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29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/20 TEORIA CONTÁBIL AVANÇADA AULA 6 Prof.ª Tassiani Aparecida dos Santos 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/20 CONVERSA INICIAL Olá, aluno(a), vamos iniciar nossa última aula! O objetivo desta aula é introduzir aspectos normativos que sofreram alterações recentemente, como é o caso da norma de receita CPC 47 (CPC, 2016a). Qualquer mudança normativa requer não só uma imersão nas novas regras que sustentam o reconhecimento, a mensuração e a divulgação das informações contábeis, mas, principalmente, um aprofundamento conceitual para compreender o funcionamento e a natureza das relações econômicas. Portanto, relembrar os conceitos primordiais de receita, despesa, ganhos e perdas é relevante para entender as mudanças no ambiente normativo introduzidas pelo CPC 47 (CPC, 2016a). Nesta aula, iremos tratar de tópicos avançados das normas contábeis. Iniciaremos pelos aspectos conceituais da receita, despesa, ganhos e perdas. Em seguida, discorreremos sobre a nova norma para mensuração e reconhecimento de receitas, esta que foi alterada em 2018 e introduzida pelo CPC 47, respectivo IFRS 15 (CPC, 2016a). O Tema 2 deste material versa sobre os aspectos conceituais do reconhecimento de receitas. Em seguida, o Tema 3 trata dos aspectos conceituais da mensuração da receita. O Tema 4 aborda os custos do contrato e divulgação. Por fim, o Tema 5 discorre sobre a contabilização de receitas e despesas com variações cambiais e ganhos e perdas com itens monetários. Ufa! Muito assunto, não? Então, mãos à obra! CONTEXTUALIZANDO A mudança normativa do CPC 47 surgiu para acomodar a demanda normativa de unificação e simplificação das normas contábeis que tratavam do reconhecimento e mensuração das receitas. Assim, o International Accounting Standards Boards (Iasb) optou por modificar a estrutura normativa da contabilização das receitas, fato este que acarretou a publicação do IFRS 15. No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiram o CPC 47, correspondente do IFRS 15 no Brasil (CPC, 2016a). 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/20 Diante disso, sugerimos que você, caro(a) aluno(a), reflita sobre os seguintes pontos: o que muda com a nova estrutura normativa para a mensuração e reconhecimento das receitas? Essa norma impacta diferentemente os vários tipos de empresa? O que difere, no caso de empresas de serviço? E como é a melhor tratativa para operacionalizar essa nova estrutura normativa, ou seja, o que muda na prática das organizações? São muitos questionamentos, mas essa reflexão inicial lhe auxiliará no andamento desta aula. Saiba mais Sugerimos que leia os artigos: O impacto do CPC 47 nas empresas de capital aberto, de autoria de Lorenna Freitas Vasconcelos e Editinete Andre da Rocha Garcia (2018), link para acesso: <http://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/36567/83879>; e Reconhecimento da receita nos contratos de construção civil com a adoção do CPC 47: percepção dos contadores sobre a implementação da norma, de autoria de Rafaella Duarte Miranda et al. (2018), link para acesso: <http://adcont.net/index.php/adcont/adcont2018/paper/view/2944/925>. TEMA 1 – CARACTERIZAÇÕES DE RECEITAS, DESPESAS, GANHOS E PERDAS Caro(a) aluno(a), nesta aula iremos discutir aspectos conceituais e normativos da contabilidade. Neste Tema 1, em específico, iremos discorrer sobre os conceitos de receita, despesa, ganhos e perdas. 1.1 RECEITA Os conceitos e definições de receita são diversos na literatura contábil e, inclusive, entre os diferentes órgãos normativos (Iudícibus, 2010). Em geral, a definição de receita está associada à entrada de elementos no ativo, em contraprestação à venda de mercadorias, produtos e serviços. As receitas são os fluxos de benefícios da empreitada da entidade. A seguir, iremos apresentar algumas definições utilizadas por pesquisadores e pelo CPC: Receita é a expressão monetária, validada pelo mercado, do agregado de bens e serviços da entidade, em sentido amplo, em determinado período de tempo e que provoca um acréscimo http://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/36567/83879 http://adcont.net/index.php/adcont/adcont2018/paper/view/2944/925 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/20 concomitante no ativo e no patrimônio líquido, considerado separadamente da diminuição do ativo (ou do acréscimo do passivo) e do patrimônio líquido provocados pelo esforço em produzir tal receita (Iudícibus, 2010). Em seu nível mais fundamental, receita é um aumento de lucro. Tal como o lucro, trata-se de um fluxo – a criação de bens ou serviços por uma empresa durante um período (Hendriksen; Breda, 1999). Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais (CPC, 2011). A primeira definição é feita pelo pesquisador brasileiro Iudícibus (2010). A sentença evidencia a visão do autor, segundo a qual a receita é a expressão monetária do valor pago pelo mercado por um determinado produto ou serviço oferecido pela empresa. Aluno(a), vamos pensar que a empresa Alfa vende chinelos. O modelo de chinelo X custa R$ 22. Um determinado cliente resolve comprar 2 pares de chinelo X, totalizando R$ 44. A expressão monetária unitária de R$ 22 é a receita unitária do produto chinelo X. Transportando esse caso para a discussão teórica, teremos que a receita do chinelo é a expressão do valor que o mercado aceita pagar por esse produto. Complementarmente, essa receita causa aumento no ativo ou patrimônio líquido da empresa e no seu passivo derivado do esforço de produzir tal receita (conceito de despesa, que será discutido na próxima seção). Agora, ao analisarmos o conceito de Hendriksen e Breda (1999), dois autores estrangeiros, verificaremos que a definição se refere ao aumento do lucro. Portanto, os autores se baseiam em um montante líquido que, assim como no caso anterior, causa um aumento no ativo ou patrimônio líquido. Assim, se formos considerar essa definição, a receita da empresa Alfa é o valor líquido da venda do chinelo X, R$ 22, e do esforço de venda e produção desse produto. Supondo que o esforço de venda e produção representa um montante de R$ 15, assim teremos a receita no valor de R$ 7. Ou seja, a receita é o valor da venda (R$ 22) menos o esforço de venda e produção desse produto (R$ 15). Já a definição de receita do CPC (2016a) estabelece a receita como um aumento de benefício econômico, ou seja, o aumento do ativo ou a diminuição do passivo, quando causarem impacto no patrimônio sem serem derivados de operações com sócios (por exemplo, aporte de capital, emissão de ações etc.). Portanto, em relação ao exemplo anterior, a receita equivale ao montante de R$ 22. 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/20 Logo, conforme ora discutido, a definição de receita efetuada pelos diferentes agentes é caracterizada pela ausência, com base em sua natureza. Assim, o enfoque recai no momento do reconhecimento e da mensuração. Por exemplo, quando ocorre a entrega de bens e serviços ao cliente ou, ainda, quando existe um efeito da receita no patrimônio ou nos ativos líquidos. 1.2 DESPESA O conceito de despesa é visto, de forma geral, como recursos sacrificados para a obtenção de benefícios. Ou seja, os recursos gastos no decorrer da atividade da entidade, para obter receitas. A seguir, vamos apresentar os conceitos de despesa com base no entendimento de pesquisadores e do CPC (2011). Despesa, em sentido estrito, representa a utilização ou o consumo de bens e serviços no processode produzir receita. [...] o que caracteriza a despesa é o fato de ela tratar de expirações de fatores de serviços, direta ou indiretamente relacionados com a produção e a venda do produto (ou serviço) da entidade (Iudícibus, 2010). Tal como o termo receita, o termo despesa também é um conceito de fluxo. As despesas, porém, representam as variações desfavoráveis dos recursos da empresa, ou seja, são as reduções de lucro (Hendriksen; Breda, 1999). Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais (CPC, 2011). Aluno(a), é importante perceber que o conceito de despesa é caracterizado com base no próprio conceito de receita. De maneira ampla, as duas definições dos pesquisadores apresentam o conceito de despesa como sendo a utilização de recursos na produção e na venda de produtos ou serviços e que permitirão a obtenção de benefícios econômicos (as receitas). O órgão normativo foca na definição de despesa como sendo uma redução dos benefícios econômicos da entidade. Em ambos os casos, podemos exemplificar da seguinte maneira: a empresa Alfa vende chinelo do modelo X por R$ 22 e utiliza recursos para a produção e venda desse produto no montante de R$ 15. Assim, o valor da despesa é de R$ 15, isso porque é o quanto a empresa utiliza de recursos para obter sua receita de R$ 22, com o chinelo X. 1.3 GANHOS 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/20 Os ganhos são entradas de recursos geralmente desvinculados das atividades normais da empresa. Vamos analisar as definições apresentadas pela literatura e pelo CPC (2011): Muitos dizem que é necessário distinguir receitas de ganhos. [...] Os autores deste livro preferem distinguir entre as atividades produtoras de riqueza da empresa e as transferências inesperadas de riqueza decorrentes de doações ou eventos imprevistos. Em outras palavras, todas as atividades, sejam importantes ou não, relacionadas às atividades produtoras de riqueza da empresa, seriam incluídas na categoria geral de receita (Hendriksen; Breda, 1999). 4.29. A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos. A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis. 4.30. Ganhos representam outros itens que se enquadram na definição de receita e podem ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade, representando aumentos nos benefícios econômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das receitas. Consequentemente, não são considerados como elemento separado nesta Estrutura Conceitual (CPC, 2011, grifos nossos). Aluno(a), como vimos nas definições anteriores, os ganhos são entradas de recursos geralmente desvinculados das atividades normais da empresa e são, portanto, definidos com base na definição de receita. Os ganhos são um tipo de receita, contudo, têm essa designação para diferenciar as entradas de recursos derivadas das atividades-fim da empresa e as entradas de recursos de itens extraordinários. Ambos os itens, receitas e ganhos, são caracterizados pelo aumento que proporcionam nos benefícios econômicos da entidade, diferindo, portanto, a origem desses recursos. O Quadro 1 exemplifica essa discussão. Quadro 1 – Diferenciação entre receitas e ganhos Descrição Fonte ou Origem Prazos de Ocorrência RECEITAS Resultam das atividades normais da empresa Rotineiras e repetitivas GANHOS Geralmente desvinculados das atividades normais da empresa Não fazem parte da rotina operacional e, portanto, não são repetitivos (eventuais) Fonte: Adaptado de Coelho; Lins, 2010. 1.4 PERDAS 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/20 As perdas são definidas com base no conceito de despesa, sendo compreendidas como o resultado líquido desfavorável que não surge das operações normais da empresa. A seguir, apresentamos a definição utilizada pelo CPC (2011): 4.33. A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades usuais da entidade. As despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, salários e depreciação. Geralmente, tomam a forma de desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques e ativo imobilizado. 4.34. Perdas representam outros itens que se enquadram na definição de despesas e podem ou não surgir no curso das atividades usuais da entidade, representando decréscimos nos benefícios econômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das demais despesas. Consequentemente, não são consideradas como elemento separado nesta Estrutura Conceitual (CPC, 2011). Assim como no caso dos ganhos, em relação às receitas, as perdas são definidas pelo CPC (2011) como uma categoria de despesas. Portanto, as perdas são um tipo de despesa que surge de maneira extraordinária, no curso das atividades da empresa ou não. Por exemplo, aquelas ocasionadas por um incêndio na fábrica, que ocorra durante uma atividade-fim da empresa; ou por um alagamento, que decorra de fatores climáticos. TEMA 2 – ASPECTOS CONCEITUAIS DO CPC 47: RECEITA DE CONTRATO COM CLIENTE (MENSURAÇÃO) Em junho de 2016, foi aprovado o CPC 47, no Brasil, que tem correlação com a IFRS 15, norma do Iasb sobre reconhecimento de receitas. A norma entrou em vigência no ano de 2018. O novo modelo normativo de receitas é uma mudança de paradigma e, portanto, constitui um importante objeto a ser estudado pela teoria avançada da contabilidade. De acordo com a nova norma, as entidades devem reconhecer a receita pela transferência de bens ou serviços para o cliente e o montante deve refletir a contraprestação que elas esperam receber em troca desses bens ou serviços (CPC, 2016a). Para a aplicação do CPC 47 (CPC, 2016a), podemos vislumbrar esse processo em cinco etapas: 1. Identificar o contrato; 2. Identificar a obrigação de desempenho; 3. Determinar o preço da transação; 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/20 4. Alocar o preço da transação 5. atender a obrigação de desempenho. O modelo de cinco etapas é ilustrado na Figura 1 e tem como objetivo auxiliar a entidade a determinar quando reconhecer a receita e por qual valor. Figura 1 – O modelo de cinco etapas Neste Tema 2, trataremos da etapa de mensuração da receita com cliente. Esse processo abrange as fases 1, 2, 3 e 4. Fase 1: identificar o contrato. Para identificar a existência de um contrato, é necessário: 1. que exista uma essência comercial; 2. que o acordo esteja aprovado e as partes, comprometidas com suas obrigações; 3. existência da contraprestação (ao menos é provável que assim o seja); 4. que os direitos aos produtos ou serviços e a condição de pagamento possam ser identificados. Assim, de maneira geral, um contrato é um acordo entre duas ou mais partes que cria direitos e obrigações exigíveis. E a exigibilidade dos direitos e obrigações é matéria legal. Eles podem ser escritos, verbais ou sugeridos pelas práticas usuais de negócios da entidade. A Figura 2 sintetiza as características necessárias para a identificação de um contrato que irá gerar receita. 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/20 Figura 2 – Características para identificação de um contrato Fase 2: identificar as obrigações de desempenho. Em primeiro lugar, aluno(a), vamos definir o que seja uma obrigação de desempenho. Segundo o CPC 47, o termo obrigação de desempenho diz respeito à obrigação da entidade vendedora de desempenhar a sua obrigação de repassar o controle do bem ou serviço à entidade compradora. Por exemplo, existindo um contrato, a empresa Alfatem a obrigação de entregar x pares do chinelo X para a empresa Beta. Portanto, uma obrigação de desempenho constitui uma promessa de entregar um bem ou prestar um serviço. Por fim, para determinarmos se existe uma obrigação de desempenho, os seguintes critérios devem ser atendidos: 1. o cliente pode se beneficiar do bem ou serviço por conta própria ou juntamente com outros recursos que estão prontamente disponíveis para ele; 2. a promessa da entidade de transferir o bem ou o serviço para o cliente é separadamente identificável de outras promessas, no contrato (KPMG, 2017). Fase 3: determinar o preço das transações. O preço da transação é o valor da contraprestação à qual a entidade espera ter direito em troca da transferência dos bens ou serviços prometidos aos clientes (CPC, 2016a). Assim, para uma empresa determinar qual o valor a que ela tem direito, decorrente de um contrato, é preciso considerar os seguintes fatores: 1. contraprestação a pagar a um cliente: esse item pode ser uma redução de um preço de uma transação, um pagamento de um bem ou serviço ou a combinação de ambos. Por 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/20 exemplo: se a empresa Alfa precisa pagar um montante x para o cliente, decorrente de negociações anteriores, pode realizar um acordo para pagar em entrega de bem ou prestação de serviço; ou a contraprestação pode ser realizada em valores monetários; ou em uma combinação de ambas as possibilidade (KPMG, 2017); 2. contraprestação não monetária: esse item é mensurado por um valor justo, se for passível de ser estimado. Se não for possível, o preço de venda é decorrente do bem ou serviço que foi prometido em troca da contraprestação não monetária. Por exemplo: a empresa X vende um terreno para o senhor João. João decide realizar o pagamento com a contraprestação de três apartamentos. Ambos entram em acordo. Como determinar o preço da transação? A primeira tentativa é pelo valor justo do bem. Caso não seja possível, uma opção é identificar o valor de mercado do terreno e dos apartamentos para identificar o preço da transação (KPMG, 2017); 3. valor da contraprestação variável: primeiro questionamento é em relação ao que é uma contraprestação variável. Consideramos os seguintes itens: descontos, créditos, concessões de preço, devoluções ou bônus/penalidades por desempenho. Quando existe esse valor, a empresa deve atuar da seguinte maneira: apenas o incluirá na determinação do preço se for altamente provável que uma reversão do valor da receita para baixo não acontecerá. Por exemplo: o valor da contraprestação a pagar foi identificado no montante de R$ 1.200 e o valor da contraprestação variável foi identificado no valor de R$ 200 positivo, decorrente de uma penalidade. Assim, o valor total do preço da transação é de R$ 1.400. A empresa deverá considerar os R$ 200 apenas se for altamente provável que esse valor não diminuirá, ou seja, que o valor da receita não será menor que R$ 1.400. Portanto, a empresa deverá avaliar: a. a probabilidade de um estorno da receita ocorrer, por um evento incerto; b. a magnitude do estorno, se esse evento incerto ocorrer (KPMG, 2017); 4. componente de financiamento significativo: se o contrato possui um componente de financiamento significativo, ou seja, contraprestações em um longo período de tempo, que causem distorções do valor presente do contrato, deve-se ajustar o valor das contraprestações. Por exemplo, a empresa X vende uma máquina no valor de R$ 300 mil, à vista. Contudo, em um contrato com o cliente Alfa Peças, decide vender essa máquina em contraprestações de cinco anos. O valor presente dessa máquina poderá sofrer impacto do tempo no valor presente do dinheiro. Se isso ocorrer, a empresa X precisará 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/20 ajustar os valores das contraprestações de cinco anos para que elas reflitam, no valor presente, os R$ 300 mil. Mas, como identificar se há um componente de financiamento significativo? A norma dá o seguinte direcionamento: esse cálculo pode ser complexo; contudo, de forma simplificada, se a empresa espera receber esses valores em até 12 meses após a transferência do bem ou prestação do serviço, considera-se que não há componente de financiamento significativo (KPMG, 2017). Assim, para determinar o preço das transações, a empresa deverá considerar os quatro aspectos apontados: se a contraprestação será monetária, não monetária ou uma combinação de ambas; se existe uma contraprestação variável; e se existe um componente de financiamento significativo. Fase 4: alocar o preço das transações. A fase 4 permite à empresa mensurar, de fato, o valor da receita. Nessa etapa, ela alocará o preço das transações a cada obrigação de desempenho individual. Mas, e se o valor não for diretamente observável, seguindo os passos anteriores? A empresa deve estimá-lo da seguinte maneira: a. avaliação de mercado ajustada; b. custo esperado, mais uma margem (KPMG, 2017). TEMA 3 – ASPECTOS CONCEITUAIS DO CPC 47: RECEITA DE CONTRATO COM CLIENTE (RECONHECIMENTO) Aluno(a), o modelo de cinco etapas irá direcionar os aspectos essenciais para a mensuração da receita (etapas de 1 a 4) e o reconhecimento da receita (etapa 5). Após a fase de mensuração da receita, a empresa deve proceder ao reconhecimento desse valor na contabilidade. Mas, em qual momento deve-se reconhecer a receita? Fase 5: reconhecer a receita. A receita deve ser reconhecida no momento em que (à medida que) o controle de um bem ou serviço é transferido para o cliente. Importante salientar que o controle pode ser transferido em um momento do tempo ou ao longo do tempo e o reconhecimento deve respeitar essa característica. Portanto, o aspecto primordial para atender à quinta etapa do modelo de cinco etapas é o reconhecimento do momento da transferência de controle, em especial se ele ocorre ao longo do tempo ou não. Como identificamos se a transferência do controle ocorre ao longo do tempo? 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/20 o cliente recebe e consome simultaneamente os benefícios gerados; por exemplo, num serviço de consultoria; o cliente tem seu ativo criado ou melhorado à medida que o produto ou serviço lhe é transferido; por exemplo, na construção de um anexo na fábrica do cliente X, à medida que essa construção acontece, o ativo do cliente é melhorado/criado; a empresa transfere ao cliente um serviço ou produto específico, ou seja, que só esse cliente pode utilizar. Assim, a entidade deve utilizar um método que melhor reflita a transferência de controle para o cliente. Essa transferência será o direcionador do reconhecimento da receita. Por fim, quando a empresa deve aplicar o CPC 47 (CPC, 2016a)? A Figura 3 ilustra o caminho que deve ser percorrido para obter essa resposta, visto que outros CPCs dão tratativas para reconhecimento de receitas, de maneira específica. Figura 3 – Decisões do modelo de cinco etapas Fonte: Adaptado de KPMG, 2017. Assim, se o contrato seguir o workflow de decisão para aplicação dessa norma (CPC, 2016a), então a empresa deve seguir o modelo de cinco etapas apresentados anteriormente. Contudo, quais são os casos específicos em que o CPC 47 não se aplica? 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/20 arrendamento mercantil, tratado pelo CPC 06 (R2) (CPC, 2017); seguros, tratado pelo CPC 11 (CPC, 2008); instrumentos financeiros, por exemplo derivativos, tratado pelos CPCs 38, 39 e 48 (CPC, 2009a, 2009b, 2016b). Importante salientar que os itens anteriores se constituem como exemplos. A empresa deve verificar se sua operação está sendo regida por outra norma contábil. Entretanto, de maneira geral, o CPC 47 é o pronunciamento contábil utilizado para regular a mensuração e reconhecimento de receitas a partir do ano de 2018 (CPC, 2016a). TEMA 4 – ASPECTOS CONCEITUAIS DO CPC 47: RECEITA DE CONTRATOCOM CLIENTE (CUSTOS DO CONTRATO E DIVULGAÇÃO) Aluno(a), nos Temas 2 e 3 desta aula, aprendemos os aspectos fundamentais do CPC 47, no que tange à mensuração e reconhecimento das receitas, a partir de 2018 (CPC, 2016a). O Tema 4 deste material irá discorrer sobre aspectos adicionais: custos do contrato e divulgação. O que são custos do contrato? Para o CPC 47, é necessário identificar e contabilizar os custos incrementais para obtenção de um contrato, ou seja, de uma receita, e os custos relacionados ao cumprimento do contrato, ou seja, de transferência do controle do bem ou serviço (obrigação de desempenho) (CPC, 2016a). Custos para obtenção de um contrato: esses custos estão relacionados ao esforço de venda ou prestação de serviço da empresa, como a comissão de venda. Esse custo só pode ser contabilizado ao longo do tempo de execução de um contrato, se a empresa espera recuperá- lo. Para fins de praticidade, o CPC 47 permite a contabilização, em um único período, se o período de amortização do ativo (bem ou serviço) for inferior a 12 meses, como ocorre no caso de componente de financiamento significativo (KPMG, 2017). Para exemplificar a contabilização do custo para obtenção de um contrato, imagine a seguinte situação: um contrato de prestação de consultoria por um período de 36 meses. O custo para obtenção desse contrato foi estimado pela empresa em R$ 2.600. A contabilização desse custo deve ser amortizada em um período de 36 meses e não em um único período contábil. Custos para cumprir um contrato: esses custos são identificados e reconhecidos atendendo aos seguintes critérios: 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/20 a. se se relacionam diretamente a um contrato existente; b. se geram ou aumentam os recursos da entidade para efetivar a obrigação de desempenho do contrato; c. se se estima que possam ser recuperados. Exemplos de custos que podem e não podem ser capitalizados são apresentados no Quadro 2. Quadro 2 – Custos que podem (ou não) ser capitalizados Custos diretos que são elegíveis para capitalização se outros critérios forem atendidos Custos a serem lançados como despesas, quando incorridos – Mão de obra direta: por exemplo, salários – Materiais diretos: por exemplo, suprimentos – Alocação de custos que se referem diretamente ao contrato: por exemplo, despesas de depreciação e amortização – Custos que são expressamente cobráveis do cliente, de acordo com o contrato – Outros custos que incorram somente porque a entidade celebrou o contrato: por exemplo, os custos com subcontratantes – Custos gerais e administrativos: a menos que explicitamente cobráveis, nos termos do contrato – Custos que se referem a obrigações de desempenho satisfeitas – Custos de desperdício de materiais, mão de obra ou outros – Custos que não estão diretamente relacionados às obrigações de desempenho remanescentes, ainda não satisfeitas Fonte: Adaptado de KPMG, 2017. De maneira geral, os custos que podem ser capitalizados são aqueles diretamente relacionados a uma obrigação de desempenho e que não existiriam se o contrato não fosse celebrado entre as partes. Sobre a amortização e capitalização dos custos, o método de amortização dos custos capitalizados deve seguir uma base sistemática, de acordo com o padrão de transferência do bem ou serviço ao qual o ativo se refere (KPMG, 2017). A capitalização dos custos relacionados à obrigação de desempenho é uma mudança de paradigma para as empresas, que estavam habituadas a lançarem esses montantes como despesas do período. Portanto, constitui-se como um importante aspecto a ser analisado pela teoria da contabilidade. Aluno(a), agora vamos falar da divulgação desses itens, de acordo com o CPC 47 (CPC, 2016a)? 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/20 Para cumprir a nova norma, a empresa deverá divulgar um número maior de informações sobre as receitas. A principal mudança refere-se à receita desagregada por obrigações de desempenho, que visa mostrar como os fatores econômicos podem afetar a natureza do contrato, o valor, o momento de reconhecimento e as incertezas do fluxo de caixa relativos àquela obrigação de desempenho. Assim, as seguintes categorias devem ser divulgadas pelas empresas: Contratos com clientes: desagregação das receitas por obrigações de desempenho; alterações nos ativos, passivos e custos contratuais e preço das transações alocadas à obrigação de desempenho (etapa 4) (KPMG, 2017). Julgamentos significativos ou mudanças nos julgamentos: método de determinar o momento e o valor das obrigações de desempenho (KPMG, 2017). Ativos reconhecidos pelos custos de obtenção ou cumprimento de um contrato com um cliente. TEMA 5 – CONTABILIZAÇÃO DE RECEITAS E DESPESAS COM VARIAÇÕES CAMBIAIS (CPC 02) E GANHOS E PERDAS COM ITENS MONETÁRIOS Por fim, vamos tratar, no último tema, sobre a contabilização de receitas e despesas com variações cambiais e os ganhos e perdas com itens monetários. Bora lá? Antes de abordamos a contabilização de receitas e despesas com variações cambiais, precisamos definir o que é variação cambial. A variação cambial é definida como a diferença resultante da conversão de um número específico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais, conforme o CPC 02 (R2) (CPC, 2010). Vamos verificar o exemplo a seguir. Uma empresa brasileira adquire um ativo em moeda estrangeira (US), em X1. O valor em dólar é US$ 500 mil e a taxa de câmbio é de R$ 3,50 por US$ 1. Portanto, o valor é registrado em reais, no montante de R$ 1,75 milhão. Ao pagar essa dívida em X2, a taxa cambial aumentou para R$ 4 por US$ 1. Assim, o valor da dívida em moeda local foi para R$ 2 milhões, valor em dólar (US$ 500 mil) multiplicado pela taxa de câmbio em X2 (R$ 4). Essa operação gera uma variação cambial, que, nesse caso, foi de R$ 250 mil. E, como houve o aumento da dívida em moeda estrangeira, isso corresponde a uma despesa de variação cambial. 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/20 Agora, vamos considerar que em X2 houvesse uma valorização do real e a taxa de câmbio fosse de R$ 3,25 por US$ 1. Qual seria o valor da variação cambial? Seria uma despesa ou uma receita? O cálculo é o mesmo: em X1 a dívida foi adquirida em dólares, no montante de US$ 500 mil, e a taxa cambial era de R$ 3,50, registrando em X1 uma dívida de R$ 1,75 milhão. Em X2, a taxa de câmbio foi para R$ 3,25. Assim, o valor da dívida a ser pago em X2, em moeda local, foi de R$ 1,625 milhão. A dívida diminui devido à variação cambial, portanto temos que registrar uma receita de variação cambial. Agora, vamos falar dos itens monetários? Bom, os itens monetários são definidos pelo CPC 02 (R2) como aqueles “representados por dinheiro ou por direitos a serem recebidos e obrigações a serem liquidadas em dinheiro” (CPC, 2010). Os ganhos ou perdas com itens monetários, que podem ser variações cambiais, devem ser registrados no período em que ocorrem. Vamos considerar que a variação do item monetário em análise é um instrumento financeiro adquirido em dólar. No período de X1, um investidor adquire um instrumento financeiro por US$ 10 mil e, nessa data, a taxa cambial era de R$ 2,25 por US$ 1. Portanto, o seu desembolso foi de R$ 22,5 mil. Logo, na data de balanço X1, o ativo será registrado no valor de R$ 22,5 mil. Em X2, o instrumento tem seu valor em dólar mantido, contudo a taxa cambial cai para R$ 1,90. Nesse momento, o valor do ativo em reais é de R$ 19 mil. Assim, a empresa deve registrar em X2 uma perda com itens monetários no valor de R$ 3,5 mil, que se refere à diferença entre o valor em reais em X1 e o valor em reais em X2. Aluno(a), é importante perceber que a variação nesse item monetário foi decorrente da variação do preço da moeda. No caso de o valor da moeda ter se desvalorizado, teríamos uma alta do dólar e, consequentemente, um reconhecimento de ganho com itemmonetário. TROCANDO IDEIAS Aluno(a), estamos caminhando para o final da nossa última aula! Vamos agora trocar ideias com os colegas sobre os principais aspectos tratados nesta aula? Para consolidar os conhecimentos adquiridos, vamos realizar uma atividade de fórum. Você deverá refletir sobre os conceitos aprendidos nesta aula sobre as alterações advindas do CPC 47 para a mensuração e reconhecimento de receitas. Para tanto, apresente um setor que será fortemente 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/20 impactado devido às mudanças ocorridas na mensuração e reconhecimento de receitas do CPC 47. Argumente com base nas alterações do CPC 47 (CPC, 2016a). NA PRÁTICA Caro(a) aluno(a), chegamos à última tarefa da nossa última aula. Essa atividade tem cunho prático, para que você possa desenvolver suas habilidades. Reúna os conhecimentos adquiridos nesta aula para aplicarmos o CPC 47 (CPC, 2016a) à situação que se segue. Uma empresa do setor de construção civil é contratada para a construção de um edifício no terreno da empresa Alfa. O contrato foi firmado no final de X1 e a prestação do serviço deve ocorrer em 7 anos, conforme Tabela 1. A empresa receberá a contraprestação do serviço total em 4 parcelas iguais, a cada 20 meses, no montante total de R$ 1,96 milhão. Tabela 1 – Relação entre período e percentual de execução do serviço contratado por Alfa Período Percentual de execução do serviço X2 12% X3 7% X4 31% X5 8% X6 14% X7 6% X8 22% Como devemos contabilizar a receita dessa empresa de prestação de serviço (valor e momento)? Resposta: segundo o CPC 47 (CPC, 2016a), a receita deve ser reconhecida com base na transferência de controle do bem ou serviço. O terreno é da empresa Alfa, portanto a construção do edifício constitui uma transferência de controle permanente, pois a cada momento da construção temos uma transferência de controle de parte do ativo. Sendo assim, o valor da receita deve ser calculado com base na transferência do ativo para a empresa Alfa, em cada momento do tempo. Portanto, independentemente das quatro parcelas que configuram o pagamento monetário, a receita 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/20 deve ser reconhecida com base na execução do serviço de construção civil. O montante total do serviço é de R$ 1,96 milhão. Tabela 2 – Relação entre período, percentual de execução do serviço e valor da receita Período Percentual de execução do serviço Valor da receita X2 12% R$ 235.200,00 X3 7% R$ 137.200,00 X4 31% R$ 607.600,00 X5 8% R$ 156.800,00 X6 14% R$ 274.400,00 X7 6% R$ 117.600,00 X8 22% R$ 431.200,00 Portanto, o valor e o momento do reconhecimento estão apresentados na Tabela 2, sendo o valor o resultado do percentual do período multiplicado pelo valor total da receita do serviço de construção civil. FINALIZANDO Olá, aluno(a), agora sim estamos finalizando nossa disciplina. Esperamos que as discussões e tópicos apresentados no decorrer dessas seis aulas tenham sido importantes para complementar e atualizar o conhecimento desenvolvido neste curso. Para isso, esta disciplina apresentou as principais discussões existentes no campo teórico e prático da contabilidade, atualmente. O primeiro tema desta aula apresentou os principais conceitos e definições de receita, despesa, ganhos e perdas, tanto considerando os pesquisadores brasileiros e estrangeiros quanto o mundo prático dos normatizadores contábeis (Iasb e CPC). Ao Tema 1, que serviu de base para a discussão posterior, se seguiu a apresentação do CPC 47, que passou a figurar no cenário brasileiro em 2018 (CPC, 2016a). Assim, o Tema 2 discorreu sobre o modelo de cinco etapas para aplicação da norma de receita CPC 47, no que tange às etapas de mensuração da receita (valor) (CPC, 2016a). O Tema 3 abordou a quinta etapa do modelo, que se 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/20 refere ao reconhecimento da receita (momento). O Tema 4 tratou das novas especificidades da norma de receitas (CPC, 2016a), em especial no que tange aos custos contratuais e ao modelo de divulgação. Por fim, o Tema 5 dissertou sobre o CPC 02 (R2) (CPC, 2010), itens monetários (perdas e ganhos) e variação cambial (receitas e despesas). REFERÊNCIAS COELHO, C. U. F.; LINS, L. S. Teoria da contabilidade: abordagem contextual, histórica e gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. CPC 00 (R1): estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Brasília, 15 dez. 2011. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/147_CPC00_R1.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. _____. CPC 02 (R2): efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. Brasília, 7 out. 2010. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/62_CPC_02_R2_rev%2013.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. _____. CPC 06 (R2): operações de arrendamento mercantil. Brasília, 21 dez. 2017. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/533_CPC_06_(R2).pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. _____. CPC 11: contratos de seguro. Brasília, 17 dez. 2008. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/215_CPC_11_rev%2013.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. _____. CPC 38: instrumentos financeiros – reconhecimento e mensuração. Brasília, 19 nov. 2009a. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/406_CPC_38_rev%2012.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. _____. CPC 39: instrumentos financeiros – apresentação. Brasília, 19 nov. 2009b. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/410_CPC_39_rev%2013.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. _____. CPC 47: receita de contrato com cliente. Brasília, 22 dez. 2016a. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/527_CPC_47_Rev_13.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. 29/03/2023, 14:16 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/20 _____. CPC 48: instrumentos financeiros. Brasília, 22 dez. 2016b. Disponível em: <http://www.cpc.org.br/Arquivos/Documentos/530_CPC_48_Rev_13.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2019. HENDRIKSEN; E. 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Disponível em: <http://www.periodicos.ufc.br/eu/article/view/36567/83879>. Acesso em: 3 jun. 2019.
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