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1
PLANEJAMENTO E
 AVALIAÇÃO ESCOLAR 
SIDELMAR ALVES DA SILVA KUNZ
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
PLANEJAMENTO E 
AVALIAÇÃO ESCOLAR 
SILDELMAR ALVES DA SILVA KUNZ 
1
Sidelmar Alves da Silva Kunz
Doutor em Educação pela Universidade de Brasília - UnB. Professor da UAB/
UnB, na modalidade a distância. Mestre em Geografia pela UnB, Especialista em 
Ontologia e Epistemologia pela Faculdade Unyleya, Especialista em Supervisão 
Escolar pela Faculdade do Noroeste de Minas Gerais - FINOM, Licenciado em 
Geografia e Pedagogia pela Universidade Estadual de Goiás – UEG e Licencian-
do em Letras pela Universidade Católica de Brasília - UCB. Possui mais de uma 
centena de publicações científicas (artigos em revistas, Anais, livros, capítulos, 
dentre outros) e de materiais didáticos. Pesquisador do Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP.
2
PLANEJAMENTO E
 AVALIAÇÃO ESCOLAR 
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral: Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
 Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luiza Mendes Leite
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado Salles
 Rubens Henrique L. de Oliveira
 Design: Aline de Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autorização escrita 
do Editor
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
4
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
 UNIDADE 2
 UNIDADE 3
1.1 Planjamento Educacional .....................................................................................................................................................8
1.2 O Plano Educacional ...............................................................................................................................................................12
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................18
2.1 Fases do Planejamento Educacional,Curricular, de Ensino e de Aula .................................................22
2.2 Planejamento de Ensino e de Aula e seus componentes básicos ........................................................29
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................33
3.1 Tragetória histórica da Avaliação......................................................................................................................................38
3.2 A Avaliação enquanto instrumento fundamental para o planejamento e 
acompanhamento das ações educativas .......................................................................................................................42
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................46
O PLANEJAMENTO COMO ATO PÚBLICO E PEDAGÓGICO 
A INTERRELAÇÃO ENTRE PLANO EDUCACIONAL, INTITUCIONAL, CURRICULAR 
DE ENSINO E DE AULA 
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO 
 UNIDADE 4
4.1 Pressupostos teóricos para pensar a Avaliação Mediadora ........................................................................50
4.2 Avaliação Mediadora como alternativa ....................................................................................................................55
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................60
AVALIAÇÃO COMO MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO 
 UNIDADE 5
AVALIAÇÃO E POLÍTICA PÚBLICA
 UNIDADE 6
AVALIAÇÃO E QUALIDADE EDUCACIONAL 
5.1 O lugar da Avaliação nas Políticas Públicas ...........................................................................................................64
5.2 Etapas da Avaliação e suas práticas pedagógicas ...........................................................................................69
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................75
6.1 A qualidade da educação e avaliação da aprendizagem .............................................................................79
6.2 A qualidade na Avaliação ..................................................................................................................................................82
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................88
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ....................................................................................................................91
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................92
6
UNIDADE 1
Apresenta o planejamento educacional como ato político e pedagógico, abordando 
o planejamento educacional e o plano educacional no cenário das relações com a 
sociedade e suas faces políticas.
UNIDADE 2
Expõe as inter-relações entre plano educacional, plano institucional, plano curricular, 
plano de ensino e plano de aula, levando em consideração as fases do planejamento 
e os componentes básicos do planejamento de ensino e de aula.
UNIDADE 3
Explicita as relações entre planejamento e avaliação apontando aspectos relevantes 
da trajetória histórica da avaliação vista como um instrumento fundamental para o 
planejamentodas ações educativas.
UNIDADE 4
Discute a avaliação da aprendizagem como mediadora do conhecimento, 
configurando-se em uma alternativa pedagógica, a partir de pressupostos teóricos.
UNIDADE 5
Trabalha a avaliação e o seu lugar nas políticas públicas, bem como suas etapas e a 
prática pedagógica, destacando alguns instrumentos de notória relevância.
UNIDADE 6
Mostra a articulação do planejamento educacional e da avaliação da aprendizagem 
como elementos cruciais para a promoção das condições com vistas a efetivação da 
qualidade educacional.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
PLANEJAMENTO COMO ATO 
POLÍTICO E PEDAGÓGICO
UNIDADE
01
8
1.1 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL 
Planejar, no sentido de organizar, e dispor em estágios menores para alcançar resultados 
maiores são de nossa natureza: fazemos planos; projetamos o futuro; pensamos o dia, a se-
mana, o ano; traçamos objetivos a curto, médio e longo prazo.
FIQUE ATENTO
 Para de dissertarmos sobre a ideia de um plano educacional, ou de quaisquer outras 
políticas públicas, é importante dar um passo no sentido de colocar em relevo a trilha que 
precede o plano, tratando assim do planejamento, da sua importância e do seu caráter 
fundamental. Isso é imprescindível para chegarmos à estruturação epistemológica dos 
planos educacionais, vistos sob a ótica dos atos político e pedagógico.
 Em sentido extenso, realizamos planejamentos de menor ou maior escala a todo 
momento de nossas vidas. Trazer o debate sobre o planejamento educacional é seccionar 
parte desta diversidade de projeções que vivenciamos, realizamos e executamos a todo 
instante, direta ou indiretamente. 
 Cabe explanar que, na visão de Luck (2008, p. 23), o “[…] planejamento expressa 
uma preocupação única: a de que ações significativas sobre uma dada realidade sejam 
praticadas de forma sistemática, a partir de uma visão clara da sua necessidade.”
 Essas ações colaboram para a efetivação da ideia em curso, dado que a preparação 
amplia as possibilidades de sucesso em função da sua colaboração para o enfoque nas 
questões relevantes e, por conseguinte, contribui para seu êxito, como representa a Figura 
1. 
Figura 1: Planejamento educacional 
Disponível em: https://bit.ly/3ad5nHy. Acesso em: 28 nov. 2020.
Ainda sobre o planejamento educacional, seus elementos e pensamento estratégico têm 
sido incorporados ao campo das construções dos planos de educação. A partir dos estudos 
de Mintzberg (1994), Helacleuous (1998) e Baggio (2010), podemos observar a inserção e 
a infiltração de tais ideias no campo do planejamento em geral, e na estruturação dos 
https://bit.ly/3ad5nHy
9
Planejamento educacional é um tema caro a toda sociedade, ao Estado, aos representantes 
do povo nos órgãos de poder, à comunidade escolar, aos estudantes e, principalmente, para 
alcançar uma educação de qualidade. Planejar a educação, portanto, é pensá-la de forma 
estruturada, racional, coordenada, de forma relacional, estratégica, participativa e factível 
com a realidade em que se propõe atuar, modificar e transformar.
FIQUE ATENTO
planos educacionais, mais especificamente.
 Ao perceber o planejamento como foco, temos de ter claro que se trata de um 
processo, um continnum, formado por diferentes etapas de execução, as quais envolvem 
definição das prioridades básicas, recursos e meios, objetivos, finalidade e metas. Além disso, 
exige pensar acerca de “para quê?” (objetivo), “o quê?” (conteúdo), “como?” (metodologia), 
“com quê?” (recursos didáticos) e “resultado” (avaliação). Fomentar a qualificação e o 
aperfeiçoamento na elaboração de planos educacionais é desenhar como horizonte a 
qualidade da educação em sua complexidade, diversidade e singularidade (LUCKESI, 1991; 
BRZEZINSKI, 2008; SHIROMA, 2001).
 Neste sentido, os maiores aliados de um planejamento educacional, em sua fase 
inicial de elaboração, são os dados, a partir dos quais será possível estabelecer as bases 
de um diagnóstico confiável e revisitável em todos os momentos e etapas de elaboração 
dos futuros planos educacionais. Quanto mais os dados forem detalhados, precisos, atuais, 
factíveis e de fácil acesso, mais se alargam as potencialidades do seu uso na composição 
de toda fundamentação e alicerce de objetivos do planejamento educacional.
 Ressalta-se que, com base nas orientações do Ministério da Educação para o Plano 
Municipal de Educação (PME), o planejamento educacional sinaliza a necessidade de 
atender aos seguintes aspectos (BRASIL, 2014, p. 13):
• oferta educacional no município por níveis, etapas e mo-
dalidades;
• número de escolas públicas (federais, municipais ou es-
taduais) e privadas no município;
• número de matrículas por nível, etapa e modalidade (se 
possível, com detalhamento por turnos e rede);
• estrutura física das escolas (especificando necessidades 
de reforma ou ampliação);
• quadro de profissionais comparado às necessidades téc-
nicas, pedagógicas e de apoio;
• série histórica do IDEB (com detalhamentos de seus in-
dicadores);
• distorção idade-série em cada etapa de ensino;
• capacidades técnica e financeira disponíveis para a edu-
cação no município;
• projetos educacionais em execução pela Prefeitura, go-
verno do estado, Ministério da Educação e terceiro setor 
no município;
• população residente por faixa etária e escolaridade;
• planos de expansão das faculdades, universidades e es-
colas técnicas no município ou na região.
10
 É essencial, para o planejamento da educação, que os órgãos públicos consultem 
os dados ou as informações que expressam a situação ou a realidade da educação nas 
instâncias federal, estadual, distrital ou municipal, como censo, pesquisas demográficas, 
agregações de indicadores sociais atrelados aos atendimentos educacionais isolados e/ou 
correlacionados a outros tipos de ações do poder público.
 Assinala-se que a fonte principal de dados da educação brasileira é sediada no 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep, autarquia 
federal vinculada ao MEC. Esse Instituto é responsável pela promoção de avaliações, exames, 
censos, estudos estatísticos e produção de indicadores educacionais que instrumentalizam 
o Estado na gestão do conhecimento e dos estudos, assim como na condução das políticas 
educacionais. 
 Essa estruturação de informações educacionais por parte do Estado é imprescindível 
e inerente aos planejamentos educacionais que tenham como objetivo fomentar a 
estruturação de planos que poderão auxiliar os resultados esperados em relação às 
políticas públicas que farão parte de diferentes órgãos e instituições ligados direta e/ou 
indiretamente à oferta de uma educação de qualidade. 
 Confira, na perspectiva de Rodrigues (2010, p. 47-48), as etapas dos planos e dos seus 
planejamentos educacionais:
a. Preparação da decisão política – O governo decide enfrentar 
um determinado problema e buscar algum tipo de solução 
para uma situação que produz privação, necessidade ou não 
satisfação. O problema existe? O Governo deve se envolver nes-
se problema? De que maneira?
b. Agenda setting – A formação da agenda. Nesse momento, o 
problema tornar-se [sic] uma questão política, isto é adquire 
status de problema público e as decisões sobre esse problema 
resultarão, efetivamente no desenho de políticas ou progra-
mas que deverão ser implementados.
c. Formulação – na formulação das políticas públicas, a discus-
são passa a girar em torno do desenvolvimento de cursos de 
ações aceitáveis e pertinentes para lidar com um determinado 
problema público. A construção da solução para um determi-
nado problema implica, em primeiro lugar, a realização de um 
diagnóstico. Para que o programa/político saia do papel, é pre-
ciso interpretar o ambiente para planejar/organizar as ações, 
decidir sobre quais os benefícios/serviços que se pretende im-
plementar, e de onde serão extraídos os recursos para sua im-
plementação.
d. Implementação - Em resumo significa a aplicação da política 
pela máquina burocrática do Governo.Trata-se do momento 
de preparação para colocar as ações de Governo em prática.
e. Monitoramento – Como as agências administrativas afetam e 
conferem conteúdo às políticas adotadas, há necessidade de 
se realizar uma avaliação pontual das ações de Governo refe-
rentes ao impacto da implementação.
f. Avaliação – Por fim, a atividade de avaliação de resultados da 
política/programa concentra-se nos efeitos gerados.
11
 De acordo com a citação de Rodrigues (2010), das primeiras etapas, chegamos à 
avaliação – concomitante às revisitações –, ponto derradeiro da elaboração dos planos e 
fases do planejamento. Debates e aperfeiçoamentos devem fazer parte do fechamento do 
processo, materializado no produto e nos planos educacionais, os quais devem, portanto, 
conectar-se à realidade educacional que objetivam modificar, aperfeiçoar e transformar 
em novos patamares de qualidade:
Por fim, uma premissa indispensável de trabalho é o fato de que o 
plano de educação tem de ter legitimidade para ter sucesso. Pla-
nos construídos em gabinetes ou por consultores alheios à reali-
dade municipal ou do estado tendem ao fracasso, mas um plano 
submetido ao amplo debate incorpora a riqueza das diferentes 
visões e vivências que a sociedade tem sobre a realidade que de-
seja alterar (FERREIRA; NOGUEIRA, 2015, p. 7).
 Em todas estas etapas e fases do planejamento educacional, deve estar presente a 
preocupação e a primazia pela qualidade da educação em todas os seus níveis: a educação 
infantil; os ensinos fundamental e médio; as modalidades da educação básica que precisam 
estar atentas para assegurar o atendimento a jovens, adultos, idosos e trabalhadores; a 
educação especial e inclusiva, às minorias étnicas, religiosas e culturais; a educação 
quilombola, ciganos, indígena, e do campo; a educação voltada à qualificação profissional 
do estudante, entre outras.
 A abrangência do planejamento educacional é ampla, indo do trabalho rotineiro 
dos professores e gestores nas escolas da grande escala até os marcos legais da União e 
Estados da Federação. Se uma estratégia, por exemplo, diz respeito à questão da inovação 
na instrumentação de ensino e na elaboração de estratégias didático-pedagógicas na 
sala de aula, então tal instrumento de planejamento educacional impactará vertical e 
diretamente o trabalho na ponta do sistema educacional.
 O planejamento educacional em sua elaboração também deve levar em consideração 
a formação integral e integrada dos estudantes, com vistas à contemplação de uma 
educação que fomente a formação contínua do estudante (BRASIL, 2018). Se levarmos 
em consideração as novas orientações curriculares da BNCC, veremos que a inserção 
do estudante no mundo do trabalho – por meio do desenvolvimento de habilidades e 
competências – não é apenas primordial, mas inseparável de sua formação escolar.
Muitos planejamentos educacionais deixam de considerar a realidade da escola e das redes 
de ensino. Colocar as aprendizagens como início, meio e fim dos planos a serem elaborados 
deve ser prioridade em todas as etapas do planejamento. Estrutura e superestrutura, práti-
cas pedagógicas e orientações curriculares, formação inicial e continuada dos professores, 
protagonismo e significação do papel estudantil no processo de ensino e aprendizagem são 
algumas das dimensões pedagógicas inerentes à qualidade do planejamento educacional.
VAMOS PENSAR?
 A necessidade de diálogo e facticidade com a formação escolar cotidiana justifica 
a escolha da equipe técnica ser tão fundamental para qualquer planejamento. O 
levantamento dos marcos conceituais e legais da elaboração do planejamento educacional, 
a consulta constante aos setores públicos responsáveis pelo acompanhamento dos 
recursos orçamentários vitais e disponíveis para o alcance dos objetivos estabelecidos, a 
participação e a consulta a diferentes atores da comunidade escolar e da sociedade civil, 
12
todos esses passos devem ser levados em consideração para que possamos pensar em 
um planejamento educacional que consiga estruturar-se de forma sólida e confiável, 
legítima e factível, sendo validado e referenciado para todas as ações voltadas às políticas 
educacionais em sua esfera escalar de execução.
Para aprofundar seus conhecimentos acerca do planejamento educacional, indi-
camos assistir ao vídeo Planejamento de Ensino - Conhecimentos Pedagógicos, 
do Canal “LacConcursos - Canal”, disponível em: https://bit.ly/3tWjt7R . Acesso em: 
28 nov. 2020.
BUSQUE POR MAIS
 É possível observar os elementos a respeito do planejamento educacional, suas 
fases, etapas e elementos condicionantes para elaboração das metas, diretrizes e objetivos 
a serem alcançados. Propõe-se, desta maneira, pensar de modo a congregar quais seriam 
os principais elementos que devem estar presentes nas fases e etapas do planejamento 
educacional.
 As diretrizes de fundamentação e de elaboração constituem uma relação sólida e 
direta com a construção de um Plano de Educação, bem como partem delas a sustentação 
das organizações, das etapas e dos procedimentos. Nesse sentido, toda a estrutura se edifica 
em um substrato que encerra ideias ou pensamentos pedagógicos delineados por grupos 
políticos, econômicos e culturais específicos que vão constituir um horizonte histórico com 
valores e visões de mundo, os quais refletem e materializam Planos de Educação com o 
propósito de executar, na prática, um dado projeto político de sociedade.
 Deixaremos a etapa do monitoramento para a próxima seção deste estudo, no 
qual trataremos, especificamente, dos planos educacionais, da importância dos seus 
indicadores de qualidade da educação e sua avaliação. Partamos então, neste momento, 
para o segundo passo da reflexão proposta aqui, ou seja, o produto e a resultante do 
planejamento educacional, os planos elaborados a partir das etapas e fases.
Para complementar seus estudos é crucial a leitura do livro eletrônico As dimen-
sões do planejamento educacional: o que os educadores precisam saber, cuja re-
ferência é a seguinte: SANTOS, Pablo Silva Machado Bispo dos. As dimensões do 
planejamento educacional: o que os educadores precisam saber. São Paulo, SP: 
BUSQUE POR MAIS
Cengage Learning, 2016. Esse trabalho pode ser acessado na Minha Biblioteca Única por in-
termédio do seguinte link: https://bit.ly/37r2QI7 . Acesso em: 28 nov. 2020.
1.2 O PLANO EDUCACIONAL 
 Como apresentado anteriormente, o planejamento educacional foi compreendido 
como processo contínuo, e o plano é entendido como um produto, resultante, ou seja, a 
materialização de ideias, a colocação em estrutura alcançável o que antes fora pensado, 
planejado, parametrizado e estabelecido como ponto de chegada, em suas diferentes 
etapas de execução.
https://bit.ly/3tWjt7R
https://bit.ly/37r2QI7
13
Nenhum plano educacional está isento de ser afetado pela senescência inescapável dos fa-
tos da realidade social que tenha estabelecido como roteiro de ação em suas diretrizes, me-
tas e estratégias.
FIQUE ATENTO
 Por esta razão, a revisitação, após as fases de avaliação e monitoramento, é tão 
importante para qualquer plano educacional. Já que é por meio deste retorno ao 
fundamento do plano que poderemos apurar em quais etapas de seu planejamento 
precisamos concentrar esforços para atualizar, reformular, recortar ou expandir o que antes 
foram estabelecidos como pontos elementares de sua constituição.
 Os planos educacionais fazem parte, atualmente, de uma agenda global de 
proposições de objetivos voltados para a melhoria na oferta da educação. Há tanto 
declarações e acordos voltados para os objetivos de uma educação de qualidade e para 
todos, quanto estudos específicos que buscam propor formas de se avaliar a qualidade 
educacional, especialmente por meio de exames parametrizáveis de comparação do 
rendimento e do desempenho das aprendizagens em diferentes países e comunidades 
ao redor do globo. Podemos citar, como exemplo, o Programme for International Student 
Assessment – PISA, o Trends inInternational Mathematics and Science Study – TIMSS, o 
Scholastic Assessment Test – SAT (Estados Unidos), o College Scholastic Ability Test – CSAT 
(Coréia do Sul), o Gao Kao (China), o Sistema de Medición de la Calidad de la Educación – 
SIMCE (Chile) e correlatos.
 Os testes padronizados apresentam-nos uma fotografia parcelar do que de fato 
temos em termos de desempenho educacional. São apenas informações que precisam 
ser vistas com muito cuidado e honestidade intelectual, dado que seu uso em políticas de 
recompensas ou de punições tem promovido um desserviço para a sociedade, com danos 
irreversíveis em função dos vícios que têm causado para os sistemas educacionais. Exemplos 
desses prejuízos são o treinamento de estudantes para os testes e o desvirtuamento de uma 
verdadeira proposta de educação que deveria ter seu foco na formação para a cidadania e 
no fortalecimento da democracia.
 Todo planejamento deve ter um ponto de chegada, onde culminam os esforços 
empreendidos nas etapas do ato de planejar. Para que este ponto de chegada seja 
alcançado, é imprescindível que os fundamentos e as bases do planejamento educacional 
estejam esmiuçados e estruturados na organização das etapas a serem seguidas, como, 
por exemplo, as diretrizes, as metas e as estratégias dos planos educacionais, conforme 
explicita Bordignon (2014, p. 31-32):
DIRETRIZES: indica a direção a seguir na caminhada, 
balizada pelas políticas e por princípios indicando o 
rumo a seguir e o futuro desejado. Estabelecem as de-
finições normativas das políticas.
METAS: Constituem objetivos quantificados e datados. 
Representam o compromisso dos governos e da socie-
dade, orientando a ação dos agentes públicos e con-
trole social.
ESTRATÉGIAS: devem constituir programas definido-
res das ações do governo para alcançar as metas.
14
Para a ampliação do seu conhecimento acerca do Plano Nacional de Educa-
ção (2014-2024), recomendamos que faça a leitura desse importante documento 
para a educação brasileira, assim como de outros materiais referentes à elabo-
ração ou à adequação dos planos subnacionais de educação, ao monitoramen-
to e à avaliação dos planos subnacionais de educação e à situação das metas 
BUSQUE POR MAIS
 A bibliografia sobre planejamento educacional atualmente já é bem profícua, 
trazendo diferentes elementos a respeito das etapas do ato de planejar, os quais podem ser 
explorados e aprofundados. No Brasil, temos a experiência emblemática do referencial de 
qualidade educacional por meio do Plano Nacional de Educação (2014-2024), estabelecido 
por meio da Lei nº 13.005/2014. Este Plano Educacional possui impacto direto, de forma 
escalar, nas unidades federativas do Estado nacional brasileiro, em planos educacionais de 
alcance estadual, distrital e municipal.
O PNE tem como pressuposto que os avanços no cam-
po educacional devem redundar do fortalecimento 
das instituições (escolas, universidades, institutos de 
ensino profissionalizante, secretarias de educação, en-
tre outras) e de instâncias de participação e controle 
social. Isso se materializa em suas estratégias, que de-
mandam ações provenientes de estados, municípios e 
da União, atuando de forma conjunta para a consolida-
ção do Sistema Nacional de Educação. De outro lado, a 
execução do Plano requer a integração de suas ações 
com políticas públicas externas ao campo educacional, 
sobretudo as da área social e econômica, no que reafir-
ma a intersetorialidade como um dos requisitos de seu 
sucesso (BRASIL, 2015, p. 14).
dos planos de educação, que se encontram no site do Ministério de Educação e podem ser 
acessados por meio do seguinte link: http://pne.mec.gov.br/. Acesso em: 28 nov. 2020.
 Estas orientações do Plano Nacional de Educação foram previstas tanto na Constituição 
Federal de 1988 como, posteriormente, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação brasileira. 
Ressalta-se, contudo, que o PNE não é estático, já que possui a periodicidade, prevista pela 
lei magna de 1988, de dez anos, sendo obrigatórias sua atualização e sua revisitação neste 
prazo:
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, 
de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema 
nacional de educação em regime de colaboração e definir 
diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementa-
ção para assegurar a manutenção e desenvolvimento do 
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por 
meio de ações integradas dos poderes públicos das dife-
rentes esferas federativas que conduzam a:
I. erradicação do analfabetismo;
II. universalização do atendimento escolar;
http://pne.mec.gov.br/
15
III. melhoria da qualidade do ensino;
IV. formação para o trabalho;
V. promoção humanística, científica e tecnológica do 
País.
VI. estabelecimento de meta de aplicação de recursos 
públicos em educação como proporção do produto 
interno bruto (BRASIL, 1988).
 A LDB 9394/1996 apresenta orientações específicas para cada uma das escalas 
de elaboração de planos educacionais, trazendo de volta o alcance nacional, pelo PNE: 
“Artigo 9, I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios”, e faz a transposição destas diretrizes para o âmbito de 
ação dos Estados e Distrito Federal: “Artigo 10, III - elaborar e executar políticas e planos 
educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando 
e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios” e também aos Municípios: “Artigo 
11, I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de 
ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados” (BRASIL, 
1996).
 Ressalta-se, de igual modo, que a LDB 9.394/1996 já previa que a União estabelece os 
indicadores e metas a serem monitoradas e acompanhadas para a melhoria da educação: 
“Artigo 87, § 1º, A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, 
ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os 
dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos.” 
(BRASIL, 1996).
 E sobre a influência e a presença da Declaração Mundial de Educação para Todos, é 
importante que resgatemos suas prerrogativas para a garantia da qualidade e a melhoria 
da oferta educacional. Em linhas gerais, a principal proposta dessa declaração de 1990 é a 
proposição de metas, objetivos e estratégias a serem monitoradas ao longo da execução 
dos planos educacionais:
5. Objetivos intermediários podem ser formulados 
como metas específicas dentro dos planos nacionais e 
estaduais de desenvolvimento da educação. De modo 
geral, essas metas:
i. indicam, em relação aos critérios de avaliação, ga-
nhos e resultados esperados em um determinado 
lapso de tempo;
ii. definem as categorias prioritárias (por exemplo, os 
pobres, os portadores de deficiências); e
iii. são formuladas de modo a permitir comprovação 
e medida dos avanços registrados. Essas metas re-
presentam um “piso” – não um “teto” – para o de-
senvolvimento contínuo dos serviços e dos progra-
mas de educação (UNESCO, 1990).
A leitura na íntegra da Declaração Mundial de Educação Para Todos pode ser fei-
ta no documento disponível no endereço: https://bit.ly/2Zf1UC1 . Acesso em: 28 nov. 
2020.
BUSQUE POR MAIS
https://bit.ly/2Zf1UC1
16
 Na mesma Declaração, encontramos ainda outras orientações para a importância de 
se acompanhar os planos e os objetivos e, mais do que isso, como ressaltado anteriormente, 
a questão da atualização e a revisitação dos planos educacionais e das etapas do 
planejamento que dá origem a essas propostas de organização e estruturação de sistemas 
de ensino em sua busca pela melhoria da oferta educacional:
6. Objetivos de curto prazo suscitam um sentimento de 
urgência e servem como parâmetro de referência para a 
comparação de índices de execução e realização. À me-
dida que as condições da sociedade mudam, os planos 
e objetivos podem ser revistose atualizados. Onde os es-
forços pela educação básica tenham que focalizar a sa-
tisfação das necessidades específicas de determinados 
grupos sociais ou camadas da população, o estabeleci-
mento de metas direcionadas a esses grupos prioritários 
de educandos pode ajudar planejadores, profissionais e 
avaliadores a não se desviarem do seu objetivo. Metas 
observáveis e mensuráveis contribuem para a avaliação 
objetiva dos progressos (UNESCO, 1990).
 Seguindo essas orientações da Declaração Mundial de Educação para Todos, também 
denominada Declaração de Jomtien, um dos pontos de maior destaque e, normalmente, 
com singular quantidade de fragilidades de apresentação em planos educacionais são 
seus indicadores. Esses indicadores estratégicos de acompanhamento da qualidade da 
educação servem para o monitoramento e a avaliação das diretrizes, objetivos, metas e 
estratégias estabelecidas como pontos de sustentação, justificativa e alinhamento da 
execução dos planos educacionais.
Na construção dos indicadores estratégicos – de acompanhamento e/ou avaliação – é re-
levante considerar alguns elementos, como os tipos de indicadores, assegurando o alinha-
mento com o que se pretende monitorar, avaliar e acompanhar: taxa, relação, produtividade, 
percentual, desempenho (planejado, observado e alcançado), índices comparativos nacionais 
e internacionais. Existem ainda os indicadores por síntese ou análise de metadados, entre 
outros.
VAMOS PENSAR?
 Para cada indicador, pensado no planejamento educacional e colocado como pilar 
de acompanhamento das metas e estratégias do plano educacional, é preciso considerar 
os elementos de sua constituição, como referência qualitativa, quantitativa, formativa, 
demonstrativa e aplicativa. Essa visão colabora para a definição dos parâmetros com vistas 
à oferta de uma educação de qualidade.
 O Planejamento Educacional é um mecanismo capaz de dar as direções das ações do 
Estado, no seu plano macro, em sintonia com os grandes desafios que uma determinada 
sociedade precisa enfrentar. Por sua vez, os Planos Educacionais se estabelecem na 
tentativa de canalizar as políticas educacionais definidas pela sociedade, de modo a 
alcançar os distintos níveis e nuances dos entes federativos brasileiros. Em razão disso, os 
objetivos, as metas, as estratégias e os indicadores devem assegurar qualidade técnica e 
compromisso com os anseios e a realidade educacional vivida pela população.
17
BUSQUE POR MAIS
Para complementar seus estudos é fundamental a leitura do livro eletrônico intitulado Pla-
nejamento e Avaliação Educacional, cuja referência é a seguinte: CERVI, Rejane de Medeiros. 
Planejamento e Avaliação Educacional. Curitiba: InterSaberes, 2013 (Série Avaliação Educacio-
nal). Esse trabalho pode ser acessado na Biblioteca Pearson por intermédio do seguinte link: 
https://bit.ly/39LrfsN . Acesso em: 28 nov. 2020.
https://bit.ly/39LrfsN
18
1. Estudos revelam que o planejamento, no contexto escolar, é um meio para programar as 
ações docentes, mas também é um momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado
a) à avaliação.
b) ao plano diretor da cidade.
c) ao estatuto da Associação de Pais e Professores.
d) às demandas administrativas da direção escolar.
e) às imposições da Secretaria de Educação.
2. Todo planejamento tem por finalidade ser eficiente e eficaz, independentemente da 
natureza da instância a que se destina. No processo de planejamento educacional, deve 
estar implícita a filosofia da educação que a Nação pretende seguir. Para Menegolla e 
Sant’anna (2002), esse tipo de planejamento é elaborado e se desenvolve em vários e bem 
estipulados níveis de ensino, a nível nacional, estadual ou de um sistema determinado por 
meio do qual se definem e estabelecem
a) as grandes finalidades, metas e objetivos da educação.
b) os objetivos escolares e recursos humanos e financeiros.
c) os conteúdos e as práticas de ensino utilizadas pelos docentes.
d) os trabalhos e os desempenhos da equipe de apoio aos discentes.
e) as finalidades e os instrumentos de avaliação usados nas aulas.
 
3. Analise as afirmações abaixo sobre o processo de planejamento.
 
I. Deve ser compreendido como um mecanismo de mobilização e de articulação dos 
diferentes sujeitos, segmentos e setores que constituem a instituição educativa e dela 
participam.
II. Deve ser tomado como um procedimento administrativo, de natureza burocrática, 
decorrente de alguma exigência superior ou mesmo de alguma instância externa à 
instituição.
III. Deve ser compreendido como um instrumento por meio do qual se obtém o controle 
total dos fatores e das variáveis que interferem no alcance dos objetivos e dos resultados 
almejados; por isso, não pode ser flexível.
IV. Deve assumir um caráter determinista em que o objeto do plano, ou seja, a realidade, 
é tomada de forma estática, passiva, pois, em tese, tende a se submeter às mudanças 
planejadas.
V. Aponta os passos que a equipe pedagógica pode dar para construir e realizar os objetivos 
que pretende alcançar na escola, com apoio de todos os servidores, professores, famílias, 
estudantes e comunidade em geral.
 
Está correto apenas o que se afirma nas alternativas
a) I e IV.
b) I e II.
FIXANDO O CONTEÚDO
19
c) II e V.
d) III e IV.
e) I e V.
4. A organização didática da aula, nos anos iniciais, como ação colaborativa, pressupõe 
um processo de previsão e de organização de ações intencionais. Nessa perspectiva, o 
planejamento deve
a) ser seguido rigorosamente, para que os objetivos sejam cumpridos.
b) prever alguma flexibilidade, já que as aprendizagens são um processo de construção 
coletiva.
c) promover alguns minutos de conversa ou de brincadeira com os alunos, para garantir o 
cumprimento das tarefas previstas.
d) partir do pressuposto de que sempre haverá outros momentos para cumprir o que está 
previsto, oferecendo liberdade de escolha para os alunos.
e) antecipar ações e atividades que vão ocorrer durante a aula, a fim de evitar a rotina e a 
improvisação, sem falhas ou desvios do que estava previsto.
 
5. O planejamento escolar é um processo de organização e coordenação de toda a ação 
docente, no qual o professor organiza seu fazer pedagógico com a previsão de atividades 
didáticas em face dos objetivos propostos. Analise as alternativas abaixo que apresentam 
modalidades de planejamento:
I. O plano de ensino refere-se a um roteiro das unidades didáticas para um ano ou para 
um semestre letivo.
II. O plano de aula é um detalhamento do plano de ensino, devendo levar em consideração 
o tempo de execução de um ano ou de um semestre letivo.
III. O plano da escola refere-se ao plano pedagógico e administrativo da unidade escolar.
IV. O planejamento político- pedagógico descreve a concepção pedagógica do corpo 
docente; as bases teórico-metodológicas; a contextualização social, econômica, política 
e cultural do município.
V. Plano da escola, plano de ensino e plano de aula possuem os mesmos objetivos, portanto, 
não podem ser flexíveis.
 
Assinale a alternativa que apresenta somente assertivas CORRETAS.
a) I, III e IV.
b) I, II e III.
c) I, IV e V.
d) I, II e V.
e) I, III e V.
 
6. No que se refere ao planejamento dos professores, analise as assertivas a seguir e assinale 
a alternativa correta.
I. Obriga à busca prévia de materiais, ocupando o tempo que poderia ser destinado à 
elaboração de assuntos mais relevantes.
20
II. Facilita o enriquecimento profissional, por ser uma atividade que é motivo de reflexão 
sobre a prática e um esquema flexível para uma ação consciente.
III. Desvincula sua elaboração da avaliação dos processos educativos e pedagógicos 
instaurados pelo currículo.
 
a) Somente a alternativa I é verdadeira.
b) Somente as alternativas II e III são verdadeiras.
c) Somente a alternativa II é verdadeira.
d) Somente a alternativa III é verdadeira.
e) Somente a alternativa I e III são verdadeiras.
7. Sobre a prática do planejamento, analise as afirmativas a seguir, assinalando (V) para as 
VERDADEIRAS e(F) para as FALSAS. 
Planejar assume várias dimensões e necessita
( ) ser uma ação reflexiva, viva e contínua.
( ) ser uma atividade constante de avaliação e revisão sobre o desempenho docente.
( ) ser um ato decisório de estratégias, opções metodológicas e teóricas sem considerar o 
contexto educacional.
( ) prever ações que garantam a coerência, a continuidade e o sentido do trabalho 
pedagógico.
( ) assegurar a inflexibilidade do processo por meio da rejeição do replanejamento, 
considerando os resultados alcançados.
 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) V – V – V – F – F.
b) F – V – F – F – V.
c) F – F – V – V – F.
d) V – F – F – V – F.
e) V – F – V – F – V.
 
8. O ato de planejar é inerente à ação do professor. A primeira condição para se realizar um 
planejamento de aula é saber, com segurança:
a) que não é necessária a apropriação da real situação dos estudantes.
b) a metodologia de trabalho a ser adotada em sala de aula.
c) a direção que queremos dar ao processo educativo em nosso país.
d) o perfil dos educadores e dos alunos, a organização disciplinar de cada ano e os recursos 
didáticos.
e) a noção do que é plano, planejamento, programa e projeto e suas etapas.
21
INTER-RELAÇÃO ENTRE PLANO 
EDUCACIONAL, INSTITUCIONAL, 
CURRICULAR, DE ENSINO 
E DE AULA
UNIDADE
02
22
2.1 FASES DO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, 
CURRICULAR, DE ENSINO E DE AULA 
 Neste capítulo, convidamos você a realizar uma viagem a uma cidade do litoral 
brasileiro que seja distante de onde mora e você queira conhecer. Sugerimos, inicialmente, 
uma cidade litorânea, porque a maior parte dos(as) brasileiros(as) gosta de praias. Entretanto, 
se preferir um lugar de montanhas e rios, pode fazer a sua opção. Não se esqueça de que 
o lugar escolhido tem de ser distante e novo para você. 
 Sabemos que toda viagem, curta ou longa, exige diversas providências antes de 
iniciá-la. Você precisa refletir sobre alguns aspectos, como identificar o melhor percurso 
para chegar ao destino escolhido; escolher o meio de transporte; arrumar a bagagem 
necessária; combinar a programação da viagem; discutir a divisão das despesas com os 
companheiros; decidir o horário de partida, a alimentação e as paradas que farão durante 
o percurso, entre outras medidas.
 No momento em que você aceita o convite para realizar a viagem e escolheu o lugar 
escolhido, você precisa realizar algumas ações com diversas possibilidades. Na prática, 
estabelece prioridades ou faz uma sequência de ações e registra/demarca suas escolhas. 
As tomadas de decisões se configuram em um plano que aponta as ações que precisa 
empreender para alcançar o seu plano. Esse plano, portanto, é o produto final de seu 
planejamento. Um registro escrito, sistematizado e com justificativa sobre: o que, para 
quem, por que, como e quando será feito? Quem participa dessas ações? 
 Quando estamos tratando da educação, destacamos que o planejamento é um 
modo de elaborar, ou melhor, de decidir que tipo de educação e de sujeito queremos e que 
tipo de ação educacional é essencial para viabilizar esse planejamento. E, para isso, faz-se 
necessário propor uma série de ações, como vimos no planejamento da viagem descrito 
no início deste capítulo, atentando-se para o fato de que o planejamento exige revisão 
constante em função das possibilidades de alteração sempre presentes (GANDIN, 1985, p. 
34).
 Neste sentido, “pensar a ação é uma tarefa permanente que não existe sem a ação, 
mas não se mistura com ela [...]” (FERREIRA, 1979, p. 58). Por outro lado, é interessante 
observar que o planejamento tem fases e características diferenciadas para as diferentes 
situações. Essas características apontam a complexidade dos planejamentos e ao mesmo 
tempo a importância que eles têm no campo educacional, tornam-nos singulares e 
devem ser conhecidas, considerando que todos os profissionais da educação refletem e 
desenvolvem ações dessa natureza. 
 O planejamento não exige uma sequência de atividades rígidas e absolutas. Ao 
considerarmos as características do planejar, notamos que esse ato está relacionado a 
uma condição inerente ao ser humano e demanda organização, previsão, antecipação e, 
Nesse caso, observamos que o ato de refletir é uma atividade de pensamento sobre as possibi-
lidades de escolhas e, consequentemente, de ações a serem realizadas para que sua viagem 
seja de fato tranquila e alcance seus objetivos. A reflexão, aqui, sobre alguns aspectos é um 
chamado para agir. Quantas ações você precisa realizar antes de dar início à sua viagem? As 
reflexões/ações pensadas podem ser caracterizadas como um planejamento. É por meio da 
reflexão que as pessoas estabelecem, mentalmente, inúmeras relações e se predispõem a re-
alizar ações que resultam de suas escolhas e de suas tomadas de decisões.
VAMOS PENSAR?
23
em certa medida, intuição. Esses movimentos têm como foco a realização dos objetivos 
definidos. Portanto, planejar trata-se de um processo flexível, e não de um produto acabado, 
pronto e rígido. 
 Esse processo precisa ser visto como algo adaptativo e flexível. E essa visão colabora 
para evitar improvisações e repetições em função da orientação realizada com base na 
tomada de decisões. Nesse sentido, a tomada de decisões comporta uma sequência de 
ações marcadas por intencionalidades. Dessa forma, não há que se falar em neutralidade, 
pois se define o que se quer planejar. A materialização do planejamento se dá por meio de 
planos, programas, projetos e correlatos.
 Na perspectiva empresarial, o planejamento se divide em operacional, tático e 
estratégico. O plano estratégico se refere ao que fazer, ou seja, ao objetivo e é estabelecido a 
longo prazo, com importante capacidade de previsão e baixa condição de executoriedade, 
dado que se trata de uma atuação mais ampla. O plano tático define as ações, institui o 
como fazer e está mais no plano gerencial; portanto, a previsibilidade e a executoriedade 
são médias ou intermediárias. Já o plano operacional diz respeito ao fazer, e como executam 
suas ações no dia a dia, no desenvolvimento concreto das atividades; desse modo, tem 
uma baixa previsibilidade, mas uma alta executoriedade.
 Essa ideia típica do mundo empresarial nos ajuda a pensar alguns pontos do universo 
escolar. A título de exemplo, podemos fazer essa análise com enfoque na educação: o Plano 
Nacional de Educação (PNE), por se tratar de um documento que define objetivos, metas e 
estratégias, pode ser compreendido como um planejamento estratégico em articulação do 
MEC com os entes federados. Já o Projeto Politico-Pedagógico (PPP), por analogia, refere-
se ao planejamento tático. Por sua vez, o planejamento operacional pode ser interpretado 
como sendo o que se realiza na sala de aula.
 O planejamento é sempre uma opção político-pedagógica daqueles que o realizam, 
constitui-se como uma base para a organização do trabalho pedagógico e orienta o processo 
de ensino aprendizagem. Desse modo, precisa-se partir de uma avaliação diagnóstica e visar 
ao conhecimento da realidade em foco. A avaliação diagnóstica colabora para a construção 
de um planejamento adequado e coerente com o compromisso de transformação da 
realidade, porque a educação busca a formação e a construção do sujeito.
BUSQUE POR MAIS
Com o propósito de ampliar a sua compreensão acerca dos assuntos tratados nesse 
capítulo, recomendamos incluir no rol de suas leituras complementares o livro ele-
trônico Organização e Legislação da Educação, cuja referência é a seguinte: HEIN, 
Ana Catarina Angeloni (Org.). Organização e Legislação da Educação. São Paulo: 
Pearson Education do Brasil, 2019. Esse trabalho pode ser acessado na Biblioteca Pearson por 
intermédio do seguinte link: https://bit.ly/3qp2gSn. Acesso em: 28 nov. 2020
 Além disso, é relevante considerar que a realidade das nossas escolas implica 
pensar o planejamento distante de posições que manifestam uma visão individualizante, 
centralizadora, homogênea, hierárquica e excludente. A perspectivacompatível com 
os debates educacionais e com o foco no estudante sugere a participação de todos, de 
modo a expressar a conciliação das visões do coletivo; a pluralidade de ideias como valor 
fundamental; a descentralização das decisões, de modo a promover a inclusão das pessoas; 
e a compreensão de que todos podem colaborar para o processo de aprendizagem em um 
ambiente escolar. Nesta perspectiva, vale a pena conhecer os princípios e características 
do planejamento educacional.
 Tendo em vista os princípios e as características do planejamento educacional, 
https://bit.ly/3qp2gSn
24
podemos afirmar que o planejamento, como mencionamos anteriormente, precisa ser 
viável e executável e estar adequado ao contexto em que está inserido. Para tanto, em sua 
elaboração, devem ser considerados alguns princípios e características importantes, como 
continuidade, organicidade, previsão, clareza, flexibilidade, objetividade, realismo etc. 
 Entre tais princípios, destacamos três: a hierarquização dos objetivos; a precedência 
do planejamento educacional; e a abrangência ou a participação. Além disso, do ponto de 
vista do princípio da hierarquização dos objetivos, é notório o fato de que o planejamento 
educacional precisa ter sempre uma finalidade, um propósito relacionado aos objetivos 
máximos da instituição. 
 Sendo assim, os planejamentos, relacionados às necessidades do sistema educacional, 
expressam seus objetivos em forma de políticas, normas e leis. Esse princípio assegura que 
qualquer ação a ser realizada, quer seja pelo Ministério da Educação, quer seja pela escola, 
esteja relacionada aos objetivos mencionados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB 9394/1996) e, concomitantemente, às políticas públicas que regem a 
educação no país. Não há como construir um planejamento com objetivos que contrariam 
os princípios demandados pela LDB 9394/1996 ou pela nossa Constituição Federal de 1988, 
as quais são nossas maiores leis.
 Já o princípio da precedência do planejamento educacional implica pensarmos que 
quando comparamos a outras funções desenvolvidas pelas instituições educacionais, o 
planejamento educacional possui grande relevância. Qualquer que seja o trabalho a ser 
realizado, seja em âmbito nacional, seja em uma pequena escola ou em uma sala de aula, 
as ações deverão ser intencionais, portanto, precisam ser planejadas para contribuir para a 
qualidade da educação. 
 E, por sua vez, o princípio da abrangência ou da participação repercute no 
entendimento de que, na maioria das vezes, o planejamento provoca a necessidade de 
realizar mudanças para alcançar os objetivos traçados pela instituição educacional. Essas 
mudanças poderão mobilizar pessoas, exigir o compartilhamento de ideias, ampliar e 
requerer a divisão de responsabilidades entre a equipe de participantes e a seleção de 
novos recursos e meios. Exigirá, ainda, outras competências e habilidades de negociação, 
bem como o consenso na compatibilização dos interesses do grupo ou dos grupos, em 
especial, a substituição de novos artefatos tecnológicos.
 Antes de discutir as fases dos diferentes níveis dos planejamentos educacionais 
propriamente ditos, é fundamental apresentar os elementos necessários para ampliar a 
compreensão dos planejamentos abordados, o que faremos a partir do Quadro 1.
NÍVEIS ELEMENTOS NECESSÁRIOS
Primeiro Prioridades básicas
Segundo Recursos e meios
Terceiro Objetivos
Quarto Finalidade
Quinto Metas
Quadro 1: O planejamento e a direção do processo educacional
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 No sentido exposto no quadro, Silva e Silva (2019, p. 691)consideram o planejamento 
um “[...] mecanismo necessário para a concretização das metas e dos objetivos que se 
pretendem alcançar em diferentes esferas da política educacional”.
 Da concepção da ideia até a sua execução, o planejamento passa por várias fases. 
Com o objetivo de que você possa compreender cada uma delas, será apresentado, em 
25
caráter didático, o Quadro 2, o qual contempla três fases do planejamento. É importante 
ressaltar que, na prática, estas fases, na maioria das vezes, não se apresentam de forma 
isolada e facilmente reconhecíveis.
Primeiro Diagnóstico
Segundo Programação
Terceiro Controle e Avaliação
Quadro 2: Fases do planejamento
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021
 No Diagnóstico, a equipe da escola faz o levantamento, a partir de um exame 
detalhado da instituição escolar e da proposta pedagógica para decidir junto o que precisa 
ser mudado. Ao mesmo tempo, vai desenhando a situação que deseja imprimir na escola. 
Na Programação, a equipe, com base no diagnóstico, define objetivos e metas que a 
instituição escolar quer alcançar. E passa, nessa fase, a programar as ações/atividades a 
serem realizadas, a estabelecer o cronograma e a distribuir responsabilidades entre os 
membros.
 No Controle e Avaliação, a equipe busca acompanhar o desempenho das ações/
atividades, isto é, busca verificar se o que foi programado está acontecendo e como está 
acontecendo, além de suas facilidades e dificuldades para o alcance dos objetivos e metas 
estabelecidos. Nessa fase, podem surgir diversos desafios, e muitos momentos de avaliação 
das ações/atividades podem ser exigidos. 
 Morin (2016) ressalta esses desafios, sinalizando que é uma exigência para os novos 
tempos, de modo que as pessoas consigam equacionar a criatividade com o planejamento, 
haja vista que a organização precisa ser acolhida por novas concepções que envolvem 
adaptações a cada situação a que se apresenta. 
 Em cosonância com Morin (2016), faz-se necessário que os sujeitos estejam dispostos 
a receber os imprevistos e vê-los como oportunidades de aprendizado e iniciativa para 
a reconstrução de suas plataformas de pensamento. Assim, estejam também acessíveis 
a constituir um referencial que lhes permita trabalhar para o alcance de resultados com 
base em previsões sustentadas em análises sólidas e abertas ao novo: o inédito. 
 Nesse seguimento, o inesperado precisa ser visto como pertencente ao universo do 
planejamento, o qual demanda estar aberto e preparado para alterações à medida em que 
se incorporam novas sugestões e realidades ao processo em desenvolvimento. 
 A título de elucidação, exploraremos o planejamento educacional, curricular, de 
ensino e de aula como meios de alargar o entendimento acerca dos seus pontos de diálogo 
e contribuições para o fazer educacional. 
 Considerando os níveis de interações no campo do planejamento da educação, 
é essencial compreender que o planejamento é o processo de abordagem racional e 
científica dos problemas de educação, incluindo definição de prioridades e levando em 
conta a relação entre os diversos níveis do contexto educacional, como destaca Ribeiro 
(2010, p. 4).
 Em tal ponto de vista, trata-se de iniciativas com implicações diretas nas decisões 
tomadas, dado que, a rigor, também se planeja a própria decisão sobre a área educativa 
com repercussões diretas no projeto ou política educacional que o Estado e o governo 
orientam para a sociedade do país.
 O Planejamento Educacional quanto à sua abrangência, pode ser classificado como 
estratégico, amplo, sistêmico e de longo prazo, por exemplo, o Plano Nacional de Educação 
(PNE 2014-2024), cuja duração é de uma década. O planejamento curricular, que pode ser 
estadual ou municipal, alinha-se ao Planejamento Educacional e orienta o conjunto de 
26
saberes ou conhecimentos que devem ser trabalhados nas escolas da educação básica. Já 
o Planejamento de Ensino orienta o trabalho docente, o plano de ação ou o plano didático, 
que envolve a execução do processo de ensino e aprendizagem, articulando, ainda, a 
execução das ações dos gestores e dos professores. 
 Esse nível de planejamento exige uma tomada de decisões sobre aspectos 
educacionais em seu conjunto. A sua elaboração requer a proposição de objetivos a longo 
prazo, definindo, por exemplo, uma política de educação. É realizado por órgãos máximos, 
como as instituições governamentaisa nível federal, por exemplo, a LDB 9394/1996 e os 
Planos Nacionais de Educação. 
 O Quadro 3 dá visibilidade aos níveis de planejamento pertencentes à prática da 
educação em nossa sociedade, explorando as suas modalidades e as características 
mais relevantes para a compreensão das suas interrelações e orientações das atividades 
educativas em suas distintas etapas da educação básica e superior.
NÍVEIS MODALIDADE DE 
PLANOS
CARACTERÍSTICAS
Planejamento 
Educacional
Responsável por incorporar as 
políticas educacionais em uma 
cobertura ou escala mais ampla, 
cujas decisões são a nível nacio-
nal, estadual, distrital e municipal.
Planos nacionais, 
estaduais, distritais e 
municipais de 
educação
Programas (conjunto de 
projetos de uma deter-
minada área/órgãos em 
um prazo determinado) 
e projetos (produto do 
planejamento, no qual 
se registra o que se quer 
alcançar) de Estado e de 
Governo.
Planejamento 
Curricular
Envolve a tomada de decisão pen-
sando a vida escolar do estudan-
te em face da ação pedagógica, 
consistindo em expectativas que 
repercutem nas atividades siste-
matizadas e ordenadas.
Desenvolvido no 
âmbito das escolas 
em articulação com 
a rede educacional
Planos de curso
Matriz curricular
Projeto Político Pedagó-
gico
Regimento escolar
Planos de ação
Planejamento de 
Ensino
Abarca atuações concretas dos 
docentes no ato pedagógico, 
ações assentadas nas interações 
professor-estudante e estudante-
-estudante.
Plano de disciplina
Plano de unidade
Plano de aula
Disciplina: ações a serem 
desenvolvidas durante o 
ano ou o semestre
Unidade: ações destina-
das a cada uma das par-
tes da disciplina
Aula: detalhamento para 
cada aula
Quadro 3: Níveis de planejamento educacional e suas interações
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
27
 Observa-se, no Quadro 3, que o planejamento é um meio de programar as ações dos 
profissionais da educação, mas não é uma atividade isolada. O Planejamento Educacional 
prevê, ainda, diversas interações, incluindo-as como atividades relevantes à pesquisa e à 
reflexão, as quais estão intimamente ligadas ao processo de avaliação. Além disso
[...] planejamento é uma tarefa educativa que inclui tan-
to a previsão das atividades didáticas em termos da sua 
organização e coordenação em face dos objetivos pro-
postos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer 
do processo de ensino” (LIBÂNEO, 1994, p. 221).
 O planejamento é uma oportunidade, como mencionamos no início do capítulo, de 
agir, pesquisar e refletir sobre os fatos, e prever as ações. Nesse sentido, a palavra reflexão:
[…] vem do verbo latino “refectire que significa voltar 
atrás”. (...) Refletir é o ato de retomar, reconsiderar os 
dados disponíveis, revisar, vasculhar numa busca cons-
tante de significado. É examinar detidamente, prestar 
atenção, analisar com cuidado. E isto é filosofar (SAVIA-
NI, 1997, p. 23).
Saviani (1997) chama a nossa atenção sobre a importância da palavra reflexão no planeja-
mento de educação, pois, para ele, não é uma reflexão qualquer, mas um aspecto articulado. 
Isto é, o planejamento busca prever e tomar a decisão sobre o que se pretende fazer na edu-
cação. O que vai fazer de fato nessa área? Como vão fazer e analisar a realidade? Em seguida, 
como vão realizar as ações necessárias? E ainda, o que foi de fato alcançado do planejamento 
realizado?
VAMOS PENSAR?
 Antes de discutir o Planejamento de Ensino, apresentamos o Plano da Escola, 
denominado Projeto Político-pedagógico (PPP), o qual deve ser construído em consonância 
com o Planejamento Educacional e com o Planejamento Curricular de seu Estado ou 
Município, com a finalidade de orientar as ações globais da escola. O Planejamento de 
Ensino (trabalho docente, plano de ação ou plano didático) envolve a execução do processo 
de ensino aprendizagem e a execução das ações dos professores; e no planejamento de 
aula (nível mais operacional e detalhado), o professor sistematiza o conteúdo, os objetivos, 
a metodologia, a avaliação, entre outros aspectos.
 Parra (1972) pontua que todo trabalho educativo deve ser pautado em um 
planejamento reflexivo, pois planejar é um modo de pensar em ações que auxiliem atingir 
o que se quer alcançar. Diante disso, o PPP implica, basicamente, decidir o que se pretende 
realizar na escola, de que maneira e com qual objetivo, e como se deve analisar a situação, 
a fim de se verificar se o que se almejou foi atingido.
 Por sua vez, Souza et al. (2005, p. 27) asseveram que “[...] muitas instituições querem 
o Planejamento Participativo para organizar a escola, mas não como um instrumento de 
transformação social”.
28
O PPP é um instrumento que torna possível a materialização do planejamento da institui-
ção de ensino. O enfoque assumido nessa nossa abordagem entende que o planejamento é 
estruturado na relação dos polos teoria e prática. Desse modo, viabiliza as tomadas de deci-
sões que envolvem a educação básica e os seus objetivos essenciais. E, no ambiente escolar, 
o planejamento é visto como recurso fundamental, por intermédio do qual a participação de 
todos é desenhada e, assim, se ampliam as possibilidades de realização plena do trabalho 
educativo.
FIQUE ATENTO
 Sendo assim, os professores devem pautar o planejamento de suas aulas e de 
projetos pedagógicos no Projeto Político-pedagógico, considerando que ele foi organizado 
no início do ano pela comunidade escolar. Nesse sentido, o Projeto Político-pedagógico 
é “[...] um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do 
cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, 
o que é essencial, participativa” (VASCONCELOS, 1995, p. 143).
 Agora, voltando-nos ao planejamento curricular, comunicamos que se trata de um 
documento plural e multidisciplinar, marcado por influências distintas resultantes de 
relações de poder que se materializam nas decisões da escola, tomando como referência 
as relações lógicas e psicológicas dos múltiplos campos do conhecimento, com foco na 
constituição das condições que facilitam o processo de ensino aprendizagem. Trata-
se do repertório de atividades a serem desenvolvidas pelos estudantes sob o auxílio dos 
profissionais da escola, com vistas a alcançar determinados fins educativos. Sendo assim, o 
objetivo do planejamento curricular orienta o trabalho do professor em suas atuações como 
docente, ou seja, em suas práticas pedagógicas concretas: planejamento das experiências 
a serem vivenciadas na escola.
 Por sua vez, o planejamento de ensino é a:
[...] previsão inteligente e bem calculada de todas as 
etapas de trabalho escolar que envolvem as atividades 
docentes e discentes, de forma a tornar o ensino segu-
ro, econômico e eficiente. Previsão de situações especí-
fica do professor com a classe. Processo de tomada de 
decisões bem informadas que visam a racionalização 
das atividades do professor e do aluno, na situação de 
ensino aprendizagem, possibilitando melhores resulta-
dos e, em consequência, maior produtividade (TURRA 
et al., 1975, p. 19)
 Qualquer que seja o tipo de plano de ensino, é importante que seja coerente 
com fundamentos conceituais e metodológicos inseridos em uma prática pedagógica 
socializadora e promotora do processo de construção do conhecimento, na qual o professor 
passa a ser mediador e criador de situações de aprendizagem para que o aluno aprenda. 
Sendo assim, a atuação do professor é intencional – sabe aonde é preciso chegar, reflete 
sobre o que precisa ser feito para alcançar o objetivo –, aproveitando os ventos e as correntes 
favoráveis, estudando novas rotas caso seja necessário.
 E, para isso, faz-se necessário que o professor planeje suas atividades pedagógicas. 
Libâneo (1994, p. 222) define o plano de ensino como “[...] um documento mais elaborado, 
no qual aparecem objetivos específicos, conteúdos e desenvolvimento metodológico”. No 
planejamento de ensino, cabe ao professor criar situações de aprendizagem, envolvendo 
29
a“[...] problematização dos conteúdos, a coordenação das equipes de trabalho, a 
sistematização das experiências de aprendizagem, as quais valorizam e possibilitam o 
diálogo entre culturas e gerações” (SILVA, 2002, p. 70).
 O plano de curso, por sua vez, é definido por Vasconcellos (1995, p. 117) como “[...] a 
sistematização da proposta geral de trabalho do professor naquela determinada disciplina 
ou área de estudo, numa dada realidade. Pode ser anual ou semestral, dependendo da 
modalidade em que a disciplina é oferecida”. 
2.2 PLANEJAMENTO DE ENSINO E DE AULA E 
SEUS COMPONENTES BÁSICOS 
 Libâneo (1994) afirma que a principal atividade do professor é assegurar o processo 
de transmissão dos conhecimentos culturais acumulados socialmente. Para isso, é preciso 
planejar suas aulas, buscando explicitar alguns aspectos, tais como: objetivos, conteúdos, 
estratégias de ensino, recursos didáticos e processo de avaliação.
 Na mesma direção, Saviani (2003) defende que o processo de ensinar insere-
se na dinâmica que favorece a consolidação de conhecimentos, os quais permitem o 
desenvolvimento de capacidades para a intervenção na realidade. Esses mecanismos 
sociais e culturais são cruciais para que as camadas populares possam ocupar melhores 
condições para o enfrentamento de desafios que se apresentam no atual momento 
histórico. Nesse contexto, o papel do professor é fundamental para a ampliação dos 
horizontes dos estudantes. O plano de aula deve abordar esses aspectos, que também 
estão pontuados no Quadro 4.
COMPONENTES DESCRIÇÃO
Objetivos 
Repertório de competências, conhecimentos, ha-
bilidades e atitudes que será mobilizado pelos 
educandos no processo educativo de ensino e 
aprendizagem
Conteúdos
Conhecimentos ou objetos de conhecimentos a 
serem utilizados pelos educadores e pelos edu-
candos com o propósito de alargar a compreen-
são da realidade concreta
Estratégias de
 ensino
Procedimentos técnicos e metodológicos com fi-
nalidade pedagógica, no exercício do magistério, 
tornando o processo de ensino e aprendizagem 
mais concreto e significativo
Recursos didáticos
Ferramentas, instrumentos e materiais que po-
dem ser operados em sintonia com o propósito de 
realização da aprendizagem
Avaliação
Transcurso ou processamento dotado de poten-
cial para averiguar alterações de comportamento 
ocorridas em um percurso de formação pedagó-
gica
Quadro 4: Descrição dos componentes do plano de aula
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
30
 O Quadro 4 trata dos aspectos essenciais do plano de aula. Sendo assim, o 
planejamento de aula “serve para que os professores e os alunos desenvolvam uma ação 
eficaz de ensino e aprendizagem” (MENEGOLLA; SANT’ANA, 2001, p. 43). O Plano de aula 
pode ser compreendido, ainda, como a “(...) sistematização de todas as atividades que 
se desenvolvem no período de tempo em que o professor e o aluno interagem, numa 
dinâmica de ensino-aprendizagem.” (PILLETTI, 2001, p. 73).
Os objetivos educacionais são as metas e os valores mais 
amplos que a escola procura atingir, e os objetivos-ins-
trucionais são proposições mais específicas referentes às 
mudanças comportamentais esperadas para um deter-
minado grupo classe. O conteúdo refere-se à organiza-
ção do conhecimento em si, porém, com base nas suas 
próprias regras, ele é um instrumento básico para poder 
atingir os objetivos. Torna-se necessário um bom crité-
rio de seleção na escolha dos conteúdos mais centrados, 
mais importantes e mais atuais. O conteúdo selecionado 
precisa estar relacionado com os objetivos definidos. O 
mais importante é o fato do professor estar apto a levan-
tar a ideia central do conhecimento deve trabalhar em 
sala de aula [sic] (CONCEIÇÃO et al., 2016, p. 8).
 Entretanto, no decorrer do ano letivo, mudanças podem ser necessárias no processo 
educativo. Por outro lado, sabemos que o planejamento tem, como uma das características, 
a flexibilidade.
Os planos de aulas precisam estar vinculados à prática pedagógica, por isso muitas vezes 
necessitam ser revistos e refeitos. Além disso, devem apresentar objetivos claros, utilizando 
os verbos adequados, uma vez que os planos de aula revelam a concepção que se tem do 
processo de ensino-aprendizagem.
FIQUE ATENTO
 De acordo com Libâneo (1994, p. 222) os Planejamentos de ensino e de aula “não 
se reduzem ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo, é 
antes, a atividade consciente com a previsão das ações político-pedagógicas”. A partir dos 
ensinamentos de Libâneo (1994), podemos estruturar os métodos e técnicas de ensino 
levando em conta os aspectos tidos como essenciais para que o professor considere em 
suas ações de planejamento de ensino. O Quadro 5 apresenta um conjunto de pontos 
que precisam ser valorizados no espaço educacional, com vistas a obter sucesso nas 
empreitadas pedagógicas junto aos estudantes.
31
Perfil dos estudantes
Concepção de aprendizagem
Condições físicas do espaço escolar
Tempo disponível do trabalho pedagógico
Relação dos estudantes com o conteúdo tratado
Objetivos de ensino e aprendizagem
Experiência didática do professor
Afetividade e vínculos entre professor e estudantes
Quadro 5: Aspectos relevantes (métodos e técnicas de ensino)
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021) 
 O Planejamento de aula é o nível de plano mais operacional e detalhado, em que o 
professor sistematiza as atividades que realizará com o grupo de estudantes em sala de 
aula. Esse plano explicita os conteúdos, os objetivos, a metodologia ou os procedimentos 
didáticos, os recursos e meios, o processo de avaliação, entre outros aspectos.
 Nos dias de hoje, é fundamental o professor fazer seus projetos pedagógicos e planos 
de aula alinhados com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com o fim de enriquecer 
as suas práticas em sala de aula, bem como de assegurar os direitos de aprendizagem. 
Nos planos de aula, informações como nome da escola, do professor, o título ou tema, a 
modalidade, a turma e o componente curricular são tidos como rotineiros na dinâmica do 
fazer docente. Esclarecemos que o título ou tema diz respeito ao ponto específico que será 
tratado em sala de aula.
Antes de elaborar o plano de aula, o professor precisa acessar o site da BNCC <basenacional-
comum.mec.gov.br> e, ao encontrar os três arquivos principais disponibilizados: BNCC para 
navegação, BNCC em PDF e BNCC em planilha, recomendamos clicar em BNCC em PDF, 
opção que permite baixar o documento que norteia toda a educação brasileira. O docente 
pode ler todo o conteúdo e, conforme a necessidade, buscar o seu componente curricular e o 
ano ou série. De acordo com cada unidade temática, há os objetos de conhecimento. Depois 
de localizar a unidade temática e o objeto de conhecimento, o professor pode elaborar o pla-
nejamento de aula, pois essa indicação deve decorrer da unidade e do objeto. Para registrar 
a habilidade, deve-se escolher uma das habilidades referentes à unidade temática e o objeto 
de conhecimento selecionados. No geral se registra apenas uma habilidade para cada aula, 
de acordo com cada disciplina. O local da aula e a duração dependem das orientações e das 
regras da instituição educacional na qual se trabalha. Os objetivos devem expressar conexão 
direta com o tema ou título, e os objetivos específicos podem ser até três. A maior especifici-
dade expressa a capacidade de síntese e de clareza do professor em relação ao conhecimen-
to em apreciação. Quanto mais a linguagem for direta, clara e objetiva, melhor. É relevante 
inserir quais são os conhecimentos prévios trabalhados. Essa manifestação ajuda o aluno 
aentender quais são os conhecimentos que já foram trabalhados e dos quais ele terá que se 
valer para ter um desempenho a contento na sala de aula.
FIQUE ATENTO
32
 Ressalta-se que não existe um modelo ideal ou correto de plano de aula. O professor, na 
elaboração do seu plano de aula, deve considerar os fatores que influenciam sua orientação 
pedagógica e deve levar em conta a realidadeespacial, cultural, social e econômica em que 
a escola está inserida, bem como o projeto político-pedagógico da instituição educacional. 
A busca efetuada pelo docente deve se dar no sentido de criar e confeccionar um formato 
que atenda às suas necessidades mais diretas associadas aos ritmos e aos gradientes de 
relações sociais. Destarte, o plano de aula deve atender às demandas específicas e ser 
construído em prol do aprendizado dos estudantes, sem perder de vista a sua conexão 
obrigatória com a BNCC.
BUSQUE POR MAIS
Para complementar seus estudos, faz-se relevante a leitura do livro eletrônico Méto-
dos e técnicas de ensino, cuja referência é a seguinte: TOLEDO, Maria Elena Roman 
de Oliveira; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Métodos e técnicas de ensino. 
Porto Alegre: SAGAH, 2019. Esse trabalho pode ser acessado na Minha Biblioteca 
Única, por intermédio do seguinte link: https://bit.ly/2OGRKYT. Acesso em: 28 nov. 
2020.
https://bit.ly/2OGRKYT
33
1. (FUNCAB/2010 – adaptado) “O planejamento é uma tarefa docente que inclui tanto a 
previsão das atividades didáticas em termos da sua organização e coordenação em face 
dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de 
ensino.” (LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994, p. 221).
Analise as assertivas abaixo:
I. O planejamento é um meio para se programar as ações docentes, mas é também um 
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado à avaliação.
II. A ação de planejar é uma atividade consciente de previsão das ações docentes, não 
fundamentadas em opções político-pedagógicas, pois tem como referência permanente 
as teorias de aprendizagem.
III. O planejamento escolar engloba três níveis: o plano da escola, o plano de ensino e o 
plano de aula.
IV. O planejamento é iniciativa do diretor/gestor escolar a partir das necessidades 
administrativas e pedagógicas da escola e deve ser por ele avaliado.
 
Assinale a alternativa que apresenta somente assertivas CORRETAS.
a) II, III e IV.
b) I, II, III, IV e V.
c) I e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
 
2. (IF-MT/2014 - adaptado) O planejamento pedagógico pressupõe que o ato de ensinar 
e aprender requer esforço metódico e crítico do professor, no sentido de desvelar a 
compreensão de algo. Nessa perspectiva, são consideradas práticas docentes mediadoras:
( ) I - debate, uso de tecnologias digitais e proposição de exercícios que recorrem à 
memorização.
( ) II - diálogo, troca de experiências e proposição de situações desafiadoras que colocam 
o pensamento dos alunos em movimento.
( ) III - debate crítico e dialógico, uso de atividades repetitivas e aplicação de procedimentos 
já consagrados entre os saberes docentes
( )IV - provocação, disposição de objetos e situações e manutenção de relações já existentes 
entre os alunos e os conhecimentos a serem ensinados.
Analise cada uma das assertivas acima. Para isso, use (V) se for verdadeira e (F) se for falsa. 
Em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) F – F - V - V
b) F – V – F - F
FIXANDO O CONTEÚDO
34
c) V - V- V- F
d) V – F - F - V
e) V – V – F -F
3. (Cetro – Fundação Casa – 2014 – adaptado) As fases do planejamento escolar podem 
ser divididas em: o planejamento da escola, o planejamento curricular e o projeto ou 
plano de ensino. Assinale a alternativa CORRETA como complemento da seguinte frase: o 
planejamento curricular é
a) o que chamamos de Projeto Político-pedagógico ou projeto educativo, sendo este o 
plano integral da instituição, composto de marco referencial, diagnóstico e programação. 
Esse nível envolve tanto a dimensão pedagógica quanto as comunitária e administrativa 
da escola.
b) a proposta geral das experiências de aprendizagem que serão oferecidas pela escola, 
incorporadas nos diversos componentes curriculares, podendo ter como referência os 
seguintes elementos: fundamentos da disciplina, área de estudo, desafios pedagógicos, 
encaminhamento, proposta de conteúdos, processos de avaliação.
c) o planejamento mais próximo da prática do professor e da sala de aula. Diz respeito, mais 
restritamente, ao aspecto didático. Pode ser subdividido em projeto de curso e plano de 
aula.
d) o planejamento global da escola, que envolve o processo de reflexão, de decisões sobre 
a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição.
e) uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar 
sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar 
e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança. É considerado 
um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da 
qualidade do ensino e da aprendizagem. Define diretrizes, objetivos e metas estabelecidas 
pela Unidade escolar.
 
4. (Fepese – MPESC- 2014) O processo de planejamento participativo da escola vem 
ganhando importância na literatura acadêmica entre pesquisadores que defendem a 
descentralização do sistema educacional como um caminho para a democratização da 
gestão da educação e a melhoria da qualidade do ensino.
Nesse sentido, é correto afirmar:
I. A construção do planejamento participativo da escola está ancorada fundamentalmente 
nas relações de poder estabelecidas entre a comunidade escolar e os dirigentes do 
sistema educacional.
II. O planejamento participativo tem por função modernizar os tempos e os espaços da 
escola, tendo como referência uma realidade em constante transformação social.
III. A construção do planejamento participativo deve levar em conta que a escola possui 
vínculos institucionais com um determinado sistema escolar, ou seja, sua autonomia 
deve ser entendida de forma relacional, inserida em um contexto de interdependências.
IV. A participação ativa da comunidade escolar, se constituindo como um coletivo que 
pensa a escola, favorece a construção de um planejamento no qual estejam presentes 
diferentes pontos de vista sobre a realidade escolar, possibilitando a interação entre 
35
famílias, professores, estudantes, funcionários e especialistas.
V. O diálogo e o debate democrático são fundamentais para a produção de critérios 
coletivos na orientação do processo de planejamento participativo, pois significados 
comuns são estabelecidos corroborando para a identifcação destes na escola.
Assinale a sequência correta.
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.
 
5. (FGV – SEDUCAM – 2014) Leia o fragmento a seguir: 
“… não se constitui na simples produção de um documento, mas na consolidação de um processo de ação-
reflexão-ação, que exige o esforço conjunto e a vontade política do coletivo escolar.”
Assinale a opção que indica o conceito explicado no fragmento acima.
a) Plano de Aula.
b) Projeto Político-pedagógico.
c) Prestação de Contas.
d) Avaliação dos Estudantes.
e) Escolha do Livro Didático.
6. (Cespe - FUB - 2013 – adaptada) O conjunto de conteúdos e unidades a serem utilizados 
no processo de ensino-aprendizagem a serem desenvolvidos em uma determinada 
disciplina pode caracterizar: 
a) Planejamento Curricular. 
b) Planejamento da Escola. 
c) Planejamento Educacional. 
d) Planejamento de Curso.
e) Planejamento Pedagógico.
7. (Cespe – Depen - 2015) Na elaboração do planejamento de aula, o docente deve delinear 
e estabelecer 
a) objetivos da escola.
b) recursos e meios.
c) procedimentos metodológicos.
d) avaliação dos alunos.
e) diagnóstico dos estudantes. 
8. (IESES – 2018 – adaptada) Ao discutir Projeto Político-pedagógico, a comunidade escolar 
deve, como princípios centrais para a gestão democrática da escola, explicitar 
36
a) autonomia e atitude pedagógica.
b) autonomia e reflexão.
c) mediação e avaliação.
d) autonomia e participação.
e) diálogo e regras explícitas.
37
PLANEJAMENTO

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