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Doenças Respiratórias e suas Causas

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Centro Universitário Estácio de Sá / FIB 
Matéria: Microbiologia e Imunologia (ARA0023/3675474) 
Profª: Naiara Carvalho 
Alunos: Daniele dos Santos (Matrícula: 202009446205) 
 Edmilson Amorim (Matrícula: 202008129923) 
 Juliana Nascimento (Matrícula: 201903045657) 
 Jaciene Conceição (Matrícula: 202102631262) 
 Sthefania Araújo (Matrícula: 202009273751) 
 
 
RESUMO: Glossário de Bactérias com Importância Médica 
 
BACTÉRIAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
Os seres humanos estão propícios a doenças respiratórias que causam 
desconforto e dificuldades na respiração, além de reduzirem a capacidade para 
praticar atos simples da nossa rotina diária, podendo evoluir para quadros 
clínicos mais graves e, até mesmo, fatais. Com tanta fragilidade devemos ter 
cuidados com o surgimento dos sintomas que serve de alerta para buscar auxílio 
médico o mais rápido possível para o não haja agravamento do quadro 
respiratório. 
Devemos dar importância e ter em mente que, nos casos de doenças crônicas, 
o tratamento auxiliará na redução ou eliminação dos sintomas. Desta forma, será 
necessário um tratamento prolongado para que a doença seja eliminada do 
organismo ou para que não se tenha crises mais fortes futuramente com quadros 
que podem ser irreversíveis. 
A todo tempo no nosso convívio, nossas vias respiratórias estão expostas a uma 
grande variedade de partículas microscópicas e agentes perigosos que não 
costumam ser visíveis a olho nu como, poeira, ácaros, fungos, entre outros. Além 
disso, também existem os riscos de contaminação causados por vírus e 
bactérias que podem não ser reconhecidas pelo homem como mutações. 
Podemos afirmar com os estudos de hoje, que as doenças respiratórias são 
enfermidades que atingem os órgãos e as estruturas do sistema respiratório das 
vias nasais, faringe, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, pulmões e alvéolos 
pulmonares causando distúrbios como inflamações e irritações na região 
respiratória, além de provocarem a obstrução das vias aéreas, dificultando a 
passagem do ar e impedir a respiração completa. 
Temos no histórico de doenças respiratórias que são de fácil tratamento, 
entretanto outras são ou se tornam crônicas, precisando de acompanhamento 
por um longo período de tempo ou até mesmo por toda a vida o que gera um 
desconforto inevitável ao ser humano. 
Encontramos algumas doenças respiratórias que acometem ou começam 
apenas nos pulmões, enquanto outras podem se espalhar ou iniciam em outras 
partes do sistema respiratório, como nariz ou traqueia, que acabam atingindo 
outros sistemas do corpo e outros órgãos como a boca, que sofrem com 
medicamentos causando ressecamento na mucosa oral, o que causa o aumento 
da placa bacteriana, e desenvolvendo outras doenças como gengivite ou 
surgimento de infecções causadas por fungos. 
Doenças respiratórias são umas das principais causas de mortes em todo o 
mundo, podendo acontecer problemas iniciados em outras partes do corpo 
afetando de maneira direta ou indireta os pulmões e o sistema respiratório como 
um todo no indivíduo e de maneira geral, essa condição afeta todas as pessoas, 
no entanto, existem indivíduos que apresentam histórico clínico e mais 
predisposição genética para desenvolver esse tipo de problema, além de 
pertencerem a grupos determinados, como crianças e idosos. 
Temos vários tipos de enfermidades que atingem as vias aéreas e o sistema 
respiratório como a asma que é uma doença inflamatória crônica muito comum 
em crianças. Ainda não tem cura conhecida, contudo, é possível ter uma vida 
normal e saudável ao seguir o tratamento adequado e tomar alguns cuidados no 
dia a dia. Inclusive, os sintomas podem desaparecer ao longo do tempo e os 
principais sintomas dessa doença pulmonar são o chiado ao respirar, o aperto 
no peito, a tosse seca e a respiração curta e rápida. Esses sinais tendem a ser 
mais intensos em determinados períodos do dia, como à noite e durante as 
primeiras horas da manhã, e um dos diversos fatores que potencializam o 
aparecimento da asma e podem agravar os sintomas em especial, agentes 
ambientais e genéticos. Estamos nos referindo à exposição a partículas de 
poeira, ácaros e fungos, além de variações no clima, umidade, temperaturas 
baixas, histórico familiar, má formação na região respiratória, obesidade, 
sedentarismo, excesso de atividades físicas, entre outros podendo também 
desencadear situações graves como insônia, ansiedade, alterações 
permanentes na estrutura e no funcionamento pulmonar, tosse persistente, 
necessidade de uso de aparelhos de ventilação para respirar, hospitalização, 
internação, morte em casos mais graves. 
Os tipos de asma conhecidos até agora são classificados em duas modalidades, 
asma alérgica que é desencadeada por agentes alérgenos, como pólen, poeira, 
mofo e produtos químicos, e asma não alérgica que não é causada por agentes 
alérgenos. Os principais gatilhos são o ar seco, o clima frio, o cigarro, o estresse, 
entre outros. 
Outra doença e a bronquite nada mais é que uma grave inflamação nos 
brônquios nas vias aéreas responsáveis por transportar o oxigênio até os 
pulmões. Desse modo, o espaço para a passagem de ar fica menor e a 
respiração se torna difícil e cansativa com sintomas de falta de ar, irritação na 
garganta, tosse com secreção, chiado, dores no peito e dificuldade para respirar. 
Eles podem aparecer durante crises, geralmente associados a gripes e 
resfriados, e são divididos em dois grupos, a bronquite aguda com processo 
inflamatório agudo causado por vírus, que costuma estar associado a um 
processo infeccioso viral ou bacteriano e a bronquite crônica com processo 
inflamatório secundário dos brônquios, geralmente ligado à poluição, ao uso de 
cigarro ou a um processo alérgico a chamada bronquite asmática. 
A sinusite que é outra doença e consiste em uma inflamação que acomete a 
mucosa dos seios da face na área do crânio composta por cavidades ósseas, 
localizadas na região ao redor do nariz, das maçãs do rosto e dos olhos. Ela 
pode aparecer de maneira em resposta a uma infecção, alergia ou outra doença 
que dificulte a drenagem de secreção dos seios da face e se divide em dois tipos 
levando em conta o tempo de duração da doença a aguda que os sintomas 
duram por menos de 12 semanas e a crônica que os sintomas são latentes e 
costumam durar mais de 12 semanas, e são causadas por agentes infecciosos 
como as bactérias, fungos e vírus, e os fatores alérgicos como poeira, choque 
térmico, exposição a agentes químicos e os sintomas são obstrução nasal com 
secreção, a pressão ou dor facial, a diminuição ou perda do olfato, a dor de 
ouvido, a dor no maxilar superior e dentes, a tosse, a garganta inflamada, as 
náuseas, entre outros. 
Outa doença infecciosa e a rinite que causa a irritação associada à inflamação 
infecciosa, alérgica ou irritativa da mucosa interna do nariz. Ela é classificada em 
2 modalidades, dependendo da duração dos sintomas que e a rinite aguda com 
sintomas que duram entre 7 a 10 dias e a rinite crônica que os sintomas 
constantes, duram por meses com sintomas de irritação, entupimento e coriza 
no nariz, coceira e ardor nos olhos, espirros e lacrimejamento, causado por 
decorrente contato com vírus e bactérias e da exposição a alérgenos, como 
ácaros, poeira domiciliar, fungos, epitélio, urina e saliva de animais, fumaça do 
cigarro, substâncias voláteis e produtos químicos e de limpeza e se caracteriza 
em três modalidades, a rinite alérgica com reação causada devido à exposição 
a substâncias alérgicas, rinite não alérgica que não tem relação com o sistema 
imunológico, rinite mista que há mais de um agente causador, como bactérias e 
vírus. 
As alergias respiratórias são reações exageradas provocada pelo sistema 
imunológico diante do contato com determinadas substâncias, conhecidas como 
agentes alérgenos, embora as fontes causadoras de alergia sejam inofensivas 
para a maioria das pessoas, alguns indivíduostêm predisposição genética a 
desenvolver quadros alérgicos, logo, estão mais suscetíveis ao entrar em 
contato com os agentes. 
A tuberculose chamada também de tísica pulmonar, a tuberculose é uma 
doença infecciosa e altamente contagiosa. Esse distúrbio, que afeta 
principalmente os pulmões, pode atingir também os rins, a pele, os ossos, os 
gânglios e outros tecidos em menor grau. Os episódios são contados desde 
tempos antigos, cuja infestação da doença costumava contagiar um grande 
número de pessoas. 
A contaminação se dá por meio de correntes de ar, tosse, espirro, contato 
próximo com doentes e, até mesmo, devido à presença em um cômodo que 
apresenta os bacilos. Afinal, as partículas contagiosas podem permanecer no 
ambiente por um grande período, especialmente quando se trata de um local 
pouco ventilado. 
A pneumonia é uma grave infecção que atinge os pulmões, mas a doença pode 
acometer também os alvéolos pulmonares e os interstícios. A enfermidade é 
provocada pela entrada do agente infeccioso no espaço alveolar como bactérias, 
vírus, fungos, reações alérgicas etc., e em regra a pneumonia não é uma doença 
contagiosa nem transmissível para outras pessoas. Contudo, é possível contrair 
a doença por meio do simples contato nos casos em que o indivíduo apresente 
o sistema imunológico fraco por causa de quadros como câncer, desnutrição, 
HIV e, até mesmo, estresse e os tipos são: pneumonia viral que a infecção é 
causada por vírus. Quando eles são aspirados, chegam até os pulmões e 
provocam inflamação nos alvéolos (estruturas pulmonares responsáveis por 
efetuar o transporte do oxigênio para o sangue), pneumonia bacteriana com o 
sistema imunológico fraco não consegue neutralizar o ataque de bactérias 
(geralmente elas se encontram no nariz, na boca, na garganta, na pele e no 
sistema digestivo), pneumonia química ou pneumonite que e causada pela 
respiração e consequente inalação de substâncias que são agressivas para os 
alvéolos e o pulmão, como a fumaça, os agrotóxicos e os demais produtos 
químicos, pneumonia por fungos que é o tipo mais agressivo. Essa 
enfermidade costuma acometer pacientes que vivem com doenças crônicas, 
como pessoas com HIV ou câncer. 
Temos que falar da doença pulmonar obstrutiva crônica que é um problema 
progressivo e irreversível, afetando principalmente os pulmões e destruindo os 
alvéolos pulmonares. A principal característica dessa doença é a destruição total 
do órgão. Ela pode aparecer em pessoas de mais idade ou em quem já teve 
tuberculose, e os sintomas dessa doença se assemelham aos encontrados na 
bronquite crônica e no enfisema pulmonar, principalmente com relação à queixa 
de falta de ar. 
Temos também o enfisema pulmonar que é uma doença que resulta na 
destruição gradativa dos tecidos pulmonares que, como consequência, faz com 
que eles fiquem hiper insuflados, ou seja, distendidos a ponto de não ter mais 
como reverter o quadro infeccioso. 
 
 
BACTÉRIAS DO SISTEMA NERVOSO 
 
Neisseria meningitidis é um diplococo Gram negativo, capsulado, causador da 
meningite bacteriana e meningococcemia. A meningite meningocóccica 
geralmente que ocorre na forma de epidemias. Com transmissão que ocorre via 
aérea e a bactéria adere-se às células da nasofaringe, podendo atingir a 
circulação sanguínea. Obtém-se o diagnóstico microbiológico da cultura do 
líquido cerebrospinal e do sangue. O tratamento é realizado com penicilina G. 
Existem vacinas que podem ser aplicadas na prevenção da doença em grupos 
de risco. 
Mycobacterium leprae e M. lepromatosis são micobactérias causadoras da 
hanseníase (lepra). Estes microrganismos desenvolvem-se principalmente nas 
partes mais frias da pele causando lesões. Muitos pacientes possuem lesões 
brandas, Nesta circunstância, o prognóstico é favorável. Entretanto, a forma 
mais grave da doença causa lesões rugosas e granulares pelo corpo. Nestes 
casos, o prognóstico é desfavorável. 
 A patogenicidade resulta da interação entre a hipersensibilidade tardia e a 
invasão bacteriana, sendo que as células crescidas no interior de macrófagos, 
causando infecção intracelular e, por consequência lesões na pele. O tratamento 
consiste no uso de fármacos (TMD) combinados: dapsona, rifampina e 
clofazimina. 
Clostridium tetani é um bacilo anaeróbio obrigatório, gram-positivo. O solo é o 
reservatório natural destas bactérias. Assim usualmente, ocorre a contaminação 
de ferimentos pelos esporos do solo. Quando há a penetração profunda ocorre 
a condição anóxica e os esporos germinam formando bactérias produtoras da 
toxina (neurotoxina do tétano) com ação sistêmica. Que possuem moléculas 
sinalizadoras inibitórias para o relaxamento muscular e causa paralisia rígida da 
musculatura voluntária. Podendo evoluir para uma insuficiência respiratória e 
causar a morte do paciente. O diagnóstico é baseado nos sintomas e na 
detecção da toxina no sangue ou tecidos do indivíduo infectado. A 
antibioticoterapia com penicilina ocorre para minimizar a população bacteriana 
principalmente no quadro agudo da doença. O alvo principal seria as toxinas no 
corpo que podem ser neutralizada com soros específicos, mas não as moléculas 
da toxina que ainda agem nas terminações nervosas. A prevenção é feita 
aplicação da vacina (toxóide), a cada dez anos, que é bastante eficaz. 
 
BACTÉRIAS DA PELE E MUCOSA 
 
Treponema pallidum é um epiroquetídeo a A. sífilis é a treponematose de maior 
importância médica. O principal modo de transmissão é o contato interpessoal 
de um indivíduo com lesões sifilíticas principalmente durante a relação 
sexual. Durante o ato sexual sempre ocorrem as micro lesões propiciando a 
transmissão do microrganismo. A doença usualmente inicia-se na genitália 
masculina ou feminina. Podem ocorrer leões anais e bucais. 
A doença pode manifestar-se em três estágios: 
● Sífilis primária: trata-se de uma lesão na genitália chamada de cancro duro 
onde a bactéria se multiplica. 
● Sífilis secundária: ocorre quando as bactérias se espalham do local da 
infecção por todo o corpo e o indivíduo apresentar erupções cutâneas 
generalizadas. 
● Sífilis terciária: quando não tratada, a sífilis secundária pode regredir 
normalmente ou causar a sífilis terciária. 
 O tratamento é eficaz com uma única injeção de penicilina, principalmente nos 
primeiros estágios. Já na sífilis terciária, o tratamento com penicilina é mais 
longo. 
 
 Leptospira interrogans faz parte do gênero Lepstopira, que consiste em 
espiroquetas aeróbias estritas. Causam a leptospirose ao homem, uma zoonose 
típica. 
 Depois de invadir a corrente circulatória a bactéria aloja-se principalmente nos 
rins e fígado, causando nefrite e icterícia. Pode levar a falência renal e até a 
morte. O tratamento é realizado com penicilina, estreptomicina ou tetraciclina e 
é extenso (pois demora para retirar todas as bactérias dos rins). 
 
Borrelia burgdorferi é um espiroqueta e é causador da doença de Lyme. A 
bactéria é transmitida aos seres humanos e animais através de carrapatos, 
principalmente o carrapato de cervos. 
 Os sintomas agudos incluem cefaleia, dor nas costas, calafrios e fadiga, com 
destaque às lesões cutâneas do tipo eritema migrans. O melhor diagnóstico é 
pela pesquisa de anticorpos do paciente contra algumas proteínas da 
bactéria. O tratamento pode ser realizado com tetraciclina, 
penicilina, doxiciclina, amoxiciclina ou cefuroxima axetil. Para prevenir a doença 
de Lyme, é altamente recomendável o uso de vestimentas adequadas quando 
exposto ao habitat do carrapato e o uso de repelentes. 
 
Rickettsia prowazekii é o agente do tifo. As riquétsias são Proteobacterias, 
pequenas, gram-negativas, intracelulares obrigatórios com ciclo de 
desenvolvimento e necessitam do metabolismo da célula hospedeira. Causam 
doenças em vertebrados, mas é encontrada em vetores artrópodes hematófagos 
(piolhos, pulgas ou carrapatos). 
O tifo epidêmico é uma doença transmitida por piolhos, sendo que os humanossão os únicos hospedeiros mamíferos conhecidos. O mecanismo de transmissão 
consiste principalmente na contaminação por fezes do piolho contaminadas na 
região da picada do inseto. Neste ponto as riquétsias se multiplicarão e 
disseminam-se pelo sangue, gerando sintomas como cefaleia, febre e fraqueza 
corporal generalizada. O tratamento consiste na administração de tetraciclina e 
cloranfenicol. 
 
Rickettsia rickettsii é o agente etiológico da Febre maculosa, que é transmitida 
através do carrapato, principalmente de diversos mamíferos. Entre 3 e 12 dias 
após a infecção surgem sintomas como febre, cefaleia intensa, erupções 
cutâneas, distúrbios gastrointestinais, diarreia e vômito. O tratamento é realizado 
o com tetraciclina ou cloranfenicol, sendo que a taxa de mortalidade nos casos 
tratados é inferior a 1%. 
 
Erlichia chaffeensis e Neorickettsia sennetsu são espécies de Erlichia 
causadoras da erlichiose monicítica humana. 
Erlichia ewingii e Anaplasma phagocytophilum são causadoras de anaplasmose 
granulocítica humana. 
 
As Erlichias derivam dos ancestrais das riquétsias e são intracelulares 
obrigatórias. Os sintomas podem incluir febre, cefaleia, 
indisposição, leucopenia ou trombocitopenia. Às vezes, ocorre alteração da 
função hepática. 
 
Coxiella burnetii é uma bactéria que causa a febre Q, está relacionada com 
outras riquétsias. A doença é pouco frequente em humanos, mas causa febre 
autolimitada, pneumonia ou hepatite. Esta riquétsias normalmente, infecta 
ovelhas, gado bovino, caprinos, pássaros e artrópodes principalmente os 
carrapatos. É uma zoonose ocupacional, mas pode atingir outros indivíduos pela 
ingestão de leite, carne, urina e fezes de animais e picada de insetos. Ao contrair 
a doença, o paciente apresentará sintomas semelhantes aos da gripe, sendo 
que pode progredir para quadros de febre prolongada, cefaleia, calafrios, dores 
no peito, pneumonia e endocardite. O diagnóstico microbiológico é realizado 
normalmente na pesquisa de anticorpos específicos do paciente pela 
imunofluorescência e a PCR na pesquisa do DNA microbiano. O tratamento é 
feito com tetraciclina. 
 
 
Yersinia pestis é um bacilo, Gram-negativo, aeróbio facultativo, membro do 
grupo das bactérias da família Enterobacteriacea. 
 Conforme a evolução da doença, esta pode disseminar, pois com a morte dos 
ratos as pulgas procuram outros hospedeiros, como seres humanos. No ser 
humano, Y. pestis se encontra nos linfonodos, causando intumescimento na 
região chamados de bubões. As hemorragias locais decorrentes da infecção 
originam manchas escuras na pele. 
Linhagens virulentas de Y. pestis produzem a toxina murina, responsável por 
bloquear o transporte de elétrons mitocondriais na coenzima Q. Existe, também, 
a peste pneumônica, na qual a inalação de Y. pestis causa pneumonia seguida 
de expectoração intensa de escarro infectado e sanguinolento. A peste 
pneumônica é uma doença altamente contagiosa entre humanos por disseminar-
se pelo aerossol gerado da via respiratória. 
 O tratamento consiste na administração parenteral de estreptomicina ou 
gentamicina. Já o controle da doença é feito a partir da vigilância de animais 
reservatórios e vetores e do controle entre o contato humano. 
 
BACTÉRIAS DO TRATO GASTRINTESTINAL 
 
Helyconater pylore: é uma bactéria gram-negativa, helicoidal, com seis flagelos 
e está associada a gastrites, úlceras gástricas e câncer gástrico. 
 Dados revelam que 80% dos pacientes com úlcera gástrica e infecções 
concominentes por H. pylore, sendo que a transmissão dessa bactéria ocorre 
geralmente pela água, alimentos contaminados ou contato interpessoal. 
 Após colonização da bactéria e início do seu crescimento, seu metabolismo 
libera produtos inflamatórios que causam a destruição tecidual e ulceração. Os 
indivíduos infectados tendem a apresentar gastrite crônica quando não tratados 
com antibióticos e nestes casos, podem desenvolver o câncer gástrico. 
 O teste diagnóstico mais preciso consiste no cultivo do microrganismo ou 
detecção de H. pylore em biopsia de úlcera gástrica. Um teste mais simples, in 
vivo é o teste de urease. 
 
Eschericia coli: É a bactéria mais estudada, é um gram.- negativo intestinal, 
aeróbico facultativo, não formador de esporos e fermentador de glicose. Estas 
são características de todas as enterobactérias incluindo-se E.coli. sendo um 
coliforme é também um microrganismo indicador principalmente da qualidade da 
água revelando a presença de materiais fecal humano. Apesar de geralmente 
ser inofensiva, existem alguns biotipos que causam quadros diarreicos e outras 
e também, infecções urinarias. Pacientes com diarreias, em geral deve ser 
hidratado com reposição de sais. Mas as desinteiras requerem mais atenção. O 
tipo de invasão no epitélio intestinal ou a produção de enterotoxinas causam 
estes sintomas, diarreias ou desinterias. 
 
Vibrio cholerae: é um bacilo curvo, gram-negativo que causa a cólera. Pode ser 
transmitido por alimentos crus e verduras, mas geralmente ocorre pela água 
contaminada. A cólera é uma doença diarreica intensa e grave que leva a morte 
um indivíduo em pouco tempo pela intensa perda de água pelas fezes causando 
desidratação. Esta bactéria causou sete importantes pandemias no mundo. 
 O diagnóstico microbiológico é realizado pela detecção dos bacilos nas fezes. 
O tratamento do paciente tem como base a reposição endovenosa ou oral de 
líquidos e eletrólitos, sendo simples e eficaz. 
 
Yersinia enterocilitica: é um bacilo gram-negativo causador de distúrbio 
intestinal. É adquirido pela ingestão de carnes e lacticínios contaminados. Seu 
habitat principal é o intestino de animais domésticos. Esta bactéria é capaz de 
causar (febre entérica), uma consequência muito grave. 
 
Salmonella entérica: Constitui-se em grande grupo de salmonelas pela variação 
antigênica dos flagelos. Salmonelas as também enterobactérias. Causam 
doenças gastrointestinal denominadas salmonelase. Sua principal fonte de 
infecção são os alimentos contaminados pelas fezes de animais (frango, porco 
e gado bovino). Os alimentos a base de ovos crus são os mais contaminados. 
Ao ingerir estes alimentos contaminados, o intestino delgado e grosso é 
colonizado, provocando cefaleia, calafrios, vômitos e diarreia seguido de febre 
por alguns dias. 
 O diagnóstico é feito a partir de observação dos sintomas clínicos, histórico 
alimentar e (coprocultura). A prevenção é basicamente o consumo de alimentos 
bem cozidos. 
 
Salmonella Typhi: (sorotipo da S. enterica) causa a febre tifoide, na qual a água 
contaminada com fezes humanas é o principal meio de contaminação. Portanto, 
falhas no método de tratamento de água, enchentes e terremotos ainda podem 
contaminar as tubulações e causar epidemias. Apesar de causar distúrbios 
intestinais leve, causa a sepse (septicemia) infecção sanguínea importante que 
deve ser tratada. 
 
Clostridium botulinum: faz parte do gênero Clostridium, portanto é um bacilo 
anaeróbico, formador de endósporos (estrutura bacteriana resistente ao calor e 
agentes de desinfecção). Esta bactéria é comum em solos e na água, mas seus 
endósporos são potenciais contaminantes em alimentos crus. Os esporos depois 
de se espalharem nos alimentos, iniciam a multiplicação bacteriana e a produção 
da toxina botulínica. A toxina botulínica é uma neurotoxina que provoca paralisia 
flácida (afetando funções como respiração e batimentos cardíacos) A toxina é 
destruída se submetia a um calor de 80C por 10 minutos. 
 O diagnóstico é feito a partir da detecção da toxina no soro do paciente ou 
detecção das células C.botulinium em alimentos. 
 
Clostridium difficile: é um bacilo, anaeróbico obrigatório, grampositivo, formador 
de endósporos (de difíceis erradicação) e que produz duas toxinas (A e B). Este 
microrganismo é oportunista da microbiota do intestino. Quando um indivíduo 
está em tratamento com antibióticos, além de eliminar as bactérias causadoras 
da doença, ocorre também a eliminação das bactériasbenéficas que protegem 
o trato intestinal (desequilíbrio da microbiota intestinal), facilitando a proliferação 
de C. dificile. Isto pode levar a um quatro de diarreia até a colite 
pseudomembranosa. Nesses casos recomenda-se probióticos. 
 
Clostridium perfringens: também faz parte do gênero Clostridium e formador de 
endósporos. Frequentemente encontrado no solo e no trato intestinal de animais 
e humanos é extensamente associado a intoxicações alimentares. 
O diagnóstico é a pesquisa desta bactéria nas fezes ou se possível no alimento 
e toxina. O tratamento consiste em terapia de apoio, apenas nos casos 
mais graves. Os sintomas são: náuseas, diarreias e cólicas intestinais. A 
intoxicação geralmente desaparece 24 horas após o consumo dos alimentos 
contaminados. 
 
Campylobacter ssp. São bacilos curvos gram-negativos, moveis, que crescem 
em baixa tensões de oxigênio (microaerofilia). 
 
Compylobacter jejuin e Compilobater coli: são espécies frequentes que causam 
infecções alimentares nos Estados Unidos. 
Compilobacter fetus é responsável pela esterilidade e aborto nos gados bovinos 
e ovinos. Após a ingestão de água e alimentos contaminados, esta bactéria se 
aloja no intestino delgado e causa inflamação, gerando sintomas como febre alta 
(geralmente acima de 40C), cefaleia, mal estar, cólicas abdominais entre outro. 
 O diagnóstico é feito a partir das fezes do paciente. O tratamento precoce é 
obtido com eritromicina e quinolona, no caso de doenças diarreicas grave. 
 
Shigella dysenteriae: é outra enterobactéria causadora da disenteria bacilar (ou 
shigelose), provocando gastrenterite grave com diarreia sanguinolenta. O 
principal meio de transmissão é o consumo de água e alimentos contaminados. 
O microrganismo é capaz de invadir as células epiteliais do intestino. O 
tratamento pode ser obtido pelo uso de antibióticos. O diagnóstico é obtido 
também pela coprocultura. 
 
Liseteria monocytogenes: é um cocobacilo curto, gram-positivo, não formador de 
esporos, tolerante ao ácido, ao sal, ao frio e a aeróbio facultativo. Causa 
listeriose, inicialmente ocorre a infecção que pode levar a bacteremia (presença 
de bactérias no sangue) meningite. Esta bactéria pode contaminar qualquer 
alimento processado ou não. Após a ingestão do alimento contaminado, que 
podem ser, carnes prontas para o consumo, queijos cremosos e leite 
pasteurizado inadequadamente, as bactérias invadem o trato gastrointestinal, 
penetra nos fagócitos, se multiplicam lizam estas células e disseminam-se no 
hospedeiro. O diagnostico consiste no cultivo do microrganismo do sangue ou 
pelo diagnostico molecular (PCR). 
 
BACTÉRIAS DO TRATO GENITURINÁRIO 
 
Neisseria gonorrhoeae é um diplococo Gram-negativo, aeróbio obrigatório, não 
formador de esporos que causa a gonorreia ou blenorragia. Como esta bactéria 
é muito sensível ao dissecando, só é transmitida por contato íntimo. Quando não 
tratada, pode resultar na doença pélvica inflamatória. Já nos homens, ocorre 
intensa dor no canal uretral. Esta bactéria também pode causar infecções 
oculares em recém nascidos. O diagnóstico presuntivo da doença pela 
bacterioscopia da secreção uretral no homem é mais fácil do que na mulher. 
 
O tratamento da gonorreia já foi realizado com sucesso através do uso de 
penicilina e quinolonas, entretanto, já existem linhagens resistentes e estas 
respondem eficazmente a tratamentos com antibióticos β lactâmicos cefixima ou 
ceftriaxona, conjuntamente com azitromicina ou doxiciclina, os quais também 
combatem Chlamydia trachomatis. Nas mulheres causa cervicite, doença pélvica 
inflamatória e danos às trompas de Falópio. Se não for tratada, esta UNG pode 
levar à infertilidade. Frequentemente, a UNG é vista como uma infecção 
secundária à gonorreia e, por isso, geralmente administra-se azitromicina ou 
doxiciclina a pacientes com gonorreia, visando eliminar uma possível clamidiose. 
 
O diagnóstico microbiológico de C. trachomatis é complicado, mas pode ser 
obtido de suabes vaginais, da cervix e de secreções utilizando-se anticorpos 
específicos e marcados ou técnicas moleculares como a PCR. 
Outro biotipo de C. trachomatis é responsável pelo linfogranuloma venéreo, uma 
Doença Sexualmente Transmissível . A doença é frequentemente diagnosticada 
clinicamente nos homens, observa-se o entumecimento dos nódulos linfáticos 
inguinais e áreas próximas.

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