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1 Órgãos da OAB

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ÓRGÃOS DA OAB
O Conselho Federal da OAB pode alterar o Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB e o Código de Ética e Disciplina, mas não pode alterar o Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei n.º 8.906/94).
Órgãos
Art. 45, EOAB - São órgãos da OAB:
I. Conselho Federal:
§ 1º - “O Conselho Federal, dotado de personalidade jurídica própria, com sede [base territorial] na capital da República, é o órgão supremo da OAB”.
- Composição
Art. 51 - O Conselho Federal compõe-se:
I. “Dos conselheiros federais, integrantes das delegações de cada unidade federativa”:
Cada delegação é formada por 3 conselheiros federais (§ 1º). Ou seja, cada estado será representado por 3 conselheiros federais;
Cada delegação tem direito a um voto, que é formado pela maioria dos 3 membros que a compõem (ou seja, pode haver 2x1 ou 3x0), sendo a decisão tomada em reunião. Caso um conselheiro da delegação falte à reunião a decisão pode ser tomada por 2x0. Se houver empate, o voto daquela delegação não será computado. Também não será computado o voto da delegação que tiver interesse naquele assunto (como ao se discutir a intervenção do CF no Conselho Seccional daquele estado).
II. “Dos [...] ex-presidentes [do conselho federal], na qualidade de membros honorários vitalícios”. Eles têm direito apenas a voz nas sessões (§ 2º).
Os ex-presidentes do conselho federal ou dos seccionais, no contexto do Estatuto anterior (Lei n.º 4.215/63) tinham direito a voz e voto. Assim, esse dispositivo deve ser interpretado em conjunto com o art. 81 do EOAB, segundo o qual aqueles que foram presidentes do conselho federal ou secional sob a vigência do EOAB anterior, ou seja, até 1994, possuem direito de voto, tratando-se de um direito adquirido.
O presidente do conselho federal também é chamado de presidente nacional da OAB. Ele só vota se for necessário para desempatar após o voto de todos.
- Competências
Art. 54 - Compete ao Conselho Federal:
I. Dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB;
II. Representar, em juízo ou fora dele, os interesses coletivos ou individuais dos advogados;
III. Velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia;
IV. Representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais da advocacia;
V. Editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários;
VI. Adotar medidas para assegurar o regular funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VII. Intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar grave violação desta lei ou do regulamento geral:
Único - A intervenção [...] depende de prévia aprovação por 2/3 das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar.
VIII. Cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrário a esta lei, ao regulamento geral, ao Código de Ética e Disciplina, e aos Provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em causa;
IX. Julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos Conselhos Seccionais, nos casos previstos neste estatuto e no regulamento geral;
X. Dispor sobre a identificação dos inscritos na OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
XI. Apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria;
XII. Homologar ou mandar suprir relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Seccionais;
XIII. Elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do próprio Conselho ou de outro órgão da OAB;
XIV. Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja legitimação lhe seja outorgada por lei: trata-se da lista sêxtupla para se concorrer a vagas reservadas ao 5º constitucional;
XV. Colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou credenciamento desses cursos: apesar disso, a decisão final sobre a criação de novos cursos cabe ao MEC. O parecer do Conselho Federal não tem caráter vinculante;
XVI. Autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus bens imóveis;
XVII. Participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII. Resolver os casos omissos neste estatuto.
II. Conselhos Seccionais:
§ 2º - “Os Conselhos Seccionais, dotados de personalidade jurídica própria, têm jurisdição sobre os respectivos territórios dos Estados-membros, do DF e dos Territórios”, tendo-os como base territorial.
Atualmente, não existem territórios, mas eles podem ser criados por Lei Complementar. Caso isso ocorra, um Conselho Seccional deverá ser criado, o que se dá por meio de Resolução do Conselho Federal (art. 46, Regulamento Geral).
- Composição
Há um presidente, cujo voto segue as mesmas regras do Conselho Federal. Porém, o número de conselheiros é proporcional ao número de advogados inscritos, nos termos do art. 106 do Regulamento Geral:
· Menos de 3 mil advogados: até 30 conselheiros;
· Acima de 3 mil advogados: mais um conselheiro a cada grupo completo de 3 mil advogados, até o número máximo de 80 conselheiros.
- Competências
Art. 58 - Compete privativamente ao Conselho Seccional:
I. Editar seu regimento interno e resoluções;
II. Criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados;
III. Julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados: 
Este julgamento é feito pelo órgão pleno do Conselho Seccional. Essa decisão é passível de recurso ao Conselho Federal.
O Tribunal de Ética e Disciplina não é um órgão da OAB, mas um departamento existente em cada Conselho Seccional, podendo ser visto, inclusive, como uma comissão permanente. Suas competências são trazidas pelo art. 71 do Código de Ética, podendo:
· Processar e punir advogados e estagiários em primeira instância;
· Instaurar processo disciplinar de ofício;
· Funcionar como mediador ou conciliador em disputas envolvendo advogados em razão de honorários ou dissolução de sociedade;
· Emitir pareceres respondendo a consultas acerca da ética na advocacia (tirando dúvidas).
IV. Fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria, das diretorias das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados;
V. Fixar a tabela de honorários, válida para todo o território estadual;
VI. Realizar o Exame de Ordem;
VII. Decidir os pedidos de inscrição nos quadros de advogados e estagiários;
VIII. Manter cadastro de seus inscritos;
IX. Fixar, alterar e receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas: ou seja, fixar a anuidade;
X. Participar da elaboração dos concursos públicos, em todas as suas fases, nos casos previstos na Constituição e nas leis, no âmbito do seu território;
XI. Determinar, com exclusividade, critérios para o traje dos advogados, no exercício profissional;
XII. Aprovar e modificar seu orçamento anual;
XIII. Definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e Disciplina, e escolher seus membros;
XIV. Eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários, no âmbito de sua competência e na forma do Provimento do Conselho Federal, vedada a inclusão de membros do próprio Conselho e de qualquer órgão da OAB: trata-se da lista sêxtupla para vagas em tribunais estaduais;
XV. Intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos Advogados;
XVI. Desempenhar outras atribuições previstas no regulamento geral.
Também pode sugerir ADI ao ConselhoFederal ou propor ADI de lei ou ato normativo que viole a constituição estadual.
III. Subseções:
§ 3º - “As Subseções são partes autônomas do Conselho Seccional, na forma desta lei e de seu ato constitutivo”. Elas podem abranger, tendo como sede ou base territorial, um município, mais de um município (geralmente contíguos, um ao lado do outro) ou parte de um município. Isso varia de acordo com a quantidade de advogados no local. 
Para se criar uma subseção são necessários pelo menos 15 advogados domiciliados profissionalmente naquela área (com escritório lá, lá atuando). 
Havendo mais de 100 advogados na região, poderá ser criado um conselho de subseção – um órgão dentro da subseção, que lhe permite ter mais competências e atribuições, previstas no art. 61, parágrafo único:
a) Editar seu regimento interno, a ser referendado pelo Conselho Seccional;
b) Editar resoluções, no âmbito de sua competência;
c) Instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento pelo Tribunal de Ética e Disciplina: a decisão ainda caberá ao Conselho Seccional;
d) Receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho Seccional.
Essas quantidades (15 advogados para se criar uma subseção e 100 para se criar um conselho de subseção) poderão ser majorados através do regimento interno do conselho secional. 
A subseção é único órgão autônomo da OAB que não tem personalidade jurídica própria.
Advogados que ocupam cargos na OAB ou em comissões não podem fazer acusação, defesa – salvo em causa própria – ou emitir pareceres em processos disciplinares.
Embora a criação de comissões seja de mera liberalidade, existem 3 comissões que são obrigatórias em todos os conselhos seccionais e subseções que disponham de um conselho (art. 109, § 2º do Regulamento Geral):
· Comissão de direitos humanos;
· Comissão de estágio e exame de ordem (alguns estados as separam em duas);
· Comissão de orçamentos e contas.
IV. Caixas de Assistência dos Advogados:
§ 4º - “As Caixas de Assistência dos Advogados, dotadas de personalidade jurídica própria, são criadas pelos Conselhos Seccionais, quando estes contarem com mais de 1500 inscritos”. Sua sede é a mesma do conselho secional que a criou.
É possível que a própria caixa de assistência crie um plano de saúde e um plano de previdência privada.
§ 5º - “A OAB, por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação a seus bens, rendas e serviços”. O uso do termo “imunidade” é equivocado, uma vez que apenas a CF pode atribui-la. Quando isso é feito por lei, como é o caso, trata-se isenção.
§ 6º - Os atos, as notificações e as decisões dos órgãos da OAB, salvo quando reservados ou de administração interna, serão publicados no Diário Eletrônico da Ordem dos Advogados do Brasil, a ser disponibilizado na internet, podendo ser afixados no fórum local, na íntegra ou em resumo.
Art. 44, RGOAB - As finalidades da OAB, previstas no art. 44 do Estatuto, são cumpridas pelos Conselhos Federal e Seccionais e pelas Subseções, de modo integrado, observadas suas competências específicas
Art. 44 do EOAB – “A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa [...]”.
Assim, o art. 44 diz que a OAB tem personalidade jurídica própria. Porém, os parágrafos do art. 45 atribuem personalidade jurídica própria aos seus órgãos (exceto as subseções - conselho federal, conselho seccional e caixas). Assim, há aparente incongruência, pois a OAB não pode ter uma personalidade jurídica paralela à de seus órgãos. Dessa forma, tem-se que a OAB possui personalidade jurídica própria que é revelada por meio de seus órgãos (com exceção das subseções).
§ 1º - “A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico”. Por isso o STF entendeu que ela não é uma autarquia, mas entidade sui generis.
§ 2º - “O uso da sigla OAB é privativo da Ordem dos Advogados do Brasil”. Assim, nenhuma empresa poderia ser eventualmente registrada com esse nome.

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