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Vermes Redondos e a Filariose

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Vermes redondos
Disciplina: MAD III
Profa. Dra. Carla Nunes de Araújo
NEVES, DP; MELO, AL; LINARDI, PM; ALMEIDA VITOR, RW. Parasitologia Humana. 11ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
Brasil 
Brasil 
Brasil 
Brasil 
Wuchereria bancrofti
Brugia malayi
B. timori
Progress report 2000-2009 and strategic plan 2010-2020 of the global programme to eliminate lymphatic filariasis: halfway towards eliminating lymphatic filariasis.
ISBN 978 92 4 150072 2
 Regiões de muita pobreza e com clima tropical ou 
subtropical na Ásia, África e Américas
 120 milhões de pessoas infectadas em 81 países
 1,34 bilhões vivem em áreas endêmicas e sob o risco de 
infecção
NEVES, DP; MELO, AL; LINARDI, PM; ALMEIDA VITOR, RW. Parasitologia Humana. 11ª. ed. São Paulo: 
Atheneu, 2005.
 Filiformes, translúcidos, de 
cutícula lisa
 Medem 
 Fêmeas: 8 a 10 cm de comprimento 
por 0,3 mm de largura
 Machos: 3,5 a 4 cm por 0,1 mm 
 Boca  simples 
 Esôfago muito longo (♀)
 Vulva  próxima da extremidade 
anterior (♀)
 Resto do aparelho genital feminino 
 duplo 
 Extremo posterior do macho 
enrolado ventralmente
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
 Filárias adultas 
 Interior de vasos 
linfáticos ou de 
linfonodos
 Vermes  alimentam-
se da linfa
 Sexos 
 entrelaçados  formando 
novelos  na proporção de 1 
macho para 5 fêmeas
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
bainha
estilete 
anterior
células em-
brionárias 
(tegumento 
do verme 
adulto)
anel 
nervoso
poro 
excretor
célula 
excretora
reservas 
nutritivas
primórdio 
genital
outras células 
embrionárias
ânus
núcleos caudais 
distingue as 
microfilárias de W. 
bancrofti das outras 
microfilárias 
eventualmente 
presentes no sangue
Nematóides
Extremidades anterior e posterior das filárias: A, Wuchereria bancrofti; B, Brugia malayi, C, Loa loa; D, 
Onchocerca volvulus; E, Dipetalonema perstans; F, D. streptocerca; G, Mansonella ozzardi.
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
NEVES, DP; MELO, AL; LINARDI, PM; ALMEIDA VITOR, RW. Parasitologia Humana. 11ª. ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
Região Neotropical, África e Ásia  Culex quinquefasciatus
Variedades das ilhas do Pacífico Sul  no sangue periférico a qualquer hora do dia
1. Pneumopatia eosinófila tropical
 hiperatividade imunológica
 abundante produção de anticorpos IgE e eosinófilos 
tendem a destruir as microfilárias
 broncopneumonia e manifestações asmáticas
 Fase crônica  fibrose pulmonar e  diminuição da
capacidade vital
 Essa forma responde bem ao tratamento anti-helmíntico
2. Microfilaremia e baixa ou nula produção de anticorpos
específicos
 devido a fortes mecanismos repressores da resposta
imunológica contra os parasitos (microfilárias)
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
Leva-se muito tempo para desenvolver a patologia:
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
 Ação mecânica obstrutiva e inflamatória
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
Processos inflamatórios dos gânglios
Inguinais / Epitrocleanos (antebraço) / Axilares e raramente os 
cervicais

Granulomas com eosinófilos, histiócitos e gigantócitos

Crescem na periferia

Necrosam no centro

Calcificam-se após a morte dos vermes

Tecido cicatricial
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
Vasos linfáticos dilatam-se
Formam varizes 

Vermes soltos ou no interior de trombos 

Aprisionamento e estrangulamento dos vermes
(reação inflamatória)
Acelera a morte
Aumento do processo granulomatoso

Circulação da linfa

Edemas linfáticos (linfoedemas)
Congestão e extravazamento da linfa
Linforréria, linfúria, linfoascite
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
 Dois grupos
 Superficiais 
▪ linfa da coxa, nádegas, porção 
inferior da parede abdominal 
anterior, tecido superficiais da 
perna, períneo, extremidade 
inferior da vagina, superfície do 
pênis e escroto ( ou lábios 
maiores)
 Profundos
▪ Poucos
▪ proximidades da porção proximal 
da veia femural
▪ Recebem a linfa dos linfonodos
inguinais superficiais, recolhem a 
linfa de todos os linfáticos 
profundos da perna
 Funiculite (inflamação do 
cordão espermático) filariana
 linfangite do cordão 
espermático  inflamação do 
tecido conjuntivo adjacente 
 varicocele (varizes do 
testículo ou do escroto)
 Epididimite (inflamação ou 
infecção do epidídimo)
 Orquite (inflamação dos 
testículos)
 Hidrocele
▪ Resultante de adenites, 
linfangites e edema 
linfático, acumulados sob o 
escroto, levando a 
distensão e espessamento 
da túnica vaginal -
membrana serosa que 
envolve o testículo
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/doencas/hidrocele-testicular>. Acesso em 13 
junho 2011.
 Pode ser unilateral ou bilateral
 Desequilíbrio existente entre a formação e a absorção do líquido 
naturalmente existente ao redor do testículo
 Pode ocorrer secundário a processos inflamatórios 
 Epididimite
 Orquite
 Tumores
 Traumatismos 
 No adulto a abordagem cirúrgica é pelo saco escrotal
 Escleroterapia
 o conteúdo líquido da hidrocele é retirado e no seu lugar é colocado
um líquido esclerosante visando causar o fechamento do espaço em
torno do testículo por fibrose
Aumento não doloroso, desconfortável 
Nematóides
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
 Infecções bacterianas associadas
 Simbionte associado aos vermes adultos e microfilárias 
ordem Rickettsiales (Wolbachia)  produz toxina que age 
sobre os tecidos
▪ DEC  destrói microfilárias (mas não o simbionte)  libera-as 
bactérias e seus produtos no sangue  quadro clínico agrava-se 
temporariamente
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
 Período pré-patente
─ penetração das larvas L3 ao
aparecimento de microfilárias no
sangue noturno.
 Período patente assintomático
─ Pode tardar anos antes que
apareçam os sintomas, ou durar
toda a vida do paciente
 Fase aguda
─ Várias manifestações inflama-
tórias:
 linfangites, linfadenites,
orquites e epididimites ou
funiculites.
 Ataque típico  dor na região
inguinal ou em um ponto da
perna, com febre alta, calafrios
e mal estar.
 No ponto doloroso  eritema,
edema e calor que se estendem
sobre o trajeto do linfático
 Manifestações gerais como
cefaléia, mialgias, anorexia,
náuseas, fadiga e insônia podem
ocorrer.
─ Duração  febre filarial  3-4
dias
─ Novas crises  intervalos de
meses ou de anos  com igual
localizaçãomenos intensas
─ Pacientes  deixam a área
endêmica tendência cura
 Forma crônica
─ Reduzida proporção de casos 
lesões  evolução tardia  forma
grave
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
 Período pré-patente  dados 
clínicos e epidemiológicos
 Exame linfonodo infectado
 Busca de microfilárias no sangue 
noturno 
 Entre as 20 horas e as 4 da madrugada
 Dose oral de dietilcarbamazina -
parasitemia diurna (2-8 mg/kg)
 Técnicas:
- pesquisa em gota espessa de 
sangue, fixado e corado pelo Giemsa
- exame em câmara de contagem (que 
não identifica a espécie)
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara-Koogan, 2009.
Disponível em: <http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Filariasis.htm>. 
Acesso em 13 junho 2011.
Presença de microfilárias no sangue segundo a hora (Rachou & Deane).
 Exames de ultra-sonografia
 Diagnóstico molecular
 PCR
Testes imunológicos
 ELISA
 Imunocromatografia rápida
 Baixa sensibilidade 
(assintomáticos anérgicos)
 Positividade em indivíduos já 
curados
 Reações cruzadas
 Ivermectina e a dietilcarbamazina (DEC):
 Destroem  microfilárias mas não matam os vermes adultos nem os
simbiontes
 Ivermectinamicrofilaricida, de (ação prolongada)
 Dose única 10-20 mg/kg (via oral, longe das refeições)
 É empregada doses pequenas no tratamento de massa
 Não cura a infecção associada ao albendazol
 Dietilcarbamazina (DEC),  age através de mecanismos imunológicos
 não destrói todas as microfilárias permite a infecção dos insetos
 Correções: higiene local da pele, exercício e massagem do membro
afetado, meias elásticas, cirurgia, plástica reparativa
REY, L. Bases da Parasitologia Médica. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2009.
Brasil  Recife, Belém e 
Alagoas
No passado  da 
Amazônia ao Rio Grande do 
Sul
 Saneamento ambiental
 Drenagem de águas pluviais e o
tratamento dos esgotos  população de
Culex quinquefasciatus é reduzida
 Telagem das casas
 Mosquiteiros
 Mosquiteiros impregnados com os
inseticidas
Notar a posição de
pouso, com o corpo
disposto paralela-
mente ao suporte.

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