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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO BACHARELADO EM FARMÁCIA TESTE DE COOMBS IMUNOLOGIA CLÍNICA Ândra Maria Pontes Rodrigues Caren Vieira Prata Maria de Lourdes Carvalho Diniz Mayra Luane dos Santos Correa Macapá 08 de fevereiro de 2023 1. INTRODUÇÃO A aula prática realizada no dia 8 de fevereiro de 2023 durante a disciplina de imunologia clínica teve como foco o teste de Coombs, o objetivo da aula foi compreender as etapas para realização do método bem como o seu fundamento. O conhecimento a respeito do teste possui grande importância na farmácia dentro da área de análises clínicas, pois com auxílio desta ferramenta é possibilitado ao farmacêutico um diagnóstico confiável acerca de doenças hemolíticas. O Coombs é um exame de sangue que determina a presença de anticorpos específicos que atacam as células vermelhas do sangue, provocando hemólise que consequentemente pode levar ao surgimento da anemia hemolítica. Esse método consegue identificar a presença de anticorpos fixados in vivo à hemácia do paciente, sendo eficiente para constatar doenças hemolíticas bem como a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor em transfusões de sangue (Vizzon, 2015). Em 1945 Coombs e seus colaboradores descobriram o soro de antiglobulina humana que permitiu que anticorpos fossem detectados com seus respectivos antígenos. O soro de Coombs é uma mistura de antiglobulina humana IgG, obtida do soro de coelho e/ou cabra imunizados e anti- humano monoclonal murino C3d, obtido do clone BRIC-8 e contém azida sódica a 0.1% como preservante (Schneider, 2013). O método antiglobulina humana indireto avalia o soro do sangue, identificando os anticorpos ali presentes, e geralmente é solicitado em situações de transfusão, para se assegurar que o sangue que vai ser doado é compatível com o seu receptor. O resultado positivo para o Coombs indireto indica que o paciente possui anticorpos que podem causar coágulos quando se recebe outro tipo de sangue. Dessa forma o Coombs é um exame essencial para identificação da compatibilidade sanguínea e de doenças autoimunes como a doença hemolítica do recém-nascido. 1.1 APLICAÇÃO - Na detecção da presença de antígeno D fraco em amostras que tenham apresentado resultado negativo na classificação Rh com soroclone anti-D para teste em tubo. - Na fenotipagem de hemácias utilizando soros reativos pelo teste de Coombs indireto. - Na titulação de anticorpos eritrocitários pelo teste de Coombs indireto. - Na determinação da presença ou ausência da gamaglobulina humana em manchas de sangue. - Na pesquisa e identificação de anticorpos eritrocitários irregulares que não dependam da fixação do complemento para a sua detecção. - Nos testes de compatibilidade em pacientes com anticorpos eritrocitários que não dependam da fixação do complemento para sua fixação. 1.2 PRINCÍPIO DO TESTE Avalia o plasma sanguíneo, detectando imunoglobulinas IgG ou frações do complemento ligadas às hemácias. É utilizado no pré-natal de gestantes Rh negativo, triagem de anemias hemolíticas e provas pré-transfusionais. 2. MATERIAL E MÉTODOS 2.1 MATERIAL QUADRO 1- Materiais utilizados. Amostra de sangue Centrífuga Suspensão salina Pipeta automática Tubos de ensaio Soro de Coombs Soro anti-A Soro anti-B Soro anti-D 2.2 METODOLOGIA A princípio foi necessário centrifugar a amostra de sangue para que o mesmo ficasse com cada parte sua separada, sendo preciso colocar na centrífuga por 2 minutos a 3000 rpm. Em seguida, foi necessário pegar 4 tubos de ensaio, identificá-los como tubo A, B, Rh e Suspensão da amostra da paciente (Carol). No tubo de suspensão foram transferidos 950 μL solução salina e 50 μL de hemácias com o auxílio de uma pipeta automática, a mesma que será utilizada nos outros tubos. No tubo A foi adicionado 950 μL de soro anti-A e 50 μL de hemácias, no tubo B foi adicionado 950 μL de soro anti-B e 50 μL de hemácias e no tubo Rh foi transferido 950 μL de soro anti-D e mais 50 μL de hemácias, sendo necessário homogeneizar todos esses tubos e levá-los para a centrífuga a 1500 rpm por 15 segundos, em seguida agitou-se os tubos lentamente para descobrir qual iria aglutinar e identificar desse modo qual o tipo sanguíneo da paciente. Após descobrir o tipo sanguíneo, foi realizada uma suspensão, na qual foi adicionado com o auxílio de uma pipeta 20 μL de hemácias da paciente e mais 1980 μL de solução salina em um tubo de ensaio, agitou-se um pouco e com uma pipeta automática foram transferidos 100 μL dessa solução feita para outro tubo de ensaio, sendo levado para a centrífuga por 1 minuto. Posteriormente, o líquido sobrenadante foi despejado na pia, ficando apenas o botão no tubo, limpou-se um pouco o tubo, sendo adicionado mais 1500 μL de solução salina e o mesmo foi levado para a centrífuga novamente, de modo que esse processo precisou ser realizado 3 vezes. Em seguida, foi adicionado nesse tubo contendo o botão, 100 μL do soro do receptor (Mayara) e foi levado para a centrífuga onde permaneceu por 15 segundos a 3400 rpm, como após ser retirado, foi notado que não tinha aglutinado, então 2 gotas do soro de Coombs foi adicionado e esse tubo foi levado novamente para a centrífuga a 1000 rpm por um tempo de 15 segundos e após isso pode-se observar o resultado obtido. 3. INTERPRETAÇÃO Presença de aglutinação POSITIVO Ausência de aglutinação NEGATIVO 4. CONCLUSÃO O Teste de Coombs é uma ferramenta importante para o diagnóstico em ambientes hospitalares, bancos de sangue, maternidades, entre outros. Permite diferenciar falsos Os, e identificar a sensibilização de anticorpos por parte da mãe, contribuindo para a prevenção de casos de doenças hemolíticas em recém-nascidos. Destaca-se também a importância do uso de protocolos precisos e de ferramentas adequadas para garantir um diagnóstico correto. Conclui-se, portanto, que a metodologia de imunodiagnóstico pelo Teste de Coombs é fundamental para a prática dos profissionais de saúde. 5. REFERÊNCIAS SCHNEIDER, R.; PLETSCH, M. U. Teste de coombs na rotina laboratorial hemoterápica. 2013. 12 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação)-Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2013. VIZZON, A. G.; SILVA, F.R.M. Teste da antiglobulina humana: uma revisão de literatura. Eletronic Journal of Phamacy. v. 12, n. 3, p. 5-14, set. 2015.
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