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EXAME FÍSICO GERAL CATIA LETÍCIA CORRÊA SCHNEIDER Introdução Impossibilidade de estabelecer comunicação verbal; Algumas vezes a queixa principal não apresenta relação direta com sistema comprometido; Avaliar o estado geral do animal; Pode possibilitar a identificação de outros sistemas ou estruturas corporais; Características e intensidade dos sinais clínicos apresentam variação muito ampla. O exame físico geral é decisivo pra o exame físico específico Informações do animal Nível de consciência: Alerta Diminuído Aumentado Postura e locomoção: Normal ou anormal Repouso Condição física ou corporal: Obeso Magro Caquético Gordo Pelame Limpos e brilhantes Ectoparasitas Formato abdominal Normal Anormal (ascite) Características respiratórias Dispneia Secreção nasal outros: Apetite Sede defecação vômito... Amanda oliveira Nota ex de anormal: postura ortopneica ( cotovelos dobrados pra respirar melhor), postura cavalete (rigidez e abdução dos quatro membros) e pos de faca. Nível de consciência Avaliada pela inspeção; Excitabilidade do animal: Diminuída → apático Ausente → coma Normal Aumentada → excitado O temperamento típico de cada espécie. Postura Posicionamento que o animal adota em posição quadrupedal, em decúbito e durante locomoção. Posturas anormais → processo dolorosos ou alteração nervosa Posturas: Postura ortopneica; Postura de cachorro sentado; Postura de foca; Postura de cavalete; Postura de cão sentado Postura ortopneica Posição de cavalete Posição de foca Estado nutricional Espécie Raça Aptidão Obesidade: Endógena Exógena Mista ECC 1: caquético 2: magro 3: normal 4: gordo 5: obeso AVALIAÇÃO GERAL DA PELE A pele é o espelho da saúde; Animais com pelos sujos, despenteados, eriçados, sem brilho, presença de ectoparasitas. Proprietário pouco cuidadoso ou vínculo estrito com animal. Alterações de pele: Localizadas ou generalizadas; Únicas ou múltiplas; Simétricas os assimétricas. Grau de desidratação Ressecamento e enrugamento da pele →Perda excessiva de líquidos →Ingestão inadequada de água Avaliação dos parâmetros vitais Frequência cardíaca Frequência respiratória Temperatura corporal Movimentos ruminais Exames de mucosas Frequência cardíaca em animais adultos Espécie/adultos Batimentos cardíacos/minutos Cães 60 a 160 Gatos 120 a 240 Equinos 28 a 40 Bovinos 60 a 80 Caprinos 95 a 120 ovinos 90 a 115 Frequência respiratória Espécie/ adultos Movimentos respiratórios/min Cães 18 a 36 Gatos 20 a 40 Equinos 8 a 16 Bovinos 10 a 30 Caprinos 20 a 30 Ovinos 20 a 30 Temperatura corporal Espécie Idade Temperatura retal (°C) Cães Jovens Adultos ± 38,5 37,5 – 39,2 38,5Gatos 37,8 – 39,2 Equinos Jovens Adultos 37,2 – 38,9 37,5 – 38,5 Bovinos Jovens Adultos 38,5 – 39,5 37,8 – 39,2 Caprinos Jovens Adultos 38,8 – 40,2 38,6 - 40 Ovinos Jovens Adultos 39 – 40 38,5 – 40 Exame de mucosas Indica estado de saúde atual do animal; Locais com boa iluminação, de preferência sob a luz solar; Luz artificial de coloração branca; Mucosas visíveis: Mucosa oculopalpebrais; Mucosa nasal Mucosa bucal Mucosa vulvar ou prepucial Ulcerações Hemorragias Secreções Abertura de mucosas oculopalpebrais em cães Abertura mucosas oculopalpebrais em equinos e bovinos Mucosas oculopalpebrais membrana nictitante ou 3° pálpebra. Glândula da terceira pálpebra ou Harder (exceto equinos). Responsável pela produção de 30% do filme lacrimal. Se torna evidente: Tétano Síndrome de Horner – perda da inervação do globo ocular Intoxixações Prolapso de 3° pálpebra Mucosa nasal - coloração e presença de secreção Tempo de preenchimento capilar – TPC Animal sadio 1 a 2 s Animal desidratado 2 a 4 s Animal gravemente desidratado > 5 s Coloração de mucosas Depende de vários fatores: Quantidade de sangue circulante Eficácia das trocas gasosas Existência ou não de hemoparasitas Função hepática adequada Medula óssea Úmidas e brilhantes Tonalidade róseo-clara Uma única mucosa alterada → problema localizado Envolvimento de várias mucosas → comprometimento sistêmico Pálida: Branca-rósea Branco –porcelana Congestão: Vermelho discreto – irritação Vermelho tijolo - endotoxemia Hipoperfusão ou anemia Manifestações clínicas - anemia Palidez de mucosas intolerância ao exercício ↑ FC – taquicardia Agudo ou crônico O paciente está sendo medicado? Qual medicação? Dose? Alteração coloração de urina? Última vermifugação ? Congestão de mucosas ingurgitamento dos vasos sanguíneos Processo infeccioso ou inflamatório Local ou sistêmico (congestão pulmonar, conjuntivite) Hiperemia: Difusa ( tonalidade avermelhada é uniforme – intoxicação) Ramiforme (consegue notar os vasos sanguíneos mais salientes – dispneias) Cianose Coloração azulada da pele e mucosas Aumento da quantidade absoluta de hemoglobina reduzida no sangue Distúrbio da hematose Avaliar se animal está desidratado ou em choque Icterícia Resultado da retenção de bilirrubina nos tecidos 80% da bilirrubina – remoção de eritrócitos da circulação 20% - da medula pela eritropoiese Pode ser causada por: Doenças hemolíticas Lesões hepáticas Obstrução dos ductos biliares Pré- hepática •Anemia hemolítica •Anaplasmose, babesiose, hemobartonelose hepática •Hepatite •Bacteriana, viral, tóxica Pós- hepática •Obstrução do fluxo biliar •Colangite, abscesso, neoplasia ICTERÍCIA Denominação Coloração Significado Principais causas Pálida Esbranquiçada Anemia Ecto e endoparasitose; Hemorragias/choque hipovolêmico; Aplasia medular; Insuficiência renal; falência circulatória periférica Congesta ou hiperêmica Avermelhada ↑ permeabilidade vascular Inflamação e/ou infecção local; Septicemia bacteriana; Febre; Congestão pulmonar Endocardite; Pericardite traumática Cianótica Azulada Distúrbios na hematose Anafilaxia; obstrução das vias respiratórias; edema pulmonar; insuficiência cardíaca congestiva; pneumopatias; exposição ao frio Ictérica Amarelada Hiperbilirrubinemia Estase biliar; anemia hemolítica imune; babesiose; anaplasmose; hepatites OCORRÊNCIA DE CORRIMENTOS Fluído: líquido, aquoso, pouco viscoso e transparente. Seroso: mais denso que fluido, mas transparente. Catarral: mais viscoso, pegajoso, esbranquiçado. Purulento: mais denso e coloração variável. Sanguinolento: vermelho-vivo ou enegrecido. Avaliação dos linfonodos A linfa deriva do líquido intersticial que flui para os vasos sanguíneos. Exame do sistema linfático: Participa dos processos patológicos; Apresenta alterações características em doenças infecciosas; Dilatação ou hipertrofia: Tamanho Sensibilidade Mobilidade Temperatura Localização linfonodos em cães Avaliação da temperatura corporal Pouco invasivo Baixo risco de dano á saúde do animal Rápida obtenção do resultado Baixíssimo custo financeiro. Normotermia Hipertermia hipotermia Causas de hipertermia Temperatura ambiente e umidade do ar elevadas Exercícios Convulsões Desidratação Pelos e lã em excesso Obesidade Confinamento e/ou transporte sem ventilação adequada Febre Febre séptica Febre asséptica Porque é considerada síndrome??? Mucosa: congestão, seca, sem brilho. Pele e focinhos: pele seca e sem brilho. Sistema circulatório: taquicardia. Sistema respiratório: taquipneia. Sistema digestório: defecação reduzida, polidpsia Sistema urinário: oligúria. Sistema nervoso: animal deprimido Continuamos amanhã...