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Aula 6 - Infeccao Hospitalar

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Infecção Hospitalar
Faculdade Santa Marcelina
A infecção hospitalar tem suas origens históricas desde
a Idade Média com a participação de religiosos na área
de saúde.
Neste aspecto, a infecção hospitalar surgiu
praticamente junto com os primeiros hospitais nos
séculos XVIII e XIX, onde as condições de higiene eram
precárias e os próprios médicos eram responsáveis pela
transmissão de inúmeras doenças entre seus pacientes
internados.
Como surgiu ?
O que é?
Infecção
Condição na qual o organismo, ou parte dele, é
invadido por um agente patogênico (bactéria; vírus;
fungos; protozoários), que sob condições favoráveis,
multiplica-se e gera efeitos lesivos
Infecção Hospitalar
Infecção adquirida após a entrada (48h/72h) do
paciente em um hospital ou após a sua alta quando
essa infecção estiver diretamente relacionada com a
internação ou procedimento hospitalar 
Principais
Conceitos
Contaminação
Presença transitória de microrganismos em superfície sem
invasão tecidual. Pode ocorrer em objetos ou em hospedeiros 
 
Ex: Estetoscópio; mãos
Colonização
Crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies
epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica
 
Ex: Microbiota humana normal
Intoxicação
Danos decorrentes da ação de produtos tóxicos que também podem
ser de origem microbiana
Ex: Toxinfecção alimentar
Principais
Conceitos
Portador
Indivíduo que alberga um microrganismo específico, sem
apresentar quadro clínico atribuído ao agente e que serve como
fonte potencial de infecção
Disseminador
Indivíduo que libera o microrganismo para o meio ambiente. Sendo um
profissional de saúde, deve ser afastado das atividades de risco até
que se reverta a eliminação do agente
Infecção Prevenivel
Alteração de algum evento relacionado pode implicar na prevenção
da infecção 
Ex: Infecção cruzada
Principais
Conceitos
Infecção não prevenível
ocorre mesmo com todas as precauções tomadas
Infecção endógena
causada pela microbiota do paciente
Infecção exógena
transmissão a partir de fontes externas ao paciente
Super Infecção
troca do agente patogênico na mesma topografia
Infecção metastática
expansão do agente infeccioso para outras áreas do
organismo
Disseminação
Pessoas e objetos contaminados
Fonte
Hospedeiro
Presença de microorganismo num
hospedeiro (colonização)
Via de Transmissão
Via de acesso do patógeno
materiais ou objetos contaminados; 
alimentos, água, soro, sangue contaminados;
ar;
vetor (transmissão por um organismo vivo);
Microrganismo é transmitido mediante:
 
Indireta
Vias de Transmissão
Sem a participação de veículos, podendo
ser através do beijo; relações sexuais;
contato com a pele; secreções oronasais
(falar, tossir, espirrar)
Direta
Infecção
Urinária
Principais Tipos de Infecção
Infecção
Cirúrgica
Infecção
Pulmonar
Sepses
Outras
Leucemia e Cânceres em geral
Entubação/traqueostomia
Sonda vesical
Queimaduras severas
Cirurgias e pós-cirurgias 
Terapia imunossupressoras
Quem está sob maior risco ?
Como evitar a
Infecção Hospitalar?
Controle da IH
Minimizar
Hospedeiro
Vacinação de funcionáriosMinimizar Fonte 
de Patógeno
Medidas gerais de
limpeza/Processamento de
equipamentos utilizados
Interromper Via
de Transmissão
Manipulação de equipamento
e barreiras/precauções de
isolamento
Objetiva romper a cadeia de eventos que
propiciam a disseminação da IH
Assepsia
não falar, tossir ou espirrar sobre material estéril
não considerar estéril pacotes úmidos, sem data e abertos anteriormente
armazenar os materiais em locais próprios, limpos e de boa conservação 
individuais (lavagem das mãos; cobrir a boca ao tossir ou espirrar;)
coletivas (saneamento; higiene ambiental)
hospitalares (medidas gerais; degermação; limpeza; esterelização; desinfecção;
descontaminação prévia;)
Cirúrgica: emprego de técnicas para não propagar microrganismos em local ou objeto estéril:
Médica: medidas para evitar ou diminuir a disseminação de microrganismos patogênicos de um
indivíduo para o outro, devendo ser usada em qualquer atividade ligada ao paciente e ao meio
ambiente, mediante:
Medidas
Básicas
Lavagem das Mãos
Uso de luvas,
Máscara e óculos
Vestimentas de
Proteção
Quarto privativo
ou isolamento
Manipulação de
equipamento
contaminado
Utilização de seringas
e agulhas
Manipulação de
amostras laboratoriais
Medidas
Básicas
Evite sentar no
leito do paciente
Retirar brincos,
pulseiras, anéis,
relógios e correntes
Não comer, fumar,
beber no ambiente
terapêutico
Não tossir ou
espirrar próximo ao
paciente e materiais
Mudar o paciente
de decúbito
Cabelos presos e
unhas curtas
O Ministro do Estado da Saúde interino, no uso das atribuições que lhe
confere o artigo 87, inciso I I da Constituição, e considerando as
determinações da Lei nº 9431 de 6 de janeiro de 1997, que dispõe sobre a
obrigatoriedade da manutenção pelos hospitais do país, de Programa de
Controle de Infecções Hospitalares.
Considerando que as infecções Hospitalares constituem risco signif icativo
à saúde dos usuários dos hospitais, e sua prevenção e controle envolvem
medidas de qualif icação de assistência hospitalar, da vigilância sanitária e
outras, tomadas no âmbito do Estado, do Município e de cada hospital ,
atinentes a seu funcionamento.
Regulamentação
Centro de Controle de
Infecção Hospitalar
todos os hospitais devem possuir ⇨ Organização Legal CCIH:
Autoridade máxima da instituição hospitalar
Coordenação municipal – Secretária de Saúde
Coordenação estadual – Secretária de Saúde
Coordenação nacional – Ministério da Saúde/ANVISA
Competências do CCIH
promover educação em serviço
implantar política de uso racional de
antimicrobianos
cooperar com a ação do órgão de
gestão do SUS
interagir com os demais setores e
serviços do hospital
aplicar medidas que visem controlar a
IH
elaborar o Regimento Interno da CCIH
manter e avaliar o PCIH
implantar Sistema de Vigilância
Epidemiológica
adequar, implementar e supervisionar
normas e rotinas
Referências Bibliograficas
SCANLAN, C.L ; WILKINS, R.L; STOLLER, J.K. Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan, 7ª
ed. São Paulo: Manole, 2000.
 
MOZACHI, N. O Hospital: Manual do Ambiente Hospitalar. 8ª ed. Curitiba: Os Autores, 2007. 
 
KNOBEL, E. Condutas em Pacientes Graves. 3ª ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2006.
 
Site: www.ccih.med.br 
 
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