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Segunda Avaliação de Antropologia e Ética

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Filosofia: Antropologia e Ética | Hernane Velozo 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Instituto de Ciências Exatas e Informática – ICEI 
 
Curso: Engenharia de Computação 2º/2023 
Disciplina: Filosofia: Antropologia e Ética 
Professor: Dr. Roberto Marcio Starling 
Aluno: Hernane Velozo Rosa 
 
 
SEGUNDA AVALIAÇÃO 
 
1) Qual o significado do Enigma para a cultura grega? 
Constata-se que o enigma é uma manifestação da ambiguidade divina, uma 
forma pela qual os deuses comunicam com os humanos, simultaneamente revelando 
e ocultando verdades profundas. O enigma expressa a discrepância entre os mundos 
humano e divino, funcionando como um desafio à inteligência humana e um convite 
à reflexão e à descoberta. 
Além disso, Colli afirma que o enigma é "um desafio à inteligência humana, 
pois exige que ela tente compreender algo que está além de sua compreensão 
imediata". 
2) Como os Enigmas entram na esfera da política e da ética e passam a ser 
"resolvidos"/respondidos no último caso na esfera jurídica? 
A transição dos enigmas da esfera divina para a humana, tendo como ênfase 
o agonismo e na disputa pela sabedoria, reflete a sua entrada na política e ética. O 
enigma torna-se uma ferramenta de poder e um meio de resolver conflitos, onde a 
capacidade de decifrar ou formular enigmas está ligada ao direito de governar ou 
julgar. No último caso, a resolução de enigmas na esfera jurídica pode decidir a vida 
ou a morte, como no mito de Édipo, onde a solução do enigma é a chave para a 
salvação da cidade. 
E claro, ele cita através de "passa a ser utilizado na esfera política e jurídica 
como um meio de testar a sabedoria e a capacidade de julgamento dos governantes e 
dos juízes", o mito de Édipo (a Esfinge impõe aos tebanos o enigma sobre as três 
idades do homem) como um exemplo de como o enigma pode ser usado para resolver 
um conflito e salvar uma cidade. 
 
Filosofia: Antropologia e Ética | Hernane Velozo 
Exemplificação das questões 1 e 2:
O Significado do Enigma para a cultura grega exemplificado 
pelo julgamento de Sócrates, o enigma representa a complexidade e a 
ambiguidade inerentes à busca pela verdade. Sócrates, que estava enfrentando 
acusações que questionavam sua devoção aos deuses da cidade e sua influência 
sobre os jovens, operava em um nível que confundia os atenienses, já que ele 
desafiava as normas e a sabedoria convencionais com suas perguntas penetrantes. 
Assim como o enigma exige introspecção e a procura por respostas além da 
superfície, Sócrates exigia de seus concidadãos que olhassem além das aparências 
e questionassem suas crenças mais profundas. 
Já a entrada na política e ética podem ser exemplificados pelo julgamento 
de Sócrates e sua acusação podem ser vistos como o enigma final que ele teve 
que enfrentar, um que estava profundamente enraizado na política e na ética de 
Atenas. As acusações eram contraditórias, pois ele foi acusado tanto de ateísmo 
quanto de introduzir novas divindades, refletindo o enigma político e ético de sua 
posição como um crítico social. Logo, a resposta de Sócrates a esse enigma não foi 
encontrada em uma defesa retórica tradicional, mas sim na demonstração de sua 
constância ética e na adesão aos princípios da filosofia, mesmo diante da morte. 
Em última análise, o enigma de sua vida e morte convidara a sociedade 
ateniense a refletir sobre as fundações da sua então justiça e moralidade. 
3) Faça a distinção entre a retórica e a dialética socrática.
A retórica, conforme os entendimentos clássicos, era a arte de persuadir, 
frequentemente empregada nas assembleias e tribunais da Grécia Antiga para 
influenciar o público ou o júri, podendo ou não estar alinhada com a busca pela 
verdade. Sua ênfase estava no poder do discurso eloquente e na habilidade de 
convencer os outros, independentemente da veracidade dos argumentos apresentados. 
Em contraste, a dialética socrática, inferida a partir dos contextos filosóficos 
em que o enigma opera, é um método de indagação e descoberta da verdade através 
de perguntas e respostas. Sócrates, que não é mencionado explicitamente no capítulo, 
mas cujo método é evocado pela prática do questionamento, utilizava a dialética para 
desmantelar suposições infundadas e para guiar seus interlocutores a uma 
compreensão mais profunda e fundamentada de conceitos como justiça, virtude e 
conhecimento.

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