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Insuficiência renal -

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GRUPO MADRE TEREZA
COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENFERMAGEM 
 CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM 
ANA FLÁVIA FRANÇA FIGUEIREDO
HELEM CONCEIÇÃO PALHETA SOARES
JULIA PATRICIA DA SILVA RODRIGUES
KELLY ANE SOUZA BELO
LUCAS SERRÃO CORRÊA
INSUFICIÊNCIA RENAL 
Macapá
2022
ANA FLÁVIA FRANÇA FIGUEIREDO
HELEM CONCEIÇÃO PALHETA SOARES
JULIA PATRICIA DA SILVA RODRIGUES
KELLY ANE SOUZA BELO
LUCAS SERRÃO CORRÊA
INSUFICIÊNCIA RENAL 
Trabalho apresentado à Disciplina de Ciências Morfofuncionais III, como requisito avaliativo do Curso de Enfermagem, da Faculdade Madre Tereza.
Orientadora: Profª. Lauriane Valadares 
Macapá
2022
INTRODUÇÃO 
Neste estudo serão abordadas questões relevantes sobre vários aspectos da patologia chamada insuficiência renal, sendo assim, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2007) define insuficiência renal como a perda das funções dos rins, podendo ser aguda ou crônica.
Sabe-se que, o número de casos de pacientes com Insuficiência Renal é amplo, sendo uma problemática frequente nas unidades de saúde. De acordo com Ministério da Saúde (2020), doenças renais são responsáveis por cerca de 2,4 milhões de mortes por ano, sendo a taxa de mortalidade uma estatística crescente. No Brasil, os dados indicam que mais de 10 milhões de pessoas possuem doença real. Sendo assim, é uma temática relevante e urgente para ser tratada em cursos de saúde. 
Portanto, para se chegar ao conteúdo aqui apresentado, em um primeiro momento foi realizada pesquisa bibliográfica exploratória, cuja busca literária foi realizada por meio da base de dados como, artigos, revistas eletrônicas e em livros. Teve como critérios para seleção dos dados alguns parâmetros, tais como, o período de publicação por conta da atualidade da discussão sobre a temática.
1 CONCEITO 
A patologia conhecida como insuficiência renal é uma condição clínica, na qual os néfrons estão com baixa funcionalidade, fazendo-se necessário o tratamento por hemodiálise, ou a filtração artificial de sangue e metabólitos do organismo. (Zurron, 2015)
A doença renal pode evoluir em três fases, sendo a primeira delas assintomática – irá apresentar alguma alteração somente em exames bioquímicos; a pessoa possui perda de filtração glomerular de até 50 a 60%. Já na segunda fase, classificada como compensada, é quando surge a HAS, anemia e possui perda de filtração glomerular entre 60 a 90%. 
Por fim, a terceira e a mais grave fase, que tratam de descompensada, é aquela em que, se o paciente não for dialisado, entra em coma urêmico e, por fim, óbito. Sua perda de filtração glomerular é maior de 90% (DAUGIRDAS; BLAKE; ING, 2008).
A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica (IRC), quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.
1.1 A insuficiência renal aguda (IRA)
A insuficiência renal aguda (IRA) pode ser definida como perda da função renal, de maneira súbita, independentemente da etiologia ou mecanismos, provocando acúmulo de substâncias nitrogenadas (uréia e creatinina), acompanhada ou não da diminuição da diurese.
Os rins são responsáveis pela eliminação de resíduos e líquidos do organismo, além de ter funções, como: regulação da água e outros elementos químicos do sangue; eliminação de medicamentos e toxinas introduzidos no organismo; e liberação de hormônios no sangue. 
De acordo com Nunes et al. (2010), mais de 50% dos casos de IRA são causados pela Necrose Tubular Aguda (NTA) e como segunda causa mais comum, encontra-se a sepse. Além disso, Nunes et al. (201) também chama atenção para a relação da IRA com comorbidades como diabetes e hipertensão arterial, pois estas estão associadas com a perda progressiva de TFG com a idade, que, por sua vez, está relacionada com uma maior incidência de IRA. 
1.2 Insuficiência renal crônica 
De acordo com National Kidney Foundation (2012), a Insuficiência renal crônica significa que os rins foram prejudicados por condições como diabetes, pressão sanguínea alta ou glomerulonefrite. Como consequência, os rins perdem a capacidade de executar as seguintes atividades que ajudam a manter a saúde: 
· Remover resíduos e excesso de líquido do organismo.
· Liberar hormônios que ajudam a controlar a pressão sanguínea 
· Fortalecer os ossos 
· Prevenir anemia aumentando o número de células vermelhas do sangue no organismo. 
· Manter o equilíbrio adequado de importantes elementos químicos no sangue, como o sódio, o potássio, o fósforo e o cálcio. 
· Manter o equilíbrio de ácidos e bases do organismo. 
Quando os rins não estão funcionando bem, os resíduos podem se acumular em altos níveis no sangue e fazer o paciente sentir-se doente. Mesmo antes disso, o paciente pode desenvolver complicações como a pressão sanguínea alta, anemia (baixa quantidade de células no sangue), ossos fracos, saúde alimentar prejudicada e afecções nervosas. 
A insuficiência renal também aumenta a probabilidade de o paciente desenvolver doenças cardíacas e dos vasos sanguíneos. Esses problemas podem ocorrer lentamente durante um longo período de tempo, e muitas vezes sem sintomas.
A ISR pode finalmente chegar à falência renal, exigindo diálise ou transplante de rim para o paciente manter-se vivo. A detecção e o tratamento precoces podem impedir ou retardar essas complicações.
De acordo com Castro (2020), a insuficiência renal crónica apresenta vários estádios ou fases, causas e graus de albuminúria. Os estádios de insuficiência renal crónica são os seguintes:
· Estádio 1 - Filtrado glomerular >= 90 - função renal normal ou elevada;
· Estádio 2 - Filtrado glomerular de 60 a 89 - função renal com diminuição ligeira ou leve;
· Estádio 3a - Filtrado glomerular de 45 a 59 - função renal com diminuição ligeira a moderada;
· Estádio 3b - Filtrado glomerular de 30 a 44 - função renal com diminuição moderada a severa;
· Estádio 4 - Filtrado glomerular de 15 a 29 - função renal com diminuição severa;
· Estádio 5 - Filtrado glomerular <15 - Falência renal (adicionar D se o doente se encontra em diálise).
Os exames realizados para diagnosticar tanto a IRC como a IRA, são exames laboratoriais de urina e sangue, medindo o sódio (Na), ureia e creatinina e, na urina, a osmolaridade urinária; ainda é possível utilizar-se de radiografia do abdômen e biópsia renal (DURÃO JUNIOR et al., 2001).
De acordo com Daugirdas, Lake e Ing (2008), com relação à dieta, deve-se estar atento, pois os rins perdem a capacidade de adaptação à ingestão de vários alimentos e fluídos, devendo-se manter um balanço adequado de sódio (Na), potássio (K), cálcio (Ca), fósforo (P) e água (H2O). O sódio possui a função de facilitar a transmissão de impulsos nas fibras nervosas e musculares, e participa no equilíbrio acidobásico pela combinação de bicarbonato e cloreto. Seus valores devem estar entre 136 a 145 miliequivalente por litro (mEq/l). 
Quando há queda significativa do sódio, chamada de hiponatremia, a pessoa passa a apresentar sintomas como cãibras, vômitos, diarreia, cefaleia, vertigem, confusão mental, convulsões e coma. Isso se dá devido às glândulas suprarrenais enviarem aldosterona para os rins, onde o sódio é reabsorvido. 
Já quando há uma elevação do valor dessa substância, hipernatremia, os sintomas passam a ser de sede, taquicardia, membrana mucosa desidratada, letargia e convulsões devido ao aumento da reabsorção tubular de água (PEDROSO; OLIVEIRA, 2007).
2. FISIOPATOLOGIA 
A fisiopatologia da insuficiência renal, aguda ou crónica, pode ter diversos níveis, vai depender da complexidade e do avanço da doença. Neste sentido a seguir mostraremos a fisiopatologia tanto da insuficiência renal Crônica (IRC), quanto dá a insuficiência renal aguda (IRA). 
A insuficiência renal Aguda (IRA), é dividida em três etiologias diferentes: a pré-renal, que consiste em doenças que ocasionam hipoperfusão real, mas sem comprometimento do parênquima; renal, que se refere doenças que afetam de forma direta o parênquima; e pós-real, as quais estão relacionadas a obstruçãodo trato urinário. 
IRA Pré-renal
A IRA pré-renal ocorre como uma resposta fisiológica do rim à diminuição na perfusão sangüínea renal, seja por hipovolemia absoluta (por exemplo, sangramentos, diarréia) ou hipovolemia relativa (por exemplo, sepse, insuficiência cardíaca, hepatopatia). A IRA pré-renal é a causa mais comum de IRA. Em resposta às alterações na pressão de perfusão renal, ocorre a auto-regulação do fluxo sangüíneo renal e da FG mediante mecanismos neuro-humorais que levam à vasodilatação das arteríolas aferentes e vasoconstrição das eferentes. 
Alterações na perfusão renal que suplantem a auto-regulação e/ou o uso de drogas que interfiram nesse mecanismo (como antiinflamatórios não-hormonais e inibidores da enzima conversora de angiotensina – ECA) culminam com a redução da FG e conseqüente IRA pré-renal. Geralmente reversível e sem representação histológica, pode progredir para necrose tubular aguda (NTA) isquêmica se não for tratada adequadamente. (MARTINS, ABDULKADER. 2010 )
 
IRA Renal
A IRA renal pode ter origem isquêmica ou nefrotóxica. A principal causa de IRA renal é a NTA que, em conjunto com a IRA pré-renal, é responsável por aproximadamente 75% dos casos de IRA. A sua patogênese envolve alterações do endotélio, com conseqüente vasoconstrição, e da estrutura e composição bioquímica das células tubulares, resultando em alteração de sua função e morte celular, tanto por necrose quanto apoptose. 
Uma vez instalada, resulta em descamação do epitélio tubular, obstrução intraluminal e vazamento transtubular do filtrado glomerular. Todo esse processo está associado a recrutamento e ativação de células inflamatórias. A recuperação da função renal requer a depuração das células tubulares inviáveis e de debris, além de regeneração e reparo das células viáveis. (MARTINS, ABDULKADER. 2010 )
 
IRA Pós-renal 
 A IRA pós-renal (após a formação do filtrado glomerular) é classificada como intra-renal (obstrução do fluxo do fluido tubular) ou extra-renal. A precipitação intratubular de cristais insolúveis ou proteínas leva à obstrução intratubular, aumentando assim a pressão intratubular que se opõe à pressão hidrostática glomerular, com consequente diminuição da pressão de ultrafiltração e redução na FG. 
De forma semelhante, a obstrução das vias urinárias em qualquer nível extra renal (pelve, ureteres, bexiga e uretra) pode levar a IRA pós-renal. Deve-se lembrar que, no caso de obstrução de pelve ou ureter, somente ocorrerá IRA quando a obstrução for bilateral ou quando ocorrer em rim único funcionante. A reversibilidade da IRA pós-renal depende da duração e da intensidade da obstrução, o que aponta para a necessidade de tratar rapidamente. (MARTINS, ABDULKADER. 2010 )
No que diz respeito a insuficiência renal Crônica (IRC), de acordo com Barros (2013), a fisiopatologia da é a perda progressiva da função renal devido à deterioração e destruição dos néfrons, que são as unidades funcionais dos rins. Quando os rins perdem sua capacidade de realizar sua função, eliminar as toxinas que são liberadas pelo metabolismo, é necessário submeter o doente a um tipo de tratamento que substitui a função renal.
De acordo com Sanar (2021) a IRC caracteriza-se por dois amplos grupos gerais de mecanismos lesivos:
1. Mecanismos desencadeantes específicos da etiologia subjacente, por exemplo anormalidades do desenvolvimento ou da integridade renal determinadas geneticamente, deposição de imunocomplexos e inflamação em alguns tipos de glomerulonefrite, ou exposição a toxinas em algumas doenças dos túbulos e do interstício renais.
2. Um conjunto de mecanismos progressivos que envolvem hiperfiltração e hipertrofia dos néfrons viáveis remanescentes, que são consequências comuns da redução prolongada da massa renal, independentemente da etiologia primária
3 DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM 
O diagnóstico precoce e o encaminhamento para o médico especialista são etapas essenciais no manuseio dos pacientes portadores da doença, pois possibilitam a educação no tratamento e a implementação de medidas preventivas que retardam ou mesmo interrompem a progressão para os estágios mais avançados.
Segundo (NANDA, 2009) é possível relacionar principais diagnósticos de enfermagem encontrados em portadores de insuficiência renal crônica. O autocontrole ineficaz da saúde é relacionado ao regime terapêutico de forma complexa, evidenciado por falha em incluir regimes de tratamento a vida diária. Outro bem característico é o volume de liquido excessivo, ocasionado aos mecanismos regulados comprometido, causando edema, eletrólitos alterados, ganho de peso em um curto período. O paciente pode apresentar como risco o desequilíbrio eletrolítico, devido a disfunção renal.
O Diagnóstico de enfermagem, é feito através da avaliação cuidadosa dos dados; os sintomas podem ser fisiológicos, comportamentais, psicossociais ou espirituais. Vargas e França (2007) afirmam que, quando o enfermeiro não faz o diagnóstico de enfermagem, ele não vê o paciente como um todo, passando a simplificar os cuidados, sendo que os problemas talvez não sejam solucionados. Muitas vezes, prescreve cuidados que não possuem relação com as queixas encontradas. 
Os diagnósticos podem ser classificados em: real, de promoção de saúde, de risco, de síndrome e de bem-estar. No diagnóstico real, são retratados os problemas existentes no presente, sendo carregado pelas características definidoras: “[...] é sustentado pelas características definidoras (manifestações, sinais e sintomas), que se agrupam em padrões de indícios ou inferências relacionados” (NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION, 2010). 
O diagnóstico de risco revela o que poderá acontecer se outras medidas não forem tomadas; se vão existir os fatores de risco. O Diagnóstico de enfermagem é formado pelo enunciado diagnóstico, que seria o nome estabelecido, características definidoras, que são os indícios ou inferências observados e fatores relacionados – fatores que têm alguma relação com o diagnóstico encontrado (ARAÚJO, ET AL. 2014).
Portanto, de acordo com Pereira et al (2017), O diagnóstico de enfermagem permite o enfermeiro junto à equipe de enfermagem uma melhor qualidade de vida, permitindo aumento da expectativa de vida. Os profissionais da enfermagem devem manter atualizados seus conhecimentos científicos, para o aperfeiçoamento da assistência prestada. 
4 SINAIS E SINTOMAS 
Quando a insuficiência renal dura por algum tempo, a pressão arterial frequentemente sobe. Os rins perdem a sua capacidade de produção de quantidades suficientes de um hormônio (eritropoietina) que estimula a formação de novos glóbulos vermelhos, resultando em contagem baixa dos glóbulos vermelhos (anemia). 
Os rins também perdem a sua capacidade de produzir níveis suficientes de calcitriol (a forma ativa da vitamina D), que é vital para a saúde óssea. Em crianças, a insuficiência renal afeta o crescimento dos ossos. Em crianças e adultos, a insuficiência renal pode levar a ossos mais fracos e anormais. (MALKINA, 2020)
Sintomas de Insuficiência renal aguda
Sinais e sintomas de insuficiência renal aguda podem incluir:
· Diminuição da produção de urina, embora, ocasionalmente, a urina permaneça normal
· Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos ou pés
· Sonolência
· Falta de fome
· Falta de ar
· Fadiga
· Confusão
· Náusea e vômitos
· Convulsões ou coma, em casos graves
· Dor ou pressão no peito.
Às vezes, insuficiência renal aguda não causa sinais ou sintomas e é detectada através de testes de laboratório realizados por outra razão. (BRASIL, 2011)
Sintomas de Insuficiência renal crônica 
Nos estágios iniciais da doença renal crônica o paciente pode ser assintomático, ou seja, a doença pode passar despercebida. Por isso a importância dos fatores de risco. O exame de creatinina sérica e dois exames de urina, a urina tipo I e a pesquisa de albumina na urina devem ser solicitados a todos os indivíduos que possuem algum fator de risco para a doença renal crônica.
De acordo com Neto (2021), o maior problema dainsuficiência renal crônica é o fato de que o organismo se adapta ao mau funcionamento dos rins. Com isso, até mesmo pacientes com a doença em estágio mais avançado podem nunca ter manifestado qualquer sintoma. 
Ainda assim, existem sinais físicos que são notados nesses estádios mais graves da doença, sendo:
· Anemia;
· Alteração da pressão arterial;
· Inchaço nos membros inferiores.
Em fase terminal, quando os rins já não conseguem mais funcionar, a falência desencadeia:
· Cansaço;
· Náuseas e vômitos;
· perda de apetite;
· Falta de ar;
· emagrecimento;
· Hálito forte;
· Inchaços generalizados.
5 TRATAMENTO 
O tratamento da insuficiência renal é diferenciado dependendo se a insuficiência é aguda ou crónica e do seu estádio ou evolução. De acordo com Tua Saúde (2021), após a detecção de insuficiência renal crónica devem ser instituídas medidas para atrasar a sua progressão:
· Controlo da hipertensão arterial;
· Utilização de fármacos específicos para redução da proteinúria (inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou bloqueadores da angiotensina II);
· Evitar nefrotóxicos e de produtos de contraste intravenosos;
· Alterações na dieta, através de restrição no consumo de proteínas (carne, o peixe, leite e derivados).
· Deixar de fumar;
· Tratamento de valores elevados do colesterol;
· Tratamento da acidose metabólica com bicarbonato oral.
A abordagem terapêutica (medicamentos ou remédio) da insuficiência renal crónica “pré-dialítica” (estádios 1 a 4) é múltipla porque se dirige a patologias e complicações diversas, já referidas. Deve ser orientada por nefrologistas, pelo menos dos estádios 3 ao 5.
A insuficiência renal aguda é uma entidade que pode ser diagnosticada em ambulatório, mas em quase todas as situações relevantes os doentes encontram-se internados no hospital. A medicação efetuada nestes casos é, em muitos casos, idêntica à da IRC.
O tratamento da insuficiência renal aguda grave e da insuficiência renal crónica estádio 5 pode implicar um tratamento de substituição da função renal, a diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal). Este tratamento é definido como um procedimento que limpa e filtra o sangue, liberta o corpo dos resíduos prejudiciais, do excesso de sal e de líquidos, controlando a pressão arterial e ajudando o organismo a manter o equilíbrio de substâncias químicas como o sódio, o potássio e cloretos. (BARROS, 2013)
No contexto da insuficiência renal aguda com implicação dialítica, a terapêutica mais habitual é a hemodiálise. Em ambiente de cuidados intensivos pode ser necessário utilizar outras formas de diálise, como por exemplo a hemofiltração.
6 COMPLICAÇÕES 
As complicações da insuficiência renal são variadas, desde alterações hídricas e electrolíticas como a elevação do potássio sérico, acidose metabólica, hiper-hidratação (edemas, hipertensão arterial, congestão pulmonar), hipocalcemia e hiperfosfatemia. (CASTRO, 2020)
As complicações da insuficiência renal aguda incluem danos permanentes nos rins, podendo causar insuficiência renal crônica, acúmulo de líquidos nos pulmões ou edema pulmonar, arritmia cardíaca, fraqueza muscular ou acidose metabólica.
Neste sentido, a Insuficiência renal crônica pode levar a complicações de saúde graves, como:
· Anemia
· Hemorragia gástrica ou intestinal
· Dor nos ossos, nas articulações e nos músculos
· Alterações da glicemia
· Danos aos nervos de pernas e braços (neuropatia periférica)
· Demência
· Acúmulo de líquido ao redor dos pulmões (derrames pleurais)
· Insuficiência cardíaca congestiva
· Doença arterial coronariana
· Hipertensão
· Pericardite
· Derrame
· Níveis altos de fósforo
· Níveis altos de potássio
· Hipertireoidismo
· Maior risco de infecções
· Lesões ou insuficiência hepática
· Desnutrição
· Abortos espontâneos e infertilidade
· Convulsões
· Debilidade dos ossos e maior risco de fraturas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise do assunto em questão cabe ressaltar a importância do enfermeiro no cuidado com paciente renal, o qual exerce função não apenas como um profissional da saúde, mas também como educador. Por esse motivo é um dos grandes responsáveis por incentivar o autocuidado à saúde, visto que desenvolve a atuação mais próxima aos indivíduos e em seu contexto do processo saúde-doença-cuidado.
Assim, o enfermeiro deve atuar na prevenção da doença renal, bem como na proteção e reabilitação frente às repercussões de quando se instala a doença. Isso se dá através de uma assistência prestada de forma sistemática aos indivíduos tanto na atenção básica, que envolve os serviços primários de saúde quanto nos serviços secundários e terciários em saúde.
Com isso, elucidou-se a importância de se estudar mais a temática, devido a sua relevância, assim como também se mostrou essencial compreender a complexidade por trás desta doença, visando adquirir conhecimentos necessários para auxiliar os pacientes. 
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Meiriele Tavares, et al. Diagnósticos de enfermagem em um paciente portador de insuficiência renal crônica. SynThesis Revista Digital FAPAM, Pará de Minas, v.5, n.5, 302 - 327, abr. 2014. 
BARROS, Paula de. Análise da capacidade funcional e dor em pacientes que realizam hemodiálise. Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 21 a 24 de outubro, 2013. Disponível em: http://www.unoeste.br/site /enepe/2013/suplementos/area/Vitae/Fisioterapia/%20funcional%20e%20dor %20em % 20pacientes% .pdf. Acesso em: 14/04/2022
BRASIL. Ministério da Saúde. Insuficiência renal. Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/insuficiencia-renal-cronica/#:~:text=Insu fici%C3%AAncia20renal%20%C3%A9%20a%,%C3%A9%20lenta%2C%20progressiva%20e. Acesso em: 16/04/2022
CASTRO, Rui. Doença renal. Disponível em: https://www.saudebemestar.pt /pt/medicina/nefrologia/insuficiencia-renal/#:~:text=As%20complica%C3%A7%C3% B5es%20da%20insufici%C3%AAncia%20renal,pulmonar)%2C%20hipocalcemia%20e%20hiperfosfatemia. Acesso em: 16/04/2022
DAUGIRDAS, John T.; BLAKE, Peter G.; ING, Todd S. Manual de diálise. 4. Ed, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008.
MALKINA, Anna. Considerações gerais sobre a insuficiência renal. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1ri os/insufici%C3%AAncia-renal/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-insufici %C3%AAncia-renal. Acesso em: 12/04/2022
MARTINS, Amanda Francisco. ABDULKADER, Regina. Insuficiência Renal Aguda. Disponível em: https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/102 /insuficiencia _renal_aguda.htm. Acesso em: 17/04/2022 
NANDA. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009-2011/ NANDA International; tradução Regina Machado Garcez. - Porto Alegre: Artmed, 2010.
NATIONAL KIDNEY FOUNDATION. Pressão Sanguínea Alta e Insuficiência Renal Crônica. Nova York, 2012. 
NETO, Ámerico Lourenço. Doença renal crônica: quais os sintomas e como tratar? Disponível em: https://chocairmedicos.com.br/doenca-renal-cronica-quais-os-sintomas-e-como-tratar/ Acesso em: 18/04/2022
NUNES, Tiago F, et al. Insuficiência renal aguda. Simpósio: Condutas em enfermaria de clínica médica de hospital de média complexidade - Parte 2 Capítulo VI. Medicina (Ribeirão Preto) 2010;43(3): 272-82. 
NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2007-2008. Porto Alegre: Artmed; 2008.
OLIVEIRA, Missilene P.; FERRARI, Douglas. Formas de tratamento ao portador de insuficiência renal crônica. Revista Intensiva, São Paulo, n. 24, p. 24-28, fev./mar. 2010.
PEDROSO, Ênio P.; OLIVEIRA, Reynaldo G. Clínica médica: medicamentos e rotinas médicas. Belo Horizonte: Blackbook, 2007.
PEREIRA, Karina Cassia, et al. Principais diagnóstico de enfermagem aplicada ao portador de insuficiência renal. Revista Saúde em Foco – Edição nº 9 – Ano: 2017. 
SANAR. Resumo de doença renal crônica: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-doenca-renal-cronica-epidemiologia-fisiopatologia-diagnostico-e-tratamento.Acesso em: 12/04/2022
SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA (SBN). Insuficiência Renal Aguda. Comitê de Insuficiência Renal Aguda da Sociedade Brasileira de Nefrologia: São Paulo, 2007. Disponível em: https://arquivos.sbn.org.br/uploads/Diretrizes_Insufi ciencia_Renal_Aguda.pdf. Acesso em: 12/04/2022
TUA SÁUDE. Tratamento da insuficiência renal, 2021. Disponível em: https://www.tuasaude.com/tratamento-da-insuficiencia-renal/
ZURRON, Ana Cláudia Bensuaski Paula. Ciências morfofuncionais dos sistemas digestório, endócrino e renal, Londrina, Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2015. 240 p.

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