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2.3) O Pós-Positivismo 2.3.1) Contexto Histórico a)Crise do pós-guerra b)Crise do modelo de ciência 2.3.2) Principais características a)não é uma corrente unitária b)constrói-se aproveitando algumas das teses positivistas -Aproveita a noção de norma como imperativo coativo -> presença de uma autoridade c)Novas teses positivistas fundamentais: -abordagem avalorativa do Direito é impossível -direito não é um fato social que pode ser abordado de modo externo, mas uma prática social essencialmente argumentativa. -ordenamento jurídico é completo, mas não é coerente em sentido estreito. -a definição de norma é ampliada para conter a de regra e a de princípio. -a interpretação das normas é sempre criativa -a obediência é ao Direito e não à lei. -há uma relação que não pode ser desconsiderada entre Direito, Moral e Política. Unidade 4 4.1)Conceitos de Normas e suas implicações. 4.1.1)A partir de um enfoque zetético temos as seguintes posições: a)norma como proposição ->como devemos nos comportar b)norma como prescrição(mandar fazer)-> orienta a conduta c)norma como comunicação 4.1.2)Situações Normadas - Conceitos estratégicos a)situação e comunicação(sempre se dá em uma situação) b)comunicação em dois níveis: -relato= conteúdo da mensagem -cometimento= mensagem que emana da nossa atitude, posição, etc. c)situações comunicativas (estou tentando me comunicar mas não significa que estou conseguindo) 1.complexidade (devido à liberdade do ser humano): número maior de possibilidades de ação que as atualizáveis. 2.seletividade: os sujeitos selecionam as possibilidades dentro da complexidade; escolha do ser humano. 3.contingência da interação humana: possibilidade de ocorrer ou não a expectativa solucionada. d)mecanismos de estrutura: regras que garantem certa estabillidade e)expectativas duráveis no tempo: -atitudes cognitivas -atitudes normativas 4.1.3) Conceito de Norma na perspectiva zetética -expectativa contrafática Norma Jurídica (generalização social) = RELATO + COMETIMENTO Núcleos Significativos Relação emissor/receptor -papéis sociais -Autoridade Sujeito -valores Meta-complementaridade: -aceita X Y Z -aceita a rejeição -rejeita ideologias -desconfirma a desconfirmação -desconfirma (contrói uma visão -rejeita a rejeição de mundo que articula os valores) 3º comunicados: 1ºY 2ºX 3ºZ -consenso social = institucionalização (juiz, costumes, leis) Norma Jurídica = estrutura = relato + cometimento 1)descrição da ação 2)descrição da condição da ação 3)descrição da consequência da ação 4.1.4) Conceito de Norma na perspectiva dogmática a)Comando despsicologizado b)Estrutura: hipótese normativa + consequência jurídica c)Elementos caracterizadores: 1.Generalidade = todos os destinatários 2.Abstração = conteúdo não concreto 3.Bilateralidade= supõe a alteridade 4.1.5)Tipos de Normas a)Critério sintático: 1.Relevância: -primárias -secundárias 2.Subordinação -originárias -derivadas 3.Estrutura: -autônomas -dependentes b)Critério Semântico 1.Destinatários: -Gerais -Individuais 2.Matéria: -Gerais abstratos -Especiais -Excepcionais 3.Espaço: onde incide as normas 4.Tempo: -validade permanente -validade temporária c)Critério Pragmático: 1.Força: -cogente -dispositiva 2.Finalidade: -comportamento -diretivos 3.Funtor: -preceptivos -proibitivos -permissivos 4.2.2) Direito Objetivo e Direito Subjetivo 4.2.2.1)Conceito Preliminar: Direito Objetivo: conjunto de normas e instituições jurídicas. Direito Subjetivo: faculdade ou poder de um titular 4.2.2.2)Origens da Dicotomia: -Relação com a ideia moderna de liberdade -Sentido negativo: como não impedimento -Sentido positivo: como autonomia. 4.2.2.3)Fundamentos da concepção dogmática 3 teorias: 1)Teoria da Vontade: Direito Subjetivo é o poder ou domínio da vontade livre que o ordenamento jurídico confere. 2)Teoria da Garantia: Direito Subjetivo tem como fundamento a possibilidade de fazer a garantia de ordem jurídica tornar efetiva a proteção do Direito. 3)Teoria do Interesse: o Direito Subjetivo é o interesse juridicamente protegido pelo ordenamento jurídico. Síntese: é um "topos", um lugar comum no pensamento jurídico. 4.2.2.4) Uso dogmático da expressão: a)Função - operativa b)Características -tem carga valorativa positiva -surge em face de normas que restringem o comportamento dos outros -implica 'faculdade' ou 'poder' c)Situações típicas e atípicas: -típicas: sujeito + relação direito e dever que o titular exerce, há autonomia -atípicas: alguns dos elementos não estão presentes d)Direitos pessoais e reais: -pessoais: faculdade atribuída ao titular em relação a uma pessoa a fim de que esta realize ato ou omissão, garantidos por pretensão ou face de alguém determinado. -reais: autorizam o uso e o gozo imediato de uma coisa garantindo ao titular a faculdade de obter a sua entrega ou restituição: valem "erga omnes" ("perante todos"). e)Elementos básicos: -sujeito de direito: titular do direito -conteúdo do direito: faculdade específica de contranger alguém (direitos pessoais) ou de dispor (direitos reais). -objeto do direito: bem protegido (material ou imaterial) -proteção do direito: possibilidade de fazer valer o Direito por meio de ação processual correspondente. 4.2.3) Sistema estático das normas: as grandes dicotomias -Necessidade de critérios de organização -Argumentos tópicos 4.2.4) Direito Público e Direito Privado: origens -Esfera pública e esfera privada a)Antiguidade b)Medievo c)Modernidade d)Concepção Contemporânea Dicotomias no Direito (critérios de organização) -facilitar os estudos -facilitar a decisão de casos concretos -> sistematizar a matéria para fins de decisão; Argumentos tópicos: -construção de argumentos que são aceitos, mas não tem uma premissão lógica (nem são logicamente demonstráveis) -constitui a maioria dos argumentos em direito Esfera Privada X Esfera Pública -Labor - Trabalho -Ação -Antiguidade: a)Necessidade de sobreviver, de se alimentar -> esfera privada b)A esfera privada é marcada pela existência do labor (satisfação das necessidades físicas), diferente da esfera pública, em que é marcada pela atuação do cidadão, isto é, pela ação. c)Artesãos e comerciantes estão no meio, entre esfera pública e a privada, pois não têm atuação política, mas também não tem "a necessidade", são marcados pelo "trabalho". d)A distinção entre esfera pública e privada se dá pela divisão de seres que atuam na esfera privada e seres que atuam na esfera pública. Essa divisão para distinguir essas duas esferas vai se desfazer na Modernidade. -Modernidade: a)O surgimento da ideia de indivíduo é uma radical transformação histórica. b)A esfera pública e privada passa a ser marcada pela divisão entre Estado e indivíduo. A esfera pública é a esfera dos interesses públicos e a esfera privadas dos interesses individuais. c)Confusão entre interesses públicos e individuais 1)DIREITO PRIVADO: -Princípio da autonomia da vontade: base do Direito Civil. -Regulamentações que estão dentro deste princípio geral estão dentro do chamado Direito Privado por Tércio Sampaio. -Autonomia privada e direito privado. -Dois sujeitos são iguais em um contrato: um não é melhor do que o outro (diferente do direito público). -Direito empresarial -Interesse individual com base no principio da autonomia. -A legalidade no dir. Público e nodir. Privado se diferenciam. No direito privado -> pode fazer tudo o que a lei não proíbe. -Norma cogente geralmente: prevalece independentemente da vontade 2)DIREITO PÚBLICO -Princípio da soberania: capacidade de estabelecer um ordenamento jurídico -> interesse social. -Relações desisguais (diferente do direito privado). -Direito concorrencial: formação de monopólios, lei nº 8.884, exemplos. -Interesse da coletividade com base no principio da soberania. -A legalidade no Dir. Público e no Dir. Privado se diferenciam. No direito público-> só pode fazer o que a lei manda. -Norma dispositiva geralmente: regulação feita para que o sujeito de direito aplique a norma segundo seu interesse. 4.2.5.3) Sujeito de Direito, Pessoa Física e Pessoa Jurídica. a)Sujeito de Direito: titular de um dever ou de um direito. b)Pessoa: feixe de papéis institucionalizados socialmente -pessoa física: agente capaz para exercer vários papéis e atividades correspondentes (políticas, sociais e econômicas). -pessoa jurídica: feixe de papéis sociais limitados, integrados em um sistema que depende de um estatuto para adquirir sentido: Teoria da pessoa jurídica como realidade; Teoria da pessoa jurídica como ficção; Origem histórica do conceito; Desconsideração da pessoa jurídica. 4.2.5.4) Capacidade e Competência a)Capacidade: -Jurídica: todos os sujeitos, a partir do nascimento com vida. -De ação: todos os sujeitos, capazes de assumir deveres, cometer delitos ou agir politicamente. Depende de requisitos do ordenamento jurídico. b)Competência: poder jurídico atribuído pelo estatuto da pessoa jurídica a seus órgãos. 4.2.5.5)Dever e Responsabilidade: 1.Obrigação: vínculo objetivo em que ocorre a exigência de uma prestação sob pena de sanção. Vínculo objetivo: dever Exigência de prestação: responsabilidade -Responsabilidade: subjetiva ou objetiva 2.Ilicitude: desconformidade em face da expectativa normativa. -Ação oposta à expectativa = sanção = delito -Ação fora dos limites da competência = realidade = ilegalidade 4.2.5.6) Relações Jurídicas 1)Conceito Dogmático tradicional: vínculo intersubjetivo em razão do qual uma pessoa pode pretender algo a que outra é obrigada. 2)Elementos: a)sujeitos-> ativo e passivo b)pretação-> é positiva (dar ou fazer); negativa (não fazer) c)coisa-> móvel, imóvel ou semimovente d)direitos da personalidade-> nome, vida, honra, etc. 3)Tércio: a)Concepção de sociedade como fundamento zetético. b)Distinção entre normas de conduta (relação de coordenação) e normas de competência (relações de subordinação). 4)Relações de Coordenação 1ªmodalidade: dever de A x faculdade de B 2ºmodalidade: liberdade de A x não faculdade de B 5)Relações de Subordinação a)Potestade: norma de permissão forte que autoriza o ato de editar normas e impor condutas. b)Imunidade: norma de permissão forte que implica em restrição à potestade. c)Sujeição: norma de obrigação que limita à liberdade de agir. d)Impotência: norma de permissão forte que restringe a potestade de caráter específico. Modalidades: a)sujeição de A x potestade de B b)imunidade de A x impotência de B
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