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Centro Universitário Estácio de Sá / FIB Matéria: Microbiologia e Imunologia (ARA0023/3675474) Profª: Naiara Carvalho Alunos: Daniele dos Santos (Matrícula: 202009446205) Edmilson Amorim (Matrícula: 202008129923) Juliana Nascimento (Matrícula: 201903045657) Jaciene Conceição (Matrícula: 202102631262) Sthefania Araújo (Matrícula: 202009273751) RESUMO: Glossário de Bactérias com Importância Médica BACTÉRIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Os seres humanos estão propícios a doenças respiratórias que causam desconforto e dificuldades na respiração, além de reduzirem a capacidade para praticar atos simples da nossa rotina diária, podendo evoluir para quadros clínicos mais graves e, até mesmo, fatais. Com tanta fragilidade devemos ter cuidados com o surgimento dos sintomas que serve de alerta para buscar auxílio médico o mais rápido possível para o não haja agravamento do quadro respiratório. Devemos dar importância e ter em mente que, nos casos de doenças crônicas, o tratamento auxiliará na redução ou eliminação dos sintomas. Desta forma, será necessário um tratamento prolongado para que a doença seja eliminada do organismo ou para que não se tenha crises mais fortes futuramente com quadros que podem ser irreversíveis. A todo tempo no nosso convívio, nossas vias respiratórias estão expostas a uma grande variedade de partículas microscópicas e agentes perigosos que não costumam ser visíveis a olho nu como, poeira, ácaros, fungos, entre outros. Além disso, também existem os riscos de contaminação causados por vírus e bactérias que podem não ser reconhecidas pelo homem como mutações. Podemos afirmar com os estudos de hoje, que as doenças respiratórias são enfermidades que atingem os órgãos e as estruturas do sistema respiratório das vias nasais, faringe, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, pulmões e alvéolos pulmonares causando distúrbios como inflamações e irritações na região respiratória, além de provocarem a obstrução das vias aéreas, dificultando a passagem do ar e impedir a respiração completa. Temos no histórico de doenças respiratórias que são de fácil tratamento, entretanto outras são ou se tornam crônicas, precisando de acompanhamento por um longo período de tempo ou até mesmo por toda a vida o que gera um desconforto inevitável ao ser humano. Encontramos algumas doenças respiratórias que acometem ou começam apenas nos pulmões, enquanto outras podem se espalhar ou iniciam em outras partes do sistema respiratório, como nariz ou traqueia, que acabam atingindo outros sistemas do corpo e outros órgãos como a boca, que sofrem com medicamentos causando ressecamento na mucosa oral, o que causa o aumento da placa bacteriana, e desenvolvendo outras doenças como gengivite ou surgimento de infecções causadas por fungos. Doenças respiratórias são umas das principais causas de mortes em todo o mundo, podendo acontecer problemas iniciados em outras partes do corpo afetando de maneira direta ou indireta os pulmões e o sistema respiratório como um todo no indivíduo e de maneira geral, essa condição afeta todas as pessoas, no entanto, existem indivíduos que apresentam histórico clínico e mais predisposição genética para desenvolver esse tipo de problema, além de pertencerem a grupos determinados, como crianças e idosos. Temos vários tipos de enfermidades que atingem as vias aéreas e o sistema respiratório como a asma que é uma doença inflamatória crônica muito comum em crianças. Ainda não tem cura conhecida, contudo, é possível ter uma vida normal e saudável ao seguir o tratamento adequado e tomar alguns cuidados no dia a dia. Inclusive, os sintomas podem desaparecer ao longo do tempo e os principais sintomas dessa doença pulmonar são o chiado ao respirar, o aperto no peito, a tosse seca e a respiração curta e rápida. Esses sinais tendem a ser mais intensos em determinados períodos do dia, como à noite e durante as primeiras horas da manhã, e um dos diversos fatores que potencializam o aparecimento da asma e podem agravar os sintomas em especial, agentes ambientais e genéticos. Estamos nos referindo à exposição a partículas de poeira, ácaros e fungos, além de variações no clima, umidade, temperaturas baixas, histórico familiar, má formação na região respiratória, obesidade, sedentarismo, excesso de atividades físicas, entre outros podendo também desencadear situações graves como insônia, ansiedade, alterações permanentes na estrutura e no funcionamento pulmonar, tosse persistente, necessidade de uso de aparelhos de ventilação para respirar, hospitalização, internação, morte em casos mais graves. Os tipos de asma conhecidos até agora são classificados em duas modalidades, asma alérgica que é desencadeada por agentes alérgenos, como pólen, poeira, mofo e produtos químicos, e asma não alérgica que não é causada por agentes alérgenos. Os principais gatilhos são o ar seco, o clima frio, o cigarro, o estresse, entre outros. Outra doença e a bronquite nada mais é que uma grave inflamação nos brônquios nas vias aéreas responsáveis por transportar o oxigênio até os pulmões. Desse modo, o espaço para a passagem de ar fica menor e a respiração se torna difícil e cansativa com sintomas de falta de ar, irritação na garganta, tosse com secreção, chiado, dores no peito e dificuldade para respirar. Eles podem aparecer durante crises, geralmente associados a gripes e resfriados, e são divididos em dois grupos, a bronquite aguda com processo inflamatório agudo causado por vírus, que costuma estar associado a um processo infeccioso viral ou bacteriano e a bronquite crônica com processo inflamatório secundário dos brônquios, geralmente ligado à poluição, ao uso de cigarro ou a um processo alérgico a chamada bronquite asmática. A sinusite que é outra doença e consiste em uma inflamação que acomete a mucosa dos seios da face na área do crânio composta por cavidades ósseas, localizadas na região ao redor do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos. Ela pode aparecer de maneira em resposta a uma infecção, alergia ou outra doença que dificulte a drenagem de secreção dos seios da face e se divide em dois tipos levando em conta o tempo de duração da doença a aguda que os sintomas duram por menos de 12 semanas e a crônica que os sintomas são latentes e costumam durar mais de 12 semanas, e são causadas por agentes infecciosos como as bactérias, fungos e vírus, e os fatores alérgicos como poeira, choque térmico, exposição a agentes químicos e os sintomas são obstrução nasal com secreção, a pressão ou dor facial, a diminuição ou perda do olfato, a dor de ouvido, a dor no maxilar superior e dentes, a tosse, a garganta inflamada, as náuseas, entre outros. Outa doença infecciosa e a rinite que causa a irritação associada à inflamação infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa interna do nariz. Ela é classificada em 2 modalidades, dependendo da duração dos sintomas que e a rinite aguda com sintomas que duram entre 7 a 10 dias e a rinite crônica que os sintomas constantes, duram por meses com sintomas de irritação, entupimento e coriza no nariz, coceira e ardor nos olhos, espirros e lacrimejamento, causado por decorrente contato com vírus e bactérias e da exposição a alérgenos, como ácaros, poeira domiciliar, fungos, epitélio, urina e saliva de animais, fumaça do cigarro, substâncias voláteis e produtos químicos e de limpeza e se caracteriza em três modalidades, a rinite alérgica com reação causada devido à exposição a substâncias alérgicas, rinite não alérgica que não tem relação com o sistema imunológico, rinite mista que há mais de um agente causador, como bactérias e vírus. As alergias respiratórias são reações exageradas provocada pelo sistema imunológico diante do contato com determinadas substâncias, conhecidas como agentes alérgenos, embora as fontes causadoras de alergia sejam inofensivas para a maioria das pessoas, alguns indivíduostêm predisposição genética a desenvolver quadros alérgicos, logo, estão mais suscetíveis ao entrar em contato com os agentes. A tuberculose chamada também de tísica pulmonar, a tuberculose é uma doença infecciosa e altamente contagiosa. Esse distúrbio, que afeta principalmente os pulmões, pode atingir também os rins, a pele, os ossos, os gânglios e outros tecidos em menor grau. Os episódios são contados desde tempos antigos, cuja infestação da doença costumava contagiar um grande número de pessoas. A contaminação se dá por meio de correntes de ar, tosse, espirro, contato próximo com doentes e, até mesmo, devido à presença em um cômodo que apresenta os bacilos. Afinal, as partículas contagiosas podem permanecer no ambiente por um grande período, especialmente quando se trata de um local pouco ventilado. A pneumonia é uma grave infecção que atinge os pulmões, mas a doença pode acometer também os alvéolos pulmonares e os interstícios. A enfermidade é provocada pela entrada do agente infeccioso no espaço alveolar como bactérias, vírus, fungos, reações alérgicas etc., e em regra a pneumonia não é uma doença contagiosa nem transmissível para outras pessoas. Contudo, é possível contrair a doença por meio do simples contato nos casos em que o indivíduo apresente o sistema imunológico fraco por causa de quadros como câncer, desnutrição, HIV e, até mesmo, estresse e os tipos são: pneumonia viral que a infecção é causada por vírus. Quando eles são aspirados, chegam até os pulmões e provocam inflamação nos alvéolos (estruturas pulmonares responsáveis por efetuar o transporte do oxigênio para o sangue), pneumonia bacteriana com o sistema imunológico fraco não consegue neutralizar o ataque de bactérias (geralmente elas se encontram no nariz, na boca, na garganta, na pele e no sistema digestivo), pneumonia química ou pneumonite que e causada pela respiração e consequente inalação de substâncias que são agressivas para os alvéolos e o pulmão, como a fumaça, os agrotóxicos e os demais produtos químicos, pneumonia por fungos que é o tipo mais agressivo. Essa enfermidade costuma acometer pacientes que vivem com doenças crônicas, como pessoas com HIV ou câncer. Temos que falar da doença pulmonar obstrutiva crônica que é um problema progressivo e irreversível, afetando principalmente os pulmões e destruindo os alvéolos pulmonares. A principal característica dessa doença é a destruição total do órgão. Ela pode aparecer em pessoas de mais idade ou em quem já teve tuberculose, e os sintomas dessa doença se assemelham aos encontrados na bronquite crônica e no enfisema pulmonar, principalmente com relação à queixa de falta de ar. Temos também o enfisema pulmonar que é uma doença que resulta na destruição gradativa dos tecidos pulmonares que, como consequência, faz com que eles fiquem hiper insuflados, ou seja, distendidos a ponto de não ter mais como reverter o quadro infeccioso. BACTÉRIAS DO SISTEMA NERVOSO Neisseria meningitidis é um diplococo Gram negativo, capsulado, causador da meningite bacteriana e meningococcemia. A meningite meningocóccica geralmente que ocorre na forma de epidemias. Com transmissão que ocorre via aérea e a bactéria adere-se às células da nasofaringe, podendo atingir a circulação sanguínea. Obtém-se o diagnóstico microbiológico da cultura do líquido cerebrospinal e do sangue. O tratamento é realizado com penicilina G. Existem vacinas que podem ser aplicadas na prevenção da doença em grupos de risco. Mycobacterium leprae e M. lepromatosis são micobactérias causadoras da hanseníase (lepra). Estes microrganismos desenvolvem-se principalmente nas partes mais frias da pele causando lesões. Muitos pacientes possuem lesões brandas, Nesta circunstância, o prognóstico é favorável. Entretanto, a forma mais grave da doença causa lesões rugosas e granulares pelo corpo. Nestes casos, o prognóstico é desfavorável. A patogenicidade resulta da interação entre a hipersensibilidade tardia e a invasão bacteriana, sendo que as células crescidas no interior de macrófagos, causando infecção intracelular e, por consequência lesões na pele. O tratamento consiste no uso de fármacos (TMD) combinados: dapsona, rifampina e clofazimina. Clostridium tetani é um bacilo anaeróbio obrigatório, gram-positivo. O solo é o reservatório natural destas bactérias. Assim usualmente, ocorre a contaminação de ferimentos pelos esporos do solo. Quando há a penetração profunda ocorre a condição anóxica e os esporos germinam formando bactérias produtoras da toxina (neurotoxina do tétano) com ação sistêmica. Que possuem moléculas sinalizadoras inibitórias para o relaxamento muscular e causa paralisia rígida da musculatura voluntária. Podendo evoluir para uma insuficiência respiratória e causar a morte do paciente. O diagnóstico é baseado nos sintomas e na detecção da toxina no sangue ou tecidos do indivíduo infectado. A antibioticoterapia com penicilina ocorre para minimizar a população bacteriana principalmente no quadro agudo da doença. O alvo principal seria as toxinas no corpo que podem ser neutralizada com soros específicos, mas não as moléculas da toxina que ainda agem nas terminações nervosas. A prevenção é feita aplicação da vacina (toxóide), a cada dez anos, que é bastante eficaz. BACTÉRIAS DA PELE E MUCOSA Treponema pallidum é um epiroquetídeo a A. sífilis é a treponematose de maior importância médica. O principal modo de transmissão é o contato interpessoal de um indivíduo com lesões sifilíticas principalmente durante a relação sexual. Durante o ato sexual sempre ocorrem as micro lesões propiciando a transmissão do microrganismo. A doença usualmente inicia-se na genitália masculina ou feminina. Podem ocorrer leões anais e bucais. A doença pode manifestar-se em três estágios: ● Sífilis primária: trata-se de uma lesão na genitália chamada de cancro duro onde a bactéria se multiplica. ● Sífilis secundária: ocorre quando as bactérias se espalham do local da infecção por todo o corpo e o indivíduo apresentar erupções cutâneas generalizadas. ● Sífilis terciária: quando não tratada, a sífilis secundária pode regredir normalmente ou causar a sífilis terciária. O tratamento é eficaz com uma única injeção de penicilina, principalmente nos primeiros estágios. Já na sífilis terciária, o tratamento com penicilina é mais longo. Leptospira interrogans faz parte do gênero Lepstopira, que consiste em espiroquetas aeróbias estritas. Causam a leptospirose ao homem, uma zoonose típica. Depois de invadir a corrente circulatória a bactéria aloja-se principalmente nos rins e fígado, causando nefrite e icterícia. Pode levar a falência renal e até a morte. O tratamento é realizado com penicilina, estreptomicina ou tetraciclina e é extenso (pois demora para retirar todas as bactérias dos rins). Borrelia burgdorferi é um espiroqueta e é causador da doença de Lyme. A bactéria é transmitida aos seres humanos e animais através de carrapatos, principalmente o carrapato de cervos. Os sintomas agudos incluem cefaleia, dor nas costas, calafrios e fadiga, com destaque às lesões cutâneas do tipo eritema migrans. O melhor diagnóstico é pela pesquisa de anticorpos do paciente contra algumas proteínas da bactéria. O tratamento pode ser realizado com tetraciclina, penicilina, doxiciclina, amoxiciclina ou cefuroxima axetil. Para prevenir a doença de Lyme, é altamente recomendável o uso de vestimentas adequadas quando exposto ao habitat do carrapato e o uso de repelentes. Rickettsia prowazekii é o agente do tifo. As riquétsias são Proteobacterias, pequenas, gram-negativas, intracelulares obrigatórios com ciclo de desenvolvimento e necessitam do metabolismo da célula hospedeira. Causam doenças em vertebrados, mas é encontrada em vetores artrópodes hematófagos (piolhos, pulgas ou carrapatos). O tifo epidêmico é uma doença transmitida por piolhos, sendo que os humanossão os únicos hospedeiros mamíferos conhecidos. O mecanismo de transmissão consiste principalmente na contaminação por fezes do piolho contaminadas na região da picada do inseto. Neste ponto as riquétsias se multiplicarão e disseminam-se pelo sangue, gerando sintomas como cefaleia, febre e fraqueza corporal generalizada. O tratamento consiste na administração de tetraciclina e cloranfenicol. Rickettsia rickettsii é o agente etiológico da Febre maculosa, que é transmitida através do carrapato, principalmente de diversos mamíferos. Entre 3 e 12 dias após a infecção surgem sintomas como febre, cefaleia intensa, erupções cutâneas, distúrbios gastrointestinais, diarreia e vômito. O tratamento é realizado o com tetraciclina ou cloranfenicol, sendo que a taxa de mortalidade nos casos tratados é inferior a 1%. Erlichia chaffeensis e Neorickettsia sennetsu são espécies de Erlichia causadoras da erlichiose monicítica humana. Erlichia ewingii e Anaplasma phagocytophilum são causadoras de anaplasmose granulocítica humana. As Erlichias derivam dos ancestrais das riquétsias e são intracelulares obrigatórias. Os sintomas podem incluir febre, cefaleia, indisposição, leucopenia ou trombocitopenia. Às vezes, ocorre alteração da função hepática. Coxiella burnetii é uma bactéria que causa a febre Q, está relacionada com outras riquétsias. A doença é pouco frequente em humanos, mas causa febre autolimitada, pneumonia ou hepatite. Esta riquétsias normalmente, infecta ovelhas, gado bovino, caprinos, pássaros e artrópodes principalmente os carrapatos. É uma zoonose ocupacional, mas pode atingir outros indivíduos pela ingestão de leite, carne, urina e fezes de animais e picada de insetos. Ao contrair a doença, o paciente apresentará sintomas semelhantes aos da gripe, sendo que pode progredir para quadros de febre prolongada, cefaleia, calafrios, dores no peito, pneumonia e endocardite. O diagnóstico microbiológico é realizado normalmente na pesquisa de anticorpos específicos do paciente pela imunofluorescência e a PCR na pesquisa do DNA microbiano. O tratamento é feito com tetraciclina. Yersinia pestis é um bacilo, Gram-negativo, aeróbio facultativo, membro do grupo das bactérias da família Enterobacteriacea. Conforme a evolução da doença, esta pode disseminar, pois com a morte dos ratos as pulgas procuram outros hospedeiros, como seres humanos. No ser humano, Y. pestis se encontra nos linfonodos, causando intumescimento na região chamados de bubões. As hemorragias locais decorrentes da infecção originam manchas escuras na pele. Linhagens virulentas de Y. pestis produzem a toxina murina, responsável por bloquear o transporte de elétrons mitocondriais na coenzima Q. Existe, também, a peste pneumônica, na qual a inalação de Y. pestis causa pneumonia seguida de expectoração intensa de escarro infectado e sanguinolento. A peste pneumônica é uma doença altamente contagiosa entre humanos por disseminar- se pelo aerossol gerado da via respiratória. O tratamento consiste na administração parenteral de estreptomicina ou gentamicina. Já o controle da doença é feito a partir da vigilância de animais reservatórios e vetores e do controle entre o contato humano. BACTÉRIAS DO TRATO GASTRINTESTINAL Helyconater pylore: é uma bactéria gram-negativa, helicoidal, com seis flagelos e está associada a gastrites, úlceras gástricas e câncer gástrico. Dados revelam que 80% dos pacientes com úlcera gástrica e infecções concominentes por H. pylore, sendo que a transmissão dessa bactéria ocorre geralmente pela água, alimentos contaminados ou contato interpessoal. Após colonização da bactéria e início do seu crescimento, seu metabolismo libera produtos inflamatórios que causam a destruição tecidual e ulceração. Os indivíduos infectados tendem a apresentar gastrite crônica quando não tratados com antibióticos e nestes casos, podem desenvolver o câncer gástrico. O teste diagnóstico mais preciso consiste no cultivo do microrganismo ou detecção de H. pylore em biopsia de úlcera gástrica. Um teste mais simples, in vivo é o teste de urease. Eschericia coli: É a bactéria mais estudada, é um gram.- negativo intestinal, aeróbico facultativo, não formador de esporos e fermentador de glicose. Estas são características de todas as enterobactérias incluindo-se E.coli. sendo um coliforme é também um microrganismo indicador principalmente da qualidade da água revelando a presença de materiais fecal humano. Apesar de geralmente ser inofensiva, existem alguns biotipos que causam quadros diarreicos e outras e também, infecções urinarias. Pacientes com diarreias, em geral deve ser hidratado com reposição de sais. Mas as desinteiras requerem mais atenção. O tipo de invasão no epitélio intestinal ou a produção de enterotoxinas causam estes sintomas, diarreias ou desinterias. Vibrio cholerae: é um bacilo curvo, gram-negativo que causa a cólera. Pode ser transmitido por alimentos crus e verduras, mas geralmente ocorre pela água contaminada. A cólera é uma doença diarreica intensa e grave que leva a morte um indivíduo em pouco tempo pela intensa perda de água pelas fezes causando desidratação. Esta bactéria causou sete importantes pandemias no mundo. O diagnóstico microbiológico é realizado pela detecção dos bacilos nas fezes. O tratamento do paciente tem como base a reposição endovenosa ou oral de líquidos e eletrólitos, sendo simples e eficaz. Yersinia enterocilitica: é um bacilo gram-negativo causador de distúrbio intestinal. É adquirido pela ingestão de carnes e lacticínios contaminados. Seu habitat principal é o intestino de animais domésticos. Esta bactéria é capaz de causar (febre entérica), uma consequência muito grave. Salmonella entérica: Constitui-se em grande grupo de salmonelas pela variação antigênica dos flagelos. Salmonelas as também enterobactérias. Causam doenças gastrointestinal denominadas salmonelase. Sua principal fonte de infecção são os alimentos contaminados pelas fezes de animais (frango, porco e gado bovino). Os alimentos a base de ovos crus são os mais contaminados. Ao ingerir estes alimentos contaminados, o intestino delgado e grosso é colonizado, provocando cefaleia, calafrios, vômitos e diarreia seguido de febre por alguns dias. O diagnóstico é feito a partir de observação dos sintomas clínicos, histórico alimentar e (coprocultura). A prevenção é basicamente o consumo de alimentos bem cozidos. Salmonella Typhi: (sorotipo da S. enterica) causa a febre tifoide, na qual a água contaminada com fezes humanas é o principal meio de contaminação. Portanto, falhas no método de tratamento de água, enchentes e terremotos ainda podem contaminar as tubulações e causar epidemias. Apesar de causar distúrbios intestinais leve, causa a sepse (septicemia) infecção sanguínea importante que deve ser tratada. Clostridium botulinum: faz parte do gênero Clostridium, portanto é um bacilo anaeróbico, formador de endósporos (estrutura bacteriana resistente ao calor e agentes de desinfecção). Esta bactéria é comum em solos e na água, mas seus endósporos são potenciais contaminantes em alimentos crus. Os esporos depois de se espalharem nos alimentos, iniciam a multiplicação bacteriana e a produção da toxina botulínica. A toxina botulínica é uma neurotoxina que provoca paralisia flácida (afetando funções como respiração e batimentos cardíacos) A toxina é destruída se submetia a um calor de 80C por 10 minutos. O diagnóstico é feito a partir da detecção da toxina no soro do paciente ou detecção das células C.botulinium em alimentos. Clostridium difficile: é um bacilo, anaeróbico obrigatório, grampositivo, formador de endósporos (de difíceis erradicação) e que produz duas toxinas (A e B). Este microrganismo é oportunista da microbiota do intestino. Quando um indivíduo está em tratamento com antibióticos, além de eliminar as bactérias causadoras da doença, ocorre também a eliminação das bactériasbenéficas que protegem o trato intestinal (desequilíbrio da microbiota intestinal), facilitando a proliferação de C. dificile. Isto pode levar a um quatro de diarreia até a colite pseudomembranosa. Nesses casos recomenda-se probióticos. Clostridium perfringens: também faz parte do gênero Clostridium e formador de endósporos. Frequentemente encontrado no solo e no trato intestinal de animais e humanos é extensamente associado a intoxicações alimentares. O diagnóstico é a pesquisa desta bactéria nas fezes ou se possível no alimento e toxina. O tratamento consiste em terapia de apoio, apenas nos casos mais graves. Os sintomas são: náuseas, diarreias e cólicas intestinais. A intoxicação geralmente desaparece 24 horas após o consumo dos alimentos contaminados. Campylobacter ssp. São bacilos curvos gram-negativos, moveis, que crescem em baixa tensões de oxigênio (microaerofilia). Compylobacter jejuin e Compilobater coli: são espécies frequentes que causam infecções alimentares nos Estados Unidos. Compilobacter fetus é responsável pela esterilidade e aborto nos gados bovinos e ovinos. Após a ingestão de água e alimentos contaminados, esta bactéria se aloja no intestino delgado e causa inflamação, gerando sintomas como febre alta (geralmente acima de 40C), cefaleia, mal estar, cólicas abdominais entre outro. O diagnóstico é feito a partir das fezes do paciente. O tratamento precoce é obtido com eritromicina e quinolona, no caso de doenças diarreicas grave. Shigella dysenteriae: é outra enterobactéria causadora da disenteria bacilar (ou shigelose), provocando gastrenterite grave com diarreia sanguinolenta. O principal meio de transmissão é o consumo de água e alimentos contaminados. O microrganismo é capaz de invadir as células epiteliais do intestino. O tratamento pode ser obtido pelo uso de antibióticos. O diagnóstico é obtido também pela coprocultura. Liseteria monocytogenes: é um cocobacilo curto, gram-positivo, não formador de esporos, tolerante ao ácido, ao sal, ao frio e a aeróbio facultativo. Causa listeriose, inicialmente ocorre a infecção que pode levar a bacteremia (presença de bactérias no sangue) meningite. Esta bactéria pode contaminar qualquer alimento processado ou não. Após a ingestão do alimento contaminado, que podem ser, carnes prontas para o consumo, queijos cremosos e leite pasteurizado inadequadamente, as bactérias invadem o trato gastrointestinal, penetra nos fagócitos, se multiplicam lizam estas células e disseminam-se no hospedeiro. O diagnostico consiste no cultivo do microrganismo do sangue ou pelo diagnostico molecular (PCR). BACTÉRIAS DO TRATO GENITURINÁRIO Neisseria gonorrhoeae é um diplococo Gram-negativo, aeróbio obrigatório, não formador de esporos que causa a gonorreia ou blenorragia. Como esta bactéria é muito sensível ao dissecando, só é transmitida por contato íntimo. Quando não tratada, pode resultar na doença pélvica inflamatória. Já nos homens, ocorre intensa dor no canal uretral. Esta bactéria também pode causar infecções oculares em recém nascidos. O diagnóstico presuntivo da doença pela bacterioscopia da secreção uretral no homem é mais fácil do que na mulher. O tratamento da gonorreia já foi realizado com sucesso através do uso de penicilina e quinolonas, entretanto, já existem linhagens resistentes e estas respondem eficazmente a tratamentos com antibióticos β lactâmicos cefixima ou ceftriaxona, conjuntamente com azitromicina ou doxiciclina, os quais também combatem Chlamydia trachomatis. Nas mulheres causa cervicite, doença pélvica inflamatória e danos às trompas de Falópio. Se não for tratada, esta UNG pode levar à infertilidade. Frequentemente, a UNG é vista como uma infecção secundária à gonorreia e, por isso, geralmente administra-se azitromicina ou doxiciclina a pacientes com gonorreia, visando eliminar uma possível clamidiose. O diagnóstico microbiológico de C. trachomatis é complicado, mas pode ser obtido de suabes vaginais, da cervix e de secreções utilizando-se anticorpos específicos e marcados ou técnicas moleculares como a PCR. Outro biotipo de C. trachomatis é responsável pelo linfogranuloma venéreo, uma Doença Sexualmente Transmissível . A doença é frequentemente diagnosticada clinicamente nos homens, observa-se o entumecimento dos nódulos linfáticos inguinais e áreas próximas.
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