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Afecções Do Sistema Respiratório 1. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) 2. BRONQUITE 3. ENFISEMA PULMONAR 4. ASMA 5. PNEUMONIA 6. INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA 7. EDEMA AGUDO DE PULMÃO Anatomia É formado por um conjunto de órgãos responsáveis pela absorção de oxigênio do meio ambiente e a eliminação de dióxido de carbono para o meio ambiente. Obstrução aérea que reduz o fluxo de ar varia conforme a doença adjacente. ⮚ Bronquite crônica : o acúmulo excessivo de secreções bloqueia as vias respiratórias; ⮚ Enfisema: a troca gasosa comprometida (oxigênio, carbono) resulta da destruição das paredes do alvéolo; ⮚ Asma: as vias aéreas inflamadas e constritas obstruem o fluxo aéreo. Manifestações clínicas ⮚ Dispneia (em repouso, pode ser grave); ⮚ Tosse; ⮚ Aumento no trabalho respiratório; ⮚ Perda de peso (interferência na alimentação); ⮚ Intolerância os esforços/exercícios; ⮚ Ruídos Adventícios (sibilos, roncos, estertores: sons anormais Fatores de risco e Complicações ⮚ Exposição à fumaça do fumo (fumante tabagista passivo); ⮚ Poluição do ar ambiente; ⮚ Infecções respiratórias; ⮚ Exposição ocupacional; ⮚ Anormalidades genéticas. Podem variar dependendo do distúrbio adjacente: pneumonia; atelectasia; pneumotórax; enfisema; insuficiência e falência respiratória. Tratamento Parar de fumar é a única forma de impedir o declínio progressivo da função respiratória. Chicletes, adesivos de nicotina e drogas antidepressivas como a bupropiona, associados a terapêuticas comportamentais, são de grande utilidade para tratamento da dependência de nicotina nos portadores de DPOC. Drogas broncodilatadoras e os anticolinérgicos estão indicados para aliviar os sintomas associados à produção e eliminação das secreções. Os derivados da cortisona por via inalatória podem ser úteis, mas seu uso prolongado pode provocar efeitos indesejáveis. Diversos estudos demonstraram que, nos casos mais graves, o único tratamento médico capaz de aumentar a sobrevida dos portadores da doença é a oxigenioterapia. Técnicas fisioterápicas de reabilitação respiratória aumentam a resistência aos esforços e melhoram a qualidade de vida, mas aparentemente não prolongam a sobrevida. Diagnóstico O diagnóstico baseia-se na história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos testes de função pulmonar. O tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos. Utilizam-se procedimentos de redução do volume pulmonar ou transplante de pulmão na doença avançada. Bronquite É a inflamação da mucosa brônquica, caracterizada por produção excessiva de secreção da mucosa na árvore brônquica. Tosse produtiva que dura 3 meses em cada 2 anos consecutivos, em paciente que tem outras causas excluídas. Fatores de Risco: O fumo é o principal fator de risco; ⮚ Inalação de fumaça de fumo; ⮚ Poluição do ar; ⮚ Exposição ocupacional a substâncias perigosa suspensas no ar. Aumenta à susceptibilidade a infecção do trato respiratório inferior. Sintomas e Diagnóstico ⮚ Tosse com produção de catarro; ⮚ Expectoração espessa e gelatinosa; ⮚ Sibilos; ⮚ Dispneia. ⮚ Exame clínico; ⮚ RX; ⮚ Espirometria. Tratamento : ⮚ Broncodilatadores; ⮚ Antibióticos; ⮚ Corticoesteróides; ⮚ Oxigenioterapia; Enfisema Pulmonar É uma doença respiratória em que ocorre a destruição das paredes dos alvéolos. É o estágio final de um processo que progrediu por muitos anos, onde ocorre a perda da elasticidade pulmonar. A função pulmonar, na maioria dos casos, está irreversivelmente comprometida. Ao lado da bronquite obstrutiva crônica é a principal causa de incapacidade. Causas O tabagismo é a principal causa; ⮚ Predisposição familiar; ⮚ Sensibilidade a fatores ambientais (fumaça do fumo, poluentes aéreos, agentes infecciosos, alérgenos). Fisiopatologia e Sinais e Sintomas A obstrução aérea é causada por inflamação da mucosa brônquica, produção excessiva de muco, perda da retração elástica das vias aéreas, colapso dos bronquíolos e redistribuição do ar para os alvéolos funcionais. Dispneia lenta e progressiva, tosse, anorexia e perda de peso, infecções respiratórias frequentes, tempo expiratório prolongado, tórax em barril. Diagnóstico e Tratamento ⮚ Broncodilatadores; ⮚ Antibióticos; ⮚ Cortiesteróides; ⮚ Oxigenoterapia; ⮚ Inaloterapia. ⮚ Exame clínico; ⮚ RX e TC do torax; ⮚ Espirometria. Asma Doença inflamatória crônica das vias aéreas, resultando em hiperatividade dessas vias, edema de mucosa e produção de muco. A inflamação é difusa e leva a episódios recorrentes dos sintomas. Fisiopatologia Ocorre a diminuição do calibre dos brônquios e bronquíolos devido broncoespasmo, edema e produção de muco espesso. Difere das outras doenças pulmonares obstrutivas por ser um processo reversível (com tratamento ou espontaneamente). Acontece em qualquer idade, sendo a doença crônica mais comum na infância. Pode ser incapacitante ou levar à morte, nos casos mais graves. Classifica-se em: ⮚ Leve : sintoma discreto e esporádico não prejudica o sono; ⮚ Moderada : Apresenta dispneia e tosse; ⮚ Grave : sintomas podem tornar- se diários. Atividades físicas são limitadas (Mal Asmático). Sinais e Sintomas ⮚ Tosse; ⮚ Enrijecimento do tórax; ⮚ Sibilos; ⮚ Dispneia; ⮚ Cianose; ⮚ Taquicardia; ⮚ Sudorese; ⮚ Ansiedade; ⮚ Agitação. Fatores de risco ⮚ A alergia é o principal fator predisponente; ⮚ Exposição crônica a irritantes aéreos ou alergênicos, condições ambientais; ⮚ Odores fortes; estresse; ⮚ Sinusite; desgaste emocional; ⮚ Tabagismo. Pneumonia Inflamação do parênquima pulmonar causada por vários tipos de microrganismos e agentes químicos. Microrganismos: bactérias, micobactérias, clamídia, fungos, parasitas, vírus. Etiologia As principais causas infecciosas de pneumonia incluem: ⮚ Bactérias → pneumonia bacteriana por germes gram-positivos e gram- negativos. ⮚ Vírus → pneumonia viral por vírus da influenza, parainfluenza e adenovírus. ⮚ Fungos → pneumonia fúngica por Cândida albicans e aspergillus. ⮚ Protozoários → p. parasitária por Pneumocistis carinii : pacientes de AIDS. Fatores de risco Defesas comprometidas; infecções virais; ⮚ Diabetes, DPOC, AIDS, câncer; ⮚ Tabagismo; ⮚ Alcoolismo; ⮚ Intoxicação alcoólica; ⮚ Idade avançada; ⮚ Antibioticoterapia; ⮚ Anestésico geral, sedativo (depressão respiratória); ⮚ Broncoaspiração; ⮚ Terapia respiratória com equipamento que não foi adequadamente limpo. Manifestações clínicas Febre (40°); ⮚ Dor torácica; ⮚ Dispneia; ⮚ Calafrios; ⮚ Cianose; ⮚ Tosse dolorosa e produtiva; ⮚ Cefaleia; ⮚ Náuseas; ⮚ Vômitos; ⮚ Mialgia; ⮚ Artralgia; ⮚ Língua ressecada. Complicações Abscesso; Hipotensão; Bronquite crônica; ICC. Derrame pleural Insuficiência Respiratória Ocorre quando o organismo não realiza a troca de oxigênio por dióxido de carbono adequadamente, isto faz com que o nível de dióxido de carbono (CO2) se eleve e o de oxigênio (O2) diminua, causando hipóxia. Tipos ⮚ Aguda É a falência respiratória que surge nos pacientes cujos pulmões eram estrutural e funcionalmente normais, ocorre rapidamente. ⮚ Crônica É a falência respiratória que surge nos pacientes com doença pulmonar crônica, surge em período de meses ou anos. Causas ⮚ Ventilação inadequada; ⮚ Obstrução de vias aéreas superiores; ⮚ Uso de drogas, anestésicos; ⮚ Doenças pulmonares pré-existentes; ⮚ Complicações pós-operatórias; ⮚ Poli traumatismos, e outros. Diagnóstico e Sinais Clínicos Exame laboratorial (gasometria) ou pelos sinais clínicos. ⮚ ↑ FC (Frequência Cardíaca); ⮚ ↑ FR (Frequência respiratória); ⮚ Hipóxia (dispneia, Taquipneia, hipotensão, taquicardia, bradicardia, arritmias, cianose); ⮚ Desorientação, queda do nível de consciência, agitação psicomotora;⮚ Sudorese. Tratamento ⮚ Monitorização: oxímetro de pulso e monitor cardíaco; ⮚ Oxigenoterapia : administração de oxigênio quando o paciente está com hipóxia. Métodos de administração de oxigênio ⮚ Catéter nasal simples ou tipo óculos : introdução de um catéter na narina ligado a um sistema de oxigênio umidificado fluxo de 3 a 6 litros/min. ⮚ Máscaras faciais: (Venturi ) máscaras que cobrem a boca e o nariz, de plástico, com orifício lateral, transparente e fornecem concentração de oxigênio de acordo com as válvulas que as acompanha ligado a um sistema de umidificação. Edema agudo de pulmão O Edema Agudo de Pulmão (EAP) é um aumento súbito na pressão dos capilares pulmonares, levando ao extravasamento de líquido para os alvéolos, deixando o pulmão menos elástico e com menos superfície de contato para troca de gases, manifestando-se por dificuldade respiratória. É um quadro clínico crítico, decorrente da incapacidade do ventrículo esquerdo em bombear o sangue para válvula aórtica, causando um acúmulo de líquido nos pulmões. Causas e Manifestações Clínicas Numerosas patologias cardiovasculares predispõem o aparecimento do EAP, como insuficiência coronariana (angina e IAM), crise hipertensiva, as arritmias cardíacas, as infecções, a anemia, a hiper hidratação. Dispneia e tosse, produzindo um escarro espumoso e tingido muitas vezes de sangue (aspecto rosado), taquicardia, pele cianótica, fria e úmida, inquietação e ansiedade. Tratamento Morfina; Diuréticos; Digitálicos. Drenagem pleural Até a próxima aula
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