Buscar

1 Histórico da Psicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTÓRICO DE PSICOLOGIA
Desde a antiguidade indivíduos de diversas orientações (filósofos, religiosos, escritores e outros) se interessam por questões relativas à natureza humana, características inerentes ao ser humano que não estão presentes nas outras espécies.
Antiguidade
Os pré-socraticos buscavam explicar a relação do homem com a natureza, voltando-se para ela, enquanto os socráticos se voltavam ao homem. Apresentam o método introspectivo e o questionamento socrático da virtude. Inspiram um legado de outros filósofos que viriam a se destacar na psicologia. Assim surgiram as crenças centrais que alguém tem sobre si não estão no inconsciente, mas não são aparentes, que acabam por ser motivos determinantes de condutas criminosas.
Aristóteles foi mentorado por Sócrates. Propôs que o mundo das ideias é de ordem superior ao mundano (olhos físicos e olhos da alma) e que a dialética relevaria o que se encontra atrás das aparências.
Foi aluno de Platão. Surge a ideia da mente como uma tábula rasa, ou folha em branco (que a experiência virá a preencher).
Filosofia moderna
Renascimento filosófico, além da filosofia crista medieval, surgindo o empirismo filosófico no século XVII.
Gregos e romanos tendiam a imaginar as pessoas como tipos específicos e estáveis [conceito de personalidade], uma tradição que se manteve, sob várias formas, até os nossos dias. Eles foram precursores da economia psíquica ao reduzirem os sujeitos a certos estereótipos.
Escola além/estruturalismo/psicologia experimental
Incomodado com explicações cotidianas dos fenômenos mentais, Wundt, em Leipzig, na Alemanha, se questionava por que motivo a emergente ciência psicológica não seguida o método das ciências naturais. Propõe, então, medir os fenômenos psicológicos e diferenciar os correlatos fisiológicos dos eventos mentais, utilizando-se da lógica mecanicista, empirista e associacionista (os nervos sendo comparados aos canos e os músculos às molas). O comportamento então seria uma resposta a estímulos do presente.
Com isto a verdade advém da checagem, rompendo-se com os filósofos antigos e a influência da religião.
Também tem destaque a teoria da ação reflexiva, observando-se a influencia na psicologia comportamental do estimulo-resposta, utilizando-se da razão e aplicações da física e da mecânica para compreensão dos fenômenos da vida. Assim, surgem os autômatos, cujo funcionamento poderia ser similar ao funcionamento do corpo humano.
Dimensões:
· Reducionista: diminuir a complexidade da experiência humana à simples e mensuráveis sensações;
· Elementarista: estudo das partes ou elementos ao invés de estudos complexos, das coisas como um todo.
Funcionalismo
Diante do caráter limitado do estruturalismo, surge o funcionalismo, com o americano William James. Para ele haveriam funções mais amplas que a estrutura, como função da linguagem. Seu interesse era no modo como a mente se adapta para funcionar no ambiente social, tendo sido influenciado por Darwin. Dentre suas principais contribuições inclui-se a teoria emocional de James-Lange (com base no conhecimento das estruturas) e o papel da experiência religiosa.
Comportamentalismo/behaviorismo
Desenvolvido por John Watson, com influencia da tradição da psicologia animal (Pavlov e Thorndike). Buscava o estudo do comportamento (prevê-lo e controla-lo) em si mesmo: sem analogias com termos como consciência e sensação, pois não seria possível analisar o cérebro ou qualquer outra coisa que não fosse mensurável, como o comportamento. Assim, tinha foco em comportamentos observáveis, que pudessem ser descritos através de estímulos e respostas. Adota a ideia da personalidade como um folha branca a ser preenchida com as experiências.
Tem destaque o experimento chamado “O Caso do Pequeno Albert”. Nele Watson replica os achados de Pavlov sobre o condicionamento clássico: uma fobia é condicionada a um bebê, associando um estímulo inicialmente neutro (animais peludos) a um estímulo aversivo (som alto). A apresentação simultânea dos dois estímulos - por diversas vezes - fez com que o bebê desenvolvesse o medo de animais peludos em geral.
Psicanálise/escola psicodinâmica
Buscava-se a causa orgânica para a chamada histeria feminina. Freud afirmava que a natureza humana é movida por um conjunto de forças internas, o inconsciente. As ações dos indivíduos são motivadas por fatores que não são sempre racionais, nem mesmo acessíveis a consciência.
Adota-se o principio do determinismo psíquico, segundo o qual nada acontece por acaso, não há descontinuidade na vida mental, os lapsos (esquecimentos ou atrasos decorrentes do processamento interno de outras informações) e ato-falhos (como trocar um nome) revelam um desejo inconsciente. É o que mais se aceita da teoria de Freud.
Haveriam dois níveis da vida mental:
1. Consciente;
2. Inconsciente: inconsciente propriamente dito e pré-consciente (informações que podemos recuperar), divido nas instancias da vida mental:
2.1 Ego: media o superego e o id;
2.2 Superego: internalização das normas;
2.3 Id: energia psíquica inconsciente, lado animal, focado no principio do prazer
Freud também desenvolve os complexos de édipo e de Electra que seriam o segundo grande trauma, enquanto o primeiro é o nascimento.
Mecanismos de defesa 
Desenvolvidos por Ana Freud, protegem o ego do lado animal das regras internalizadas pelo superego:
· Sublimação: é a satisfação de um impulso inaceitável através de um comportamento socialmente aceito. Por exemplo, os impulsos agressivos podem ganhar expressão na atividade sublimada de um pintor;
· Repressão/recalcamento: afasta da consciência conflitos e frustações desagradáveis ou inoportunos de serem experimentais ou lembrados, que são reprimidos para o inconsciente. Uma pessoa, por exemplo, que sente medo de ir ao dentista pode ocupar-se com outras atividades ao longo do dia e “esquecer-se” de ir à consulta agendada;
· Identificação: assimilar um aspecto, uma característica, um atributo de outro, e, assim, transforma-se segundo esse modelo. A personalidade humana constitui-se e diferencia-se a partir de uma serie de identificações;
· Regressão: retorno do individuo a formas do pensamento, das relações e do comportamento característicos de uma fase do desenvolvimento que já passou;
· Projeção: atribuir a outros as ideias e tendências que o sujeito não pode admitir como suas;
· Deslocamento: processo pelo qual impulsos indesejáveis são direcionadas a objetos terceiros. Exemplo ódio de roupa branca quando na verdade uma pessoa importante é médico ou enfermeiro.
Fases do desenvolvimento
· Fase oral: corresponde ao primeiro ano de vida da criança. Nesta fase, a energia libidinal, que é a energia que está a disposição dos impulsos da vida, esta centrada na boca. A libido está a disposição dos instintos de autopreservação, voltada à necessidade de alimentar-se. Nos adultos que tiveram traumas nesta fase persistem alguns hábitos orais, como comer, chupar, morder, lamber, beijar;
· Fase anal: segundo e terceiros anos de vida. Neste período a libido está concentrada no controle dos esfíncteres, sendo reforçada pelas exigências parentais. Algumas características adultas estão associadas a fixação parcial na fase anal, como ordem, parcimônia e obstinação;
· Fase fálica: compreende o período que vai dos 3 aos 5 anos aproximadamente. A energia libidinal dirige-se aos órgãos genitais. É nesta fase que a criança passa pela experiência do complexo de édipo, que acaba por gerar a identificação da criança com o progenitor do mesmo sexo;
· Fase de latência: inicia-se logo após a fase fálica e persiste até o inicio da puberdade. A libido é empregada no desenvolvimento intelectual e, aparentemente, os impulsos do id ficam latentes, suprimidas.
Humanismo
Nos EUA, 1960, surge a “terceira força”. Para ele, o comportamento deve ser entendido em termos da experiência subjetiva. Ele não é determinado pelo passado nem é uma resposta a estímulos do presente. Há a crença na importância ou valor que a pessoa adiciona às suas vivencias, o significado que é atribuído pelosujeito às suas experiências. 
Seus pressupostos básicos incluem as capacidades humanas de crescimento e de evolução, bem como a possibilidade de autor-realização.
Vitor Franklm, no contexto pós-guerras (descrença na humanidade e questionamento do comportamento violento), com influencia da filosofia existencial de Sartre, desenvolve a logoterapia, que busca o tratamento por meio do descobrimento do sentido da vida. Esta seria a origem dos problemas individuais: não conseguir solucionar a questão do significado da vida, dos nossos atos, da morte e do sofrimento. Assim, os motivos do comportamento, em vez das pulsões da sexualidade e agressão, estariam voltados ao desejo de encontrar um significado para a vida.
Embora Frankl não defenda um significado particular para a vida ou um conjunto específico de valores, ele sugere três maneiras de descobri-lo: pela realização, por uma experiência transcendente e pela atitude que uma pessoa assume diante do sofrimento inevitável. 
Rogers menciona os seguintes princípios: a autenticidade de ser verdadeiro, acreditar em nossa voz anterior, importância de mostrar como realmente no sentimos, aceitar a nós mesmos (uma vez que a auto-aceitação propicia a aceitação incondicional do outro) e ações de simulação são indesejáveis pois os juízos dos outros, embora devam ser ouvidos e levados em consideração pelo que são, não devem nos orientar.
Na década de 50 Maslow desenvolve a teoria hierarquia, observando que o comportamento de um individuo busca satisfazer uma necessidade que, ainda que coexiste com diversas outras, está se manifestando com mais intensidade. Assim, as necessidades seriam (do topo à base): realização pessoal; estima; amor/relacionamento; segurança e fisiologia. Isto tem influencia na psicologia organizacional, observando-se que o funcionário só vai estar motivado se seu salário cobrir toda essa pirâmide, atingindo a realização pessoal.
Escolas cognitivas contemporâneas 
Resposta ao comportamentalismo (que se preocupava com os aspectos externos), buscando entender a cognição, ou seja, os processos por trás do comportamento. Em setembro de 1956, 2 eventos importantes as consolidam:
· Simpósio sobre teoria da informação no MIT (Instituto Massachusetts de Tecnologia) com as presenças de pesquisadores como George Miller e Noam Chomski;
· A Conferencia de Dartmouth, com as presenças de Chmsky, Miller, Newell e Simon. Nesses eventos, foram apresentados estudos sobre tomada de decisão, embasando a inteligência artificial e os sistemas de computação.
Desde então tem evoluído suas pesquisas, focando, sobretudo, nas áreas de aprendizagem, atenção, criatividade, inteligência, linguagem, memória, percepção, raciocínio e tomada de decisão. Bandura aponta que a aprendizagem pode ser realizada através do esforço vicário (como a observação do comportamento) e propôs o conceito de autoeficácia.
Tem 4 abordagens básicas de estudos:
· Psicologia cognitiva experimental: estuda pessoas saudáveis em condições controladas de laboratório;
· Neuropsicologia cognitiva: estuda deficiências cognitivas em pacientes com lesões de diversas origens para facilitar o entendimento dos processos mentais;
· Neurociência cognitiva: estuda o mapeamento cerebral, descobrindo onde e quando ocorrem os processos cognitivos, e as áreas que se ativam durante determinada tarefa;
· Ciência cognitiva computacional: estuda a modelagem computacional, os programas de computadores que imitam certas atividades cerebrais humanas.

Continue navegando