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Faculdade Estácio de Sá Disciplina: Teoria Geral do Processo e Fase de Conhecimento no Processo Civil Professora: Jeane Santos Bernardino Fernandes Aluno: Luiz Miguel Nunes dos Santos Matricula: 202202362026 Estudo de Caso I Durante o julgamento de uma causa, o juiz, de ofício e sem prévia manifestação das partes, decidiu pela prescrição da pretensão do autor. O fundamento da decisão limitou-se à reprodução de um dispositivo legal, bem como à invocação de um precedente, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta ao referido precedente. Analisando as condutas do juiz neste processo, identifique e explique qual(is) princípio(s) foi(ram) inobservado(s) pelo magistrado. Primeiramente constatamos a não observância ao princípio da “vedação à decisão surpresa”, refere-se à impossibilidade de o juiz decidir matéria sem possibilitar manifestação pelas partes interessadas, previstos nos artigos 9º e 10º do CPC. Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. No caso de prescrição, há previsão expressa no art. 487, II e parágrafo único, do CPC: Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se. Quanto ao “princípio da fundamentação das decisões judiciais”, tem-se que o juiz não pode decidir qualquer questão sem apresentar os devidos e específicos fundamentos. Em relação à invocação de precedente, nos termos descritos na questão, temos a seguinte previsão do art. 489, §1º, V, do CPC: Art. 489- São elementos essenciais da sentença: § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: V - Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;". Também observamos o não respeito ao “princípio da motivação dos autos judiciais”, este princípio Constitucional está previsto na Constituição Federal, art. 93, IX, e disciplina o seguinte: “Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade. Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
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