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Ca de ovario

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Câncer de ovário 
 
EPIDEMIOLOGIA: nos USA é o segundo tumor ginecológico mais comum e o primeiro em mortalidade, 
sendo o quinto em morte por CA em mulheres. 70% são diagnosticados em estágios avançados. No Brasil 
é o sétimo mais incidente de acordo com o INCA. Pode ser primário ovariano ou peritoneal e o diagnóstico 
aumenta com a idade. +/-75% diagnosticado em EC III/IV. Geralmente se descobre no estágio 3 e 4 (com 
carcinomatose endometrial), no momento de ascite. 
 
FATORES DE RISCO: 
• Idade (+ velhas, exceto tumor 
germinativo); 
• História familiar ou pessoal de Ca de 
mama ou ovário 
• TRH; 
• Menopausa tardia, menarca precoce; 
• Endometriose; 
• Tabagismo; 
• Obesidade (alto consumo gordura?) 
• Nuliparidade, primeiro filho após 35 anos; 
• Predisposição genética BRCA1/2 , 
LYNCH; 
 
FATORES DE PROTEÇÃO: 
• Uso de ACO 
• Gravidez/multiparidade/amamentação 
• Salpingo-ooforectomia; 
 
SCREENING: Não é recomendado para a 
população geral. Recomenda-se para mulheres 
de alto risco (histórico de Ca de mama ou ovário 
na família) ou mutadas; É indicado salpingo-
ooforectomia redutora de risco e/ou exame 
pélvico. 
o CA125 e USTV semestral entre 30-
35anos ou 5 a 10 anos do primeiro familiar 
acometido. 
Quando tem lesão ovariana pode usar imunohistoquimica, com marcadores CA125, CK7+, CK20-, RP+ e 
RE+ (receptores de progesterona e estrogênio), CDX-2-. Mais comum é o adenocarcinoma (pelo tecido 
glandular do ovário). O subtipo seroso e endometrioide são os mais comuns e os que responde melhor ao 
tratamento. 
CLASSIFICAÇÃO 
Há 2 tipos de classificação: 
1. Seroso e endometrial de baixo grau, mucinoso, células claras e transicional = desenvolvem-se 
de lesões ovarianas, tumores boderline, endometriose atópicas. 67% carregam mutações 
BRAF/KRAS. 
2. Tumores de alto grau: células epiteliais transformadas das fímbrias. Alterações TP53. São mais 
agressivos. 
SINTOMAS 
Sintomas geralmente inespecíficos, podendo estar associados a sintomas do TGI. Sintomas e/ou exame 
pélvico suspeito. 
 
DIAGNÓSTICO 
História + exame físico + preventivo. Sempre pede Ca125 e se pensar em tumor germinativo pede b-HCG e 
alfafetoproteína. Maioria dos marcadores tumorais usa como acompanhamento e não como screening. 
 
• USTV = primeira linha, nota o aumento 
ovariano; 
• TC ou RNM de abdome/pelve = estadiamento; 
• Rx de tórax ou TC de tórax = vê melhor a 
pleura; 
• CA125 = sempre pede; 
• Beta HCG/alfafetoproteína = pede se 
desconfiar de tumor germinativo; 
• Tumor metastático?? = EDA e colonoscopia 
Marcadores usados em acompanhamento: CA125 / C15-3 / CA19-9 / CEA / CA125/CEA <25 
(gastrointestinal) 
 
 
 
ESTADIAMENTO - FIGO/TNM 
Estádio I: tumor limitado aos ovários; 
IA/T1a: tumor limitado a um ovário, com ausência de células malignas no lavado peritoneal ou líquido 
ascítico, ausência de tumor em superfície externa de ovário e cápsula ovariana intacta; 
IB/T1b: igual a IA só que tumor limitado aos dois ovários; 
IC/T1c: estádio IA ou IB com tumor na superfície externa do ovário, ruptura de cápsula ovariana, 
presença de células malignas no lavado peritoneal ou líquido ascítico. 
 
Estádio II/T2: tumor invadindo um ou dois ovários com extensão para cavidade pélvica; 
IIA/T2a: invasão das tubas uterinas ou útero com ausência de células malignas no lavado peritoneal 
ou líquido ascítico; 
IIB/T2b: extensão para outros órgãos pélvicos com ausência de células malignas no lavado 
peritoneal e líquido ascítico; 
IIC/T2c: estádio IIA ou IIB com células malignas no lavado peritoneal ou líquido ascítico. Estádio III: 
tumor invadindo um ou dois ovários com comprometimento peritoneal extrapélvico ou 
comprometimento de linfonodo retroperitoneal ou inguinal; 
 
Estádio III: tumor invadindo um ou dois ovários com comprometimento peritoneal extrapélvico ou 
comprometimento de linfonodo retroperitoneal ou inguinal; 
IIIA/T3a: invasão microscópica de peritônio da cavidade abdominal, ausência de tumor em 
linfonodos; 
IIIB/T3b: implantes em peritônio da cavidade abdominal ≤ 2 cm, ausência de tumor em linfonodos; 
IIIC: implantes em peritônio da cavidade abdominal > 2 cm (IIIC/T3c) ou comprometimento de 
linfonodo retroperitoneal ou inguinal (IIIC/N1). 
 
Estádio IV/M1: invasão à distância excluindo metástase peritoneal, invasão de parênquima hepático, 
invasão de pleura somente se for positivo para células malignas. Agrupamento. 
 
TRATAMENTO 
 
Faz citologia do liquido ascitico/lavado peritoneal, tira áreas suspeitas, biopsias da pelve, goteiras e 
diafragma, salpingooforectomia bilateral, omentectomia, histerectomia. 
o Cirurgia de intervalo: primeiro procedimento não ideal, com muito volume da doença: quimioterapia 
neoadjuvante. 
o Second look: não abre depois de cirurgia ideal 
o Cirurgia ideal: lesão residual mínima <1cm: debulking ótimo, subótimo é >2cm 
Cirurgia com DEBULKING ótimo = Lesão residual mínima < 1cm; Cirurgião experiente, Reoperar. 
• Cirurgia de intervalo 
• Second look 
• Cirurgia ideal 
Citologia do liquido ascitico/lavado peritoneal, biopsia do peritôneo, retirada de áreas suspeitas, biopsias da 
pelve, goteiras e diafragma, salpingoooforectomia bilateral, omentectomia, lnfs paraorticos e pelvicos, 
histerectomia. 
• EC IA/IB G1 = cirurgia – maioria dos casos. 
• EC IA/IB G2-3 ou histologia células claras ou mucinosa = quimioterapia adjuvante (tentar reduzir 
a doença). 
 
SEGUIMENTO 
 
CA125 seriados ou TC em não expressoras de CA125 de 6/6meses: menos prevalentes podem estar super 
disseminados com CA125 normal, doenças benignas podem afetar o CA125. TC em não expressoras de 
CA125. 
 
CONCEITOS 
o Adjuvante: procedimento principal, no caso de ca de ovário a cirurgia 
o Neoadjuvante: tudo que vem antes do procedimento principal 
o Paliativo: tratamentos paliativos não tem objetivo de curar, é aliviar sofrimento e prolongar tempo de 
vida do paciente

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