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Com base nessas informações iniciais, pensando nos passos do psicodiagnóstico com base em um modelo psicológico de natureza clínica, aponte, pelo menos, três estratégias iniciais que irão compor seu processo de psicodiagnóstico, justificando sua escolha. Como proposto por Werlang, devemos antes de ter o primeiro contato com a criança, realizar uma entrevistar com os pais, está entrevista terá como objetivo obter as informações mais abrangentes possíveis sobre a queixa e sobre a criança (aspectos do desenvolvimento, primeiros anos de vida, comportamentos em casa e em outros ambientes, fatos marcantes que possam ter chamado a atenção, entre outros). Explicando também aos pais a importância de eles deixarem a criança ciente dos motivos pelos quais ela está sendo levada para aquele local (clínica psicológica). Após isso, iria realizar uma entrevista lúdica onde iria oferecer a Mariana a oportunidade de brincar, como deseje, com todo o material lúdico disponível na sala, esclarecendo sobre o espaço onde poderá brincar, sobre o tempo disponível, sobre os papéis dela e o meu como psicólogo. Ao mesmo tempo, assumiria o papel de um observador ativo, buscando compreender as relações e as representações de Mariana com os brinquedos, correlacionando-as com os objetivos definidos para a análise. Sempre me atentando a importância de fazer perguntas sobre a brincadeira e formulando hipóteses. Também utilizaria de outras ferramentas que trazem informações de forma mais sistematizada, como os testes e as escalas psicológicas caso percebesse que o conteúdo trago durante a nossa entrevista não tenha sido o suficiente. Entre esses testes podemos citar: Children’s apperception test (CAT, ou teste de apercepção temática para crianças): permite a investigação da personalidade e o estudo da dinâmica significativa das diferenças individuais na percepção de estímulos padronizados, que refletem o conteúdo latente e os processos psíquicos da criança. Ele é dividido em CAT-A (figuras de animais) e CAT-H (figuras humanas). Desenho da figura humana (DFH): utilizado para avaliação da maturidade conceitual, personalidade e ajustamento emocional e até aspectos específicos, como a ansiedade. É amplamente aceito pelas crianças, pois trata-se do desenho de uma figura humana, além de ser de fácil aplicação. House, tree and person (HTP, ou casa, árvore e pessoa): um teste projetivo que, por meio do desenho de uma casa, uma árvore e uma pessoa, torna possível realizar análises da personalidade do sujeito, da relação dele com ele mesmo e da inter-relação com familiares. É indicado para crianças a partir dos 8 anos.
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