I: LASERs não 
ablativos não fracionados. ABPCE Ammar,. An Bras Dem. 3(1) (2011) 
 www.inaesp.com.br 
 
107 
COSTA FB,KALIL CLP, CAMPOS VB. Complicações com o uso de LASERs.Parte I: LASERs não 
ablativos não fracionados. ABPCE Ammar,. An Bras Dem. 3(1) (2011) 
DOURADO KBV, CARNEVALI-JUNIOR LC, PAULO RJF, GOMES AC. Ledterapia. Ensaios e 
Ciência: Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde 15(6):231-48 (2011) 
DOURADO KBV, CARNEVALI-JUNIOR LC, PAULO RJF, GOMES AC. Ledterapia. Ensaios e 
Ciência: Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde 15(6):231-48 (2011) 
FIFE DJ, FITPATRICK RE, ZACHARY CB. Complications of fractional CO2 laser resurfacing: 
four cases.Lasers Surg Med.41(3):179-84 (2009) 
FIFE DJ, FITPATRICK RE, ZACHARY CB. Complications of fractional CO2 laser resurfacing: 
four cases.Lasers Surg Med.41(3):179-84 (2009) 
GONTIJO GT, GUALBERTO GV, MADUREIRA NAB. Atualização no tratamento de hiperidrose 
axilar.Surg Cosmet Dermato.3(2):147-51 (2011) 
GONTIJO GT, GUALBERTO GV, MADUREIRA NAB. Atualização no tratamento de hiperidrose 
axilar.Surg Cosmet Dermato.3(2):147-51 (2011) 
GRINBLAT M, MAKARON T. Avanços em terapêutica Dermatológica. Einstein (1)123:25 (2003) 
GRINBLAT M, MAKARON T. Avanços em terapêutica Dermatológica. Einstein (1)123:25 (2003) 
GUIRRO, E., GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. São Paulo: Manole (2001) 
GUIRRO, E., GUIRRO, R. Fisioterapia Dermato-Funcional. São Paulo: Manole (2001) 
HALACHMI S, LAPIDOTH , M. Low-fl uence vs. standard fl uence hair removal: A contralateral 
control non-inferiority study Journal of Cosmetic and Laser Therapy,14:2–6 (2012) 
HALACHMI S, LAPIDOTH , M. Low-fl uence vs. standard fl uence hair removal: A contralateral 
control non-inferiority study Journal of Cosmetic and Laser Therapy,14:2–6 (2012) 
HEYMANN WR. Intense pulsed light. J Am Acad Dermatol. 56(3):466-7 (2007) 
HEYMANN WR. Intense pulsed light. J Am Acad Dermatol. 56(3):466-7 (2007) 
IBRAHIMI, O A, KILMER S K.Long-Term Clinical Evaluation of a 800-nm Long-Pulsed Diode 
Laser with a Large Spot Size and Vacuum-Assisted Suction for Hair Removal American Society 
for Dermatologic Surgery, Inc. Published by Wiley Periodicals, Inc. ISSN: 1076-0512 Dermatol Surg 
2012;1–6 DOI: 10.1111/j.1524-4725.2012.02380.x (2012) 
IBRAHIMI, O A, KILMER S K.Long-Term Clinical Evaluation of a 800-nm Long-Pulsed Diode 
Laser with a Large Spot Size and Vacuum-Assisted Suction for Hair Removal American Society 
for Dermatologic Surgery, Inc. Published by Wiley Periodicals, Inc. ISSN: 1076-0512 Dermatol Surg 
2012;1–6 DOI: 10.1111/j.1524-4725.2012.02380.x (2012) 
KALIL CLPV, CURCIO BL, CIGNACHI S. Laser Nd: YAG and intense pulsed light in the treatment 
of port -wine stain: case report and review of literature. Surgical & Cosmetic Dermatology.1(2):95-
98 (2009) 
KALIL CLPV, CURCIO BL, CIGNACHI S. Laser Nd: YAG and intense pulsed light in the treatment 
of port -wine stain: case report and review of literature. Surgical & Cosmetic Dermatology.1(2):95-
98 (2009) 
KAMINSKY SK. Aparelhos de laser e equipamentos correlatos. RBM 9(66) Edição Especial 
Dermatologia Indexado na Lilacs Virtual sob nº LLXP: S0034-72642009002600005 (2009) 
KAMINSKY SK. Aparelhos de laser e equipamentos correlatos. RBM 9(66) Edição Especial 
Dermatologia Indexado na Lilacs Virtual sob nº LLXP: S0034-72642009002600005 (2009) 
KARU T. Low-Power Laser Therapy- Institute of Laser and Information Technologies Russian 
Academy of Sciences Troitsk, Moscow Region, Russian Federation (2003) 
KARU T. Low-Power Laser Therapy- Institute of Laser and Information Technologies Russian 
Academy of Sciences Troitsk, Moscow Region, Russian Federation (2003) 
KLIGMAN Z. Intense Pulsed Light Treatment of Photoaged Facial Skin. American Society forDermatologic Surgery. 30:1085–90 (2004) 
KLIGMAN Z. Intense Pulsed Light Treatment of Photoaged Facial Skin. American Society for 
Dermatologic Surgery. 30:1085–90 (2004) 
MACHADO AEH. Terapia Fotodinâmica: princípios, potencial de aplicação e 
prespectivas.Química Nova. 23(2):237-43 (2000) 
 www.inaesp.com.br 
 
108 
MACHADO AEH. Terapia Fotodinâmica: princípios, potencial de aplicação e 
prespectivas.Química Nova. 23(2):237-43 (2000) 
MAIO, M. – Tratado de Medicina Estética – Ed. Rocca (2004) 
MAIO, M. – Tratado de Medicina Estética – Ed. Rocca (2004) 
MAZER JM. Indications des lasers médicaus en dermatologie. Presse Med. 31:223-31(2002) 
MAZER JM. Indications des lasers médicaus en dermatologie. Presse Med. 31:223-31(2002) 
MAZER JM. Les lasers en Dermatologie. Ann Dermatol Venereolo. 127:532-41 (2000) 
MAZER JM. Les lasers en Dermatologie. Ann Dermatol Venereolo. 127:532-41 (2000) 
MEDEIROS CA, LUCCAS GC. Comparison of endovenous treatment with an 810 nm laser 
versus conventional stripping of the great saphenous vein in patients with primary varicose 
veins. Dermatol Surg. 31 (12):1685-94 (2005) 
MEDEIROS CA, LUCCAS GC. Comparison of endovenous treatment with an 810 nm laser 
versus conventional stripping of the great saphenous vein in patients with primary varicose 
veins. Dermatol Surg. 31 (12):1685-94 (2005) 
MENEGHE,T.l, CITRA,M.,In-Vivo Histopathologic Assessment of High Average Power Diode 
Lasers for Permanent Hair Reduction Using SHR™ Volumetric Heating Technique (2010) 
MENEGHE,T.l, CITRA,M.,In-Vivo Histopathologic Assessment of High Average Power Diode 
Lasers for Permanent Hair Reduction Using SHR™ Volumetric Heating Technique (2010) 
MENEGHEL T, Soprano XL Achieves Efficacious Hair Removal with Decreased Pain.The 
Aesthetic Guide, Study will be presented at the ASLMS annual conference (2009) 
MENEGHEL T, Soprano XL Achieves Efficacious Hair Removal with Decreased Pain.The 
Aesthetic Guide, Study will be presented at the ASLMS annual conference (2009) 
MORENO-MORENA J, VALERO-ALTES T, RIQUELME AM, ISARRIA-MARCOSY M.I. Body 
contouring by non-invasive trasdermal focused ultrasound.Laser Surgery Medice (2007) 
MORENO-MORENA J, VALERO-ALTES T, RIQUELME AM, ISARRIA-MARCOSY M.I. Body 
contouring by non-invasive trasdermal focused ultrasound.Laser Surgery Medice (2007) 
NAVARRO L, MIN RJ, BONÉ C. Endovenous laser: a new minimally invasive method of 
treatment for varicose veins – preliminary observations using an 810 nm diode laser.Dermatol 
Surg 27(2):117-22 (2001) 
NAVARRO L, MIN RJ, BONÉ C. Endovenous laser: a new minimally invasive method of 
treatment for varicose veins – preliminary observations using an 810 nm diode laser.Dermatol 
Surg 27(2):117-22 (2001) 
NORONHA L, et al. Análises morfométrica e morfológica das alterações cutâneas após uso do 
laser Nd-YAG em tecidos palpebrais humanos. J. Bras. Patol. Med. Lab., 40(3): 193-99 (2004) 
NORONHA L, et al. Análises morfométrica e morfológica das alterações cutâneas após uso do 
laser Nd-YAG em tecidos palpebrais humanos. J. Bras. Patol. Med. Lab., 40(3): 193-99 (2004) 
NORONHA L, FIGUEROA M.C, TAMANINI P.R, GRAF R. Neocolagenização induzida 
pelo resurfacing com laser erbium:YAG isolado e associado a lifting cutâneo: estudo 
morfométrico comparativo em ratos. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online].41(5): 335-340 (2005) 
NORONHA L, FIGUEROA M.C, TAMANINI P.R, GRAF R. Neocolagenização induzida 
pelo resurfacing com laser erbium:YAG isolado e associado a lifting cutâneo: estudo 
morfométrico comparativo em ratos. J. Bras. Patol. Med. Lab. [online].41(5): 335-340 (2005) 
NUNES R., NUNES D.,NUNES G., CONCEIÇÃO K, YUMI T. Diode Laser for Permanent Hair 
Removal Reduction using SHR Volumetric Heating Technique: ASLMS- 671(2010) 
NUNES R., NUNES D.,NUNES G., CONCEIÇÃO K, YUMI T. Diode Laser for Permanent Hair 
Removal Reduction using SHR Volumetric Heating Technique: ASLMS- 671(2010) 
ORRINGER JS et al. The effects os laser mediated hair removal on immunohistichemical 
staining properties of hair follicles. J Am Acad Dermatol. 55:402-7 (2006) 
ORRINGER JS et al. The effects os laser mediated hair removal on immunohistichemical 
staining properties of hair follicles. J Am Acad Dermatol. 55:402-7 (2006) 
PAKHCHYAN S. Fashioning Technology. Italy: O’Reilly Craft: Projects (2008) 
PAKHCHYAN S. Fashioning Technology. Italy: O’Reilly Craft: Projects (2008) 
 www.inaesp.com.br 
 
109 
PATRIOTA R. Laser um aliado na dermatologia - Rev Med (2007) 
PATRIOTA R. Laser um aliado na dermatologia - Rev Med (2007) 
PINHEIRO ALB. Normas de segurança quando da utilização de laser / Security norms when 
using laser. RGO – Porto Alegre ;43(4):227-31 (1995) 
PINHEIRO ALB. Normas de segurança quando da utilização de laser / Security norms when 
using laser. RGO – Porto Alegre ;43(4):227-31 (1995) 
PUGLIESE L., MEDRADO P., REIS S. A influência da terapia a laser de baixa densidade de 
energia na biomodulação das fibras colágenas e elásticas. Pesquisa Odontologia Brasileira 
(2003) 
PUGLIESE L., MEDRADO P., REIS S. A influência da terapia a laser de baixa densidade de 
energia na biomodulação das fibras colágenas e elásticas. Pesquisa Odontologia Brasileira 
(2003) 
REISFELD R, BERLINER KI. Evidence-Based Review of the Nonsurgical Management of 
Hyperhidrosis. Thorac Surg Clin.18(2):157-66 (2008) 
REISFELD R, BERLINER KI. Evidence-Based Review of the Nonsurgical Management of 
Hyperhidrosis. Thorac Surg Clin.18(2):157-66 (2008) 
ROSS EV. Laser versus intense pulsed light: Competing technologies in dermatology.Lasers 
Surg Med. 38(4):261-72 (2006) 
ROSS EV. Laser versus intense pulsed light: Competing technologies in dermatology.Lasers 
Surg Med. 38(4):261-72 (2006) 
SACKS T, BARCAUI C. Laser e luz pulsada de alta energia - Indução e tratamento de reações 
alérgicas relacionadas a tatuagens. An bras Dermatol, 79(6):709-14 (2004) 
SACKS T, BARCAUI C. Laser e luz pulsada de alta energia - Indução e tratamento de reações 
alérgicas relacionadas a tatuagens. An bras Dermatol, 79(6):709-14 (2004) 
SANTOS LF, PEREIRA CJ. Composição de cores através da calibração radiométrica e 
fotométrica de LEDs: teoria e experimento. Rev. Bras. Ensino Fís. 35(2):1-8 (2013) 
SANTOS LF, PEREIRA CJ. Composição de cores através da calibração radiométrica e 
fotométrica de LEDs: teoria e experimento. Rev. Bras. Ensino Fís. 35(2):1-8 (2013) 
SICA R. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento de 
fotoenvelhecimento cutâneo – USP (2009) 
SICA R. Estudo comparativo pré e pós luz intensa pulsada no tratamento de 
fotoenvelhecimento cutâneo – USP (2009) 
SOLISH N, BERTUCCI V, DANSEREAU A, HONG HC, LINDE C, LUPIN M, et al. A Comprehensive 
Approach to the Recognition, Diagnosis, and SeverityBased Treatment of Focal Hyperhidrosis: 
Recommendations of the Canadian Hyperhidrosis Advisory Committee. Dermatol 
Surg.33(8):908-23 (2007) 
SOLISH N, BERTUCCI V, DANSEREAU A, HONG HC, LINDE C, LUPIN M, et al. A Comprehensive 
Approach to the Recognition, Diagnosis, and SeverityBased Treatment of Focal Hyperhidrosis: 
Recommendations of the Canadian Hyperhidrosis Advisory Committee. Dermatol 
Surg.33(8):908-23 (2007) 
SORIA LM, SPLETA G, GARRIDO A, CHAMES C, CHOUELA E.Vitiligo universal. Tratamiento 
despigmentante con luz pulsada intensa Centro de Investigaciones Dermatologicas Dres. Chouela. 
Uriburu 1590. CABA, Rep. Argentina (2009) 
SORIA LM, SPLETA G, GARRIDO A, CHAMES C, CHOUELA E.Vitiligo universal. Tratamiento 
despigmentante con luz pulsada intensa Centro de Investigaciones Dermatologicas Dres. Chouela. 
Uriburu 1590. CABA, Rep. Argentina (2009) 
STEINER, D et al. Você conhece esta síndrome? An. Bras. Dermatol. 86(1) ISSN 0365-0596 (2011) 
STEINER, D et al. Você conhece esta síndrome? An. Bras. Dermatol. 86(1) ISSN 0365-0596 (2011) 
TOREZAN LAR,OSÓRIO NEGS. LASER em Dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações. 
An bras Dermatol, 74(1):13-20 (1999) 
TOREZAN LAR,OSÓRIO NEGS. LASER em Dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações. 
An bras Dermatol,74(1):13-20 (1999) 
 www.inaesp.com.br 
 
110 
TRELLERS M., URDIALES F. Hair structure are effectively altered during 810nm diode laser hair 
epilation at low fluences.Journal of Dermatological Treatment (2009) 
TRELLERS M., URDIALES F. Hair structure are effectively altered during 810nm diode laser hair 
epilation at low fluences.Journal of Dermatological Treatment (2009) 
TRINDADE N M. Investigação das Pripriedades ópticas e eléctricas em Alexandrite Natural e 
Sintéctica.Impressão académica. Universidade Estadual Paulista.Bauru-Brasil (2009) 
TRINDADE N M. Investigação das Pripriedades ópticas e eléctricas em Alexandrite Natural e 
Sintéctica.Impressão académica. Universidade Estadual Paulista.Bauru-Brasil (2009) 
VLADIMIROV YA, OSIPOV NA, KLEBANOV GI.Photobiological Principles of Therapeutic 
Applications of Laser Radiation. Biochemistry (Moscow), 69(1):81-90 (2004) 
VLADIMIROV YA, OSIPOV NA, KLEBANOV GI.Photobiological Principles of Therapeutic 
Applications of Laser Radiation. Biochemistry (Moscow), 69(1):81-90 (2004) 
WILLEY A, TORRONTEGUI J, AZPIAZU J, LANDA N. Hair Stimulation Following laser and 
intense pulsed light photo-epilation: review of 543 cases and ways to manage it. Lasers in Surg 
and Medicine. 39:297-01 (2007) 
WILLEY A, TORRONTEGUI J, AZPIAZU J, LANDA N. Hair Stimulation Following laser and 
intense pulsed light photo-epilation: review of 543 cases and ways to manage it. Lasers in Surg 
and Medicine. 39:297-01 (2007) 
ZHANG J, RENJIE C, LI D, XIONG Q. Laser cooling of a semiconductor. Nature, 493:504-08 
(2013) 
ZHANG J, RENJIE C, LI D, XIONG Q. Laser cooling of a semiconductor. Nature, 493:504-08 
(2013)

Mais conteúdos dessa disciplina