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NCS1-Tutoria 2 3 (Até que enfim!)

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NCS1 - Tutoria
1. Compreender os tipos de infertilidade feminina e masculina (conceituar)
Infertilidade masculina
Condições anatômicas
As condições anatômicas têm a ver com a própria formação testicular e normalmente podem ser corrigidas com cirurgia:
-A varicocele é uma dilatação anormal das veias testiculares, um tipo de “varizes” ao redor dos testículos, nem sempre visíveis. É a principal causa da infertilidade masculina, diagnosticada em 40% dos casos de homens estéreis. Ao represar o sangue na região, provoca um aquecimento na bolsa escrotal, causando estresse para ambos os testículos. Isso resulta em queda na taxa de espermatozoides (oligospermia) e diminuição da sua mobilidade, levando à infertilidade. Habitualmente, aparece na puberdade, mas, com poucos sintomas, só acaba sendo descoberta na vida adulta ao investigar a infertilidade. Para ter um diagnóstico e tratamento precoce, é recomendável levar o adolescente a uma consulta de rotina no urologista
-Criptorquidia é a não descida do testículo para a bolsa escrotal durante a formação do feto e normalmente é corrigida ainda na infância
-A torção testicular acontece quando a mobilidade do testículo é aumentada devido à fraca fixação dos cordões que sustentam o testículo na bolsa escrotal. Normalmente acontece na adolescência. Sem intervenção cirúrgica, pode levar à redução do fluxo sanguíneo (isquemia) e afetar a produção de espermatozoides
Inflamações ou infecções nos testículos
Inflamações e infecções causadas por diferentes tipos de vírus podem provocar inchaço na próstata e afetar a produção de espermatozoides. Alguns exemplos:
- Orquite (infecção no testículo) pós-caxumba
- Prostatite (infecção na próstata)
- Doenças sexualmente transmissíveis como gonorreia e HIV
- História prévia de trauma testicular
Coronavírus e fertilidade masculina
Estudos iniciais apontam que o coronavírus também pode afetar o sistema urinário e reprodutivo masculino. Isso acontece porque a enzima receptora do vírus (ACE2), presente nos pulmões e rins, também está presente em grande quantidade nos testículos. Porém, a SBRA lembra que, por ser uma doença nova, seus efeitos e a duração deles ainda estão sendo estudados.
Histórico de saúde
Alterações hormonais, diabetes, cirurgias no aparelho urinário também podem obstruir os canais e afetar o transporte dos espermatozoides até o sêmen.
Tratamentos contra o câncer, bem como alguns tipos de medicamentos, podem ter como efeito colateral a menor produção de espermatozoides. Estima-se que ela volte ao normal passados cinco anos de tratamentos como quimioterapia, radioterapia e cirurgias.
Questões ambientais e estilo de vida
Drogas e outras substâncias tóxicas podem causar infertilidade. Essas substâncias são denominadas gonadotoxinas. As mais perigosas são a radiação, alguns medicamentos utilizados para quimioterapia de câncer, pesticidas, o calor excessivo, nicotina, álcool em excesso, maconha e os anabolizantes.
Existem, ainda, outras medicações que diminuem a fertilidade, entre elas alguns antibióticos, anti-hipertensivos e antidepressivos. Em muitos casos, os efeitos negativos destas substâncias são reversíveis com a suspensão do uso.
Além disso, a SBU e a SBRA destacam fatores de estilo de vida que estão relacionados a problemas de fertilidade masculina. São eles: estresse, consumo de álcool, cigarro e drogas em geral, sedentarismo e excesso de gordura corporal.
 Infertilidade feminina
A infertilidade feminina pode ser definida como primária (paciente que nunca engravidou) ou secundária (engravidou uma vez, mesmo que com outro parceiro).
A fertilidade natural das mulheres tende a decrescer com o tempo, iniciando a queda por volta dos 35 anos. Além da idade, as causas mais comuns da infertilidade feminina são endometriose, infecção pélvica, síndrome dos ovários policísticos, bem como estilo de vida.
Endometriose
A endometriose é o crescimento anormal do endométrio (o tecido que reveste a cavidade interna do útero). Esse crescimento pode atingir trompas e ovários (além de outros órgãos) e afetar a fertilidade das mulheres. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema atinge cerca de 25% a 40% das mulheres inférteis. Entre os principais sintomas, estão cólicas intensas, dor durante as relações sexuais e fluxo menstrual intenso e irregular.
Infecções e histórico de saúde
Infecções causadas por fungos, vírus ou bactérias podem ocasionar inflamações no endométrio e alterações nas tubas uterinas. Isso prejudica a fertilização e a implantação dos óvulos no útero. No caso de cânceres prévios, são os tratamentos fortes – quimioterapia e radioterapia – que podem inibir a ovulação e afetar a fertilidade feminina.
Alterações hormonais
Alterações na tireoide (hiper ou hipotireoidismo) levam a mudanças hormonais e tendem a interferir no ciclo menstrual da mulher e na fertilidade. A boa notícia é que, em geral, podem ser controladas com medicamentos.
A síndrome do ovário policístico (SOP) está relacionada com um número maior de hormônios masculinos na mulher. Isso causa um aumento no tamanho dos ovários, com pequenos cistos na parte externa deles, dificultando a ovulação.
Histórico de saúde e estilo de vida
Assim como entre os homens, questões de estilo de vida também afetam a fertilidade feminina. Segundo a SBRA, mulheres que fumam têm duas vezes mais dificuldade de engravidar do que as não fumantes.
Além disso, estresse, falta de sono, sobrepeso ou desnutrição provocam disfunções no hipotálamo, causando alterações hormonais que podem afetar a função reprodutora. Essa disfunção do hipotálamo também pode estar associada a atividades físicas muito intensas, com alta demanda energética.
2. Explicar a formação do zigoto até o desenvolvimento embrionário
Sequência da fecundação
Normalmente, o local da fecundação é a ampola da tuba uterina. Se o oócito não for fecundado na ampola, ele passa lentamente pela tuba e chega ao corpo do útero, onde se degenera e é reabsorvido. Embora a fecundação possa ocorrer em outras partes da tuba, ela não ocorre no corpo do útero. Sinais químicos (atrativos) secretados pelos oócitos e pelas células foliculares circundantes guiam os espermatozóides capacitados (quimiotaxia dos espermatozóides) para o oócito.
A fecundação é uma sequência complexa de eventos moleculares coordenados que se inicia com o contato entre um espermatozóide e um oócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto; o embrião unicelular Alterações em qualquer estágio na sequência desses eventos pode causar a morte do zigoto. O processo da fecundação leva aproximadamente 24 horas. Estudos de transgênicos e de genes nocaute em animais mostraram que as moléculas de ligação a carboidratos e proteínas específicas dos gametas na superfície dos espermatozóides estão envolvidas no reconhecimento espermatozoide-oócito e na fusão deles.
Fases da Fecundação
Passagem de um espermatozoide através da corona radiata. A dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda o oócito e a zona pelúcida parece resultar principalmente da ação da enzima hialuronidase liberada da vesícula acrossômica do espermatozoide (Fig. 2-5A), mas isto ainda não está totalmente esclarecido. Algumas enzimas da mucosa da tuba uterina também parecem auxiliar a dispersão. Os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes na penetração da corona radiata (Fig. 2-13A).
Penetração da zona pelúcida. A passagem do espermatozoide pela zona pelúcida é uma fase importante do início da fecundação. A formação de uma passagem também é resultado da ação de enzimas acrossômicas. As enzimas esterase, acrosina e neuraminidase parecem causar a lise (dissolução) da zona pelúcida, formando assim uma passagem para o espermatozoide penetrar o oócito. A mais importante dessas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica.
Uma vez que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre a reação zonal, uma alteração nas propriedades da zona pelúcida,tornando-a impermeável a outros espermatozoides. A composição dessa cobertura glicoproteica extracelular muda após a fecundação. Acredita-se que a reação zonal é o resultado da ação de enzimas lisossomais liberadas por grânulos corticais próximos a membrana plasmática do oócito. O conteúdo desses grânulos, que são liberados no espaço perivitelino (Fig. 2-13A), também provoca alterações na membrana plasmática tornando-a impermeável a outros espermatozoides.
Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide. As membranas plasmáticas ou celulares do oócito e do espermatozoide se fundem e se rompem na região da fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito (Fig. 2-13A e B), mas a membrana celular espermática (membrana plasmática) e as mitocôndrias não entram.
Término da segunda divisão meiótica do oócito e formação do pronúcleo feminino. Quando o espermatozoide penetra o oócito, este é ativado e termina a segunda divisão meiótica formando um oócito maduro e um segundo corpo polar (Fig. 2-14B). Em seguida, os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino
Formação do pronúcleo masculino. Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozóide aumenta para formar o pronúcleo masculino (Fig. 2-14C), e a cauda do espermatozóide degenera. Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são indistinguíveis. Durante o crescimento dos pronúcleos, eles replicam seu DNA-1 n (haplóide), 2 c (duas cromátides). O oócito contendo os dois pronúcleos haplóides é denominado oótide (Fig. 2-14C). Logo que os pronúcleos se fundem em um único agregado diplóide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto. Os cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem (Fig. 2-14E), em preparação para as sucessivas divisões do zigoto.
• O zigoto é geneticamente único porque metade dos cromossomos é materna e a outra metade é paterna. O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos diferente da combinação das células paternas. Esse mecanismo é a base da herança biparental e da variação da espécie humana. A meiose possibilita a distribuição aleatória dos cromossomos paternos e maternos entre as células germinativas (Fig. 2-2). O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos dos cromossomos paterno e materno “embaralha” os genes, produzindo uma recombinação do material genético. O sexo cromossômico do embrião é determinado na fecundação dependendo do tipo de espermatozoide (X ou Y) que fecunde o oócito. A fecundação por um espermatozoide que carrega o cromossomo X produz um zigoto 46,XX, que se desenvolve em um embrião feminino; já a fecundação por um espermatozoide que carrega o cromossomo Y gera um zigoto 46,XY, que se desenvolve em um embrião masculino
Fecundação 
• Estimula o oócito a completar a segunda divisão meiótica. 
• Restaura o número diploide normal de cromossomos (46) no zigoto. 
• Resulta na variação da espécie humana por meio da mistura de cromossomos paternos e maternos. 
• Determina o sexo cromossômico do embrião. 
• Causa a ativação metabólica da oótide (oócito quase maduro) e inicia a clivagem do zigoto.
Formação do blastocisto 
Logo após a mórula ter alcançado o útero (cerca de 4 dias após a fecundação), surge no interior da mórula um espaço preenchido por líquido, a cavidade blastocística (Fig. 2-16E). O líquido passa da cavidade uterina através da zona pelúcida para formar esse espaço. Conforme o líquido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes:
Uma delgada camada celular externa, o trofoblasto (Grego trophe, nutrição), que formará a parte embrionária da placenta
Um grupo de blastômeros localizados centralmente, o embrioblasto (massa celular interna), que formará o embrião
Uma proteína imunossupressora, o fator de gestação inicial, é secretada pelas células trofoblásticas e aparece no soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação. O fator de gestação inicial é a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento.
Durante esse estágio de desenvolvimento, ou blastogênese, o concepto (embrião e suas membranas) é chamado de blastocisto (Fig. 2-18). O embrioblasto agora se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. Depois que o blastocisto flutuou pelas secreções uterinas por aproximadamente 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece (Fig. 2-16E e F e Fig. 2-18A). A degeneração da zona pelúcida e a incubação do blastocisto foram observados in vitro. A degeneração da zona pelúcida permite o rápido crescimento do blastocisto. Enquanto está flutuando no útero, o blastocisto obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas (Fig. 2-6C).
Aproximadamente 6 dias após a fecundação (dia 20 de um ciclo menstrual de 28 dias), o blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao polo embrionário (Fig. 2-19A). Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas (Fig. 2-19B):
Primeira semana 
Os oócitos são produzidos pelos ovários (oogênese) e são expelidos deles durante a ovulação (Fig. 2-20). As fímbrias da tuba uterina varrem o oócito para a ampola, onde ele pode ser fecundado. Geralmente somente um oócito é expelido na ovulação
Os espermatozoides são produzidos nos testículos (espermatogênese) e armazenados nos epidídimos (Fig. 2-12). A ejaculação do sêmen resulta na deposição de milhões de espermatozoides na vagina. Várias centenas deles passam através do útero e entram nas tubas uterinas.
Quando um oócito é penetrado por um espermatozoide, ele completa a segunda divisão meiótica (Fig. 2-1). Como resultado, um oócito maduro e um segundo corpo polar são formados. O núcleo do oócito maduro constitui o pronúcleo feminino (Fig. 2-14B e C).
Após o espermatozoide entrar no oócito, a cabeça dele se separa da cauda e aumenta para se tornar o pronúcleo masculino (Figs. 2-13 e 2-14C). A fecundação se completa quando os pronúcleos masculino e feminino se unem e os cromossomos maternos e paternos se misturam durante a metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto (Fig. 2-14D e C).
À medida que o zigoto passa ao longo da tuba uterina em direção ao útero, sofre clivagens (uma série de divisões mitóticas) em várias células menores, os blastômeros. Aproximadamente três dias após a fecundação, uma esfera de 12 ou mais blastômeros (a mórula) entra no útero (Fig. 2-20).
Uma cavidade se forma na mórula, convertendo-a em blastocisto, que é formado pelo embrioblasto, pela cavidade blastocística e pelo trofoblasto (Fig. 2-16D e F). O trofoblasto encapsula o embrioblasto e a cavidade blastocística e depois irá formar estruturas extraembrionárias e a porção embrionária da placenta.
Quatro a 5 dias após a fecundação, a zona pelúcida desaparece e o trofoblasto adjacente ao embrioblasto se adere ao epitélio endometrial (Fig. 2-16E).
O trofoblasto do polo embrionário se diferencia em duas camadas, uma externa, o sinciciotrofoblasto e outra interna, o citotrofoblasto (Fig. 2-19B). O sinciciotrofoblasto invade o epitélio endometrial e o tecido conjuntivo adjacente. Concomitantemente, forma-se uma camada cuboidal de hipoblasto na superfície inferior do embrioblasto. Ao final da primeira semana, o blastocisto está superficialmente implantado no endométrio
segunda semana 
• Assim que o blastocisto completa a implantação no endométrio uterino ocorre uma rápida proliferação e diferenciação do trofoblasto. 
• As mudanças no endométrio resultantes da adaptação desses tecidos em preparação para a implantação são denominadas de reação decidual. 
• Concomitantemente, forma-se a vesícula umbilical primitiva e ocorre o desenvolvimento do mesoderma extraembrionário. O celoma (cavidade) extraembrionário forma-se a partir de espaços presentes no mesoderma extraembrionário. Posteriormente, o celoma se torna a cavidade coriônica. 
• A vesícula umbilical primitiva diminui e desaparece gradativamente conforme ocorre o desenvolvimento davesícula umbilical secundária. 
• A cavidade amniótica aparece entre o citotrofoblasto e o embrioblasto. 
• O embrioblasto se diferencia em um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto, voltado para a cavidade amniótica, e pelo hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística. 
• O desenvolvimento da placa pré-cordal, um espessamento localizado no hipoblasto, indica a futura região cranial do embrião e o futuro local da boca; a placa pré-cordal também é um importante organizador da região da cabeça
Segunda semana 
• Assim que o blastocisto completa a implantação no endométrio uterino ocorre uma rápida proliferação e diferenciação do trofoblasto. 
• As mudanças no endométrio resultantes da adaptação desses tecidos em preparação para a implantação são denominadas de reação decidual. 
• Concomitantemente, forma-se a vesícula umbilical primitiva e ocorre o desenvolvimento do mesoderma extraembrionário. O celoma (cavidade) extraembrionário forma-se a partir de espaços presentes no mesoderma extraembrionário. Posteriormente, o celoma se torna a cavidade coriônica. 
• A vesícula umbilical primitiva diminui e desaparece gradativamente conforme ocorre o desenvolvimento da vesícula umbilical secundária.
 • A cavidade amniótica aparece entre o citotrofoblasto e o embrioblasto. • O embrioblasto se diferencia em um disco embrionário bilaminar formado pelo epiblasto, voltado para a cavidade amniótica, e pelo hipoblasto, adjacente à cavidade blastocística. 
• O desenvolvimento da placa pré-cordal, um espessamento localizado no hipoblasto, indica a futura região cranial do embrião e o futuro local da boca; a placa pré-cordal também é um importante organizador da região da cabeça
Formação da cavidade amniótica, do disco embrionário e da vesícula umbilical
Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no embrioblasto; o primórdio da cavidade amniótica (Figs. 3-1A e 3-2B). Logo, as células amniogênicas (formadoras do âmnio), os amnioblastos, se separam do epiblasto e formam o âmnio, que reveste a cavidade amniótica. Concomitantemente, ocorrem mudanças morfológicas no embrioblasto (massa celular da qual se desenvolve o embrião) que resultam na formação de uma placa bilaminar, quase circular, de células achatadas. O disco embrionário, que é formado por duas camadas (Fig 3-2A e B):
• O epiblasto, uma camada mais espessa, constituída de células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade amniótica. • O hipoblasto, composto de células cuboides pequenas adjacentes à cavidade exocelômica. O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e está perifericamente em continuidade com o âmnio.
hipoblasto forma o teto da cavidade exocelômica (Fig. 3-1A) e é contínuo à delgada membrana exocelômica. Essa membrana, juntamente com o hipoblasto, reveste a vesícula umbilical primitiva. O disco embrionário agora situa-se entre a cavidade amniótica e a vesícula (Fig. 3-1B). As células do endoderma da vesícula produzem uma camada de tecido conjuntivo, o mesoderma extraembrionário (Fig. 3-2A), que passa a envolver o âmnio e a vesícula umbilical. A vesícula umbilical e a cavidade amniótica possibilitam os movimentos morfogenéticos das células do disco embrionário
Assim que se formam o âmnio, o disco embrionário e a vesícula umbilical aparecem lacunas (pequenos espaços) no sinciciotrofoblasto (Figs. 3-1A e 3-2). As lacunas são preenchidas por um mistura de sangue materno proveniente dos capilares endometriais rompidos e os restos celulares das glândulas uterinas erodidas (Capítulo 2, Fig. 2-6C). Esse fluido dos espaços lacunares, o embriotrofo, chega ao disco embrionário por difusão e fornece material nutritivo para o embrião.
A comunicação dos capilares endometriais rompidos com as lacunas no sinciciotrofoblasto estabelece a circulação uteroplacentária primitiva. Quando o sangue materno flui para rede lacunar (Fig. 3-2A e B), o oxigênio e as substâncias nutritivas passam para o embrião. O sangue oxigenado passa para as lacunas a partir das artérias endometriais espiraladas (Capítulo 2, Fig 2-6C), e o sangue pouco oxigenado é removido das lacunas pelas veias endometriais.
No décimo dia, o concepto (embrião e membranas) está completamente implantado no endométrio uterino (Fig. 3-2A). Inicialmente, existe uma falha superficial no epitélio endometrial que logo é fechada por um tampão, um coágulo sanguíneo fibrinoso (Fig. 3-2A). Por volta do 12° dia, o epitélio quase totalmente regenerado recobre o tampão (Fig. 3-3B). Isso resulta parcialmente da sinalização de AMPc e progesterona. Assim que o concepto se implanta, as células do tecido conjuntivo endometrial continuam passando por transformações: é a reação decidual. As células incham devido ao acúmulo de glicogênio e lipídios no citoplasma. A principal função da reação decidual é fornecer nutrientes para o embrião e um local imunologicamente privilegiado para o concepto.
Em um embrião de 12 dias, as lacunas sinciociotrofoblásticas adjacentes se fusionam para formar a rede lacunar (Figs. 3-4 e 3-2B), dando ao sinciciotrofoblasto uma aparência esponjosa. As redes lacunares, particularmente ao redor do polo embrionário, são os primórdios dos espaços intervilosos da placenta (Capítulo 7, Fig. 7-5). Os capilares endometriais ao redor do embrião implantado se tornam congestos e dilatados, formando os sinusoides maternos, vasos terminais de paredes finas e mais largos do que os capilares normais (Fig. 3-5A). A formação dos vasos sanguíneos no estroma endometrial (estrutura de tecido conjuntivo) está sob a influência do estrogênio e da progesterona
Conforme ocorrem mudanças no trofoblasto e no endométrio, o mesoderma extraembrionário aumenta e aparecem espaços celômicos extraembrionários isolados dentro dele (Figs. 3-2B e 3-4B). Esses espaços rapidamente se fundem e formam uma grande cavidade isolada, o celoma extraembrionário (Fig. 3-5A). Essa cavidade cheia de fluido envolve o âmnio e a vesícula umbilical, exceto onde eles estão aderidos ao córion (membrana fetal mais externa) pelo pedículo de conexão (Fig. 3-8A e B). Com a formação do celoma extraembrionário, a vesícula umbilical primitiva diminui e se forma a vesícula umbilical secundária um pouco menor (Fig. 3-5B). Essa vesícula menor é formada por células endodérmicas extraembrionárias que migram do hipoblasto do interior da vesícula umbilical primitiva (Fig. 3-6). Durante a formação da vesícula umbilical secundária, uma grande parte da vesícula umbilical primitiva se desprende, deixando uma vesícula remanescente (Fig. 3-5B). A vesícula umbilical dos humanos não contém vitelo; entretanto, possui funções importantes – por exemplo, ela é o local de origem das células germinativas primordiais (Capítulo 12). Ela pode ter função também na transferência seletiva de nutrientes para o embrião.
Desenvolvimento do saco coriônico
O final da segunda semana é marcado pelo aparecimento das vilosidades coriônicas primárias (Fig. 3-5A e B). As vilosidades (processos vasculares do córion) formam colunas com revestimentos sinciciais. As extensões celulares crescem para dentro do sinciciotrofoblasto. Acredita- se que o crescimento dessas extensões seja induzido pelo mesoderma somático extraembrionário subjacente. As projeções celulares formam as vilosidades coriônicas primárias (Fig. 3-5A e B), que são o primeiro estágio de desenvolvimento das vilosidades coriônicas da placenta (órgão fetomaternal de troca metabólica entre o embrião e a mãe). 
O celoma extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em duas camadas (Fig. 3-5A e B): 
• O mesoderma somático extraembrionário, que reveste o trofoblasto e cobre o âmnio. 
• O mesoderma esplâncnico extraembrionário, que envolve a vesícula umbilical.
 O mesoderma somático extraembrionário e as duas camadas do trofoblasto formam o córion (membrana fetal mais externa), que forma a parede do saco coriônico (Fig. 3-5A e B). O embrião, o saco amniótico e a vesícula umbilical estão suspensos dentro desse saco pelo pedículo de conexão. (O termo vesícula umbilical é mais apropriado porqueo saco vitelino não contém vitelo em humanos.) O celoma extraembrionário é o primórdio da cavidade coriônica.
Resumo da implantação 
A implantação do blastocisto no endométrio uterino inicia- se no fim da primeira semana (Capítulo 2, Fig. 2-19B) e é completada no final da segunda semana (Fig. 3-2B). 
Os eventos moleculares e celulares relacionados com a implantação são complexos. A implantação pode ser resumida como se segue: 
• A zona pelúcida se degenera (dia 5). O desaparecimento dela resulta do crescimento do blastocisto e da degeneração causada por lise enzimática. As enzimas líticas são liberadas pelo acrossoma dos espermatozoides que rodeiam e parcialmente penetram a zona pelúcida. 
• O blastocisto adere ao epitélio endometrial (dia 6). 
• O trofoblasto se diferencia em duas camadas, o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto (dia 7). 
• O sinciciotrofoblasto provoca a erosão do tecido endometrial e o blastocisto começa a se implantar ao endométrio (dia 8). • Surgem lacunas cheias de sangue no sinciciotrofoblasto (dia 9).
 • O blastocisto penetra o epitélio endometrial e a falha é preenchida por um tampão (dia 10). 
• Ocorre a formação da rede lacunar pela fusão de lacunas adjacentes (dias 10 e 11). 
• O sinciciotrofoblasto provoca a erosão dos vasos sanguíneos endometriais, permitindo que o sangue materno entre nas redes lacunares e saia delas, estabelecendo, assim, a circulação uteroplacentária (dias 11 e 12). 
• A falha do epitélio endometrial é reparada (dias 12 e 13). 
• As vilosidades coriônicas primárias se desenvolvem (dias 13 e 14).
Terceira Semana
Término da implantação do blastocisto A implantação do blastocisto termina durante a segunda semana. Ela ocorre durante um período restrito entre 6 e 10 dias após a ovulação e a fecundação. Conforme o blastocisto se implanta (Fig. 3-1A), mais o trofoblasto entra em contato com o endométrio e se diferencia em duas camadas: 
• Uma camada interna, o citotrofoblasto, que é mitoticamente ativa (isto é, figuras mitóticas são visíveis) e forma novas células que migram para a massa crescente de sinciciotrofoblasto, onde se fundem e perdem as membranas celulares. 
• O sinciciotrofoblasto, uma massa multinucleada que se expande rapidamente, na qual nenhum limite celular é visível
O sinciciotrofoblasto é erosivo e invade o tecido conjuntivo endometrial enquanto o blastocisto vagarosamente vai se incorporando ao endométrio (Fig. 3-2). As células sinciciotrofoblásticas deslocam as células endometriais no local de implantação. As células endometriais sofrem apoptose (morte celular programada), o que facilita a invasão.
As células do tecido conjuntivo ao redor do local da implantação acumulam glicogênio e lipídios e assumem um aspecto poliédrico (muitos lados). Algumas dessas células, as células deciduais, se degeneram nas proximidades do sinciciotrofoblasto invasor. O sinciciotrofoblasto engolfa essas células que servem como uma rica fonte de nutrientes para o embrião. O sinciciotrofoblasto produz um hormônio glicoproteico, o hCG, que entra na circulação sanguínea materna através de cavidades isoladas (lacunas) no sinciciotrofoblasto (Fig. 3-1B); o hCG mantém a atividade hormonal do corpo lúteo no ovário, durante a gestação. O corpo lúteo é uma estrutura glandular endócrina que secreta estrogênio e progesterona para manter a gestação
A fecundação é o marco inicial do desenvolvimento embrionário. No momento exato em que o espermatozoide se une ao óvulo, a soma dos cromossomos maternos e paternos dá origem a um embrião unicelular. O processo completo da fertilização dura em torno de 24 horas e envolve uma sequência de etapas.
Primeiramente, o espermatozoide penetra a zona pelúcida — membrana que protege o óvulo. Depois disso, tal zona de proteção torna-se impermeável para outros gametas. Nas fases seguintes, ocorre a fusão das membranas plasmáticas de ambas as células sexuais e a formação dos pronúcleos feminino e masculino.
Os pronúcleos ainda não têm morfologia distinguível, mas conseguem replicar seu DNA. Assim, o zigoto recém-formado tem uma estrutura genética única, com uma nova combinação cromossômica que mistura a genética do pai e da mãe. Depois de concluído o processo de fertilização, o zigoto inicia a etapa das clivagens (divisões celulares), enquanto se desloca pela tuba uterina em direção à cavidade do útero.
Nessa fase, o desenvolvimento embrionário passa por sucessivas clivagens, começando pela divisão do zigoto em duas células chamadas blastômeros, as quais se dividem em 4, depois em 8 e assim por diante. No quinto dia após a fecundação, já em estágio de blastocisto, o embrião apresenta mais de 100 células e está pronto para se implantar na parede uterina.
A formação do Zigoto
Ao entrar no canal vaginal, os espermatozoides conseguem fecundar (ou fundir) o ovócito secundário. Esse ato de fecundação é chamado de cariogamia, ou seja: a união dos gametas feminino e masculino.
Mas para que o surgimento do embrião aconteça, é necessário a fertilização do óvulo. Então, após o espermatozoide se fundir ao óvulo secundário, ocorre o processo de fertilização: a união do pronúcleo feminino com o pronúcleo masculino, que acontece na tuba uterina, próximo aos ovários.
Através dessa fertilização, surge o zigoto (ou célula-ovo): uma célula diploide, com os dois materiais genéticos providos dos pronúcleos masculino e feminino.
Clivagem e Mórula
Já com o material genético dos dois gametas, o zigoto entra em processo de Clivagem (ou Segmentação), construído através da mitose, onde os citoplasmas do embrião são divididos em larga escala, formando pequenas células nucleadas e idênticas, chamadas blastômeros.
Fase de Clivagem, onde o zigoto sofre mitose.
Ao final da Clivagem, ocorre a fase da Mórula: o primeiro estágio de embriogênese ou primeira fase relevante do desenvolvimento embrionário. Nesta etapa é formado um material maciço, com 12 a 32 blastômeros, contendo todo o DNA do indivíduo.
A Mórula acontece de três a quatro dias após a fecundação e é responsável por levar o embrião para o útero, dando início a fase da Blástula.
Veja mais sobre o significado de Mitose e DNA.
A fase de Blástula
Aqui inicia-se uma mudança na estruturação das células. Os blastômeros começam a migrar para a periferia, dando origem a uma parede celular denominada blastoderme, formando uma cavidade interna chamada blastocele, dentro do material maciço formado na fase da Mórula.
Blastômeros migrando para a periferia e formando a cavidade blastocele
A Blástula é considerada o segundo estágio de embriogênese, onde o embrião sofre o processo de Nidação, fixando-se de vez no útero.
Após a formação da blástula e do processo de nidação, o blastocele passa pelo processo de invaginação ou epibolia, formando uma nova cavidade denominada Arquêntero. Essa cavidade também é responsável por formar o tubo digestivo, dando início a fase da Gástrula.
Formação da Gástrula: processo de invaginação da endoderme.
A fase da Gástrula
Neste terceiro estágio de embriogênese, o espaço aberto no arquêntero, denominado blastóporo, fica responsável por dar origem a uma das extremidades do tubo digestivo: a boca (protostômios) ou o ânus (deuterostômios).
É nessa fase também que encontramos as três camadas celulares diferentes (ou folhetos germinativos), onde cada uma é responsável por funções distintas no desenvolvimento do embrião:
A ectoderme: camada externa, responsável por formar o arquêntero;
A mesentoderme: origina a endoderme (superfície exterior da gástrula e que produz a pele e o sistema nervoso central do ser) e a mesoderme (formada pelas células do mesênquima, que dará origem aos outros órgãos internos)
A fase de Neurulação (nêurula)
Nessa fase inicia-se a morfogênese, ou seja, o embrião começa a tomar a forma do bebê. Aqui os tecidos celulares da ectoderme, mesoderme e endoderme se fixam e originam a histogênese e organogênese, processos onde os tecidos celulares começam a formar órgãos, ossos e outras partes do corpo.
Na fase da Neurulação encontram-se:
tubo neural: responsável por darorigem ao sistema nervoso do individuo;
celoma: estrutura que origina a cavidade torácica e abdominal;
notocorda: eixo de sustentação encontrado no embrião, apenas em animais cordados (peixes, anfíbios, repteis, aves e mamíferos). A notocorda serve de molde para a coluna vertebral, calcificando-se e sendo e substituída pela coluna vertebral após alguns meses de gestação;
arquêntero: origina o tubo digestivo.
Formação dos Anexos Embrionários
Durante a formação dos folhetos germinativos (ectoderme, endoderme e mesoderme) e no processo de Nidação, que surgem os anexos embrionários: estruturas que nascem a partir das camadas celulares externas e que cumprem papéis importantes na gestação, como:
âmnio: líquido presente dentro da bolsa amniótica, que protege o embrião de impactos e não permite a desidratação do feto;
saco vitelínico: estrutura que serve para nutrir o embrião e auxilia na circulação sanguínea no início da gestação;
cório: diretamente ligado ao tecido uterino, é o responsável por formar a placenta.
3-Discorrer sobre a fertilização natural e os métodos de reprodução assistida
A fertilização natural acontece quando o óvulo é liberado pela mulher e encontra no caminho o espermatozoide, liberado pelo homem durante a ejaculação.
O que parece um processo simples e natural, nem sempre acontece tão facilmente por causa de inúmeros fatores, o que leva muitos casais a procurarem um tratamento de gravidez após tentativas frustradas de uma gestação espontânea.
Em primeiro lugar, para que a fecundação aconteça, a mulher precisa ter relações sexuais dentro do seu período fértil. É durante esse período que o óvulo é liberado pelos ovários. Esse processo acontece todos os meses e faz parte do ciclo menstrual da mulher.
Assim, a mulher precisa saber qual é o momento mais propício para manter relações com seu parceiro e, assim, conseguir fecundar o óvulo liberado. Esse óvulo fica disponível por 24 horas. Não havendo fecundação, o óvulo morre.
Muitas pessoas acreditam que o encontro do óvulo com o espermatozoide acontece dentro do útero, mas a verdade é que a fecundação ocorre mesmo ainda dentro das trompas, durante o trajeto desse óvulo para o útero. E esse é o motivo pelo qual as mulheres com trompas obstruídas não conseguem levar uma gravidez adiante.
Reprodução assistida diz respeito ao conjunto de tratamentos médicos que têm como principal objetivo ajudar casais com dificuldades de conceber um filho de forma natural.
Os métodos de reprodução assistida podem ser classificados em dois grupos distintos: inseminação artificial e fertilização in vitro.
A inseminação artificial consiste na introdução do sêmen através de intervenção médica no útero feminino. Este é um tipo de procedimento muito indicado tanto nos casos de infertilidade feminina como nos casos de infertilidade masculina. Além disso, é um procedimento que não produz efeitos colaterais.
E se você quiser saber ainda mais sobre inseminação artificial, publicamos um post sobre o assunto.
Já no caso da fertilização in vitro (FIV), os óvulos são fertilizados pelo espermatozóide em ambiente laboratorial, por outras palavras, com o auxílio de técnicas de reprodução assistida. Este tipo de procedimento é mais indicado para casos de infertilidade em que tratamentos mais simples não apresentem resultados positivos.
Além disso, as técnicas de reprodução assistida são classificadas em Homóloga ou Heteróloga.
A Reprodução Assistida Homóloga ocorre quando os gametas provém de um dos indivíduos do casal, sem doador.
Já a Reprodução Assistida Heteróloga ocorre quando é necessário recorrer a gametas de um indivíduo alheio ao casal, ou seja, com doador.
Assim sendo, a escolha da técnica de reprodução assistida mais apropriada, deve ser debatida com o médico, que é a pessoa mais capacitada para oferecer um diagnóstico mais preciso.
O tratamento mais adequado depende de cada caso e, por isso, é fundamental que a avaliação seja feita por um profissional especializado e de confiança.
Principais técnicas de reprodução assistida
Como dissemos, existem alguns métodos de reprodução assistida.
A seguir, veja uma lista com os principais tratamentos disponíveis:
Coito Programado
O coito programado é um método de fertilização que consiste na utilização de medicamentos para estimular a produção de óvulos na mulher. Deste modo, é possível prever o período da ovulação, objetivando que o casal tenha relações sexuais nesse ciclo.
Criopreservação (Congelamento)
A técnica de criopreservação consiste no congelamento de óvulos, tecido ovariano, espermatozoides e embriões, na temperatura de 196 graus Celsius negativos, para que possam ser utilizados após certo tempo.
Fertilização In Vitro (FIV)
A fertilização in vitro (FIV) consiste na fertilização do óvulo com espermatozóide em ambiente laboratorial, ou seja, in vitro.
Os espermatozóides são colocados com os óvulos numa cultura especialmente preparada e mantida em condições ideais de temperatura para simular as trompas de Falópio. Se o desenvolvimento dos embriões for favorável, eles serão transferidos para o útero da mulher.
Inseminação Intra-Uterina (IIU)
A Inseminação Intra-Uterina (IIU) consiste na introdução do espermatozóide saudável dentro da cavidade uterina da mulher, no momento da ovulação.
Esse tipo de tratamento, geralmente, é indicado quando o volume, concentração ou mobilidade dos espermatozóides não são suficientes. Além disso, esta técnica pode ser usada quando o muco cervical apresenta problemas.
Maturação In Vitro de Óvulos (IVM)
A Maturação in vitro de Óvulos, ou IVM (In Vitro Maturation), consiste na captação de óvulos imaturos para serem amadurecidos em laboratório.
No laboratório, os óvulos ficam imersos em meios de cultura especiais e quando atingem o estágio de metáfase II (MII) são fertilizados e os embriões são transferidos para o útero da futura mãe.
Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (PGD)
O diagnóstico genético pré-implantacional é um procedimento que serve para identificar os embriões que sejam portadores de anomalias genéticas. Desta forma, é possível selecionar e transferir para o útero apenas os embriões saudáveis.
4. Relatar o processo de diferenciação sexual (gene SRY)
A diferenciação das genitálias externa e interna no sexo masculino é um processo dependente da produção de hormônios sexuais pelo testículo, enquanto que no sexo feminino esse processo independe dos hormônios ovarianos. Portanto a diferenciação sexual é gônada-dependente apenas nos homens.
"Na espécie humana, o que diferencia o homem da mulher é a existência do chamado cromossomo Y. Tanto o homem como a mulher têm 46 cromossomos em sua bagagem genética. Nas mulheres, toda a bagagem genética é constituída pelos chamados cromossomos X. O Y só aparece nos homens e é o responsável pelo surgimento das características sexuais masculinas", explica a professora Maricilda Palandi de Mello, coordenadora do laboratório de Genética Humana do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) da Unicamp e ligada ao Giedds, uma das responsáveis pela pesquisa que levou à descoberta da mutação.
Nos casos de disgenesia gonadal completa, a pessoa apresenta todas as características exteriores de uma mulher, mas sua bagagem genética leva o cromossomo Y, como a dos homens. "Esta anomalia só é descoberta na puberdade, uma vez que a mulher não tem óvulos. Assim, as características sexuais secundárias que surgem na adolescência simplesmente não se manifestam", lembra Maricilda.Estes casos são raros. Entre os 800 pacientes com algum tipo de anomalia de diferenciação sexual em tratamento no Giedds, apenas quatro apresentam disgenesia gonadal completa. Foi a partir do estudo de um destes casos, acompanhado há mais de três anos pelo grupo, que os pesquisadores descobriram a mutação no gene SRY.
aaO SRY mutante - "O motivo que leva o indivíduo a possuir o cromossomo Y em sua bagagem genética, mas sem que ele se manifeste, é uma das questões intrigantes da genética humana e alvo de pesquisa em vários laboratórios do mundo", afirma Maricilda. A descobertadas causas da anomalia, segundo ela, deverá trazer luzes importantes para a compreensão dos mecanismos genéticos responsáveis pela diferenciação sexual. "Buscávamos isso quando iniciamos a nossa pesquisa", conta ela.
O SRY foi o ponto de partida das investigações dos pesquisadores por causa das características já descobertas sobre o seu funcionamento. O SRY foi identificado há pouco mais de dez anos e, desde então, tem sido exaustivamente estudado.
"O SRY é um pedaço do cromossomo Y e tem pelo menos uma função já bastante conhecida: a de disparar o mecanismo de ativação da diferenciação masculina no embrião", diz a pesquisadora. Até sete semanas após a fertilização, o embrião humano não tem definição de sexo. Exatamente na sétima semana, o gene SRY começa a se expressar. Ele produz uma proteína que entra em funcionamento e, então, começa a criar as características do fenótipo masculino.
"O que nós descobrimos, quando começamos a investigar o SRY de uma de nossas pacientes com disgenesia gonadal completa, é que num sítio muito específico deste gene havia uma mutação", revela Maricilda. A mutação foi descoberta a partir do seqüenciamento do DNA do gene da paciente e de sua posterior comparação com o seqüenciamento genético de SRY normal. "O que descobrimos foi a existência de uma pequena troca de base no SRY da nossa paciente", diz ela.
A partir desta descoberta, a equipe realizou testes in vitro com o SRY da paciente e, em todos eles, o gene alterado inibiu totalmente a sua expressão do cromossomo Y. "Nós analisamos ainda duas funções bem específicas daquele sítio do gene onde ocorrera a mutação", lembra Maricilda. Estas investigações levaram à descoberta de que a mutação inibia uma função bioquímica fundamental no processo de funcionamento genético, a chamada fosforilação.
Alguns genes produzem proteínas reguladoras e estas proteínas, que são produzidas no citoplasma da célula, devem entrar no interior do núcleo para se ligar aos cromossomos. Mas isso só é possível se passarem pelo processo bioquímico da fosforilação. Os pesquisadores descobriram que as proteínas produzidas por estes genes mutantes não se fosforilavam e perdiam sua capacidade de se ligar ao DNA.
"Todos os testes que fizemos in vitro mostraram que aquele pequeno pedaço do SRY que sofrera a mutação realmente produzia a proteína, mas tratava-se de uma proteína incapaz de fosforilar e, portanto, incapaz de entrar no interior do núcleo e cumprir o seu papel de ligação com o DNA do cromossomo", conta ela.
Em outras palavras, estavam dadas ali as pistas para se compreender o mecanismo disparado pela mutação e, com isso, a descoberta do grupo abriu um novo horizonte de pesquisas para se compreender melhor o funcionamento do SRY. Mas foi exatamente quando avançou nestas pesquisas que o grupo descobriu que havia aberto também- "E numa proporção muito maior", como diz Maricilda- um universo de dúvidas.
5. Discutir sobre as células tronco (tipos e potencialidades)
Diferentes tipos de células-tronco
Costuma-se classificar as células-tronco em diferentes tipos: células-tronco totipotentes, células-tronco embrionárias, células-tronco adultas e células pluripotentes induzidas.
· Células-tronco totipotentes: são capazes de formar células de qualquer tecido do corpo, inclusive tecidos embrionários e extraembrionários. Costuma-se dizer que esse tipo de célula é capaz de originar um organismo por inteiro. Como exemplo de células-tronco totipotentes, podemos citar o zigoto e as células provenientes de seu desenvolvimento até a fase de mórula;
· Células-tronco embrionárias: Essas células são também chamadas de pluripotentes, pois são capazes de transformar-se em qualquer tipo celular de um indivíduo adulto. As células-tronco embrionárias não podem gerar tecidos extraembrionários, sendo esse um critério para diferenciação. Essas células são obtidas do embrião em uma fase de desenvolvimento chamada de blastocisto. Nessa etapa do desenvolvimento, ainda não ocorreu diferenciação celular;
· Células-tronco adultas: Essas células são também denominadas de células-tronco multipotentes, pois, diferentemente das células-tronco embrionárias e totipotentes, elas não são capazes de se diferenciar em todos os tipos celulares existentes. As células-tronco adultas são capazes apenas de gerar células do tecido que originaram. Esse tipo de célula é obtido, por exemplo, na medula óssea humana e no sangue do cordão umbilical;
· Células pluripotentes induzidas: Essas células são criadas em laboratório a partir da reprogramação do código genético. Após ser reprogramada, uma célula adulta é capaz de voltar ao seu estágio de célula-tronco embrionária.
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→ Importância do uso de células-tronco na Medicina
Na Medicina, as células-tronco apresentam grande utilidade, pois podem ser utilizadas para substituir as células doentes. Com essa técnica, conhecida como terapia celular, é possível tratar diferentes doenças. Diversos estudos têm mostrado a eficiência das células-tronco na reconstituição de tecido cardíaco após infarto e no tratamento de doenças neurológicas, por exemplo. Assim sendo, são fundamentais estudos na área para que se conheça melhor o funcionamento dos diferentes tipos de células-tronco e em que doenças elas são mais eficientes.
É importante salientar que transplantes de células-tronco adultas são feitos desde a década de 1950 pela técnica de transplante de medula óssea.  Essa técnica, consideravelmente eficiente, tem sido utilizada para tratar doenças que afetam o sistema hematopoiético, responsável pela produção de células sanguíneas.
6. Entender a importância do planejamento familiar (definição, instrumentos e propósitos)
Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez não planejada. Todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado têm o dever de oferecer acesso a recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do planejamento familiar.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez. Por isso, a lei do Planejamento Familiar foi desenvolvida pelo Governo Brasileiro, com intuito de orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da instituição familiar.
 
O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxilia no planejamento, como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva.
 
Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais públicos.
A promoção do planejamento familiar, por meio do acesso a métodos contraceptivos preferidos por mulheres e casais, é essencial para garantir o bem-estar e a autonomia das mulheres.
Confira, a seguir, uma série de benefícios para a saúde da mulher ao utilizar algum método de planejamento familiar.
1 - Quando a mulher tem autonomia sobre o corpo, ela pode escolher se e quando deseja engravidar, o que tem um impacto direto no seu bem-estar e na sua qualidade de vida.
2 - O planejamento familiar permite ainda que as mulheres alcancem um espaçamento maior entre as gravidezes e que as mulheres mais velhas, que apresentam mais riscos na gestação, possam ter mais controle sobre a sua saúde.
3 - Ao reduzir as taxas de gravidez indesejada, o planejamento familiar também reduz as complicações inerentes à gravidez e à gravidez na adolescência, com todas as suas complicações.
4 - Ajuda a prevenir doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.
5 - O planejamento familiar reduz o risco de gravidezes não desejadas em pacientes que vivem com o HIV, resultando em menos bebês infectados e órfãos.Além disso, os preservativos masculinos e femininos fornecem dupla proteção contra a gravidez indesejada e as ISTs, incluindo o HIV.
6 - Melhora a educação sexual das pessoas, permitindo que elas façam escolhas baseadas na sua saúde sexual e reprodutiva.

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