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R E S U M O M E D C U R S O 2 0 2 1 S A Ú D E D A M U L H E R P O R B I A N C A G . B . S A N T O S medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su Ginegologia medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su SUMÁRIO SEMANA 3: CONTRACEPÇÃO E CICLO ................................................................................... 3 SEMANA 5: AMENORREIA E SOP ......................................................................................... 8 SEMANA 17: SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL E INFERTILIDADE .................................... 13 SEMANA 24: CLIMATÉRIO, DISTOPIA E INCONTINÊNCIA. .................................................... 17 SEMANA 27: CA DE MAMA E OVÁRIOS ................................................................................ 23 SEMANA 30: LESÕES PRECURSORAS, CÂNCER DE COLO UTERINO E ENDOMÉTRIO. ................ 29 SEMANA 39: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS ..................................................... 33 medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 3 CICLO MENSTRUAL E ANTICONCEPÇÃO Semana 3: Contracepção e Ciclo CICLO MENSTRUAL FISIOLOGIA HIPOTÁLAMO ADENOHIPÓFISE OVÁRIO ÚTERO GnRH Gonadotrofinas (FSH e LH) Desenvolvimento folicular e esteroidogênsese ovariana Preparo endometrial Folículos Primordiais: Desde a vida IU (o pico da quantidade de folículos é na 20 ª semana, depois começa a decair). O processo de atresia e desenvolvimento folicular é CONSTANTE (não importa se usa AC ou está grávida!). Como o GnRH atua no ciclo? De forma PULSÁTIL, que variam em frequência e amplitude. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 4 CICLO OVARIANO FASE FOLICULAR Nas células da TECA (externa) do folículo o ANDROGÊNIO (que vem do COLESTEROL) será a base para a formação do ESTROGÊNIO. Essa fase geralmente é VARIÁVEL, por isso que às vezes há diferença na quantidade de dias de cada ciclo. OVULATÓRIA O pico de Estradiol ESTIMULA O LH. Quanto tempo depois do pico de LH acontece a ovulação? 24/32-36h após o aumento de LH. 10-12 após seu PICO máximo. LÚTEA Folículo roto = Corpo Lúteo Característica: ↑Progesterona e INIBINA A Duração +/- FIXA de 14 DIAS. Elevação da PROGESTERONA (melhora a vascularização do endométrio) INIBE LH. Regressão do corpo lúteo ↓E, P e INIBINA A. Novo recrutamento c/ ↑FSH. Se houver gravidez, o HCG sustenta corpo lúteo. CICLO UTERINO Camadas do Endométrio Funcional o Compacta (superficial) o Esponjosa (média) Basal (profunda): Sofre POUCA alteração Fases Proliferativa: ESTROGÊNIO. o Inicial/pós-mentrual: Glândulas curtas e pequenas. o Tardia: Aspecto TRILAMINAR no USGTV. Secretora: Depois da ovulação. PROGESTERONA Endométrio fica HIPERecogênico na USGTV. o Glândulas + longas, tortuosas, dilatadas Menstrual COLO UTERINO- MUCO CERVICAL Folicular: Predomina ESTROGÊNIO FILÂNCIA. Lâmina – CRISTALIZAÇÃO: Aspecto arboriforme/Folha de samambaia Lútea: Predomina PROGESTERONA Sem filância e muco espesso. SEM cristalização. ↑FSH (começa a aumentar no FINAL do ciclo anterior) e Recrutamento folicular Seleção do folículo dominante (tem + receptores FSH) ↑Estrogênio e inibina B INIBE o FSH medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 5 medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 6 CONTRACEPÇÃO/PLANEJAMENTO FAMILIAR 1. Escolha do método ✅ Facilidade de uso; ✅ Reversibilidade; ✅ Índice de Pearl (segurança): Quanto MENOR, melhor! ✨ Taxa de gravidez para cada 100 mulheres/ano. 2. Mecanismo de Ação 3. Contraindicações – Critérios de Elegibilidade OMS. ✅ Categoria 1: Pode usar ✅ Categoria 2: Usar com cautela ✅ Categoria 3: Contraindicação relativa ✅ Categoria 4: Contraindicação ABSOLUTA. COMPORTAMENTAIS BAIXA eficácia. Tabelinha, curva térmica (↑0,4 ºC), muco cervical (FILANTE) Tentam PREVER ovulação. BARREIRA Preservativo; BAIXA eficácia. PROTEÇÃO p/ ISTs. Pearl (uso típico): 18 (masc) e 21 (fem). AMENORREIA DA LACTAÇÃO TODAS AS CONDIÇÕES: Amamentação exclusiva; Amenorreia; Até 6 meses. HORMONAIS Progesterona Minipílula Injetável Trimestral Implante Subdérmico (MENOS FALHAS DO QUE VASECTOMIA) Estrogênio + Progesterona ACO Anel Vaginal Adesivo Injeção MENSAL. DEFINITIVO - LAQUEADURA TÚBARIA: INDICAÇÕES >25 anos OU 2 Filhos (com capacidade civil plena). Fora do ciclo gravídico-puerperal: Fora do parto/aborto/ >60 dias entre a vontade e cirurgia. SE CASADO, TEM QUE ASSINAR OS DOIS! Só pode indicar laqueadura durante a cesárea (PELA LEI) nessas situações: Eteratividade/Cesarianas de repetição; Risco a vida materna. CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA MA 1ª Fase do ciclo: impede/posterga ovulação. 2ª Fase ciclo: altera muco espesso/hostil. Tipos LEVONOGESTREL: 1cp 1,5 mg dose única Mais Eficaz e Menos efeitos adversos. MÉTODO YUZPE: 100 mcg estradiol + 0,5 mg levonorgestrel 12/12h NÃO FAZ MAIS. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 7 Mecanismo de ação Contraindicação Progesterona Minipílula **Indicação: Amamentação (ñ precisa esperar) e peri-menopausa. ⇨ Altera muco cervical e atrofia endométrio (não confiar no poder anovulatório). ⇨ Pílula de DESOGESTREL 75mcg (Cerazette): Anovulação em 97% dos casos, mas NÃO É MINIPÍLULA. ⇨ CA de MAMA atual – Categoria 4. ⇨ Categoria 3: Tumor hepático, HAS grave, AVE, TVP e TEP aguda. Injetável TRI ⇨ Anovulação, altera muco e endométrio. ⇨ O injetável pode diminuir a densidade mineral óssea (REVERSÍVEL). Implante Combinado **Porque não existe SÓ estrogênio? R= CA DE ENDOMÉTRIO! ⇨ Alteram muco cervical, endométrio, motilidade tubária e ANOVULAÇÃO. ⇨ REDUZ a eficácia: ANTICONVULSIVANTES (Ác. Valproico PODE!) e RIFAMPICINA. ⇨ Diminui CA de ovário e endométrio. ⇨ Diminui fluxo, dismenorreia, síndrome pré-menstrual. ⇨ Categoria 4: Amamentação <6 semanas pós- parto, CA mama atual, fumo (15 cigarros) após 35 anos, DM c/ vasculopatia, TVP, IAM, TEP e AVE atuais ou prévios, ENXAQUECA COM AURA. DIU Cobre – 10 anos ⇨ Ação irritativa, inflamatória e espermicida (não é bom p/ quem sangra muito e tem muita cólica). ⇨ ALTERAÇÕES INTRAUTERINAS: Gravidez, sangramento inexplicado uterino, distorção ou infecção da cavidade uterina, CA de COLO e ENDOMÉTRIO (CA de mama contraindica DIU e PROGESTERONA). ⇨ Entre 48h e 4 semanas pós-parto (PODE BOTAR ASSIM QUE PARIR). ATENÇÃO! GRAVIDEZ + DIU: Se a corda tiver visível, TIRA LOGO! Cobre + Prata – 5 anos ** Formato em ―Y‖ facilita inserção e remoção em comparação ao de cobre. **A prata ajuda a estabilizar o cobre. Progesterona – 5 anos ⇨ Atrofia endométrio e torna muco hostil. ⇨ O poder ANOVULATÓRIO NÃO é confiável, mas até 50% das mulheres param de sangrar. LARC’s: DIU cobre, progesterona e implante medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 8 AMENORREIA Semana 5: Amenorreia e SOP INTRODUÇÃO A progesterona deixar o endométrio secretor é SOMENTE quando o endométrio foi previamente estimulado pelo estrogênio para ser proliferativo! Se der só progesterona, haverá ATROFIA do endométrio. Para haver menstruação, deve ter: Estrogênio, progesterona e anatomia favorável. Compartimentos I= Endométrio II= Ovário III= Hipófise IV=Hipotálamo ANATOMIA GENITALIA INTERNA Todos os embriões possuem uma genitália indefinida formada pelos: Ductos de Muller/ Ductos paramesonéfricos:Faz a genitália interna (Útero, trompa e 2/3 superior da vagina) da MULHER. Ductos de Wolff/ Ductos mesonéfricos Homens produzem o hormônio anti- mulleriano nos testículos para impedir o desenvolvimento do ducto de Muller. GENITALIA EXTERNA Depende de ação androgênica. Homem: Com DI-hidrotestosterona fica masculina. o A 5-a-redutase faz a transformação de testosterona em di-hidrotestosterona. Sem essa enzima NÃO tem masculinização da genitália externa. Mulher: SEM di-hidrotestosterona fica feminina. AMENORREIA Primária Secundária 14 anos (*ou 13) s/ menstruação SEM desenvolvimento sexual 2º. **O desenvolvimento sexual respeita a ordem TPM: Telarca-Pubarca- *estirão*-Menarca. Sem menstruação por 3 ciclos ou 6 meses (*ou 3). 16 anos (*ou 15) s/ menstruação c/ desenvolvimento sexual secundário. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 9 INVESTIGAÇÃO AMENORREIA SECUNDÁRIA Excluir: Gestação; Hipotireoidismo; Hiperprolactinemia . Teste da progesterona Medroxiprogesterona 10 mg por 5-10 dias Sangramento + ANOVULAÇÃO Ex: SOP Sangramento - Teste do Estrogênio Estrogênio (21 dias) + Progesterona (últimos 5 dias) Sangramento + dentro de 7 dias Causa: compartimento II, III ou IV Causa Ovariana ou Central? DOSAR FSH FSH >20 CAUSA OVARIANA FSH<5 CAUSA CENTRAL (hipófise ou hipotálamo) Teste do GnRH ↑ LH e/ou FSH Hipotalâmica NÃO ↑ LH e/ou FSH Hipofisária Sangramento - Alteração no trato de saída/ Compartimento I Hipotireoidismo pode desencadear uma hiperprolactinemia secundária. Após descartar hipotireoidismo, verificar outras possíveis causas para hiperprolactinemia: Prolactinoma Medicamentosa (Antagonistas na dopamina) Outras Diagnóstico: RNM Mtroclopramida Neurolépticos Tricíclicos Ranitidina ACO... - Gestação -Hipotireoidismo (↑TRH estimula) - Estimulação - Estresse... Tratamento inicial CLÍNICO (Agonistas dopaminérgicos): - Cabergolina (melhor) - Bromocriptina medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 10 INVESTIGAÇÃO AMENORREIA PRIMÁRIA ETIOLOGIAS DA AMENORREIA HIPOTALÂMICAS Tumores: Craniofaringiomas Sd. de Kallman: Falha da migração das células germinativas – Amenorreia 1ª + infantilismo sexual + anosmia (pode haver cegueira p/cores – mais comum no HOMEM). Estresse, anorexia, exercícios. HIPOFISÁRIAS Tumores: Prolactinomas Sd. de Sheehan: Necrose hipofisária pós-parto. Pode fazer agalactia. OVARIANAS Falência ovariana precoce/Insuficiência ovariana. < 40 anos esgotam os folículos. Sd de Savage Resistência às gonadotrofinas. Mesma clínica da falência ovariana. Tem folículos, mas são resistentes aos hormônios. Pode ser amenorreia primária ou secundária! Pode fazer biopsia p/ diferenciar da falência ovariana (geralmente não faz). Caracteres Sexuais 2º Presentes? NÃO (infantilismo sexual) ↑LH e FSH (Hipogonadismo hipergonadotrófico) Solicitar Cariótipo! Principal causa: Disgenesia Gonadal ↓LH e FSH Teste do GnRH Causa: Problema hipófise/hipotálamo SIM Avaliação Utereovaginal Estagio Puberal de Turner I= Infantilismo sexual. IV e V = Desenvolvimento normal. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 11 Disgenesia gonadal (maior causa de amenorreia primária com infantilismo sexual): Gônada em fita sem células germinativas. Sd. de Turner (disgenesia gônadosomática) é a mais comum: 45, X0 (alguns 45,X/ 46, XX; 45, X/ 46, XY). o Na presença de Y = Retirar gônada Risco de CA de ovário. o Pescoço alado, tórax em escudo, micrognatia, baixa estatura, predisposição à DM, tireoidite e outras autoimunes. UTEROVAGINAIS Malformações Mullerianas: Roktansky 46 XX vagina curta e s/útero (rudimentar) Sd. de Asherman: Lesão endometrial (infecção, trauma...) Histeroscopia é diagnóstica e TERAPEUTICA. Hiperplasia Adrenal Congênita: Genitália ambígua na mulher. DEFICIÊNCIA da enzima 21- hidroxilase. Há ↑ 17OH progesterona e androgênios. Essa condição tardia pode SIMULAR uma SOP. Malformações Mullerianas Bicorno: Falha na fusão proximal dos ductos de Muller. Didelfo: Septado: Não reabsorveu a pares? Pode confundir com o bicorno na USG normal. Pede uma USG 3D Unicorno: Agenesia do muller de um lado. Sd. de Morris/ Sd. da Insensibilidade ao receptor androgênico: Falha no receptor androgênico Sd. Roktansky Sd. de Morris Agenesia Mulleriana Defeito recept. Androgênico 46 XX 46 XY Clínica: Amenorreia 1ºª com caractere sexual 2º sem útero, vagina ↓ e pelo normal. Clínica: Amenorreia 1ª, mama pequena, sem útero, vagina ↓, mas sem pelos. Tem ovários normais Tem testículos *TEM QUE TIRAR! medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 12 SOP/ ANOVULAÇÃO CRÔNICA HIPERANDROGÊNICA Proteína transportadora de hormônio sexual: SHBG (produzida no fígado) Evita deixar fração livre hormonal livre no copo. Diminuição da produção de SHBG nas pacientes com SOP. A resistência insulínica é uma das principais causas da redução do SHBG. O estrogênio está alto o tempo todo, o que inibe o FSH e gera anovulação. Anovulação crônica hiperandrogênica; Afeta 5-10% das mulheres. Risco de DM, DCV, infertilidade, abortamento, CA de endométrio. CLÍNICA RI: Acantose Nigricans em regiões de dobra. Hiperandrogenismo: Alopécia, acne, hirsutismo. (pelo grosso de distribuição masculina em uma mulher – Escala de Ferriman 8). Anovulação: Irregularidade menstrual e infertilidade. LABORATÓRIO Excluir outras doenças (SOP é de EXCLUSÃO!): TSH, prolactina, 17-OH- progesterona, cortisol. O que esperar na SOP? ↑ ⇝ Androgênios (androstenediona, testosterona, S-DHEA [POUCO, pq é da suprarenal]); ⇝ Estrogênio; ⇝ Prolactina (Algumas); ⇝ LH ↓ ⇝ FSH; ⇝ SHBG ⇝ Progesterona (anovulação) Avaliar Sd. Metabólica. DIAGNÓSTICO (2 dos 3 critérios de Hoterdan) Ovários Policísticos à USG 12 folículos 2 a 9 mm OU 10 cm³ ovário. Oligo ou Anovulação Hiperandrogenismo TRATAMENTO Mudança estilo de vida (dieta, exercício, ↓peso) + Quer engravidar agora? NÃO: ACO ou progesterona Ciproterona (+ anti-androgênica) + Tratamento cosmético (ex: depilação a laser, finasterida...). SIM: Clomifeno (se necessário: + metformina) ***algun sugerem uso letrozol (inibidor de aromatase). Resistência Insulínica ↓SHBG ↑Estrogênio e Androgênio Hiperandro genismo Anovulação medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 13 HEMORRAGIA, MIOMA E ENDOMETRIOSE Semana 17: Sangramento Uterino Anormal e Infertilidade SUA CAUSAS ESTRUTURAIS P ólipo A denomiose L eiomioma M aligna NÃO ESTRUTURAIS C oagulopatia O vulatória E ndometriais I atrogenia: AC só de progesterona; combinados com BAIXA dose de estrogênio. N ão classificada INVESTIGAÇÃO 1. ORIGEM: Exame especular. 2. IDADE: Causas p/ faixa etária ✅ Neonatal ⇝ Privação de estrogênio materno pós- clampeamento de cordão. ✅ Infância ⇝ Corpo estranho/ Infecção Inespecífica/ Puberdade precoce. ⇝ Trauma/ Abuso sexual. ⇝ Neo Vagina: Sarcoma Botroide Ovário: Puberdade precoce (Tumor secretor de estrogênio). ✅ Adolescência ⇝ Sangramento Uterino Disfuncional/ Disfunção ovulatória (anovulação): Até 2 anos da menarca – Imaturidade Hipotálamo hipófise ovariana. ⇝ Outras: Coagulopatia/ Gestação/Infecção **Coagulopatia: Sangramento exuberante desde a menarca, com ciclos REGULARES, tem episódios de epistaxe/gengivorragiae já houve necessidade de receber hemotransfusão. ✅ Adultas ⇝ Disfunção Ovulatória ⇝ Anormalidade da gestação ⇝ Outras: Infecção/ Neoplasias ✅ Pós-Menopausa ⇝ Atrofia endometrial (30%) ⇝ Terapia Hormonal (30%) ⇝ 3ª lugar: CA de endométrio. 3. Sexualmente Ativa Gestação, IST 4. Momento do Sangramento ✅ Pós-coito: Trauma, IST, CA de colo 5. Doença Sistêmica ✅ Doenças da tireoide, hepatopatia... medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 14 EXAMES COMPLEMENTARES b-HCG No menacme s/ contracepção; USGTB Avaliação INICIAL uterina; Histeroscopia Padrão-ouro para avaliar cavidade uterina. Hemograma Sempre Coagulograma Suspeita de coagulopatia. MIOMA 95% dos tumores benignos do trato genital. Maioria ASSINTOMÁTICO! Diagnóstico é ULTRASSONOGRÁFICO. Fatores de proteção: ACO, paridade e tabagismo. TIPOS Subseroso: Compressão e Dor; NÃO SANGRA! Intramural: Na parede uterina. Sangra, pode interferir na infertilidade. Submucoso: Pode interferir na infertilidade. Sangra +. TRATAMENTO Assintomática: NÃO TRATA! Sintomática Leve/Moderado pequeno Intenso e nulípara Intenso e Multípara Expectante Clínico Miomectomia Histerectomia. Só submucoso: Miomectomia histeroscópica. Droga no preparo cirúrgico: Análogo GnRH: ↓ tumor/ ↓ anemia/sangramento. Outras opções (Controversos se desejo reprodutivo...): Embolização da artéria uterina (NÃO PODE NO PEDICULADO!), mólise por USG focalizado de alta intensidade guiado por RM. ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS Hialina - + comum. Rubra ou necrose asséptica – Dor na GESTAÇÃO. Sarcomatosa – RARA! Suspeita: Mioma que cresce após menopausa! ADENOMIOSE Presença de tecido endometrial dentro do miométrio (miométrio heterogênio). Clínica: Sangramento + Dismenorreia secundária progressiva. Diagnóstico USG; RNM (Zona juncional mioendometrial >12 mm). Histopatológico (DEFINITIVO) TRATAMENTO Definitivo: Histerectomia Opções: DIU progesterona, ablação endométrio. ENDOMETRIOSE Endométrio (glândulas e estroma) fora do útero. Clínica: Dismenorreia + Infertilidade + Dispareunia (de profundidade) + Dor pélvica + massa anexial + nódulo vaginal + útero ↓ móvel. Localização + comum do trato genital: OVARIANA. Localização + comum EXTRAGENITAL é o INTESTINO. ETIOLOGIA: TEORIAS Menstruação retrógrada: dissemina pelas trompas. Imunológica: endométrio ―escapa‖ do sistema imune. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 15 Metaplásica: células totipotentes viram endométrio. FATORES DE RISCO História familiar de 1º grau Nulípara Primípara tardia Menarca precoce Malformação Estenose cervical Ciclo curto e fluxo ↑ Excesso de café e álcool. DIAGNÓSTICO USG (Endometrioma: Aspecto de vidro fosco); RNM (ruim p/ implante pequeno e lesão superficial); Laparoscopia (diagnóstico DEFINITIVO. Visualização + Histopatológico). Ca 125 NÃO define doença: ↓senspivel (pode dar negativo em casos leves...). Melhor no CONTROLE PÓS- TRATAMENTO. TRATAMENTO Dor: Inicialmente clínico Pílula combinada CONTÍNUA Progesterona (noretindrona, dienogeste...) Análogo de GNRH Inibidores da aromatase **FALHA NO TTO CLÍNICO: Laparoscopia. Endometrioma: CISTECTOMIA (retirada da cápsula). Infertilidade Endometriose LEVE e o único fator para infertilidade: Cirurgia Endometriose SEVERA com outros fatores: Reprodução assistida. INFERTILIDADE Ausência de gravidez após 1 ano... Principais causas Tuboperitoneal: 35% Masculino: 35% Anovulatório: 15% INVESTIGAÇÃO DO CASAL INFÉRTIL Idade da mulher X Frequência de Relações ⇝ <35 anos: Aguardar até 1 ano. ⇝ >35 anos: imediato ou após 6m AVALIAÇÃO BÁSICA Hormônios (FSH, progesterona, TSH, prolactina) USGTV Histerossalpingografia Espermograma DOR NÃO Reprodução Assistida SIM (Ver idade, reserva ovariana...) BOM Prognóstico CIRURGIA MAU prognóstico FIV **Hoje, USGTV, USG com preparo intestinal e RM são principais métodos imagem detecção/estadiamento. NÃO HÁ CORRELAÇÃO DIRETA ENTRE EXTENSÃO DAS LESÕES E INTENSIDADE DA DOR. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 16 AVALIAÇÃO AVANÇADA Vídeo (Laparoscopia/Histeroscopia) INFERTILIDADE MASCULINA Espermograma NORMAL: não repetir. ANORMAL: Repetir em 3 meses (12 semanas). INFERTILIDADE FEMININA FATOR OVARIANO: Dosagem de progesterona na FASE LÚTEA (21-24º dia) >3 ng/mL. Dosagem FSH (2º-5º dia): Bom prognóstico < 10. **pode dosar o anti-muleriano tb (em qualquer fase do ciclo). USG-TB Seriada: Documenta ovulação (para coito/captação) e contagem de folículos (valor prognóstico). FATOR TUBOPERITONEAL HISTEROSSALPINGOGRAFIA – Exame INICIAL para trompa. Trompa pérvia = Prova de Cotte positiva Cotte NEGATIVO Videolaparoscopia. FATOR UTERINO USGTV e Histerossalpingografia Alteração HISTEROSCOPIA (Padrão ouro p/ cavidade endometrial). TRATAMENTO Masculino: Maioria FIV. FIV convencional: Oócito e SPTZ na placa FIV com ICSI: SPTZ é injetado no oócito Fator tuboperitoneal: LAPAROSCOPIA Retirar aderência, foco endometriose, salpingoplastia. FIV, se n der certo. Fator uterino: Cirurgia Retirada de pólipos, septos... Fator ovariano: Indução ovulação Clomifeno, letrozol; FIV. Sem causa aparente: Inseminação intrauterina Pré-Requisitos: Ovulação Útero normal Trompas pérvias Espermograma normal ou POUCO alterado. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 17 INCONTINÊNCIA Semana 24: climatério, distopia e incontinência. INTRODUÇÃO Falha na continência urinária gerando uma perda INVOLUNTÁRIA de urina. Fisiologia Fase de ENCHIMENTO: SIMPÁTICO ATIVO o α - contração esfincteriana INTERNA (esfíncter externo é controle cortical). o β - relaxa detrusor Fase de ESVAZIAMENTO: PARASSIMPÁTICO ATIVO. o M2/M3 – contração detrusora. Fatores de Risco: Idade, estrogênio, obesidade, doenças crônicas (DPOC, DM...), cirurgias prévias, parto vaginal e multíparas... CLÍNICA Bexiga HIPERATIVA (detrusor ativo demais): Desejo incontrolável, polaciúria, noctúria. Incontinência aos esforços: Tosse, espirro, ao levantar... PERDA INSENSÍVEL (INCONTINÊNCIA EXTRAURETRAL): Cirurgia prévia + perda contínua de urina pela vagina; Pensar em fístula Ureterovaginal ou vesicovaginal. Joga corante na bexiga (por sonda) para saber qual exame pedir. o Líquido saiu corado pela vagina = vesicovaginal; o Líquido não corou = ureterovaginal. Diagnóstico: Cistoscopia (vesicovaginal)/ Urografia excretora (Ureterovaginal). DIAGNÓSTICO Exame Físico: IMC, prolapsos e fazer teste de esforço. Exames complementares EAS e urinocultura. Mobilidade do colo vesical: Teste do cotonete (>30º) ou USG. Urodinâmica: PADRÃO-OURO! Mas nem sempre é necessário: Dúvida, cirurgia ou falha terapêutica. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 18 URODINÂMICA Urofluxometria: Paciente urina normal; sem monitorização. Cistometria: Inserção de sonda. Fase de enchimento – NÃO pode haver: Atividade do detrusor (contração não inibida), perda de urina ou dor. Estudo miccional: Esvaziamento final. INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO Fisiopatologia Hipermobilidade vesical: PPE> 90 cm H2O Defeito esfincteriano: PPE< 60 cm H2O. TRATAMENTO Clínico: peso, fisioterapia (kegel, biofeedback), farmacológico (MUITO EFEITO COLATERAL: duloxetina e agonistas α-adrenérgicos[↑AVE]). Cirúrgico: Hipermobilidade: Colposuspensão Retropúbica (Cir. De Burch- ABERTO) – JÁ FOI o padrão. Atualmente, o padrão ouro é SLING. Defeito esfincteriano: SLING (TVT/Retropúbico- Fazer citoscopia pós- operatória; AJUDA NA CISTOCELE ou TOT/ Transobturatório- menos lesão de bexiga). BEXIGA HIPERATIVA Síndrome de urgência ou urgeincontinência: Contração NÃO INIBIDA do detrusor (hiperatividade). TRATAMENTO Gerais: peso, cafeína e fumo. Fisioterapia: Cinesioterapia e eletroestimulação. Medicamentoso Anticolinérgicos (Oxibutinina/ Tolterodina/ Darifenadina/ Solifenacina). o CI anticolinérgicos: Arritmias, glaucoma de ângulo fechado, gestação/lactação. Imipramina (opção; paciente depressiva). Agonista β-3 adrenérgico (Mirabegrona) vantagem: mesma eficácia e efeitos adversos. P detrusor = P vesical – P abdominal. PPE = pressão de perda ao esforço medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 19 DISTOPIAS GENITAIS ANATOMIA Aparelho de suspensão (LIGAMENTOS): Anteriores: Pubovesicuterinos Laterais: Cerdinais ou paramétrios; Posteriores: Uterossacros Aparelho de SUSTENTAÇÃO (MÚSCULOS) Diafragma pélvico: Elevador do ânus (puborretal, isquiococígea e pubococcígea) e coccígeo. Diafragma urogenital Fáscia endopélvica Prolapso Característica Tratamento Apicais Uterino - Conservador: Prolapso e ↑risco cirúrgico Pessários e fisioterapia. Cirurgia - Histerectomia VAGINAL + reconstrução sítio específica OU; - Cirurgia de Manchester: Amputação parcial do colo: se desejo reprodutivo/ ↑risco cirúrgico). ** Após histerectomia, FIXAR A CÚPULA no PARAMÉTRIO. Cúpula/ Eritrocele Pós- histerectomia Fixar cúpula vaginal ao promontório ou sacroespinhos. Se alto risco cirúrgico, pode-se usar o pessário ou fazer a cirurgia de colpocleise (Le Fort; IMPEDE ATIVIDADE SEXUAL). Anterior Cistocele 80% defeito LATERAL da fáscia de suporte. Cirurgia: Colporrafia (colpoperineoplastia) anterior corrigindo fáscia pubovesicocervical Recidiva considerar uso de tela. Enterocele Hérnia do fundo de saco de Douglas. Dissecção seguida de exérese do saco herniário, obliteração do fundo de saco com plicatura dos paramétrios laterais e uterossacros na linha média. Deve incluir colporrafia posterior e fixação da cúpula vaginal Geralmente também tem retocele. Posterior Retocele Causado pelo enfraquecimento da fáscia retovaginal e dos seus pontos de fixação às margens dos músculos levantadores do ânus. Colporrafia posterior corrigindo fáscia retovaginal. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 20 CLASSIFICAÇÃO POP-Q Siglas Aa e Ba = parede ANTERIOR. Ap e Bp = parede POSTERIOR. C = Colo ou cúpula (se histerectomizada) D= Fundo de saco de Douglas Se histerectomizada não haverá! Sinais Negativo: Dentro da vagina. Positivo: Além do hímem. Zero: Na carúncula himenal. Exemplo: Prolapso de parede posterior Aa Ba C -3 -3 -7 Ap Bp D +1 +2 --- Estadiamento I: < -1. II: -1 a +1 III: ≥+2, mas não total. IV: Comprimento vaginal total. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 21 CLIMATÉRIO INTRODUÇÃO Conceito: Desde os primeiros indícios de falha ovariana até 65 anos (Senelidade/senectude). Manifestação inicial é irregularidade menstrual. 80% terão fogacho (sintoma vasomotor). MENOPAUSA = DATA! É a última menstruação. Diagnóstico de menopausa é CLÍNICO e RESTROSPECTIVO: Ausência de menstruação por 1 ano. PÓS-MENOPAUSA Transição menopausal: Folículo e envelhecidos inibina ↑FSH. Esgotamento folicular/ FSH >40/ Estradiol <20. Hormônio Antimulleriano (HAM- marcador do número de folículos ovarianos) INDETECTÁVEL. Ovário não produz E e P E vem de aromatização periférica Estrona (principal estrogênio pós-menopausa). Sintomas Além do fogacho: Síndrome geniturinária (atrofia), ↑Osteoporose, ↑Doença cardiovascular... TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL CONTRAINDICAÇÕES DE TH CA mama (ou precursoras) ou endométrio; Sangramento vaginal indeterminado AVE e IAM TVP e TEP (avaliar via de administração) LES ↑ risco de trombose Doença hepática descompensada Porfiria Meningioma (para progesterona) INDICAÇÕES DE TH Fogacho: Indicação + comum Intenso, recorrente... Qual terapia? o COM útero: SEMPRE E+P o SEM útero: APENAS E. Qual via? o Estrogênio: Oral (Colesterol alto) ou parenteral (patologias em geral - DM, HAS, risco de trombose, hipertrigliceridemia, doenças hepáticas). o Progesterona: Oral ou DIU de levonorgestrel. Quando? Menor dose, pelo menor tempo e começar o mais rápido possível. Atrofia: Única indicação p/TH? Estrogênio vaginal. Osteoporose: Única indicação p/ TH? Outras opções... medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 22 OSTEOPOROSE INTRODUÇÃO Tipos de osso: Cortical (80%) Trabecular (20%): Mais predisposto a remodelação óssea. Tem mais na vértebra e fêmur, ou seja, onde mais tem fratura. Tipos: Primária: Sem doença (+ comum); Secundária: por doença ou medicação. Fatores de Risco: Idade; HF; Raça branca e biótipo magro; Hipoestrogenismo; Outros: Álcool, tabagismo, cafeína, ingesta cálcio, sedentarismo, medicações (heparina, corticoides, anticonvulsivantes, AMP- injetável tri), hiperparatireoidismo e insuficiência renal. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Diagnóstico DO 65 a M e 70a H. Normal T-score > -1 Osteopenia T-score entre -1 e -2,5 Osteoporose T-score ≤-2,5. Tratamento Não farmacológico o Medidas gerais: dieta adequada, exercícios físicos, parar tabagismo e excesso de álcool. o Avaliar suplementação de cálcio: Ingesta diária ideal 1.200 mg/dia após 50 anos. o Avaliar suplementação de vitamina D. Tratamento farmacológico: Bisfosfonados Recomendações: o Fratura vertebral ou fratura de quadril; o T-score ≤-2,5 no quadril ou lombar; o Baixa massa óssea e + de 3 FR; o História prévia de fraturas por fragilidade. Bisfosfonatos o Inibem atividade osteoclástica; o NÃO DEITAR por 30 minutos após ingesta Complicação: ESOFAGITE. o Exemplo de prescrição - Alendronato (10 mg/dia ou 70 mg/semana VO) - Risedronato (5 mg/dia ou 35 mg/semana VO) o Outras opções: TH, Raloxifeno (SERM) e Teriparatida (anabólico). medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 23 DOENÇA DAS MAMAS E OVÁRIOS Semana 27: CA de mama e ovários MAMA INTRODUÇÃO 99% da drenagem linfática p/ axila. 60% irrigada p/ A. mamária interna/torácica interna. MASTALGIA Características Varia com Ciclo/ Cíclica Não varia com ciclo/ Acíclica Quando incomoda +? Fase lútea tardia/ pré- menstrual. NÃO tem relação com ciclo. Qual mama? BILATERAL. Geralmente onde tem mais glândula: QSE/L. + UNILATERAL. Exemplo Alteração Funcional Benigna da Mama. Mastite, abscesso, Esteatonecrose ALTERAÇÃO FUNCIONAL DA MAMA Tríade: Mastalgia cíclica, adensamentos e cistos mamários. USG: Cistos mamários – Imagens anecoicas, redondas COM reforço acústico posterior. Conduta Orientação: NÃO vira e NÃO é risco de CA. Melhorar sustentação das mamas; EVITAR medicação. SE GRAVE = Tamoxifeno (pode estimular endométrio causando SUA). MASTITE MASTITE PUERPERAL AE: Staphylococcus aureus; Causa: Pega incorreta e fissura mamária. Diagnóstico: Sinais flogísticos + Febre. Tratamento: Melhorar sustentação da mama, manter amamentação, AINE e ATB (cefalexina).ABSCESSO MAMÁRIO PODE AMAMENTAR! Exceto: Descarga purulenta ou incisão cirúrgica próxima ao mamilo. Tratamento: Drenagem, esvaziar mama e ATB. ECZEMA Característica Eczema Areolar Doença de Paget Bi ou Unilateral? BI UNI Destroi papila? NÃO SIM Prova Terapeutica com CE MELHORA NÃO MELHORA BIÓPSIA! Tamoxifeno: SERM (Modulador do receptor de ESTROGÊNIO SELETIVO): Age como ANTAGONISTA na mama e AGONISTA no endométrio. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 24 DERRAME PAPILAR LÁCTEO Hiperprolactinemia Avaliar BHCG Tireoidopatias? Hipotireoidismo. Medicamentosa? Prolactinoma? MULTICOLOR (VERDE/AMARELO/MARROM) Alteração Funcional Benigna da Mama (AFBM); Ectasia Ductal. SANGUÍNEO/ SEROSANGUÍNEO Maior causa? Papiloma intraductal (benigno). Mas pode ser CA, então INVESTIGAR! QUANDO INVESTIGAR? Espontâneo, uniductal, unilateral, ―água de rocha‖ ou sanguinolento. RESSECAR DUCTO. Citologia NÃO exclui diagnóstico ou altera conduta POUCO feita! NÓDULO PALPÁVEL 1. Exame Clínico Móvel X Aderido Regular X Irregular Fibroelástico (fibroadenoma) X Pétreo 2. PAAF: Definir se a lesão é sólida ou cística. Pode ser terapêutica. Amarelo esverdeado ou Sem lesão residual = USG/ MMG >2 recidivas; Sanguinolento; Massa residual ou nódulo sólido = USG/ MMG/BX. 3. USG – Sugere malignidade: Misto Mal delimitada SOMBRA acústica CÂNCER DE MAMA FATORES DE RISCO Idade >40 anos; HF (1º grau): Alto risco se o parente teve com <50 anos. Nuliparidade; Menacme longo. Mutação do BRCA 1 e 2 (não entra no protocolo do MS); Hiperplasias atípicas; CA in situ: Ductal; lobular*. RASTREIO MS: Mamografia BIENAL de 50-69 anos. 2015: MS CONTRAINDICOU autoexame e exame clínico passou a benefício INCERTO. FEBRASGO (CONSULTÓRIO) Baixo Risco: MMG ANUAL a partir dos 40 anos até 69 anos (pós isso, individualizar). Alto risco: MMG <40 anos. Mutações BRCA1/2, hiperplasia atípica. Tríplice Diagnóstico*: Exame Clínico + PAAF + Exame de Imagem. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 25 MAMOGRAFIA BI-RADS Resultado Conduta 0 MMG inconclusiva. Ex: Densa. USG ou RNM. 1 Nenhuma alteração. Repetir de acordo com a idade. 2 Alterações BENIGNAS. Repedir de acordo com a idade. 3 Duvidosa (provável benigna). Repedir com 6 meses e acompanhar por 3 anos. 4 Suspeita BIÓPSIA. 5 Altamente Suspeita. 6 MMG só p/ acompanhar. Já sabe que é CA; MMG só p/ acompanhar. Seguir sempre pelo BI-RADS mais elevado, exemplo: MMG 3 e USG 4 – Fechar como BI- RADS 4. Imagens altamente SUSPEITAS: Biopsiar! Nódulos espiculados Microcalcificações pleomórficas e agrupadas: Pode ser expressão do carcinoma intraductal in situ. HISTOPATOLÓGICO Core Biopsy/ Punção com agulha GROSSA ou Mamotomia (melhor p/ microcalcificações): Biópsia AMBULATORIAL. Indisponibilidade das outras ou suspeita de falso negativo: Biópsia Cirúrgica Padrão ouro. Incisional: Retira PARTE do tumor. Lesões MAIORES. Excisional: Retira TODO o tumor. Lesões MENORES. Se impalpável pode ESTEREOTAXIA. LESÕES BENIGNAS Fibroadenoma: Sólida + comum. Jovem! Retirar se grande ou após 35 anos. Tumor Filoides: Crescimento rápido. Esteatonecrose: Nódulo após trauma. AFBM: Mastalgia cíclica e bilateral. LESÕES MALIGNAS Indicadoras de risco: Ductal e lobular in situ e hiperplasia com atipia. Ductal infiltrante: CA invasor + comum. Lobular infiltrante: Tendência bilateralidade. CA inflamatório: É localmente avançado. IMUNO - HISTOQUÍMICA Receptor hormonal: Receptor de Estrogênio (RE) e Receptor de Progesterona (RP); Expressão da proteína HER. Luminal A: RE +, RP + e HER -. Triplo Negativo: RE-, RP- e HER-. HER+: Superexpressam HER. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 26 TRATAMENTO P/ LESÕES MALIGNAS TIPOS DE CIRURGIA Conservadora: Avaliar a relação tumor/mama (ideal <20% da mama). Segmentectomia/ Setorectomia ou Quadrantectomia. OBS: Obrigatória a RT pós- operatória. Conservadora fica CI nos casos de não ter acesso a RT. Radical- Mastectomia Halsted Patey Madden Peitorais Maior e menor. Menor NÃO TIRA. LINFONODO SENTINELA Tumor Infiltrante = Avaliar linfonodo: Quanto maior tumor, mais chance de comprometimento axilar. No intra-operatório, aplica-se corante azul ou tecnécio: Fazer análise patológica do PRIMEIRO linfonodo a drenar a região tumoral Negativo EVITA dissecção axilar radical. NÃO FAZER SE AXILA CLINICAMENTE POSITIVA! TERAPIAS ADJUVANTES QUIMIO Controle SISTÊMICO: Tu>1 cm; Linfonodo+; Expressão do HER 2; Receptor hormonal -. QT NEO?? P/ tumores LOCALMENTE avançados com a intenção de REDUZIR tumor. RADIO Cirurgia conservadora; Tu>4 cm. ** Se indicada QT a radio deve ser depois... INDICAÇÕES HORMONIOTERAPIA Receptor estrogênio + usar tamoxifeno (jovem) ou inibidores de aromatase (pós- menopausa). TERAPIA ALVO DIRIGIDA Entrar com medicações mais específicas para célula tumoral reduzindo efeitos adversos. TRASTUZUMABE: Melhor para aquelas que superexpressam HER 2. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 27 OVÁRIO INTRODUÇÃO Principal via de disseminação: Transcelômica (pq está no INTRA peritônio). Vascularizada pela A. Ovariana (ramo DIRETO da aorta). Fatores de Risco Fatores de Proteção HF Idade Mutação BRCA Tabagismo Menacme longo Nuligesta Indutor de Ovulação Amamentação Uso de anovulatórios Laqueadura tubária SEM rastreio p/ baixo risco. DIAGNÓSTICO Avaliação clínica e USG. BENIGNO X MALIGNO Pré-pubere: >50% maligno; Menacme: > Funcional; Menopausa: Maligno? MNEMÔNICO S ólido U SG com BAIXA resistência (↑fluxo) S eptada (espesso) P apilas E spessamento de parede I rregular T amanho >8 cm A ntes/ Pós Menacme ****ACO NÃO TRATA CISTO, mas pode evitar que surjam novos. TUMORES BENIGNOS FUNCIONAIS/ NÃO NEOPLÁSICOS Cisto Folicular: Folículo que não rompeu: Regressão espontânea (não fazer ACO). Cisto de corpo lúteo: Corpo lúteo que virou cisto por ↑ hemorragia Comum em pacientes em uso de anticoagulantes. Ocorre no meio do ciclo e pode romper no coito dor após relação. Confunde com ectópica. > regressão espontânea, mas pode sangrar ↑ (instável) e precisar operar. Cisto Tecaluteínicos: Lembrar de mola. PROLIFERATIVOS/ NEOPLÁSICOS Adenoma Teratoma Benigno/Teratoma maduro/ Cisto Dermoide: ABERRANTE (gordura, dente, osso...). Risco de torção. Struma ovarii: Muito tecido tireoideano. Fibroma: Está na síndrome de Meigs Tu ovário + ascite + Derrame Pleural. TRATAMENTO Especialmente menacme: Cirurgia CONSERVADORA Cistectomia/ Ooforoplastia/ Retirada do Tu. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 28 TUMORES MALIGNOS EPITELIAL Adenocarcinoma Seroso: + comum. Adenocarcinoma Mucinoma: Pode dar Pseudomixoma (O ADENOMA, embora menos comum, também pode dar pseudomixoma). Geralmente faz apendicectomia no intre-operatório. GERMINATIVO Disgerminoma: Germinativo maligno + comum Gônada com Y. Tumor de Krukenberg: Metástase p/ ovário GERALMENTE do estômago Células em anel de sinete. MARCADORES TUMORAIS Não diagnostica nem exclui CA! CA 125 (pouco específico): Pode aumentar nos Tu epiteliais. Principalmente em fases mais avançadas. Desidrogenase (LDH): Disgerminoma. Testosterona: Tu de Células de Sertoli. Diagnóstico é CIRÚRGICO! TRATAMENTO Laparotomia: Diagnóstico, estadiamento e tratamento. 1. Lavado + Inventário cavidade + Excisão tumor principal + Biópsia congelação. 2. Se maligno = Completar estadiamento: Biópsias peritoneais + Histerectomia total + Salpingo-ooforectomia bilateral/ Anexectomia Bilateral + Omentectomia infracólica + Ressecar implantes e linfonodos pélvicos e para-aórticos. Idade fértil IA (Apenas 1 ovário) e G1 (bem diferenciado): Avaliar Salpingooforectomia UNIlateral. QT adjuvante: Todos, EXCETO, IA e IB (Bilateral) não sendo indiferenciado. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 29 DOENÇAS DO ÚTERO Semana 30: Lesões precursoras, Câncer de Colo Uterino e Endométrio. CA COLO UTERINO INTRODUÇÃO Anatomia e Histologia do Colo Uterino Endocérvice: Epitélio Colunar/cilíndrico simples. JEC: Junção escamo-colunar É dinâmica Ectocérvice: Epitélio Escamoso. Metaplasia Escamosa: Entre a JEC antiga e a JEC nova (pós epitélio escamoso avançar p/ o colunar com o passar do tempo) Pode conter CISTOS DE NABOTH: Aspecto perolácio. É um marco da metaplasia. Fatores de Risco HPV (principal) e exposição sexual. Anamnese + Exame Físico Casos Avançados: Dor, corrimento, sangue... **Demora MUITO tempo p/ evoluir! HPV Mais oncogênicos: 16 e 18. Condiloma acuminado: 6 e 11. VACINAS São produzidas de VLP: Partículas SEMELHANTES ao vírus. Não tem chance de desenvolver a doença! Tipos Bivalente: 16 e 18. Quadrivalente: 6,11,16 e 18. Nonavalente (SUS NÃO cobra): 6,11,16,18,31,33,45,52 e 58. Esquema do MS Quadrivalente em 2 soses: 0-6 meses o Meninas: 9-14. o Meninos: 11-14. Quadrivalente em 3 doses (0-2-6 meses): Situações de HIV/Aids, transplante de MO e órgãos sólidos e pacientes oncológicos. o Meninas: 9-45 anos; o Meninos: 9-26 anos. CONDILOMA ACUMINADO Tratamento Cautério/Laser: Lesões EXTENSAS. Ác. Tricloroacético: Ideal p/ lesões PEQUENAS; PODE nas gestantes. Podofilina: Tratamento clínico PROSCRITO em gestantes. Imunomoduladores: Eficácia não tão boa e custo mais elevado. Uso domiciliar. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 30 COLPOCITOLOGIA/ RASTREIO QUANDO COLHER? 1x/ano, após 2 negativos, a cada 3 anos. Entre 25-64 anos, APÓS a sexarca. Situações Especiais Gestante: IGUAL. HIV: Após sexarca. 6/6m no 1º ano, se 2 negativos, colhe ANUALMENTE. o CD4 <200: Manter 6/6m. Virgem: NÃO COLHE! Parar após histerectomia TOTAL por doença benigna SEM história de lesão de alto grau. COMO COLHER? Coleta DUPLA: Ectocervice e Endocervice. COMO CONDUZIR? BETESDA Diagnóstico Conduta LIE-GB (LSIL) Repetir em 6 meses, se ≥25. Repetir em 3 ANOS, se <25 a. ASC-US Repetir em 12 m, se 25-29. Repetir em 6 meses, se ≥30. ASC-H COLPOSCOPIA AGC (AGUS) COLPOSCOPIA + Avaliação do canal LIE-AG (HSIL) COLPOSCOPIA AOI HIV + c/ LIE-BG ou ASC-US Parece CA BIÓPSIA direto Se vier novamente LIE-BG ou ASC-US, encaminha p/ colposcopia. DIAGNÓSTICO Colposcopia + Biópsia Testes Ác. Acético: Atividade proteica aumentada – Acetobranca = BIÓPSIA. Teste de Schiller (Lugol): Glicogênio – Iodo Negativo (Schiller positivo) = BIOPSIA. *** Atenção! Biópsia na gestante só na suspeita de INVASÃO! Achado MAIS suspeito: VASOS ATÍPICOS. E se for insatisfatória (Sem JEC)? Abrir + espéculo/ espéculo endocervical/ estrogênio. Como AVALIAR CANAL? Escovado endocervical Curetagem cervical. TRATAMENTO - LESÕES INTRAEPITELIAIS (NIC) Destrutivo: NIC I por 2 anos Crioterapia ou cauterização. Exérese: ≥NIC II Exérese da zona de transformação (EZT): Tipo I, II ou III. CONE (EZT 3) o Suspeita de invasão; o Não vê limite da lesão; o JEC não visível; o In situ: Confirma invasão e se não tiver, já está tratado. ≥25 anos: Método VER E TRATAR Se tem certeza que não é invasor e da p/ ver todos os limites, pode fazer a exérese de cara sem biópsia antes! LEGENDA: Lesão Intraepitelial Escamosa de Baixo Grau (LIE-GB) Atipia Escamosa Celular de significado indeterminado (ASC- US) Possivelmente não neo. Atipia Escamosa Celular que não pode afastar alto grau. (ASC-H) Atipia Glandular Cervical (AGC) Lesão Intraepitelial Escamosa de Alto Grau (LIE-AG) Atipia de Origem Indefinida/Indeterminada (AOI) medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 31 CÂNCER CERVICAL Histologia Epidermoide/Escamoso/Espinocelul ar é o MAIS COMUM Também é o tipo de vulva e vagina mais comum. Invade por continuidade e contiguidade com disseminação linfática. ESTADIAMENTO E TRATAMENTO Estadios Tratamento Estadio 0 CONE Carcinoma in situ Estadio I HT tipo 1 **Deseja gestar: Cone. Restrito ao colo I A 1 <3mm I A 2 ≥3-5 mm HT tipo 2 + Linfadenectomia pélvica. I B 1 ≥5 mm – 2 cm (visível) HT tipo 3 (Wertheim- Meigs) I B2 ≥2cm – 4cm I B3 ≥ 4 cm Wertheim-Meigs ou Quimiorradioterapia. Estadio II II A Parte Superior da Vagina IIA1 <4 cm II A 2 ≥4cm Quimiorradioterapia. II B Paramétrio Avalia pelo toque retal ou RNM. Estadio III III A 1/3 inferior da vagina III B Parede Pélvica/hidronefrose (ureter) III C Linfonodo pélvico (1) ou paraórtico (2) Estadio IV IV A Bexiga e Reto IV B Metástase à distância CA DE ENDOMÉTRIO INTRODUÇÃO Fatores de Risco Obesidade, >60 anos, nuliparidade, branca, anovulação crônica (Ação estrogênica sem oposição da progesterona), menacme longo, DM, Síndrome de Lynch II, hiperplasia atípica. Fatores de Proteção Multiparidade, tabagismo e contracepção com progesterona. CLÍNICA Sangramento peri/pós-menopausa. SUSPEITA Espessura do endométrio na menopausa >4 mm SEM TH >8 mm COM TH. Colpocitologia Suspeita: Célula ENDOMETRIAL após menopausa. DIAGNÓSTICO Cureta de Novak Curetagem fracionada Histeroscopia com biópsia: PADRÃO OURO! HIPERPLASIA ENDOMETRIAL - TRATAMENTO Benigna ou sem atipia: PROGESTERONA. Neoplasia Intraepitelial (NIE) ou Atípica Preferencial: Histerectomia TOTAL; Sem prole: Pode tentar progesterona. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 32 CÂNCER DE ENDOMÉTRIO Tipo mais comum é o ENDOMETRIOIDE! ESTADIAMENTO CIRÚRGICO. RNM p/ avaliar invasão miometrial e cervical além de linfonodos e metástase. TRATAMENTO LAPAROTOMIA: Lavado peritoneal + inventário cavidade + Histerectomia TOTAL + anexectomia bilateral (Salpingooforectomia) + Linfadenectomia pélvica e para-aórtica (?). medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 33 DST Semana 39: Doenças Sexualmente Transmissíveis VULVOVAGINITE INTRODUÇÃO Defesa no mencme Acidez (ph<4,5) Lactobacilos (Bacilos de doderlein) Pelos abundantes Captação de pequenos labios Muco cervical Investigacao de corrimento Exame Especular Microscopia direta Teste do Ph Teste das Amina’s (KOH 10%) VAGINOSE AG: Gradenrella vaginalis. Diagnóstico: 3-4 critérios de Amsel Corrimento branco-acinzentado. Ph vaginal >4,5 Teste das Aminar (Whiff) + - Durante o fluxo menstrual e relação, aumenta o odor. Clue Cells (células alvo). Tratamento: Metronidazol (2cp de 250mg) 500mg VO 12/12h 7 dias. Só trata se tiver sintomas, se vier citológico só com presença da bacteria não trata. EVITAR ÁLCOOL ate 24h após termino do tratamento. TRATA em gestante. CANDIDÍASE AG: Candida. Inflamado. Diagnóstico: Prurido, corrimento branco aderido, em nata, pH <4,5, pseudo- hifas. Tratamento: Miconazol creme vaginal 7 noites ou Fluconazol 150mg VO (p/ candidíase de REPETIÇÃO). TRICOMONÍASE AG: Trichomonas vaginalis – Patógeno adquirido EXCLUSIVAMENTE por via sexual. Não esta na flora normal —> SEMPRE TRATA! Diagnóstico: Corrimento amarelo esverdeado, bolhoso, pH>5, colo em framboesa (COLPITE), protozoário móvel. Tratamento: Metronidazol 500mg VO 12/12h por 7 dias. Trata o parceiro e pesquisa outras IST`s. INESPECÍFICA É a mais comum na infância. SEM agente especifico… Diagnóstico Exclusao: Ex. Físico, ex, a fresco e EPF, corpo estranho, higiene inadequada. Tratamento Medidas de higiene, modificação vestuário, banho de assento e tratar verminoses presentes. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 34 CERVICITE INTRODUÇÃO É uma ENDOcervicite. Agentes: Gonococo e Clamídia. Fator de Risco: Coitarca precoce, não uso de camisinha... DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Diagnóstico: Exame ESPECULAR. Corrimento CERVICAL, colo hiperemiado, FRIÁVEL, sinusorragia (sangramento pós-coito) e dispareunia. Tratamento Ceftriaxone 500mg IM DU + Azitromicina 1g VO (ou doxiciclina 100 mg 12/12h por 7 dias). COMPLICAÇÃO: DIP DIAGNÓSTICO 3 Critérios MAIORES (mínimos) + 1 Critério MENOR OU 1 critério ELABORADO. CRITÉRIOS Maiores/Mínimos – Dor: Hipogástrica E; Anexial E; Mobilização do colo. Menores/ Adicionais Febre; Leucocitose; VHS/PCR elevado; Cervicite... Elaborado Endometrite (na biópsia); Abscesso tubo-ovariano ou no fundo de saco; DIP na laparoscopia. TRATAMENTO LOCAL Ambulatorial: MONIF 1; Hospitalar: MONIF 1, gestantes, intolerância ao clínico, sem melhora após 72h. Classificação de MONIF Estágios Classificação Local do tratamento 1 DIP não complicada AMB **Reavalia em 48-72h. 2 DIP com peritonite HOS 3 Oclusão trompa/Abscesso HOS **Se não melhorar o abscesso, CIRURGIA. 4 Abscesso >10 cm ou roto HOS + Cirurgia MEDICAÇÕES Ambulatorial Hospitalar 14dias CEFTRIAXONA+ 500 mg, IM DU 1g IV METRONIDAZOL+ 500mg VO, 12/12h, 14 dias. 400 mg 12/12h IV DOXICICLINA 100mg, VO 12/12h, 14 dias. 100mg, VO 12/12h, 14 dias. Opção (hospitalar): Clindamicina IV + Gentamicina IV. COMPLICAÇÃO: ADERÊNCIAS Peri-hepatite: Síndrome de Fitz-Hugh- Curtis. Aderências em corda de violino. ÚLCERAS CANCRO MOLE Agente: Haemophilus ducreyi.. Diagnóstico: Múltiplas úlceras; DOEM; fundo sujo; adenopatia que fistuliza p/ 1 orifício. Tratamento: Azitromicina 1g dose única VO. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 35 HERPES GENITAL Agente: Herpes simplex. Diagnóstico: Vesículas e úlceras dolorosas e limpas; adenopatia dolorosa que não fistuliza, pode dar mal estar geral. Tratamento Primoinfecção: Aciclovir 400mg VO 3x/dia por 7-10 dias. Recorrente: A mesma de cima, só que por 5 dias. Gestantes Infecção ATIVA no MOMENTO DO PARTO = CESARIANA. Terapia supressiva: Primoinfecção ou recidivas frequentes na gestação realizar a partir da 36ª semana aciclovir 400mg VO 3/dia. SÍFILIS Agente: Treponema pallidum. Formas Clínicas Primária: Cancro duro (Úlcera única, indolor que some). Secundária: Condiloma plano, roséola, madarose. Terciária: Gomas, tabes dorsalis, aneurisma e artropatia. DIAGNÓSTICO Exame em campo escuro (padrão-ouro na 1ª). Sorologia treponêmica (teste rápido, FTA- Abs). Sorologia não treponêmica (VDRL). Treponêmico + Não-Treponêmico positivos = SÍFILIS. TRATAMENTO: PENICILIA BENZATINA Primária/ Secundária/ Latente recente (<1 ano): 1,2 mi UI IM em cada glúteo (2,4 Mi) em DU. Terciária/ duração indeterminada/ latente tardia. 3 doses (semanais) de 2,4 Mi UI, IM. Controle de cura: VDRL trimestral (exceto gestante: controle MENSAL). LINFOGRANULOMA AG: Chlamydia trachomatis L1, L2 e L3. Diagnóstico: Pápula/úlcera indolor; adenopatia dolorosa fistuliza ―bico de regador‖. Tratamento: Doxiciclina 100 mg VO 12/12h por 21 dias. DONOVANOSE Klebsiella (Calymmatobacterium) granulomatis. Diagnóstico: Úlcera profunda, indolor e crônica; biópsia com corpúsculos de Donovan. Tratamento: Azitromicina 1g VO 1x/semana 3 semanas OU Doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21 dias. C ERVICITE L INFOGRANULOMA A DENITE M ÚLTIPLAS FISTULIZAÇÕES I MUNOFLUORESCÊNCIA Di OXICICLINA A ZITROMICINA medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 36 VIOLÊNCIA SEXUAL ATENDIMENTO Notificar até 24h ao SINAN. NÃO exigir BO ou perícia para atender...mas COMUNICAR AUTORIDADE POLICIAL. <18 = Acionar Conselho Tutelar. PRESERVAR possíveis evidências materiais do crime CONTRACEPÇÃO E PROFILAXIA Contracepção: Levonorgestrel 1,5mg VO. Profilaxia IST Virais o HIV: Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir <72h. o HBV: Vacina e imunoglobulina <14 dias. Não virais o METronidazol + Azitromicina + Benzetacil + Ceftriaxone. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su obstetrícia medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su SUMÁRIO SEMANA 6: DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ, MODIFICAÇÕES MATERNAS E PRÉ-NATAL ................. 3 SEMANA 10: MECANISMO DO PARTO E ASSISTÊNCIA CLÍNICA AO PARTO ................................ 6 SEMANA 20: SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE DA GESTAÇÃO ...................................... 13 SEMANA 21: SANGRAMENTO NA SEGUNDA (>20 SEM) METADE DA GESTAÇÃO ........................ 16 SEMANA 34: DHEG, DMG, ITU E GEMELARIDADE ................................................................ 18 SEMANA 37: SOFRIMENTO FETAL AGUDO E CRÔNICO, FÓRCIPE ........................................... 23 medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 3 INTRODUÇÃO A OBSTETRÍCIA Semana 6: Diagnóstico de gravidez, modificações maternas e Pré -Natal Gestação inicia com a NIDAÇÃO (fase de BLASTOCISTO). DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ CLÍNICO Presunção = Possibilidade - Queixa materna/sistêmica/mamaria Náusea, polaciúria, mastalgia Cloasma, tubérculo de Montgomery Sinal de Hunter (areola secundária- forma um alvo) Rede de baller na mama. PROBABILIDADE - Útero, vagina e vulva Hegar (``ECA``)- Istmo amolecido (com o toque bimanual). Piskacek – Assimetria uterina Nobile-Budim – Fundo de saco preenchido Goodel – Amolecimento do colo. Jacquemier – Vulva e meato uretral mais arroxeado Cruge- Vagina arroxeada CERTEZA - OUVIR ou SENTIR gestação Puzos o Após 14 semanas o Rechaço Fetal Movimentação – Quando tiver na cicatriz umbilical o Após 18-20 semanas o PELO MÉDICO/profissional da saude. Ausculta o Passou da sínfise púbica – Sonar > 10/12 semanas o Passou da cicatriz umbilical – Pinard > 18/20 semanas LABORATORIAL HCG na urina/ sangue (pico 8-10 sem) Teste imunológico (urina) detecta HCG Sangue (ELISA) quantifica o beta HCG USG TRANSVAGINAL Se for abdominal, aumentar em uma semana! 4 semanas – Saco Gestacional. Pct assintomática e sem SG na USG = Pede novo beta (48h dobra) e vê a ultra dnv em 10 dias. 5 Semanas – Vesícula Vitelinica 6/7 semanas – Embrial/ BCE + SG > ou = 25 mm – É pra ter embrião! MODIFICAÇÕES MATERNAS OSTEOARTICULARES Marcha anserina URINARIA TFG aumenta em ate 50%. Reduz Ur e Cr Glicose ria Fisiológica Compressão ureteral + a direita (dilatação leve) Sub alfa -comum no LH, FSH e TSH. Beta-HCG> 1000 = gestação (95%). USG 6-12 sem (primeiro tri) = CNN idade gestacionalmais fiel! medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 4 RESPIRATÓRIAS Hiperventilação – Aumenta a expansão do tórax e expiração, Alcalose Respiratória Compensada HEMATOLOGICA Volemia aumenta em 50%- Anemia Fisiológica (dilucional) Leucocitose SEM bastões Tendência pro-coagulante METABÓLICAS Hipoglicemia de jejum Hiperglicemia pós prandial – Resistencia periférica a insulina. CARDIOVASCULARES PA= (diminui) RVP X DC DC aumenta de 30 a 50% - Maximo do DC 20-24 sem Queda da PA- Mais no segundo trimestre. Edema MMII Hiperaldosteronismo 2 Diminui pressão coloidosmotica Útero comprime cava inferior GASTOINTESTINAIS Relaxa esfíncter esofagiano ``Relaxa`` estômago Relaxa vesícula Redução da secreção ácida Relaxa intestino – DIMINUI peristalse (constipação). PRE-NATAL RECOMENDAÇÕES MS= Mínimo 6 consultas - 1 no 1 tri, 2 no 2 tri e 3 no 3 tri. Vitaminas FERRO o Profilatico – 40/60 mg Fe elementar a partir de 20 sem (Hb>11) ate 3 meses pós parto (não lactante). Mais comum= 200/300 mg de sulfato ferroso junto com um suco ácido para ajudar na absorção do ferro. ÁCIDO FÓLICO o Profilático (3 meses antes de engravidar)- 0,4 mg —> defeitos de tubo neural. o Filho anterior acometido ou mãe com uso de anticonvulsivantes = 4 a 5 mg. Exercícios físicos – NORMAL. Atividade Sexual – NORMAL. DATA PROVÁVEL DO PARTO Regra de NAGELE Somar 7 ao dia Somar 9 ao mês OU tira 3 (virar o ano!) Regra de MacDonald IG = Fundo uterino X 8 / 7 *A altura do fundo uterino geralmente bate com a IG, porém SÓ ATÉ AS 30 SEMANAS. DENOMINAÇÃO OBSTÉTRICA GEMELAR NÃO DOBRE GESTA OU PARA! medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 5 VACINAÇÃO PROSCRITA – ATENUADOS Tríplice viral, sabin (Salk pode), Varicela, BCG e Febre Amarela *** ***Viagem – DESACONSELHAR A VIAGEM OU SE INADIÁVEL, VACINAR! **Se tomou uma tríplice viral, pedir pelo menos 30 dias para engravidar. PERMITIDAS (INATIVOS) – ROTINA DO MS! dT/ dTpa, Hepatite B (se já tá completo n precisa mais), influenza (h1n1) SEMPRE 1 dTpa > 20 semanas **NUNCA foi vacinado p/ tétano = 3 doses: dT +dT+ dTpa Intervalo de 30-60 dias entre as doses. EXAMES (MS) Tipagem sanguínea e Fator Rh (SE RH -, pede Coombs indireto), hemograma (inclusive, ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA), glicemia de jejum, VDRL (melhor o teste rapido!), HIV, HBsAg, EAS, urocultura com antibiograma e toxoplasmose. TOXOPLASMOSE IgG -, IgM - = SM IMUNIDADE (pedir 3/3m) IgG +, IgM -= COM IMUNIDADE IgG-, IgM += Infecção aguda—> Repetir o exame! Se o IgG continuar -, pode ter sido um falso positivo OU pede IgA IgG +, IgM += Antiga ou Recente? TESTAR AVIDEZ! Se < ou = a 16 sem. >60%(alta) = >4 meses. < 30% = <4 meses DEMAIS EXAMES USG – NÃO E OBRIGATÓRIO. 11-14 semanas- TN (<2,5 mm), osso nasal e ducto venoso ―morfologia do 1 tri‖ 20-24 sem- Morfológico 2 tri RASTREIO INFECÇÃO GBS Swab vaginal e retal entre 35-37 sem *ACOG 36 a 37 sem e 6 dias Não precisa rastrear Bacteriuria atual p/ GBS; Filho anterior teve GBS. T ipagem e Rh E AS e urocultura S exuais (HIV, HBsAg e VDRL) T oxoplasmose A nemia (hemograma) e A cucar R epitir —> RESA! R epetir – 3 tri. E AS e urocultura S sexuais (HIV, HBsAg e VDRL) A nemia (hemograma) e Açúcar ⇨ Infecção aguda = Espiramicina (previne a transmissão vertical) e rastrear feto (aminiocentese – 16 a 20 semanas). ⇨ Infecção Fetal = + Sulfadiazina, Pirimetamina e ac. Folinico —> Infecção materna com mais de 30 semanas e n da tempo pesquisar no feto, já começa a tratar o feto. Penicilina Cristalina IV 5x 1000000 (Ataque) e 2,5x1000000 (manutenção) 4/4h (até o clampeamento do cordão). NÃO FAZER: - Cesariana eletiva; - Swab negativo <5 sem; - Sem rastreio s/ risco QUEM FAZ PROFILAXIA INTRAPARTO P/ GBS? 1. Bacteriúria atual p/ GBS; 2. Filho anterior que teve GBS; 3. Swab + 35-37 sem 4. Sem rastreio COM risco ⇨ Trabalho de parto <37sem ou TAx 38ºC intraparto; ⇨ Bolsa rota >18h. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 6 PARTO Semana 10: Mecanismo do Parto e Assistência Clínica ao Parto PARTO PREMATURO (<37 SEM) Trabalho de Parto (TP): 2-3 cm de dilatação e 2-3 contrações em 10 min. Fatores de risco Prematuro anterior Anemia Desnutrição Polidramnia/ Gemelar* Infecção Drogas Tabagismo Predição PROGESTERONA VAGINAL se colo curto e/ou prematuro anterior (a partir do 2º trimestre). USG (20 e 24 sem): Colo curto sem <20-15 mm. Dúvida se interna Dosa FIBRONECTINA na secreção vaginal (resultado vale por 7 dias). CONDUTA TP 24-34 semanas TOCÓLISE! CE: 2 x Betametasona 12 mg IM em 24h (nasce 24h após última dose!) OU Dexametasona 6 mg IM 12/12h (4 doses). NÃO FAZ QUANDO: Sofrimento Fetal Agudo ou corioamnionite. Tocolíticos o b- agonista (Terbutalina, salbutamol...): MUITO EFEITO COLATERAL EVITAR se, cardiopatia ou DM. o Indometacina (AINE): EVITAR SE, >32 semanas Fechamento precoce do ducto arterioso. o Nifedipina (BCC VO): EVITAR SE, cardiopata ou BAIXA PA. o Atosiban: Antagonista específico do receptor da ocitocina CARO; é o que menos interfere na parte CV. Neuroproteção: SULFATO DE MG nos partos MENOR que 32 semanas. >34 semanas PARTO! + avaliar PROFILAXIA p/ GBS. PÓS DATISMO (DPS DA DATA CALCULADA DO PARTO) É DIFERENTE DE PÓS- TERMO! medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 7 AMNIORRECE PREMATURA/RPMO É definida como rotura espontânea das membranas amnióticas antes do início do trabalho de parto. A RPMO pré-termo corre antes da 37 semana Precoce: Antes do início do TP; Oportuna: Ao final do período de dilatação; Tardia: Concomitante à expulsão fetal. DIAGNÓSTICO Padrão-Ouro: EXAME ESPECULAR; Outros (se não identificar pelo exame especular) Teste de Nitrazina (↑ pH) Teste de Cristalização Aspecto ARBORIFORME devido grande quantidade de estrogênio na vagina. Pesquisa de elementos fetais: Células orangiófilas Alfafetoproteína na secreção vaginal Amnisure: Alfamicroglobulina placentária USG: Avaliar oligodramnia CONDUTA INDUÇÃO DE PARTO INDICAÇÕES: ≥42 sem; Corioamnionite; RPMO >32/34 sem; Morte Fetal AVALIAÇÃO CERVICAL/BISHOP Índice de BISHOP Parâmetros Pontos Atribuídos 0 1 2 3 Altura da Apresentação Fetal (DeLee) -3 -2 -1 ou 0 ≥+1 Colo Uterino Dilatação 0 1-2 3-4 ≥5 Apagamento 0-30 40-50 60-70 ≥80 Consistência Firme Médio Amolecido Posição Posterior Central Anterior Pontuação ≥9 Colo AMADURECIDO! OCITOCINA: ideal p/ BISHOP ≥ 9 Padrão ―A‖ A pagado A molecido A nterior A berto A ltura > 0 MISOPROSTOL (p/ preparar, depois da ocitocina): Se BISHOP desfavorável. CICATRIZ UTERINA NÃO USAR MISO! Se não puder misoprostol, faz o preparo do colo com sonda de Foley antes da ocitocina (Krause). Corioamnionite? Febre + 2 (leucocitose ou ↑FC ou BFC ou dor uterina ou líquido fétido) SIM PARTO VAGINAL! NÃO >32/34 sem PARTO 24-32/34 sem + CE + ATB (Ampicilina + 1g de AZT --> ↑tempo de latência e ↓corioamnionite) medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 8 ESTUDO DA ESTÁTICA FETAL CONCEITOS Atitude/Postura Fetal: Relação das diversas partes fetais entre si. Geralmente, o feto apresenta-se em flexão generalizada (ovoide fetal). Situação:Relação entre o maior eixo fetal (cabeça-nádegas) e o maior eixo uterino (canal cervical – corpo uterino). Longitudinal Mais comum. Transversa Oblíqua (transitória) Posição: Relação do dorso fetal com pontos de referência do abdome materno. Na situação longitudinal, pode ser direita ou esquerda. Na situação transversal, pode ser anterior ou posterior em relação à coluna vertebral materna. Apresentação: Relação entre o polo fetal e o estreito superior da pelve materna. Na situação longitudinal, as apresentações possíveis são a cefálica e a pélvica. Na situação transversal a apresentação é córmica. O FETO ATITUDE DO POLO CEFÁLICO NA APRESENTAÇÃO CEFÁLICA Atitude Apresentação Fletida ou Occipital LAMBDA/ Vértice * MENOR DIÂMETRO DE APRESENTAÇÃO: SUBOCCIPTOBREGMÁTICO Defletida 1º BREGMA Defletida 2º GLABELA/ Fronte *PIOR PROGNÓSTICO. Defletida 3º Face/ Mento **Se ver Lâmbda e Bregma, quem manda é o lâmbda! medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 9 VARIEDADE DE POSIÇÃO Pontos de referência entre apresentação fetal e pelve. MANOBRAS DE LEOPOLD 1º Tempo Situação 2º Tempo Posição 3º Tempo Apresentação 4º Tempo Altura ESTUDO DO TRAJETO PEQUENA BACIA/BACIA OBSTÉTRICA ESTREITO SUPERIOR- DIÂMETROS Diâmetro anteroposterior: 10,5 cm. Conjugata anatômica ou vera anatômica (11 cm): NÃO da para avaliar pelo exame vaginal. Conjugata obstétrica ou vera obstétrica: Representa o espaço real do trajeto da cabeça fetal, que mede cerca de 10,5 cm; Conjugata diagonal ou diagonalis (12 cm). Na avaliação pelo toque vaginal, esta é a medida empregada para estimativa do diâmetro da conjugata obstétrica. Em geral, o diâmetro da conjugata obstétrica é 1,5 cm menor que a conjugata diagonalis (REGRA DE SMELLIE). medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 10 Diâmetros oblíquos (12,5 cm): começam nas eminências iliopectíneas e terminam na articulação sacroilíaca. Primeiro oblíquo: Iliopectínea esquerda em direção à sinostose sacroilíaca direita; Segundo oblíquo: Iminência iliopectínea direita em direção à sinostose sacroilíaca esquerda. Diâmetro transverso (13 cm) ESTREITO MÉDIO Diâmetros: Anteroposterior e transverso/biespinha ciática. Esta região possui grande importância na condução do parto vaginal, pois abriga o plano da menor dimensão pélvica (diâmetro transverso ou biespinha ciática). ESTREITO INFERIOR Delimitado anteriormente pela borda inferior do osso púbico, lateralmente pelos músculos sacroilíacos e posteriormente pelo músculo isquiococcígeo. Diâmetros: Anteroposterior/ Conjugata exitus (9,5 cm Pode chegar até a 11cm pela retropulsão do cóccix) e transverso ou bi- isquiático/ intertuberoso (11 cm). ASSISTÊNCIA DILATAÇÃO (1º ) Definição: Inicia com trabalho de parto Colo útero: 3/4 cm com dilatação progressiva. Contrações: 2/3 p/ 10 min, rítmicas e regulares. Conduta Dieta: Líquidos claros Decúbito: Evitar decúbito dorsal Deambulação LIVRE. ATENÇÃO Tricotomia: NÃO DE ROTINA. Enteróclise: NÃO FAZER Amniotomia: NÃO DE ROTINA. Nº de toques: A cada 1/2 horas (4 horas?) Ausculta BCF: Antes/durante/após contração Se baixo risco: 30/30 minutos na dilatação. EXPULSIVO (2º ) Definição: Inicia com dilatação total. Conduta: Qual posição ideal do parto? Ausculta BCF o No baixo risco: 15/15 min; o Alto risco: 5/5 min. Episiotomia Como proteger Períneo: Manobra de Ritgen modificada; o Feto grande o Parto fórcipe medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 11 TIPOS DE EPISIO Mediana Médio-Lateral ⭐ Menos dor e sangramento; ⭐ Menos lesão Muscular; ⭐ Mais risco de lesão retal. ⭐ Mais dor e sangramento; ⭐ Mais lesão muscular. ⭐ MENOS lesão retal. SECUNDAMENTO/DEQUITAÇÃO/DELIVRAMENTO (3º ) Definição: Saída da placenta (<30 min) Mecanismos Schultze: A implantação placentária encontra-se no fundo uterino (corporal). Ocorre em cerca de 75% dos casos. Duncan: A implantação placentária ocorreu nas paredes laterais uterinas. Sangramento PRECEDE a saída da placenta. Manobras auxiliares 10 U ocitocina IM pós-expulsão fetal TRAÇÃO CONTROLADA do cordão. o Manobra de FABRE Avalia se já descolou. 4º PERÍODO Definição: 1º hora após secundamento. Avalia risco de hemorragias. Mecanismos de Hemostasia Miotamponagem: Contração uterina Ligaduras vivas de Pinard. Trombotamponagem Indiferença miouterina: Útero ―apático‖ Fases de contração e relaxamento. Contração uterina "fixa" Globo de segurança de Pinard. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 12 PARTOGRAMA Quando iniciar? Quando a parturiente estiver na fase ativa do trabalho de parto (duas a três contrações eficientes em dez minutos, dilatação cervical mínima de 3 cm). Em caso de dúvida, aguardar uma hora e realizar novo toque: velocidade de dilatação de 1 cm/h, verificada em dois toques sucessivos, confirma o diagnóstico de fase ativa do trabalho de parto. Como preencher? Símbolos o Dilatação: Triângulo o Posição: Bolinha o Contração: Preencher o quadrado Traça as duas linhas São em relação a DILATAÇÃO! o Alerta: No próximo quadrado a partir do primeiro preenchido. TP em progressão correta: Evolui a esquerda da linha. o Ação: 4h depois da linha de ação. ANORMAL Fase Ativa Prolongada Dilatação <1 cm/h em intervalo de 2h. Parada Secundária da dilatação Dilatação mantida em 2h Pode ser: Desproporção cefalopélvica (INDICA CESÁREA) ou falta de estímulo uterino. Parada Secundária da Descida Expulsivo: Altura mantida por 1h. Período Pélvico Prolongado Expulsivo: Descida é lenta (mas não parou). Parto Precipitado (Taquitócito) Dilatação, descida e expulsão ≤4h. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 13 SANGRAMENTOS DA GESTAÇÃO Semana 20: Sangramento da PRIMEIRA metade da Gestação ABORTAMENTO ASPECTOS GERIAIS CONCEITO Cólica + sangramento com <20 semanas. Interrupção <20/22 semanas ou 500g (quando a IG não é confiável). TIPOS Tempo Precoce: ≤12 semanas Mais comum. Tardio: >12 semanas. Espontâneo Provocado (Crime) Situações de descriminalização do aborto/ Pode abortar: o Risco de vida materna (qualquer semana); o Estupro (<20 semanas); o Anencefalia (>12 semanas). #Portaria 2561/2020: O estabelecimento de saúde deve COMUNICAR o fato (estupro) à autoridade policial. Esporádico (causa mais comum: TRISSOMIAS, principalmente 16 – aneuploidias). Habitual (3 ou mais perdas: Causas genéticas, anatômicas, endócrinas, infecciosas e imunológicas...). Incompetência istmo cervical SAF ⇨ Aborto tardio ⇨ Colo fica curto Sinal do LÁPIS. ⇨ Dilatação indolor ⇨ Feto vivo/morto ⇨ Tratamento: Fazer Cerclagem de 12-16 semanas pela técnica de McDonald: Fio inabsorvível até entrar em TP/36-37 semanas. **Não precisa fazer USG p/ iniciar tratamento. História de mais de um aborto com IG cada vezes menores, a partir do terceiro, já indica fazer cerclagem – não espera diminuir o colo! ⇨ Colo normal ⇨ Anticorpos +: Anticardiolipina, anticoagulante lúpico, anti- beta-2-glicoproteína ⇨ Tromboses ⇨ Feto morto ⇨ Diagnóstico: 1 critério clínico + 1 laboratorial ⇨ Tratamento/seguimento: AAS + heparina desde o início CLÍNICA E CONDUTA NO ABORTAMENTO Clínica Conduta Colo aberto Incompleto ⇨ Útero menor que a IG comRESTOS (endométrio > 15 mm). ⇨ USG NÃO é obrigatória. ESVAZIAMENTO Inevitável Útero de acordo com a IG e criança viva ou morta. Infectado ⇨ Febre ⇨ Odor fétido ⇨ Leucocitose ATB + ESVAZIAMENTO Colo Fechado Completo Útero menor e VAZIO (endométrio <15) Orientação Ameaça EMBRIÃO VIVO, útero de acordo com IG. ⇨ Repouso *** ⇨ Analgésico ⇨ Nenhuma medicação comprovada que evite a evolução para um aborto inevitável! Retido Embrião MORTO e útero menor Esvaziamento ou aguardar/expectante (melhor com <12 semanas). medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 14 ESVAZIAMENTO ≤12 semanas: AMIU ou curetagem. >12 semanas Sem feto (incompleto) Com feto (inevitável/retido): Misoprostol +/- curetagem. DOENÇA TROFOBLÁSTICA Conceito: Degeneração HIDRÓPICA Proliferação anormal do TROFOBLASTO. TIPOS Benigna Mola Hidatiforme: Completa ou parcial Maligna/ Neoplasia Trofoblástica Mola invasora: MAIS COMUM. Coriocarcinoma Tumor Trofoblástico do sítio placentário COMO SE FORMAM AS MOLAS? COMPLETA Espermatozoide (EPTZ) NORMAL fecundando um óvulo VAZIO: SÓ TEM MATERIAL GENÉTICO PATERNO (46 XX). NÃO FORMA TECIDO EMBRIONÁRIO (Não há embrião). 20% de malignização. DIPLOIDE (paternos). PARCIAL DOIS EPTZ normais fecundam UM óvulo normal. Tem tecido fetal; 5% de malignização, TRIPLOIDE. QUADRO CLÍNICO Sangramento de repetição, vesícula, hiperêmese, hipertireoidismo, ↑útero (útero em sanfona). USG: Flocos de neve ou nevasca/tempestade de neve. TRATAMENTO Esvaziamento uterino + Histopatológico: VÁCUO Histerectomia? >40 anos e prole constituída! CONTROLE DE CURA: BETA-HCG Semanal até 3 negativos/ Quinzenal (USP- SP)!! Quedas de >10%! Mensal até 6 meses. SUGERE MALIGNIZAÇÃO QT!! ↑em 2 semanas ( dias 1,7 e 14). 3 semanas platô (ascensão ou queda de <10%) – dias 1,7,14 e 21 6 meses ainda + (questionável) Metástases PULMÃO É MAIS COMUM! CONTRACEPÇÃO NO ACOMPANHAMENTO EXCETO DIU! medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 15 ECTÓPICA ASPECTOS GERAIS Implantação fora da CAVIDADE uterina. Local MAIS comum: Região AMPULAR da trompa. Fatores de risco: Cirurgia prévia na trompa, ectópica prévia, DIP, endometrioses, ―DIU‖ (risco RELATIVO comparando com outros métodos contraceptivos) e tabagismo. QUADRO CLÍNICO Atraso menstrual, dor abdominal e sangramento. Rota: Choque, sinal de Blumberg e Proust (abaulamento e dor fundo de saco). USG com ÚTERO VAZIO + β-HCG >1500. TRATAMENTO Expectante: Ectópica íntegra e beta-hCH DECLINANTE Seguimento: semanal do b-HCG. Medicamentoso: Ectópica íntegra + condições ideais (sem BCF, massa <3,5-4 cm e beta- HCG <5000) MTC múltiplas ou dose única. Dosar beta nos dias 4 e 7 Deve cair 15%!! Se não deu certo, pode REPETIR MTX, se contraindicação = cirurgia! Cirúrgico conservador: Ectópica íntegra + Desejo reprodutivo = SALPINGOSTOMIA LAPAROSCÓPICA. Cirúrgico radical/ Ectópica rota (via de regra): SALPINGECTOMIA Laparoscopia, se ESTÁVEL e laparotomia se se INSTÁVEL. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 16 SANGRAMENTOS DA GESTAÇÃO Semana 21: Sangramento na SEGUNDA (>20 sem) metade da gestação DPP Descolamento prematuro APÓS 20ª semanas e ANTES do TP. FR: HAS, trauma, idade >35 anos, polidramnia, gemelaridade e drogas (tabaco/cocaína). QC: Hematoma/coágulo retroplacentário dor, taquissistolia, hipertonia, sofrimento fetal agudo, hemoâmnio e sangramento ESCURO. Em 20% dos casos, o sangramento é OCULTO! DIAG: CLÍNICO! Não pede USG. CDT: Depende do feto... Feto Vivo: Via + rápida (cesárea). Parto iminente: Vaginal. Feto morto: Se demorar = Cesárea. Realizar AMNIOTOMIA. COMPLICAÇÕES Útero de Courvelarie (apoplexia uteroplacentária): Massagem + Ocitócito Sutura B-Lynch (sutura compressiva) Lig. Hipogástrica/Uterina Histerectomia. PP Placenta próxima ou sobre orifício interno do colo confirmada após 28 semanas. CLASSIFICAÇÃO Marginal (INSERÇÃO BAIXA): Não atinge o OI, mas localiza até 2 cm dele. Parcial Total Indicação ABSOLUTA de cesariana FR: idade >35 anos, tabagismo, gemelaridade, multiparidade, cesárea e curetagem. QC Progressivo Repetição Espontâneo Vermelho vivo Indolor Ausência de hipertonia e sofrimento fetal DIAG: Clínico (NÃO FAZ TOQUE) + USG (confirma e classifica; pode ser TV). CDT À termo: Interrupção Prematuro: Depende do sangramento... o Intenso: INTERRUPÇÃO o Discreto: Conservadora E a via de parto? o Total e parcial: Cesariana o Marginal: Depende do sangramento. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 17 COMPLICAÇÕES Prematuridade, apresentação anômala, hemorragia pós-parto (restos e atonia), infecção puerperal (restos), acretismo. ACRETISMO DIAG: Pré-Natal – USG ou RNM. Após parto: Dificuldade de extração. Classificação Acreta (esponjosa do endométrio): Pode tentar conservadora, mas padrão histerectomia. Increta (até miométrio): Histerectomia Percreta (≥ serosa): Histerectomia ROTURAS ROTURA SEIO MARGINAL Sangramento indolor, espontâneo, vermelhor vivo, tônus uterino normal e sem sofrimento fetal USG NORMAL. Diagnóstico: Definitivo após parto (histopatológico). Conduta: Acompanhar TP... ROTURA DE VASA PRÉVIA Rotura de vasos desprotegidos entre a apresentação e o colo. Quadro Clínico: Sangramento após aminiorrexe (origem fetal) + Sofrimento fetal agudo. Conduta: Cesariana. ROTURA UTERINA IMINÊNCIA DE ROTURA SÍNDROME DE BANDL- FROMMEL Anel separa corpo do segmento – Bandl Ligamento redondo distendido – Frommel ROTURA CONSUMADA Sinal de Clark (enfisema subcutâneo) e sinal de Reasens (subida da apresentação fetal). Fácil palpação de parte fetal. CONDUTA Iminência: Cesariana Consumada: Histerorrafia ou histerectomia. DOENÇA HEMOLÍTICA POR INCOMPATIBILIDADE RH Mãe Rh-/DU- e Pai Rh+/ Feto Rh+. 1ª gestação é só SENSIBILIZAÇÃO, geralmente. SEGUIMENTO Coombs Indireto -: Repetir 28,32,36 e 40 semanas. Coombs indireto +: < 1:16: Dosar mensalmente. ≥ 1:16: Investigação de anemia fetal. Investigação de anemia fetal Doppler A. cerebral média o Avalia Vmáxima do pico sistólico. Valor >1,5 > 34 sem tira, menor faz cordocentese (padrão ouro: diagnóstico e tratamento). QUANDO FAZER A IMUNOGLOBULINA ANTI-D? Se sangramento, exame invasivo fetal ou após parto de RN Rh+ ou Rotina na 28ª semana se Mãe Rh-. SÓ APLICAR SE COOMBS INDIRETO AINDA NEGATIVO, MAS APÓS APLICAR ELE FICARA TEMPORARIAMENTE POSITIVO. medvideos.su - medvideos.su - medvideos.su – MedCurso 2021 (GO)| 18 DOENÇAS CLÍNICAS NA GESTAÇÃO Semana 34: DHEG, DMG, ITU e Gemelaridade DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS NA GESTAÇÃO DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS PE Eclâmpsia HASC PE sobreposta HG PA ≥140x90 + Proteinúria após 20 sem. Pré- Eclâmpsia + Convulsão PA ≥140 x90 ANTES das 20 sem. Crônica que piorou. HAS + PE PA ≥140x90 + sem critério p/ PE e que MELHORA no puerpério. PRÉ-ECLÂMPSIA INTRODUÇÃO O que é? PA ≥ 140x90 + Proteinúria ≥300 mg/dia OU ≥1+ na fita OU proteína/creatinina urinária ≥0,3 em amostra isolada + APÓS 20 semanas. Fisiopatologia Normal: PA BAIXA, principalmente a diastólica, devido ao DIMINUI A resistência vascular periférica devido a invasão trofoblástica na camada MUSCULAR das artérias que levam sangue p/ o endométrio (A. ESPIRALADAS). São DUAS ondas de invasão trofoblástica. A primeira no PRIMEIRO trimestre