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GAMETOGÊNSE DEFINIÇÃO Processo pelo qual os gametas são produzidos nos organismos dotados de reprodução sexuada. Em animais: acontece nas gônadas (também produzem hormônios sexuais – determina características que diferenciam os machos e as fêmeas) Macho: Espermatogênese/ Fêmea: Ovogênese Formação de gametas: meiose das células germinativas (sexuais) QUANDO OCORRE: Homem: Se inicia na puberdade Mulher: se inicia no período intrauterino -> ovócitos primários param na prófase I na adolescência. ONDE OCORRE: Homem: Testículos - Antes da puberdade: células de Leyding e espermatogônias - Depois da puberdade: Espermatogônias, espermatófitos primários e secundários, espermátides e espermatozoides - Hormônios: Testosterona e Inibina Mulher: Ovários - Atuam como uma glândula - Hormônios: Estrógeno e progesterona ESPERMATOGENESE VIDA PRÉ NATAL - Nona semana: células migram da parede posterior do saco vitelino para a região da crista genital, tanto em machos quanto em fêmeas (gónocitos). - No testículo, antes do nascimento, são encontradas apenas células germinativas (espermatogônias no início do processo espematogênico, e células somáticas de sustentação (células de Sertoli) - As espermatogônias permanecem quiescentes (“adormecidas”) até a puberdade quando por estímulos hormonais, elas começam se dividir. Formam-se também todos os outros tipos celulares, até os espermatozoides. ESPERMATOGÊNESE Espermatogênese: ocorre nos túbulos seminíferos e é armazenado no epidídimo ETAPAS DA ESPERMATOGÊNESE: Sequência de eventos pelos quais as espermatogônias são transformadas em espermatozoides 1. Início na puberdade: espermatogônias ficam quiescentes nos túbulos seminíferos durante período fetal e pós-natal 2. Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações, se transformando em espermatófito I, as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos 3. Cada espermatócito I sofre uma divisão reducional (primeira divisão meiótica), formando 2 espermatócito II (haploides n) com cerca de metade do tamanho origina. 4. Segunda divisão meiótica: cada espermatócito II origina 2 espermátides, com cerca de metade do seu tamanho. Obs.: A espermatogênese ocorre de forma centrípeta (de fora dos túbulos em direção do lúmen) MANUTENÇÃO DAS ESPERMATOGÔNIAS MANUTENÇÃO: Para que o processo sempre seja continuo, as espermatogônias sempre se renovam (mitoses) antes de entrarem em um novo ciclo (meiose), mecanismo esse para garantir que sempre haja um número considerável de espermatogônias. Obs.: Espermatogônias-troco (A0) - Reserva de espermatogônias - Só entram em mitose em situações específicas ESPERMIOGÊNESE (citodiferenciação) DEFINIÇÃO: Processo de diferenciação celular espermátides em espermatozoides O QUE OCORRE: • Formação do acrossomo: fusão das vesículas do complexo de Golgi • Condensação e alongamento do núcleo: substituição das histonas por protaminas, fazendo com que o material genético se enrole ainda mais • Desenvolvimento do flagelo (cauda): centríolos migram para a região posterior ao núcleo, centríolo distal forma o flagelo • Migração das mitocôndrias para a região posterior: fornecer energia para os flagelos se movimentarem • Perda da maior parte do citoplasma; muito desse material é fagocitado pelas células de Sertolise - Processo centrípeto: periferia tubular -> Luz Extra: Núcleo das espermátides é orientado para a base do epitélio germinativo e o axonema (flagelo) se projeta para o lúmen ESPERMATOZOIDE MADURO • Cabeça contém o núcleo haploide • O acrossomo é um capuz que protege a cabeça do espermatozoide e é rico em enzimas hidrolíticas necessários para o processo de fecundação • Peça intermediária contem mitocôndrias (fornecem ATP pata mobilidade) Obs.: mobilidade é adquirida depois que passam pelo epidídimo, pois há uma secreção epididimária que tem fatores que determinam a ativação do metabolismo mitocondrial dos espermatozoides, o que determina a maturação do processo de batimento flagelar. CÉLULAS DE SERTOLI I. Núcleos piramidais ou ovalados na base do túbulo seminífero II. Nucléolo evidente Possui numerosas reentrâncias citoplasmáticas onde se localizam as células germinativas FUNÇÕES DAS CÉLULAS DE SERTOLI • Nutrição e sustentação das células germinativas • Barreira hematotesticulas • Produção de fluido testicular (importante para o transporte de espermatozoides) • Produção do fator inibidor dos ductos de Müller (ductos embrionários que formam estruturas do trato reprodutor feminino) • Produção de inibina (hormônios que participa da regulação hormonal da espermatogênese) • Fagocitose dos restos citoplasmáticos produzidos durante a espermiogênese OBS.: No desenvolvimento embrionário, existem ductos que formam estruturas femininas e ductos que formam as masculinas. Se o embrião é masculino, ele irá inibir os “ductos femininos” e vice-versa. Barreira Hematotesticulas DEFINIÇÃO: junções de oclusão de células de Sertoli adjacentes que separam o compartimento basal do compartimento adluminal. Em outras palavras, é uma barreira que serve para separar a parte hematológica da parte testicular. PARA QUE SERVE: Criar um ambiente imunoprivilegiado para células do compartimento adluminal. Quando o corpo reconhece uma célula com características genotípicas diferentes, o sistema imunológico é ativado, para tentar fagocitar essas estruturas. Isso é uma das razões para que existe essa barreira hematotesticular. CÉLULAS DE LEYDIG O QUE SÃO: São o principal tipo celular encontrado no tecido de sustentação intersticial entre os túbulos seminíferos FUNÇÃO: Sintetizam e secretam os hormônios sexuais masculinos COMO SÃO: O núcleo é redondo com cromatina dispersa e um ou dois nucléolos na periferia, em meio a um extenso citoplasma cheio de gotículas brancas de lipídio (hormônios esteroides). TRANSPORTE DOS ESPERMATOZOIDES ETAPAS DA VIA ESPERMÁTICA: Caminho que o espermatozoide segue até a saída do corpo 1. Transporte passivo dos túbulos seminíferos para o epidídimo 2. No epidídimo ocorre a maturação dos espermatozoides, que confere motilidade ao espermatozoide 3. Por contrações peristálticas da parede do ducto deferente são rapidamente transportados até a uretra. 4. Na região inicial da uretra, se unem as secreções das vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. DURAÇÃO DA ESPERMATOGENESE - Em homens: aproximadamente 2 meses - Nos machos, os espermatozoides são produzidos continuamente, diferentemente que ocorre nas fêmeas, onde a produção de gametas é cíclica - Para manter o processo continuo, a liberação de espermatozoides não acontece simultaneamente ao longo de toda a extensão do túbulo seminífero Obs.: Onda Espermáticas - Diferentes regiões do túbulo em diferentes fases: garantia de produção contínua. ALTRAÇÕES ESPERMATÍCAS No ejaculado de homens com produção normal, há mais de 100 milhões/ml. No entanto, 200 destes 100 milhões conseguem chegar até o local de fertilização. • Oligospermia: produção menor que 20 milhoes/ ml (abaixo do normal • Azoospermia ausência de espermatozoides no ejaculado • Teratospermia: número de espermatozoides defeituosos superior a 40% (normal = 10% de defeituosos) OVOGENESE DEFINIÇÃO: processo de formação dos gametas femininos Curiosidades sobre a ovogênese I. Recém-nascida: cerca de 2 milhões de ovócitos primários II. Na mulher: 40 mil ovócitos estão presentes no ovário, sendo que apenas 400 a 500 são liberados III. 99% dos folículos sofrematresia IV. A mulher já nasce com todos os gametas que vai produzir durante sua vida reprodutiva RESUMO: no período intrauterino, as ovogonias sofrem mitose e diferenciam, formando ovócitos primários. Ainda nesse período, os ovócitos primairos começam a meiose, parando na prófase I. Somente na puberdade que alguns destes ovócitos primários continuam a meiose, formando o ovócito secundário de forma cíclica. Obs.: atividade mitótica limita-se somente no período intrauterino. OVOGÔNIAS: derivam de células mesenquimais primitivas (“gonócitos”), que são germinativas indiferenciadas ETAPAS DA OVÔGENESE 1. As ovogônias vão se dividir por mitose até povoar todo o tecido ovariano (principalmente a região cortical) 2. Em seguida, estas passaram por um processo de diferenciação, transformando-se em ovócitos primários 3. Os ovócitos I entram em meiose I e param na prófase I (etapa de paquíteno) Obs.: Essas três etapas acontecem antes do nascimento, no período intrauterino. O ovócito I são retoma a meiose na puberdade. 4. A cada ciclo sexual um (ou vários) ovócito i retoma a divisão meiótica e dão origem ao ovócito II e ao 1º corpúsculo polar 5. O ovócito II inicia a meiose II, porém é interrompida na metáfase, sendo que só haverá sequencia caso ocorrer a fecundação. 6. Formação do óvulo e do 2º corpúsculo polar somente na fecundação. 7. FOLICULOGENESE DEFINIÇÃO: Processo de desenvolvimento (crescimento) dos folículos ovarianos, sendo que estes são estruturas que contém os ovócitos. • Ocorre simultaneamente com a ovogênese • Processo depende do hormônio folículo estimulante (FSH) produzido na hipófise (glândula pituitária) ETAPAS DA FOLICULOGÊNESE 1. Algumas células do córtex ovariano começam a circundar várias células, formando nichos de ovogônias 2. Ao passar do tempo, enquanto as ovogonias continuam seu processo de meiose, os folículos se modificam até formar um folículo para cada ovócito (não mais englobando várias células), chamado de folículo primordial. 3. A partir da puberdade, começa a ocorrer a proliferação das células foliculares, que dão origem a um epitélio estratificado conhecido como camada granulosa. Além disso, começa a surgir, entre o ovócito I e as células foliculares, uma camada glicoproteica – Zona pelúcida – que será muito importante no processo de fecundação, uma vez que é expelido junto com o ovócito II durante a ovulação. 4. Mais externamente do estroma A, desenvolvem- se as tecas internas (vascularizada e produtora de hormônios) e a teca externa (fibrosa). 5. Em seguida, há o aparecimento de espaços cheios de liquido folicular entre células foliculares (secreção das células foliculares), conhecido como liquido antral 6. A cada ciclo menstrual, um grupo desses folículos vão entrar em maturação e se modificar. Porém, embora alguns folículos entrem em maturação ao mesmo tempo, um deles será predominantes, pois produzirá mais estrógeno que os outros (possui mais receptores – o estrógeno acaba inibindo a maturação dos outros folículos), fazendo com que o restante sofra atresia ( é quando qualquer canal do corpo sofre estreitamento, fechamento ou bloqueio anormal). Resumidamente: Embora 15 a 20 folículos primordiais iniciam o desenvolvimento, apenas 1 (ou alguns; dependendo da espécie) torna-se um folículo maduro. Os demais sofrem atresia, podendo acontecer em qualquer fase do desenvolvimento folicular. MATURAÇÃO: processo no qual ocorre maturação dos folículos pela proliferação celular, aumentando camadas de células em conta do ovócito. Além disso, ocorre também a formação da cavidade antral. Obs.: Quanto mais camadas o folículo tiver, mais estrógeno produzirá TIPOS DE FOLICULOS OVARIANOS • Folículos primordiais – englobam ovócito I (presente apenas no período intrauterino) • Folículos primários – englobam ovócito I (após a puberdade) • Folículos em crescimento – são folículos com mais de uma camada celular (englobam ovócito I) - Nesse momento, as células começam a produzir um liquido (antro), formando uma cavidade antral. • Folículo de Graaf (folículo maduro) – englobam ovócito II FOLICULO DE GRAAF: folículo totalmente desenvolvido, com o ovócito secundário em um dos polos. Conforme o antro vai se formando, ele vai empurrando o ovócito para uma das extremidades do folículo. Mesmo com esses empurrões, continua existindo células foliculares ao redor do folículo (células granulosas), mas muitas irão ficar aderidas ao redor do ovócito (corona radiata) CORONA RADIATA: São células que ficam agregadas ao ovócito, ao redor da zona pelúcida, e são ovócitos junto com o ovócito secundário no momento da ovulação. OVULAÇÃO DEFINIÇÃO: Liberação de ovócito II ➔ O ovócito II será capturado pelas fimbrias da tuba uterina, entrando nessa estrutura. Se houver espermatozoides lá, ocorrerá fecundação. COMO OCORRE: por conta do aumento do hormônio luteinizante (LH), que é liberado devido a produção máxima de estrógeno pelo folículo dominante. 1. O aumento de LH aumenta a produção de proteases que vão degradar a capsula do ovário 2. A pressão causada pelo liquido antral ajuda a empurrar a estrutura – composta por ovócito II, zona pelúcida e corona radiata – para fora. 3. Nesse processo, ocorre o aumento da vascularização do folículo, e alguns desses vasos se rompem, ocorrendo extravasamento de sangue dentro do folículo. 4. Os restos celulares (células foliculares e as células da teca) vão formar, dentro do ovário, o corpo lúteo. CORPO LÚTEO: glândula formada a partir dos restos do folículo que se rompeu (teca interna e externa, antro e células foliculares) I. Produz estrógeno e progesterona II. Se mantem ativo durante a gestação III. Se não houver fecundação, o corpo lúteo involui e forma uma cicatriz no ovário (corpo albicans) - O ovócito I completa a meiose I -> o ovócito II e o corpúsculo polar - O ovócito II entra em Meiose II, mas estaciona na metáfase II, a qual só será completada se o ovócito II for fertilizado por um espermatozoide.
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