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Mapa Mental Direito Penal II

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Concurso de Pessoas
Definição 
Cometimento de uma infração penal por mais 
de um agente.
Admitido em crimes unissubjetivos ➜ aqueles 
que basta uma pessoa para cometer o delito, 
mas quando há mais de um agente configura-
se concurso de pessoas.
Teorias 
Unitária: quem concorre para a prática de um 
crime, praticando condutas diversas um do 
outro, e obtendo um só resultado, incorre no 
mesmo tipo penal, respondendo pelo menos 
crime, mas recebendo penas proporcionais à 
sua colaboração.
Pluralista: quando mais de um agente 
concorre para a prática de um crime, 
praticando condutas diversas um do outro, 
mesmo obtendo um só resultado, cada um 
responderá por um delito.
Dualista: quando mais de um agente concorre 
para a prática de um crime, com diversidade 
de condutas, obtendo um só resultado, serão 
divididos em coautores e partícipes, e cada 
grupo responderá por um delito.
Coautoria e Participação 
Autor é aquele que pratica a conduta descrita 
no tipo.
Partícipe é aquele que colabora com a 
prática da conduta.
A conduta do partícipe é acessória em 
relação à conduta do autor ➜ só será punido 
se o autor for.
Autoria Mediata: o agente usa de pessoa não 
culpável ou que atua sem dolo ou culpa ➜ 
valer-se de inimputável, coação moral 
irresistível, obediência hierárquica.
Concurso Impróprio: se o inimputável quis 
participar do resultado, de será co-autor e o 
concurso será impróprio ➜ um agente é 
penalmente responsável e o outro não.
Autoria Colateral: dois agentes querem obter 
o mesmo resultado, mas um desconhece a 
vontade do outro.
Autoria Colateral não é concurso de pessoas, 
pois não há nexo de causalidade entre as 
ações e o resultado.
Participação 
Participação por Omissão: quando a pessoa 
tem o dever legal de agir para evitar o 
resultado, mas não age. Pode ocorrer 
coautoria (duas pessoas juntas praticam) e 
autoria colateral (duas pessoas separadas 
praticam) ➜ ex.: omissão de socorro.
Participação por Conveniência: quando a 
pessoa não tem o dever de agir, nem quis 
obter o resultado ➜ não age ativamente nem 
participa ➜ não é autor nem partícipe ➜ 
concurso absolutamente negativo.
Requisitos 
Presença de mais de um agente.
Nexo de causalidade entre as condutas 
realizadas e o resultado obtido.
Reconhecimento do mesmo delito para todos 
os agentes.
Art. 29
Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade.
Se a participação for de menor importância, 
a pena é reduzida de um sexto a um terço.
Se um dos concorrentes quis participar de 
crime menos grave, será aplicada a ele a 
pena deste crime menos grave. Pode ser 
aumentada até a metade na hipótese de ter 
sido previsível o resultado mais grave.
Incomunicabilidade 
As condições e circunstâncias pessoais não 
se transferem aos demais agentes do crime, 
salvo se elementares do tipo.
Circunstâncias pessoais: podem ser uma 
situação pessoal, como confissão 
espontânea, que atenua a pena somente de 
quem confessou; podem ser qualidades da 
pessoa, como menoridade e reincidência.
Cúmplice 
Quem auxilia na prática de um crime é 
cúmplice, seja coautor ou partícipe, seja 
conduta culposa ou dolosa.
Alguém que só planejou um crime não é 
cúmplice.
Impunibilidade
Art. 31, CP: o ajuste (acordo), a 
determinação (decisão), o auxílio (
assistência) e a instigação (estímulo) só 
serão puníveis se o crime tiver sido, pelo 
menos, tentado, salvo disposição em 
contrário.
Teoria Geral da Pena
Conceito
É a sanção imposta pelo Estado ao 
criminoso, através da ação penal, com a 
finalidade de retribuição ao delito praticado (
pagar pelo crime que cometeu), prevenção a 
novos crimes e readaptação do condenado 
ao convívio social.
Pena= castigo + intimidação + reafirmação 
do DP + recolhimento do condenado + 
ressocialização 
Caráter
Retributivo: pagar pelo crime que cometeu.
Preventivo: evitar que novos crimes sejam 
praticados.
Geral Negativo: intimidação para que a 
sociedade não cometa crimes.
Geral Positivo: reafirmar a existência e 
efetividade do Direito Penal.
Especial Negativo: intimidar o condenado 
para que não cometa mais crimes.
Especial Negativo: promover a readaptação 
do condenado ao convívio social.
Penas
O juiz deve ficar a pena de modo a ser 
necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime ➜ Art. 59, CP.
Penas Admitidas: privação de liberdade; 
restrição de direito; perda de bens; multa; 
prestação social alternativa; suspensão ou 
interdição de direitos.
Vedadas: para evitar que determinados 
limites sejam extrapolados ➜ proíbe penas 
desumanas e degradantes, trabalho forçado, 
pena perpétua, banimento do brasileiro e 
penas cruéis.
Fundamentos da Pena
Preventivo: intimida os cidadão para não 
cometerem ilícitos penais, pois sofrerão 
sanções ➜ prevenção geral.
Aplicar a pena para evitar que o criminoso 
cometa novos delitos ➜ prevenção especial.
Retributivo: a pena é um castigo ao 
condenado de forma proporcional ao mal que 
causou ➜ pagar pelo crime que cometeu.
Reparatório: compensar a vítima ou seu 
parentes pelas consequências do crime.
Readaptação: reeducação e readaptação do 
criminoso ao convívio social.
Teorias da Punição
Abolicionismo Penal: descriminaliza algumas 
condutas e despenaliza a prática de certas 
condutas, como solução para o caos do 
sistema penitenciário.
Direito Penal Máximo: modelo de direito 
penal com excessiva severidade, para 
garantir que nenhum culpado fique imune.
Garantismo Penal: adotada pelo Código 
Penal, baseia no princípio da legalidade, 
visando regular as condutas sem penas 
extremas e não deixar impunidades. Há a 
degradação de delitos. Tem como finalidade 
minimizar a violência e impor limites à 
punição do Estado.
Cominação das Penas
As penas podem ser aplicadas de diferentes 
formas:
Isoladamente: uma pena prevista ao agente.
Cumulativamente: aplicar mais de uma 
espécie de pena em conjunto ➜ ex: reclusão (
privativa de liberdade) e multa.
Paralelamente: opção entre duas 
modalidades da mesma pena ➜ ex: reclusão 
ou detenção (privativas de liberdade).
Alternativamente: opção entre duas espécies 
de pena diferentes ➜ ex: reclusão (privativa 
de liberdade) ou multa.
Princípios da Pena
Personalidade: a pena não pode passar da 
pessoa do delinquente.
Legalidade: a pena não pode ser aplicada 
sem lei anterior que a defina.
Inderrogabilidade: se ocorreu a prática da 
infração penal, a pena não pode deixar de ser 
aplicada.
Proporcionalidade: a pena deve ser 
proporcional ao crime.
Individualização da Pena: para cada 
criminoso deve ser aplicada uma pena, sem 
existir uma pena-padrão.
Humanidade: é vedada a aplicação de penas 
desumanas e degradantes, devendo respeitar-
se a integridade do condenado.
Espécies de Penas
Penas Privativas de Liberdade: reclusão, 
detenção e prisão simples.
Penas Restritivas de Direitos: prestação 
pecuniária, perda de bens e valores, serviços 
à comunidade, interdição temporária de 
direitos, limitação de fim de semana.
Multa.
Cumprimento da Pena
Artigo 33, CP
§1º: Estabelecimentos Prisionais.
a- penitenciária.
b- voltada para ressocialização por meio do 
trabalho. Ex.: antigo CEPAE (Centro 
Penitenciário Agroindustrial).
c- Casa de Albergado.
§2º: Tempo de Pena.
a- regime fechado: superior a 8 anos.
b- regime semiaberto: de 4 a 8 anos (não 
reincidente).
c- regime aberto: até 4 anos (não 
reincidente).
Observações 
REINCIDENTE: aquele que foi condenado em 
trânsito julgado anteriormente.
ANTECEDENTES: histórico de passagens 
criminais do agente. Nunca desaparecem e 
não são contados para a dosagem da pena.
• Se a pessoa cumpriu a pena, extinguiu a 
punibilidade e passou 5 anos sem cometer 
um novo delito, ela volta a ser primária.
A dosagem da pena começa pela pena 
média (pena máxima + pena mínima dividido 
por 2). Somam-se os agravantes e diminuem-
se os atenuantes.
Regime Progressivo de 
Cumprimento de Pena
a) individualização legislativa: fixação do 
mínimo e do máximo para a pena na 
criaçãoda norma penal.
b) individualização judicial: momento de 
concretização da sanção penal na sentença.
c) individualização executória: fase de 
aplicação efetiva da pena em estágios. 
A progressão de regime é um incentivo à 
proposta estatal de reeducação e 
ressocialização do sentenciado.
As penas mais graves devem ser cumpridas 
em primeiro lugar, para que haja progressão 
de regime.
Cumpre-se primeiramente a pena de 
reclusão e, na sequência, se houver, a pena 
de detenção (art. 69, caput, CP).
Tipos de Regimes
REGIME FECHADO:
Artigo 34, CP.
Trabalho durante o dia dentro do 
estabelecimento prisional e repouso noturno.
Excepcionalmente, permite-se que o trabalho 
ocorra em serviços ou obras públicas fora do 
presídio, ou para entidades privadas, desde 
que conte com a concordância expressa do 
preso.
Cumprimento da pena na penitenciária, em 
cela individual, contendo dormitório, aparelho 
sanitário e lavatório,
REGIME SEMIABERTO:
Artigo 35, CP.
Trabalho durante o dia em empresa 
agrícola ou industrial e repouso noturno 
em alojamento coletivo.
É cumprido em colônia penal agrícola ou 
industrial.
O trabalho externo é admissível, em caráter 
excepcional.
Saídas temporárias: feitas para estudo, 
devendo o preso comprovar frequência, e 
para visitas à família, ou para participação 
em atividades de retorno ao convívio social, 
preferencialmente em datas 
comemorativas.
As saídas devem ser, no máximo, 5 por ano, 
com intervalo mínimo de 45 dias entre elas. 
A autorização depende de comportamento 
adequado do sentenciado, cumprimento 
mínimo de um sexto da pena (se primário) 
ou de um quarto (se reincidente) e 
compatibilidade do benefício com os 
objetivos da pena (art. 123, LEP). 
REGIME ABERTO:
Artigo 36, CP.
O condenado deve recolher-se, durante o 
repouso noturno, à Casa do Albergado, ou 
estabelecimento similar, sem rigorismo de 
uma prisão, desenvolvendo atividades 
laborativas externas durante o dia. 
Nos dias de folga (feriado e fim de semana), 
deve ficar recolhido o dia todo. 
A Casa do Albergado deve ser um prédio 
situado em centro urbano, sem obstáculos 
físicos para evitar fuga, com aposentos para 
os presos e local adequado para cursos e 
palestras (arts. 93 a 95, LEP).
Regressão do Regime Aberto para 
um mais rigoroso
a- Prática de Crime Doloso: basta o 
indiciamento do suspeito. Se for condenado, 
consolida-se a regressão. Sendo absolvido, o 
regime será retomado.
b- Falta Grave: deixando de trabalhar ou se 
ausentando da Casa do Albergado durante o 
repouso noturno. O condenado é considerado 
foragido e irá regredir de regime.
c- Condenação por Crime Anteriormente 
Praticado: desde que torne a soma das penas 
incompatível com o regime (ex.: cumprindo 
três anos de reclusão em prisão albergue 
domiciliar, o condenado recebe nova pena de 
seis anos. Não poderá permanecer no regime 
aberto, devendo ser transferido).
Observações 
PROIBIDO: Progressão per salto ➜ o 
condenado não pode passar do regime 
fechado para o aberto. Deve ser em 
sequência: regime fechado, depois 
semiaberto, depois aberto.
PERMITIDO: Regressão per salto ➜ o 
condenado pode regredir do regime aberto 
para o fechado.
Penas Privativas de 
Liberdade 
Espécies 
• reclusão.
• detenção.
• prisão simples. 
Poderiam ser unificadas sob a 
denominação de pena de prisão. 
A reclusão tem regime mais severo do que 
a detenção, e ambas são destinadas ao 
crime.
Prisão Simples
Destinada às contravenções penais. 
Comporta apenas regime semiaberto e 
aberto.
Cumprimento sem rigor penitenciário.
Pena até 15 dias: trabalho facultativo.
Só será condenado a cumprir pena de 
prisão simples se for reincidente, pois 
existem inúmeras medidas 
despenalizadoras a fim de evitá-la (
contravenções penais são infrações de 
menor potencial ofensivo).
Reclusão 
Aplicada a condenações mais severas ➜ 
infrações mais graves, como homicídio, 
lesão grave, furto, roubo, estelionato, 
estupro, associação criminosa, corrupção.
Regime de cumprimento: fechado, 
semiaberto ou aberto.
Normalmente cumprida em 
estabelecimentos de segurança média ou 
máxima.
Admite o regime inicial fechado.
Detenção 
Aplicada a condenações mais leves ➜ 
infrações menos graves, como lesões 
corporais leves, crimes contra a honra, 
ameaça, violação de domicílio, dano, ato 
obsceno, desacato.
Cumprida em regime semiaberto, em 
colônias agrícolas, industriais ou similares, 
ou em regime aberto, nas Casas de 
Albergado.
Não admite regime inicial fechado.
Diferenças entre Reclusão e 
Detenção 
Reclusão: cumprida inicialmente nos regimes 
fechado, semiaberto ou aberto. A detenção 
somente pode ter início no regime 
semiaberto ou aberto.
Reclusão: pode acarretar como efeito da 
condenação a incapacidade para o exercício 
do pátrio poder (poder familiar), tutela ou 
curatela, nos crimes dolosos, sujeitos a esse 
tipo de pena, cometidos contra outrem 
igualmente titular do mesmo poder familiar, 
filho, filha ou outro descendente ou tutelado 
ou curatelado.
destituir o poder familiar ➜ extingue os 
vínculos de pai e filha ➜ os poderes que o 
familiar tem sobre o filho. Ex.: em casos de 
crimes sexuais do pai contra a filha; maus 
tratos da mãe com o filho.
Reclusão: propicia a internação nos casos de 
medida de segurança. 
A detenção permite a aplicação do regime de 
tratamento ambulatorial como medida de 
segurança. 
 Os semi imputáveis e os inimputáveis 
recebem medida de segurança, enquanto os 
imputáveis recebem penas.
Reclusão: prevista para crimes mais graves.
Detenção: reservada para os mais leves, 
motivo pelo qual, no instante de criação do 
tipo penal incriminador, o legislador sinaliza à 
sociedade a gravidade do delito.
É cabível a substituição da pena privativa 
de liberdade por restritiva de direitos (pena 
alternativa), supondo-se que o réu seja 
primário.
Penas Restritivas de 
Direitos
Requisitos para a Concessão 
a) objetivos: 
• aplicação de pena privativa de liberdade 
não superior a quatro anos, quando se 
tratar de crime doloso;
• crime cometido sem violência ou grave 
ameaça à pessoa;
• réu não reincidente em delito doloso;
b) subjetivo:
condições pessoais favoráveis: 
1) culpabilidade; 2) antecedentes; 3) 
conduta social; 4) personalidade; 5) 
motivos; 6) circunstâncias.
Duração da pena aplicada: restrição de 
quatro anos nos crimes dolosos. Os 
culposos não possuem limite.
Reincidência: aplicação da pena restritiva 
de direitos somente ao reincidente por 
crime doloso, embora com exceção.
Requisitos estabelecidos em lei para a 
substituição da pena privativa de liberdade 
por restritiva de direitos ao condenado 
reincidente por crime doloso:
a) ser socialmente recomendável, o que é 
de análise extremamente subjetiva. Não é 
socialmente recomendável encarcerar um 
sujeito que tenha duas penas leves a 
cumprir, podendo ficar em liberdade, 
prestando serviços à comunidade, por 
exemplo.
b) não ter havido reincidência específica, 
ou seja, não pode reiterar o mesmo crime (
idêntico tipo penal). 
Os dois requisitos são cumulativos, e não 
alternativos.
Momentos para a Conversão 
O mais comum é a conversão na sentença 
condenatória, segundo o art. 44 do Código 
Penal.
Ainda existe essa possibilidade durante a 
execução da pena, segundo o art. 180 da 
Lei de Execução Penal: 
a) pena privativa de liberdade não superior 
a 2 anos; 
b) cumprimento da pena em regime 
aberto; 
c) ter cumprido pelo menos 1/4 da pena; 
d) antecedentes e personalidade do 
condenado indicarem ser conveniente a 
conversão.
Exigências para a Conversão
Art. 44, § 2º, do Código Penal.
a) condenação à pena privativa de 
liberdade igual ou inferior a um ano pode 
ser substituída por uma restritiva de 
direitos ou multa.
b) condenação superior a um ano, a 
substituição será por duas penas restritivas 
de direitos ou uma restritiva e uma multa.
Reconversão da Pena Restritiva de 
Direitos em Privativa de Liberdade
Trata-se de um incidente na execução 
penal.Não cumprindo as condições 
impostas pelo juiz, poderá o sentenciado 
perder o benefício concedido, retornando à 
pena original (voltando à privativa de 
liberdade). O descumprimento das 
condições pode ocorrer nos seguintes casos:
a) na prestação de serviços à comunidade e 
na limitação de fim de semana: 
quando o condenado não for encontrado 
ou deixar de atender à intimação por edital;
quando não comparecer, sem justo motivo, 
à entidade assistencial para prestar o 
serviço ou deixar de se recolher no fim de 
semana;
quando o sentenciado recusar-se, sem 
motivo válido, a prestar o serviço que lhe foi 
imposto ou a participar das atividades 
determinadas pelo juiz;
quando praticar falta grave;
quando for condenado por outro crime à 
pena privativa de liberdade, cuja execução, 
não suspensa, tornar incompatível o 
cumprimento da restritiva de direitos (art. 
181, LEP).
b) na interdição temporária de direitos: 
quando o condenado exercer o direito 
interditado, sem motivo justo; 
quando o sentenciado não for localizado 
para cumprir a restrição ou desatender à 
intimação por edital;
quando sofrer condenação por crime 
sujeito à pena privativa de liberdade 
incompatível com a restrição.
c) na prestação pecuniária e na perda de 
bens ou valores: 
caso deixe de efetuar o pagamento da 
prestação fixada ou deixe de entregar os 
bens ou valores declarados de maneira 
voluntária. OBS.: Quando a prestação 
pecuniária não for paga por absoluta 
impossibilidade financeira do condenado, 
bem como deixar de ser entregue ao 
Estado o bem declarado perdido por ter 
perecido ou estar deteriorado, ou por 
motivo de força maior, é preciso aplicar o 
disposto no art. 148 da Lei de Execução 
Penal. O juiz da execução pode, 
entendendo ser cabível, aplicar outra pena 
restritiva de direitos.
Feita a reconversão, conforme o caso, o 
sentenciado cumprirá a pena privativa de 
liberdade pelo restante da restritiva de 
direitos.
Quando houver nova condenação, durante 
o gozo de pena restritiva de direitos, a 
reconversão não é automática (art. 44, § 5º, 
CP). O juiz da execução penal decidirá 
sobre a conversão, podendo deixar de 
aplicá-la se for possível ao condenado 
cumprir a pena substitutiva anterior. 
É impossível o cumprimento cumulativo 
das penas (restritiva de direitos + privativa 
de liberdade). 
Assim, se a segunda pena, apesar de 
privativa de liberdade, for cumprida no 
regime aberto, nada impede que o 
condenado execute, concomitantemente, 
a restritiva de direitos, consistente em 
prestação de serviços à comunidade, por 
exemplo.
Peculiaridades
Prestação Pecuniária:
Independe de consenso ou aceitação da 
parte beneficiária. Fixação de um valor 
variável de 1 a 360 salários mínimos a ser 
pago à vítima ou seus dependentes. 
Não existindo parte ofendida definida, é 
destinado o pagamento à entidade 
assistencial. 
A prestação pecuniária pode ter conotação 
de indenização civil.
Quando for destinada à vítima do delito ou 
aos seus dependentes, o valor pago será 
devidamente descontado, evitando-se o 
enriquecimento sem causa por parte do 
ofendido.
Entretanto, se for destinado integralmente 
à entidade pública ou privada com 
destinação social, a pena não tem qualquer 
conotação civil.
Perda de Bens ou Valores:
Para que o bem seja objeto de uma relação 
jurídica será preciso que apresente os 
seguintes caracteres: 
a) idoneidade para satisfazer um interesse 
econômico; 
b) gestão econômica autônoma; 
c) subordinação jurídica ao seu titular ou 
tudo aquilo que pode ser apropriado. 
Trata-se de uma sanção penal, de caráter 
confiscatório, levando à apreensão 
definitiva por parte do Estado de bens ou 
valores de origem lícita do indivíduo.
A perda deve recair sobre patrimônio de 
origem lícita do sentenciado, justamente 
para ter o caráter aflitivo de pena.
Prestação de serviços à comunidade ou a 
entidades públicas:
O condenado fica sujeito a recolher-se em 
entidades públicas ou privadas, durante 
determinadas horas da sua semana, para 
atividades predeterminadas.
Exige-se o piso mínimo de seis meses para 
a aplicação da pena de prestação de 
serviços à comunidade.
Devem-se atribuir ao sentenciado tarefas 
conforme a sua aptidão, pois não se pode 
admitir que a pena de prestação de 
serviços à comunidade, por meio da 
reeducação pelo trabalho, transforme-se 
em medida humilhante ou cruel.
O legislador optou por um sistema de hora-
tarefa, devendo o condenado cumprir uma 
hora-tarefa por dia de condenação. É 
preciso converter a pena em dias para se 
ter noção do número de horas que devem 
ser prestadas pelo sentenciado, inclusive 
porque ele pode pretender antecipar o 
cumprimento. Prestará, pois, sete
horas por semana.
Interdição temporária de direitos:
Proíbe-se o sentenciado de exercer cargo, 
função ou atividade pública.
A proibição de frequentar lugares.
Limitação de fim de semana:
Nas comarcas onde não houver Casa do 
Albergado ou local específico para reter o 
condenado por cinco horas aos sábados e 
domingos, ministrando-lhe palestras ou 
cursos, deve ser essa pena evitada, para não 
gerar franca impunidade.
Não se admite que seja cumprida no 
domicílio, por falta de fiscalização e 
adequação às finalidades da pena. 
Pena de Multa
Conceito e Características 
É pena pecuniária ➜ imposição ao 
condenado da obrigação de pagar ao 
fundo penitenciário determinada quantia 
em dinheiro, calculada na forma de dias-
multa, atingindo o patrimônio do 
condenado. 
Pode ser prevista como:
• punição isolada, a exemplo da Lei de 
Contravenções Penais.
• cumulativamente com a pena privativa de 
liberdade.
• alternativamente com a pena de prisão, a 
exemplo do crime do Art. 130, cominando 
pena de detenção, de três meses a um ano, 
ou multa. 
Quando a multa é punição única ou nos 
casos em que ela encontra-se cumulada com 
a pena de prisão, ao magistrado, no caso de 
condenação, será obrigatória a sua aplicação.
Nos casos em que a pena de multa estiver 
cominada de forma alternativa com a pena 
privativa de liberdade, o magistrado, terá uma 
discricionariedade para escolher entre uma 
ou outra, conforme seja necessário e 
suficiente para reprovação e prevenção do 
crime. 
Todas as vezes que o magistrado estiver 
fazendo a aplicação da pena de multa, seja 
ela isolada, cumulada ou alternativamente 
aplicada, deve seguir os limites legais, ou 
seja, a expressão “multa” deve ser 
entendida como sendo de 10 a 360 dias-
multas. 
Artigo 49, CP:
“A pena de multa consiste no pagamento ao 
fundo penitenciário da quantia fixada na 
sentença e calculada em dias-multa. Será, no 
mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (
trezentos e sessenta) dias-multa”. 
Fixação da Pena de Multa
Deve ser feita em duas fases ➜ bifásico.
1ª Fase: o juiz levará em conta para fixar 
entre 10 a 360 dias-multa, as circunstâncias 
judiciais (à culpabilidade, aos antecedentes, 
à conduta social, à personalidade do agente, 
aos motivos, às circunstâncias e 
conseqüências do crime, bem como ao 
comportamento da vítima),
2ª Fase: deverá o magistrado dar um valor a 
cada dia-multa, que não poderá ser inferior 
a um trigésimo (1/30) do maior salário 
mínimo mensal vigente ao tempo do fato, 
nem superior a 5 vezes esse salário.
O valor de cada dia-multa será aplicado 
pelo juiz que deverá atender, principalmente, 
à situação econômica do réu (art. 60, caput, 
do CP).
OBS.: O valor máximo pode ser multiplicado 
por 3, se o juíz perceber que, em virtude da 
situação econômica do réu, seja ineficaz 
para reprovação e prevenção do crime.
Cobrança da Pena de Multa 
Art. 51. Transitada em julgado a sentença 
condenatória, a multa será executada perante 
o juiz da execução penal e será considerada 
dívida de valor, aplicáveis as normas relativas 
à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive 
no que concerne às causas interruptivas e 
suspensivas da prescrição. 
O procedimento da cobrança da pena de 
multa se dá de acordo com o disposto na 
Lei de Execução Penal: 
Art. 164. Extraída certidão da sentença 
condenatóriacom trânsito em julgado, que 
valerá como título executivo judicial, o 
Ministério Público requererá, em autos 
apartados, a citação do condenado para, no 
prazo de 10 (dez) dias, pagar o valor da multa 
ou nomear bens à penhora. 
Execução da Pena de Multa
A LEP ainda prevê a execução da multa em 
casos de pena cumulada (privativa de 
liberdade + multa): 
Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada 
cumulativamente com pena privativa da 
liberdade, enquanto esta estiver sendo 
executada, poderá aquela ser cobrada 
mediante desconto na remuneração do 
condenado (artigo 168).
Circunstâncias Judiciais
Conceito
É o método judicial de discricionariedade 
juridicamente vinculada visando à suficiência 
para prevenção e reprovação da infração 
penal.
O juiz, dentro dos limites da pena mínima e 
máxima, deve eleger o quantum ideal, 
valendo-se do seu livre convencimento (
discricionariedade), embora com 
fundamentada exposição do seu raciocínio (
juridicamente vinculada). 
É a fiel aplicação do princípio constitucional 
da individualização da pena, evitando-se a 
sua indevida padronização.
Observações 
O crime é formado pelos elementos 
componentes do tipo básico (elementares); 
faltando um só deles, altera-se a figura típica 
ou não haverá delito. 
O tipo derivado compõe-se, portanto, das 
circunstâncias do delito (qualificadoras, 
privilégios, causas de aumento e diminuição). 
Existem outras circunstâncias para preencher 
o delito que não estão no tipo, mas na Parte 
Geral do Código Penal, como as agravantes 
e atenuantes. Elas influem somente na 
aplicação da pena. 
Nesse cenário, incluem-se as circunstâncias 
judiciais do art. 59 do Código Penal.
Elas são residuais a todas as outras, isto é, 
se não encontrarmos a circunstância como 
causa de aumento/diminuição ou como 
agravante/atenuante, pode o juiz inserí-la 
como circunstância formadora da pena-base, 
no contexto do art. 59, CP. 
Em suma, as circunstâncias judiciais são 
elementos que não afetam a existência do 
delito, mas que influem na fixação da pena.
Pena-Base
É a primeira eleição do quantum da pena 
feito pelo magistrado, fundado nas 
circunstâncias judiciais do art. 59 do Código 
Penal. 
Será dosada após a 1ª e a 2ª fase da 
dosimetria da pena.
É firmada entre a pena mínima e a máxima.
1ª Fase: circunstâncias judiciais ➜ art. 59, CP.
2ª Fase: atenuantes e agravantes.
Pena-Base.
3ª Fase: causas de aumento e diminuição da 
pena ➜ a pena pode ir aquém da pena 
mínima (menor) e além da pena máxima (
maior).
Art. 68, CP.
Elementos do Art. 59
CULPABILIDADE:
Reprovação social que o crime e o autor do 
fato merecem.
ANTECEDENTES:
Histórico criminal do agente.
Nunca desaparecem.
Súmula 444 do STJ: veda o uso de inquérito 
policial e ação penal para agravar a pena-
base ➜ o antecedente só pode ser usado 
para agravar a pena se houver condenação 
criminal anterior transitada em julgado.
Súmula 636 do STJ: “A folha de 
antecedentes criminais é documento 
suficiente para comprovar os maus 
antecedentes e a reincidência”. 
CONDUTA SOCIAL:
É o papel do réu na comunidade, inserido no 
contexto da família, do trabalho, da escola, 
da vizinhança, etc.
Por isso, a importância das perguntas ao 
acusado e às testemunhas ➜ a fim de saber 
se o réu merece uma pena maior ou menor. 
É um dos principais fatores de 
individualização da pena.
PERSONALIDADE:
Conjunto de caracteres exclusivos de uma 
pessoa, parte herdada e parte adquirida. 
Exemplos: agressividade, frieza emocional, 
rispidez, emotividade, etc.
É imprescindível, no entanto, haver uma 
análise do meio e das condições onde o 
agente se formou e vive, pois o bem-
nascido que tende ao crime deve ser mais 
severamente apenado do que o miserável que 
tenha praticado uma infração penal para 
garantir sua sobrevivência.
MOTIVOS DO CRIME:
Precedentes que levam ao crime.
POR QUE O CRIME FOI COMETIDO?
Quando o motivo configura/qualifica o crime, 
não pode ser usado como circunstância 
judicial, para não agravar a pena 2x pelo 
mesmo elemento.
Se houver 2 ou mais qualificadoras, só uma 
será usada para qualificar o crime e as 
outras poderão contar como circunstância 
negativa na 1ª fase.
O motivo, cuja forma dinâmica é o móvel, 
varia de indivíduo a indivíduo, de caso a caso, 
segundo o interesse ou o sentimento. 
Todo crime tem um motivo, que pode ser 
mais ou menos nobre ou repugnante.
CIRCUNSTÂNCIAS DO CRIME:
São os elementos acidentais do delito que 
não participam do tipo penal.
COMO O CRIME FOI PRATICADO?
Elementar do tipo, componente que configura 
o crime, não é circunstância do crime.
CONSEQUÊNCIAS DO CRIME:
Constituem o mal causado pelo crime ➜ o 
que gerou na vida de outras pessoas.
COMPORTAMENTO DA VÍTIMA:
É o modo de agir da vítima que pode levar ao 
crime.
Como a vítima agiu no crime ➜ ela provocou 
ou foi atacada?

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