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Prof. MSc. Mauro Duarte UNIDADE I Composição dos Alimentos A nutrição é definida como o conjunto de processos biológicos em que os organismos vivos assimilam os nutrientes por meio da utilização/ ingestão/consumo dos mais diversos alimentos e substâncias similares, o que permite que realizem as variadas funções. Nutrição Fonte: https://querobolsa.com.br/revista/quais-sao-as-areas-de-atuacao-da-nutricao Alimentos são produtos de composição complexa que, em seu estado natural ou processados, são consumidos pelo homem para satisfazer suas necessidades nutricionais (nutrientes) e sensoriais (sabor, odor ou cheiro, cor, textura ou consistência). Portanto, não adiantaria consumirmos os alimentos se eles não fossem compostos de nutrientes. Características dos alimentos e seus nutrientes Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fic heiro:Meuprato.png Alimentação regular Nutrientes são substâncias contidas nos alimentos que, a partir do momento que são ingeridas, o organismo utiliza, transforma, processa e incorpora a seus próprios tecidos, para realizar três funções básicas e de altíssimo grau de importância: Definição de nutrientes e caracterização química dos componentes alimentares Gerar energia Regular o metabolismo Formar estruturas Fonte: www.vivosano.org/nutrientes- que-son-y-como-te-ayudan/ Carboidratos (glicídios, sacarídeos, amidos ou açúcares); Lipídeos (gorduras ou lípides); Proteínas (prótides ou protídeos); Minerais (cálcio, fósforo, ferro, zinco, entre outros); Vitaminas (A, B, C, entre outras); Água. Os nutrientes Fonte: http://rvq-sub.sbq.org.br/index.php/rvq/issue/view/19 H H H H N C C O O R Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza, provenientes do processo de fotossíntese das plantas, sendo utilizados como fonte de energia ou formação de estruturas. São classificados em monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos; quanto ao número de subunidades glicosídicas. Carboidratos Fonte: livro-texto Monossacarídeos Oligossacarídeos Polissacarídeos Os monossacarídeos são as unidades mais simples de carboidratos, conhecidos como açúcares simples de cadeia linear (até 7 carbonos), solúveis em água, incolores, cristalizáveis e de sabor adocicado. Principais monossacarídeos: Glicose: principal produto da “quebra” (hidrólise) de carboidratos mais complexos, os polissacarídeos, encontrados em cereais, frutas e hortaliças. Encontra-se livre em frutas e em xarope de milho, certas raízes, mel e cana-de-açúcar. Frutose: encontrada, principalmente, em frutas, hortaliças e mel. Cor branca, inodora e cristalizável. É o mais doce dos açúcares simples. Monossacarídeos Galactose: proveniente da hidrólise da lactose, dissacarídeo do leite e seus derivados, ou seja, raramente é encontrada livre na natureza, estando, quase sempre, associada à glicose para formar a lactose (açúcar do leite). Ribose: é derivada do ácido nucleico da carne. Faz parte da estrutura do RNA e de diversos nucleotídeos responsáveis pelo metabolismo, como a adenosina trifosfato (ATP). Manose: encontrada naturalmente em algumas árvores e frutas, como a amora. Xilose: presente em madeiras e associada à celulose, usada como substituto da sacarose para diabéticos. Monossacarídeos Também conhecidos como açúcar duplo, são a combinação de 2 monossacarídeos unidos por ligação glicosídica. Os três dissacarídeos com significado nutricional apresentam a glicose como seu principal componente: Monossacarídeos + monossacarídeos = dissacarídeos sacarose → glicose + frutose lactose → glicose + galactose maltose → glicose + glicose Monossacarídeo Monossacarídeo Ligação glicosídica Sacarose: é o dissacarídeo dietético mais comum. Açúcar branco, formado por glicose e frutose. Ocorre naturalmente na maioria dos alimentos que contém CHO, em particular, açúcar de cana e de beterraba, açúcar mascavo, xaropes e mel. Tem rápida absorção e metabolização. Eleva glicemia e fornece energia imediata para a atividade física, contribuindo para a formação das reservas de glicogênio. Dissacarídeos Fonte: https://pixabay.com/photos/lump-sugar- sugar-cubes-sweet-food-548647/ Lactose: principal açúcar presente no leite e nos derivados. É produzida quase que exclusivamente nas glândulas mamárias da maioria dos animais lactentes, mas pode ser processada artificialmente. Não é encontrada nas plantas. É composta de glicose e galactose, sendo o açúcar menos doce e o menos solúvel dos dissacarídeos. Parte considerável da população humana possui capacidade limitada de produzir a enzima lactase, que hidrolisa a lactose, após o desmame. Durante a produção do queijo e do iogurte, parte da lactose do leite é convertida em ácido láctico, ficando no soro. Dissacarídeos Maltose: também chamada de açúcar do malte, é formada por duas moléculas de glicose, é resultado da quebra (digestão ou hidrólise) de polímeros de amido presentes nos cereais em fase de germinação e nos derivados do malte. Pouco encontrada na forma natural, mas é utilizada como um aditivo em produtos industrializados (exemplo: cerveja, e como adoçante nos produtos comercializados como “sem açúcar”). Fontes: beterraba, cereais e sementes em fase germinativa. Dissacarídeos Fonte: https://pixabay.com/photos/honey- sweet-syrup-organic-golden-1006972/ São monossacarídeos unidos por meio de ligação glicosídica, podendo variar de 2 a 10 monossacarídeos (mas se aceita até 20). Por serem formados por mais de um tipo de açúcar, necessitam ser quebrados para serem absorvidos pelo organismo. Podem ser classificados em: Dissacarídeos (já apresentados): ligações entre 2 unidades de monossacarídeos. Trissacarídeos: ligações entre 3 unidades de monossacarídeos. Tetrassacarídeos: ligações entre 4 unidades de monossacarídeos. Oligossacarídeos (incluem os dissacarídeos) Há dois oligossacarídeos de importância nutricional: Rafinose: trissacarídeo (galactose + glicose + frutose). As principais fontes são açúcar de beterraba e melaço de cana-de-açúcar. Estaquiose: tetrassacarídeo (galactose + galactose + glicose + frutose). As fontes são as leguminosas (feijão, ervilha, soja, tremoço) e abóbora. Oligossacarídeos (incluem os dissacarídeos) Frutoligossacarídeos (FOS): estão presentes em alho-poró, alcachofra-de-Jerusalém, yacon, aspargo, raiz de chicória, aveia, cebola e alho. Galactoligossacarídeos (GOS): estão presentes em lentilha, grão-de-bico, feijões, favas, ervilhas e tremoço. Sua ingestão aumenta a proliferação das bactérias dos gêneros Bifidobacterium e Lactobacillus, consideradas probióticos, no trato intestinal, por isso eles são considerados ingredientes probióticos. Oligossacarídeos não digeríveis Fonte: http://isabeladavid.com/prebioticos/que- son-alimentos-prebioticos-y-probioticos São monossacarídeos unidos por ligação glicosídica, podendo apresentar milhares de monossacarídeos. Possuem alto peso molecular e são insolúveis em água. Ao contrário dos açúcares, não são doces, mas responsáveis por uma importante característica sensorial dos alimentos: textura (viscosidade, gelatinização, consistência). Podem ser classificados pelo tipo de monossacarídeo: Homopolissacarídeo: polímero formado por um único tipo de monossacarídeo, como amido, glicogênio e celulose. Heteropolissacarídeo: polímero que contém mais de um tipo de monossacarídeo, como a pectina. Polissacarídeos ou glicanos Glicogênio: armazenado no fígado eno músculo, possui grande importância para a manutenção dos níveis séricos de glicose durante a produção de energia imediata para as contrações musculares e durante período prolongado de jejum, como no sono. Amido: é um polissacarídeo encontrado nos vegetais, como cereais, raízes, tubérculos, leguminosas e outros. É o polissacarídeo mais simples encontrado na natureza, em que é armazenado nas células vegetais, como reserva de nutrientes, formando partículas características denominadas de grânulos. Quanto maior a produção de CHO pela planta durante a fotossíntese, maior a taxa de formação de amido. Polissacarídeos ou glicanos Maltodextrina: esse polímero de glicose fornece energia devido ao mecanismo enzimático que ocorre no intestino, até sua forma mais simples, glicose. Evita, deste modo, picos glicêmicos, além de ser ótimo precursor para a síntese de glicogênio muscular. Celulose: como os outros materiais fibrosos, é resistente às enzimas digestivas humanas, não sendo digerida. Um de seus papéis é ajudar no bom funcionamento do intestino, formando o bolo fecal. Quitina: estrutural, semelhante à celulose, também é utilizada como sustentação. Presente na carapaça de crustáceos, como caranguejo e siri. Pectina: não digerível que absorve água e forma gel, retardando o esvaziamento gástrico. Está presente na casca de frutas. Utilizada em geleias, marmelada e como estabilizante em bebidas e sorvetes. Polissacarídeos ou glicanos Como são classificados os carboidratos? Dê exemplos de cada um deles. Interatividade Fonte: https://efivest.com.br/horas/relogio/ Como são classificados os carboidratos? Dê exemplos de cada um deles. São classificados quanto ao número de subunidades glicosídicas. Ex.: monossacarídeos são as unidades mais simples de carboidratos, conhecidos como açúcares simples de cadeia linear (até 7 carbonos). Oligossacarídeos são monossacarídeos unidos por meio de ligação glicosídica, podendo variar de 2 a 10 monossacarídeos (mas aceita até 20). Polissacarídeos são monossacarídeos unidos por ligação glicosídica, podendo apresentar milhares de monossacarídeos. Resposta Existem locais nos grânulos de amilose e amilopectina de maior resistência à penetração da água e à hidrólise. Desta forma, o amido é praticamente insolúvel em água fria, podendo absorver até 30% do seu peso, sem aumentar o volume. Quando aquecido, aumenta a quantidade de água absorvida e, com isso, o volume dos grânulos cresce, passando a ocupar todo o espaço possível, acarretando uma perda da sua cristalinidade. Gelatinização Gelatinização Fonte: http://nutriagindo.blogspot.com/2014/11/amido.html Gelatinização do amido Molécula de água Molécula de amido As moléculas de amido retêm a água e formam um gel Grânulo de amido Grânulo inchado Grânulo rebentado Caramelização: processo no qual açúcares são aquecidos na ausência de compostos que contêm nitrogênio (proteínas), sofrendo desidratação e condensação, formando composto ligeiramente colorido, o caramelo. Quando a reação de aquecimento continua, mais moléculas são formadas e o sabor fica amargo. Os tipos de açúcares usados na caramelização são sacarose, glicose e melado. O caramelo é utilizado como corante em bebidas alcoólicas, como cervejas, também em molhos de carne e temperos. Reações de escurecimento não enzimático nos alimentos Fonte: livro-texto Fases da caramelização Reação de Maillard: açúcares redutores (aldeído) reagem em meio aquoso com compostos contendo nitrogênio (proteínas), formando pigmento escuro denominado melanoidina. A reação ocorre entre um grupo carbonila (C=O) e um grupo amino (NH2). Principal causa do escurecimento durante o aquecimento e o armazenamento prolongados de produtos. Reações de escurecimento não enzimático nos alimentos Fonte: https://pixnio.com/pt/pagina/4?s=queijo Reação de Maillard: É indesejável nutricionalmente, pois reduz a digestibilidade da proteína, inibe a ação de enzimas digestivas e destrói nutrientes como aminoácidos essenciais e acido ascórbico (vitamina C). É desejável pela indústria alimentícia, já que confere cor e sabor aos alimentos, como doce de leite, produtos cárneos assados, cebolas caramelizadas, pães e bolos. Reações de escurecimento não enzimático nos alimentos Fonte: https://pixabay.com/photos/barbecue- barbeque-bbq-beef-1239434/ As fibras alimentares (FA) são carboidratos não digeríveis presentes nos alimentos. Deriva-se, principalmente, da parede celular e de estruturas intercelulares de vegetais, frutos e sementes. Tipos e classificação: Fibras dietéticas: CHO não digeríveis, intactas nas plantas. Fibras funcionais: CHO não digeríveis isolados, que podem exercer efeitos fisiológicos benéficos à saúde. Fibras totais: somatório das fibras dietéticas e funcionais. Fibras solúveis. Fibras insolúveis. Fibras alimentares Função e fontes alimentares: Fibras insolúveis: cereais integrais, casca de legumes, vegetais folhosos e farelos. Funções: retenção de água; não viscosa; pouco fermentável. Retardamento da absorção de glicose e a hidrólise do amido. Formação do bolo fecal, diminuindo a pressão intraluminal no cólon e acelerando o trânsito intestinal. Consistência resistente: maior tempo de mastigação do alimento, estimulando a secreção salivar. Não alteração da glicemia pós-prandial nem dos níveis de colesterol sanguíneo. Consumo excessivo de fibras insolúveis leva à redução da absorção de cálcio, ferro e zinco. Fibras alimentares Função e fontes alimentares: Fibras solúveis: polpas de frutas, legumes, leguminosas, aveia e feijão. Funções: formam gel (viscosas); Promovem a sensação de saciedade; São altamente fermentáveis; Reduzem a velocidade de absorção de glicose e colesterol; Aumentam o tempo do trânsito intestinal, moderando o esvaziamento gástrico; Diminuem a glicemia pós-prandial. Fibras alimentares As proteínas são formadas por moléculas menores, os aa (cadeia peptídica). Existem mais de 300 aa, porém apenas 20 são constituintes dos mamíferos. Metade do conteúdo proteico humano é composto de miosina, actina, colágeno e hemoglobina. Dentre os 20 aa, existem 9 que são conhecidos como essenciais ou indispensáveis: Proteínas Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido Fenilalanina (Phe) Histidina (His) Isoleucina (Ile) Leucina (Leu) Lisina (Lys) Metionina (Met) Treonina (Thr) Triptofano (Trp) Valina (Val) H H H H N C C O O R Semiessenciais ou condicionalmente indispensáveis: Sintetizadas a partir de uma essencial ou síntese limitada em condições fisiopatológicas especiais. Na falta delas, tornam-se essenciais. 6 aa: Arginina (Arg) Cisteina/cistina (Cys) Glicina (Gly) Glutamina (Gln) Prolina (Pro) Tirosina (Tyr) Proteínas Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido H H H H N C C O O R Não essenciais ou dispensáveis: 5 aa: Alanina (Ala) Ácido aspártico (Asp) Ácido glutâmico (Glu) Asparagina (Asn) Serina (Ser) Proteínas Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Amino%C3%A1cido H H H H N C C O O R Proteínas da carne: actina e miosina (músculo). Proteína do leite: caseína. Proteína da clara de ovo: albumina. Proteínas da gema de ovo: lipovitelina e fosfovitina (fosvitina). Proteínas do trigo: gliadina e glutenina. Funções: Hormonal: atua em algumas funções específicas do corpo (insulina e bílis). Defesa: os anticorpose as plaquetas são constituídos por proteínas, começam a agir quando nos machucamos ou algum corpo estranho invade o organismo. Proteínas: função e fontes alimentares Funções: Estrutural: confere rigidez a alguns tecidos, como colágeno, queratina, albumina, fibrinogênio, esqueleto, musculatura, cartilagem. Tecidos conjuntivos, epiteliais e nervoso. Inclui a regeneração de tecidos. Energética: principalmente no desenvolvimento de bebês e crianças. Enzimática: catalisadores bioquímicos (lipases, proteases, insulina). Transporte: nutrientes e metabolitos (hemoglobina e transferrina), por meio de membranas biológicas e nos diversos fluidos fisiológicos. Proteínas: função e fontes alimentares Temos, ainda: Coagulação sanguínea (fibrina); Contração muscular (actina e miosina); Regulação da transcrição gênica (DNA e RNA); Reparo de proteínas teciduais corpóreas gastas (anabolismo) resultantes do contínuo desgaste natural (catabolismo) que ocorre no organismo; Utilização para construir tecidos (anabolismo), pois fornecem os blocos de aa para a construção; São fontes de calor e energia; Fornecem aa essenciais; Contribuem para vários fluidos e secreções corpóreas essenciais. Proteínas: função e fontes alimentares Estuda-se o balanço de nitrogênio para determinar a amplitude da utilização de proteínas. No balanço de nitrogênio ou equilíbrio, a ingestão e a excreção de nitrogênio são iguais. Balanço positivo: se a ingestão de nitrogênio for maior que a quantidade na urina, fezes e outras perdas. Balanço negativo: excreção de nitrogênio maior que o consumo. Proteínas: balanço de nitrogênio O valor biológico é alto ou baixo dependendo da integralidade com a qual a proteína fornece aminoácidos essenciais. Os alimentos com alto valor biológico são os de origem animal. A maioria dos grãos e dos vegetais tem valor biológico baixo ou mediano. As proteínas podem, ainda, ser total ou parcialmente incompletas. A variedade de alimentos em uma refeição, com combinação de proteínas completas e incompletas em quantidade suficiente, é capaz de complementar e suplementar umas às outras, a fim de fornecer todos os aa essenciais. Valor biológico das proteínas São substâncias químicas insolúveis em água (mas aqueles com menos de seis carbonos são solúveis) e solúveis em solventes orgânicos como clorofórmio e éter. São biomoléculas que possuem átomos de carbono (C) – em maior número, oxigênio (O) e hidrogênio (H), sendo mais energético que o carboidrato. As gorduras servem, principalmente, como fornecedoras de energia. Os lipídeos servem como transportadores de nutrientes e das vitaminas lipossolúveis, substâncias solúveis em gorduras, como as vitaminas A, D, E, K. Lipídeos Os lipídeos podem ser sólidos ou líquidos, sendo que aqueles considerados como gorduras são sólidos, enquanto as gorduras líquidas são conhecidas como óleos. Os AG consumidos na dieta são armazenados nos tecidos como triglicerídeos ou gordura. Lipídeos Fonte: livro-texto O número de carbonos na cadeia afeta as propriedades físicas e o destino metabólico: AG de cadeia curta (AGCC): tem de 2 a 6 átomos de carbono, voláteis e solúveis em água (exceção: leite). AG cadeia média (AGCM): de 8 a 12 átomos de carbono, raros (óleo de coco). AG cadeia longa (AGCL): mais de 12 átomos de carbono, comuns (alimentos de origem vegetal e animal). De acordo com o tipo de ligação entre os átomos de carbono de sua cadeia, os AG se classificam em saturados e insaturados. Lipídeos Os AG saturados (Saturated Fatty Acids – SFA) são de cadeia longa (> 16 carbonos), mas também se encontram os de cadeia média e curta. Lipídeos Fonte: adaptado de: TBCA (2017); Taco (2011). Nome Nº carbono Abreviação Óleo e/ou gordura no qual é tipicamente encontrado Ácido butírico 4 C4:0 Gordura do leite e derivados Ácido caproico 6 C6:0 Gordura do leite e derivados Ácido caprílico 8 C8:0 Gordura do leite e derivados Ácido cáprico 10 C10:0 Gordura do coco e cupuaçu Ácido láurico 12 C12:0 Gordura do coco Ácido mirístico 14 C14:0 Manteiga e gordura de coco Ácido palmítico 16 C16:0 Óleo de dendê, banha e sebo, gordura do cacau e gordura do leite Ácido esteárico 18 C18:0 Banha, gordura do leite, manteiga de cacau e óleos vegetais Ácido araquídico 20 C20:0 Amendoim Os AG insaturados (Unsaturated Fatty Acids – UFA) possuem uma ou mais duplas ligações na cadeia de carbono: 1 dupla ligação: AG monoinsaturado (Monounsaturated Fatty Acids – Mufa). 2 ou mais duplas ligações: AG poli-insaturado (Polyunsaturated Fatty Acids – Pufa). Lipídeos Fonte: adaptado de: TBCA (2017); Taco (2011). Nome Número de carbono Número de duplas ligações Posição 1ª dupla Óleo e/ou gordura no qual é tipicamente encontrado Ácido palmitoleico 16 1 ω-7 Peixe, carne bovina Ácido oleico 18 1 ω-9 Oleaginosas, azeite e gordura animal Ácido vacênico 18 1 (trans) ω-7 Leite Ácido elaídico 18 1 (trans) ω-9 Gordura hidrogenada Ácido linoleico 18 2 ω-6 Óleos vegetais (açafrão, algodão, gergelim) Ácido alfalinolênico 18 3 ω-3 Óleo de soja, canola e linhaça, peixes Ácido eicosaenoico 20 1 ω-9 Óleo de peixe Ácido araquidônico 20 4 ω-6 Óleo de amendoim, gema de ovo, fígado EPA (ácido eicosapentaenoico) 20 5 ω-3 Óleo de peixe marinho DPA (ácido docosapentaenoico) 22 5 ω-3 Óleo de peixe marinho DHA (ácido docosaexaenoico) 22 6 ω-3 Óleo de peixe marinho Triglicerídeos: são os lipídeos que no sangue formam o colesterol. Dependendo do seu tipo, constituirá um tipo de colesterol, o bom ou o mau. Tal divisão ocorre por causa da maneira como ele é carregado no sangue. O HDL (High-density Lipoprotein) é facilmente carregado na corrente sanguínea. O LDL (Low-density Lipoprotein) pode encontrar problemas no seu transporte na corrente sanguínea, podendo se depositar no interior dos vasos. O VLDL (Very Low-density Lipoprotein): lipoproteína de muito baixa densidade. De acordo com o tipo de ligação entre os átomos de carbono de sua cadeia, os AG se classificam em saturados e insaturados. Lipídeos Quais as principais funções das proteínas e em quais alimentos encontramos esse macronutriente? Interatividade Fonte: https://efivest.com.br/horas/relogio/ Quais as principais funções das proteínas e em quais alimentos encontramos esse macronutriente? Hormonal; Defesa; Estrutural; Energética; Enzimática; Transporte. Resposta Fonte: https://www.segs.com.br/saude/95845 São compostos orgânicos essenciais necessários em quantidades muito pequenas (micronutrientes), mas envolvidos em funções corporais fundamentais. São compostos complexos encontrados em pequenas quantidades na maioria dos alimentos. Atuam em mecanismos extremamente importantes ao organismo, como coenzimas e antioxidantes. Vitaminas As hidrossolúveis são digeridas pelo estômago e absorvidas pelo intestino, onde serão encaminhadas para o restante do organismo, participando dos mais diversos processos metabólicos. Solúveis em meio aquoso, absorção facilitada e utilizada em quase a sua totalidade no metabolismo energético; não são armazenadas e são excretadas via urinária, como as vitaminas do complexo B e a vitamina C. Vitaminas hidrossolúveis Tipos e classificação: pertencem à classe de vitaminas: o complexo vitamínico B e a vitamina C (ácido ascórbico). Tiamina (vitamina B1); Riboflavina (vitamina B2); Niacina (vitamina B3); Ácido pantotênico (vitamina B5); Piridoxina (vitamina B6); Biotina (vitamina B7); Ácido fólico ou folato (vitamina B9); Ácidop-aminobenzoico (vitamina B10); Cianocobalamina (vitamina B12); Inositol; Colina. Vitaminas hidrossolúveis Função e fontes alimentares: as vitaminas do complexo B atuam em processos metabólicos importantes do organismo. Protegem nervos e músculos, multiplicação de células, evitam desnutrição e anemias. São, normalmente, encontradas em alimentos como carnes, fígado, ovos e leite. A vitamina C (ácido ascórbico) possui como função a defesa antioxidante do organismo. Sua deficiência leva à manifestação do escorbuto (caracterizado por hemorragias e dificuldade de cicatrização). Encontradas, principalmente, em frutas cítricas. Vitaminas hidrossolúveis As lipossolúveis necessitam da gordura para serem digeridas, assimiladas e absorvidas pelo organismo. Necessitam da bile para absorção e transporte com lipídeos, como as vitaminas A, D, E, K. Vitaminas lipossolúveis Fonte: https://www.saudemais.org/ vitaminas-lipossoluveis/ Pertencem a essa classe de vitaminas: a vitamina A (ácido retinoico ou retinol), a vitamina D (calciferol), a vitamina E (tocoferol) e a vitamina K (filoquinona). Função e fontes alimentares: Ácido retinoico ou retinol (vitamina A): armazenada no fígado, fundamental para a saúde dos olhos, fortalece as membranas celulares. Fontes alimentares: animais (fígado, leite, ovos, queijo e outros laticínios, manteiga, óleo de peixe) e vegetais – caroteno/pró-vitamina A (frutas: mamão, manga, melancia, tomate; vegetais: cenoura, folhas verde-escuras, pimentão). Vitaminas lipossolúveis Fonte: https://www.saudemais.org/ vitaminas-lipossoluveis/ Calciferol (vitamina D): armazenada no fígado, ajuda na absorção de fósforo e cálcio, reduz o risco de doenças renais. Importante para a mineralização óssea e metabolismo do cálcio: estimula a absorção ativa de cálcio, mobiliza cálcio ósseo para o sangue, aumenta a reabsorção renal de cálcio. Fontes alimentares: óleos de fígado de peixe, ovo, manteiga, fígado, leite integral e derivados, sardinha, atum, salmão e arenque. A vitamina D também é produzida pelo nosso organismo, na pele, desde que haja uma exposição mínima aos raios solares. Vitaminas lipossolúveis Fonte: https://www.saudemais.org/ vitaminas-lipossoluveis/ Tocoferol (vitamina E): armazenada nos tecidos gordurosos e nos órgãos reprodutores, alivia cãibras e distensões musculares, previne abortos. Efeito antioxidante. Retarda os efeitos do envelhecimento. Participa dos processos de coagulação do sangue, responsáveis pelo controle das hemorragias. Sistema imunológico: aumenta a resistência às infecções. Fontes alimentares: óleos vegetais de milho, gérmen de trigo, soja, frutas oleaginosas (abacate, amêndoas, nozes e avelã), manteiga, ovos, hortaliças (brócolis). Vitaminas lipossolúveis Fonte: https://pixnio.com/pt/?s=ovos/ Filoquinona (vitamina K): armazenada muito pouco em nosso organismo, ajuda na coagulação sanguínea, previne hemorragias e pode ser sintetizada por bactérias no intestino. Fontes alimentares: folhas verdes (brócolis, repolho, alface, couve), animais (queijo, gema de ovo, fígado, leite), óleos vegetais. Filoquinona (K1): presente nas plantas verdes. Menaquinona (K2): produzida por microrganismos, como as bactérias do TGI de varias espécies. Vitaminas lipossolúveis Fonte: https://pixnio.com/pt/?s=br%C3%B3colis/ São elementos distribuídos na natureza que exercem papel importante nas mais diversas funções do organismo, como formação de enzimas, coenzimas, hormônios e outras substâncias que coordenam isoladamente ou em associação com o funcionamento harmônico do organismo. Não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem ser obtidos por meio da alimentação, sendo considerado um nutriente essencial. Minerais Fonte: https://pixabay.com/photos/beans- beverage-calcium-closeup-3452427/ Classificação e tipos de minerais mais importantes: Minerais: tipos e classificação Fonte: PINHEIRO; PORTO; MENEZES (2005, p. 45). Eletrólitos Importantes na manutenção de equilíbrio hidroeletrolítico Macronutrientes Presentes em maiores concentrações no organismo Sódio Potássio Cálcio Magnésio Cloro Fósforo Enxofre Micronutrientes (minerais em menores quantidades, mas com funções específicas essenciais) Elementos ultratraços (quantidades pequeníssimas, e com funções metabólicas ainda não totalmente elucidadas) Ferro Cromo FlúorZinco Manganês Iodo Classificação dos minerais em macroelementos, microelementos essenciais e traços: Minerais: tipos e classificação Fonte: adaptado de: COZZOLINO (2016); MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND (2013); GUYTON; HALL (2017); SIZER; WHITNEY (2003). Macroelementos Microelementos essenciais Traços Cálcio (Ca) Cobalto (Co) Arsênio (As) Cloro (Cl) Cobre (Cu) Boro (Bo) Enxofre (S) Cromo (Cr) Cádmio (Cd) Fósforo (P) Estanho (Es) Chumbo (Pb) Magnésio (Mg) Ferro (Fe) Estrôncio (Sr) Potássio (K) Flúor (Fl) Lítio (Li) Sódio (Na) Iodo (I) Mercúrio (Hg) Manganês (Mn) Molibdênio (Mo) Níquel (Ni) Selênio (Se) Silício (Si) Vanádio (Va) Zinco (Zi) Os macrominerais, macronutrientes, têm a ingestão recomendada determinada, quando estabelecida, em quantidades expressas em mg/dia, como para cálcio, fósforo (fosfato) e magnésio. O que não ocorre com os eletrólitos (sódio, potássio e cloro). Os microminerais ou micronutrientes têm a ingestão recomendada determinada em quantidades reduzidas e são expressas em mg/dia ou ug/dia. Os minerais/elementos/nutrientes traços têm a ingestão recomendada determinada em quantidades muito reduzidas expressas, quase sempre, em mg/dia. Minerais A presença de minerais nos alimentos é muito variável, pois depende de diversos fatores, sendo os mais importantes a composição do solo, no caso das plantas, e a dieta, na hipótese dos alimentos de origem animal. Minerais: funções e fontes alimentares Fonte: https://pixabay.com/images/search/calcio/ Possuem funções estrutural (enzimas, proteínas, hormônios, ácidos nucleicos); Enzimática (ação da enzima); Reguladora (atividades das enzimas, balanço ácido-base, atividade muscular, ação hormonal, ação imunológica, anabolismo e catabolismo de macronutrientes, impulso nervoso). Minerais: funções e fontes alimentares Chegou o momento da nossa atividade no chat! A proposta é discutirmos um estudo de caso em que o paciente está com dúvidas sobre o consumo de micro e macronutrientes. Vamos tentar ajudá-lo? Nos vemos lá! Chat: atividade Fonte: https://www.vice.com/es/article/7878jz/6-chicas-creadoras-de-gif-que-tienes-que-conocer ATÉ A PRÓXIMA!
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