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AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • Primeiro método proposto para a definição da segurança em estruturas; • A segurança é introduzida por meio de um coeficiente de segurança interno (i); • As maiores tensões que surgem na estrutura (σmax), devido às ações aplicadas, devem ser menores que as tensões de escoamento (fy ou σe) ou de ruptura (fu ou σrup) dos materiais; 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L Função da geometria da estrutura e das cargas aplicadas Função do material (tensão admissível) AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • Exemplo: Para os aços estruturais ASTM A36 e ASTM A588: 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • A tensão máxima é calculada em função de alguma teoria de Resistência dos Materiais, por exemplo: • Para uma barra submetida a uma carga axial (estado uniaxial de tensões): • Sólido em estado múltiplo de tensões→ Critério de Von Mises 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L 1 2 𝜎1 − 𝜎2 2 + 𝜎1 − 𝜎3 2 + 𝜎2 − 𝜎3 2 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • Da Resistência dos Materiais, sabe-se que 1, 2 e 3 são as tensões principais. • Para análise plana de tensões onde 3 = 0: • No caso de um estado plano de tensões constituído por x e xy, sendo y = 0 (caso de barras fletidas) temos: 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L 𝜎1 2 + 𝜎2 2 − 𝜎1𝜎2 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 𝜎𝑥 2 + 3 𝜏𝑥𝑦 2 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • A determinação de i é empírica e os valores são justificados pelos resultados disponíveis de estruturas já construídas com a utilização deste método. 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS INCERTEZAS INSERIDAS NO COEFICIENTE INTERNO • Não são feitas considerações separadas a respeito das incertezas do sistema ou dos parâmetros, da natureza da estrutura ou das consequências da ruina; • Incertezas levadas em conta pelo calculista: 1. De forma informal em hipóteses conservadoras na concepção do modelo; 2. Formalmente na adoção de valores de ações e tensões admissíveis; • Tensões máxima ocorrem em um ponto localizado→ estrutura não entra necessariamente em colapso→ redistribuição→ Reserva de resistência; • i deve considerar uma série de incertezas e imprecisões que definirão o grau de segurança da estrutura; 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS EXEMPLO 1 - Barra tracionada (tirante) de seção constante: Determine a máxima força P que pode ser suportada pelo tirante da figura abaixo, com seção transversal constante, sendo σe e fy = 30 kN/cm 2 e adotando o coeficiente de segurança interno i = 3. 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS EXEMPLO 2 - Viga em balanço: A viga em balanço da figura abaixo é constituída por um material com σe = fy = 30 kN/cm² . Supondo válida a hipótese de Navier para as deformações, determinar o máximo valor de P (Padm) que pode ser suportado com coeficiente de segurança interno igual a 2. 2.1 – Método do coeficiente de segurança interno U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS PROPOSTA DOMÉTODO • Se a resposta da estrutura fosse linear durante toda a sua história, ao longo de um carregamento proporcional e crescente nessa estrutura, seria possível dar uma interpretação externa ao coeficiente de segurança interno, nesse caso: epoderia ser igual a i . • Comportamento linear: Uma estrutura apresenta comportamento linear, ou resposta linear, enquanto as relações tensão-deformação do seu material permanecem lineares (linearidade física), e enquanto a sua geometria ficar pouco alterada em função dos deslocamentos que surgem devido ao carregamento aplicado (linearidade geométrica). 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • No entanto, a grande maioria das estruturas submetidas a um carregamento proporcional, mesmo apresentando resposta linear em certa faixa desse carregamento, deixa de ter resposta linear antes de atingir a ruptura ou o colápso, quer por perder a linearidade geométrica, quer por perder a linearidade física ao deixar de seguir a lei de Hooke em alguns de seus pontos. • Na realidade, são poucas as estruturas que não perdem a linearidade geométrica, dessa forma a teoria linear (que normalmente é utilizada) é uma aproximação do comportamento da estrutura. 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • Portanto, a interpretação externa que se poderia dar a i perde significado e≠ i • Definição do coeficiente de segurança externo (e): valor pelo qual se devem multiplicar as intensidades do carregamento para se obter um novo carregamento, proporcional ao primeiro, que produza a ruptura ou colapso da estrutura. e>1 • Vamos analisar o exemplo 1 (anterior), para comparar os resultados obtidos utilizando-se o i com os obtidos com e, porem agora com o elemento comprimido. 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS EXEMPLO 3 - Barra comprimida (pilar ou coluna) de seção constante: Determinar o coeficiente de segurança externo (e ) da estrutura do exemplo 1, porém agora comprimida, sujeita a uma carga de compressão P = 4000 kN, sendo: E = 205 GPa = 20.500 kN/cm2 e 2 σe = fy = 30 kN/cm². 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS • Durante muito tempo se utilizou nos projetos estruturais o eno lugar do i em situações que provoquem instabilidade conforme o exemplo; • No exemplo, uma vez atingido a força que provoca instabilidade (flambagem) da estrutura, aparece o efeito da flexão na barra oriunda da perda de estabilidade lateral, onde as tensões passam a crescer rapidamente para baixos incrementos de força. 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IR A SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L 𝜎𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 𝜎𝑓𝑙 𝐹𝑓𝑙 𝐹𝑟 Comportamento não linear Comportamento linear AÇÕES E SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS EXEMPLO 3 - Barra comprimida (pilar ou coluna) de seção constante: Caso seja desejado um e = 3 determine: a) Um novo valor de “b” com P = 4000 kN e h = 40 cm? Resposta→ b = 14,2 cm b) O máximo valor de “P”, com b = 10 cm e h = 40 cm? Resposta→ P = 1405 kN 2.2 – Método do coeficiente de segurança Externo U N ID A D E 2 - M ÉT O D O S PA R A D EF IN IRA SE G U R A N Ç A E ST R U TU R A L
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