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Ética em Aristóteles, Epicuro e Agostinho

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Texto 1 – A ética aristotélica 
Segundo Aristóteles, da memória forma-se experiência nos homens. Isso porque as muitas lembranças de uma mesma coisa desembocam na experiência. Da mesma forma, nasce a arte e a ciência da experiência. A arte (que para os gregos é uma técnica, um saber fazer) surge das várias reflexões a partir da experiência, entendida como uma análise das semelhanças entre as coisas que geram uma noção básica universal (a experiência é conhecimento dos singulares; e a arte, dos universais).
Todavia, a arte é uma técnica voltada para a produção de coisas e entretenimento, ou seja, visam uma utilidade. E ela é o conhecimento das causas que produzem as coisas. Já a ciência é um caso mais complexo. Para Aristóteles, as ciências são a busca das causas e princípios primeiros da realidade com um fim em si mesma. Isso significa que o homem busca esse tipo de saber para aperfeiçoar seu raciocínio e sua alma, não para algum fim ou com utilidade (em vista de). É a busca do universal. Vejamos, então, como Aristóteles classificas as ciências:
· Ciências produtivas – que visam à fabricação de algum utensílio (p.ex.: sapatos, roupas, vasos, etc.);
· Ciências práticas – que usam o saber para uma ação ou com a finalidade moral (ética e política);
· Ciências teoréticas – que buscam o saber pelo saber, independente de um fim ou utilidade (metafísica, física, matemática e psicologia).
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/graus-conhecimento-as-divisoes-ciencia-segundo-aristoteles.htm
Texto 2 - atualidade da ética epicurista
 Esboçar uma compreensão sobre duas temáticas contundentes no pensamento de Epicuro: o conhecimento e a ética, evidenciando os conceitos de aísthesis, afecções, prolépsis e physiología.. Epicuro desenvolve uma teoria do conhecimento que prisma como princípio do conhecimento a sensação. É por intermédio das sensações (aísthesis) que validamos o que conhecemos. Epicuro admite que é por meio das sensações que elegemos ou rejeitamos as coisas. Para ele, as sensações têm um papel singular no processo cognitivo. Outro ponto contundente no pensamento de Epicuro é a ética. O sentido de viver feliz é o ponto central da ética no contexto helenístico. Epicuro apresenta um modo de viver que possibilita ao indivíduo realizar seu télos: a felicidade. Para que esta seja alcançada, ele apresenta uma ética baseada numa physiología, isto é, viver de acordo com a natureza (phýsis); podendo o homem aprender a viver no equilíbrio, a ter o domínio sobre si mesmo (autárkeia). A partir da phýsis as opiniões são constituídas, proporcionando ao homem agir em conformidade com a natureza. Ademais, o modelo gnosiológico epicúreo tem como ponto central um saber aplicável aos acontecimentos da vida prática, possibilitando ao physiologós uma investigação contínua e permanente da phýsis. O sentido de viver feliz é o ponto central da ética no contexto helenístico. Epicuro apresenta um modo de viver que possibilita ao indivíduo realizar seu télos: a felicidade. Além disso, será apresentada uma reflexão sobre identidade e diferenças no agir humano, tendo como contexto o “Jardim” de Epicuro.
Texto 3 - Agostinho e a ética
A ética de Agostinho é, pois, uma ética eudemonista e teleológica e a diferença em relação à grega é que a felicidade não consiste em bens do corpo e do espírito ou em ambos, mas no gozo de Deus, que é autêntico sumo bem. Ele formula o seu pensamento apontando para uma ética do amor e não da lei.

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