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MATERIAL COMPLEMENTAR PROF. OSVALDO MIRANDA CONCOLATO 22 – A CONQUISTA DA AMÉRICA 1- A conquista sanguinária da América espanhola é dominada por [uma] paixão frenética. Rio da Prata, Rio do Ouro, Castela do Ouro, Costa Rica, assim se batizavam as terras que os conquistadores desvendavam ao mundo... (Paulo Prado. "Retrato do Brasil". 1928.) A "paixão frenética" da conquista da América a que se refere o autor está relacionada. a) à irracionalidade da expansão comercial e marítima europeia, realizada sem conhecimentos tecnológicos adequados. b) às condições de crise econômica das populações nativas dominadas pelo império dos astecas e dos incas. c) à ação da burguesia espanhola que agiu isoladamente, dado o desinteresse do governo espanhol pelos territórios americanos. d) ao acordo entre banqueiros e sábios europeus para ampliar o conhecimento científico e facilitar a exploração econômica da região. e) ao esforço de solucionar a crise da economia europeia motivada pela escassez do meio circulante. 2-Organizada com base na exploração estabelecida pelo mercantilismo metropolitano espanhol, a sociedade colonial apresentava, no topo da escala hierárquica, a) os criollos, grandes proprietários e comerciantes que, por constituírem a elite colonial, participavam das câmaras municipais. b) os chapetones, que ocupavam altos postos militares e civis. c) os calpulletes, que ocupavam altos cargos administrativos dos chamados ayuntamientos. d) os mestiços, que, por serem filhos de espanhóis, podiam estar à frente dos cargos político-administrativos. e) os curacas, donos de grande quantidade de terra, que administravam os cabildos. 3-(UFPEL) " Naquele tempo, não havia doenças, nem febres, nem doenças dos ossos ou de cabeça (...). Naquele tempo, tudo estava em ordem. Os estrangeiros mudaram tudo quando chegaram. De fato, por mais saudosismo que possa expressar esse lamento, parece mesmo que as doenças do Velho Mundo foram mais frequentemente mortais nas Américas do que na Europa. O missionário alemão chegou inclusive a escrever no finalzinho do século XVIII que os índios morrem tão facilmente que só a visão ou o cheiro de um espanhol os fazem passar deste para outro mundo . Umas quinze epidemias dizimaram a população do México e do Peru." FERRO, Marc. "História das colonizações - das conquistas às independências - séculos XIII a XIX". São Paulo: Cia. das Letras, 1996. Os documentos denunciam as doenças provocadas pelos agentes do a) Colonialismo espanhol que dizimaram populações nativas na América, na Idade Moderna. b) Colonialismo português em suas possessões, entre os séculos XVI e XVIII. c) Imperialismo ibérico e dos Países Baixos exterminando as populações incas, maias e astecas, na Idade Contemporânea. d) Mercantilismo europeu nas colônias anglosaxônicas, desde o final da Idade Média. e) Colonialismo lusitano no México e no Peru, a partir do século XVI. 4-Leia o trecho a seguir. “Como na Espanha, o instrumento para lidar com a dissensão religiosa foi a Inquisição, que fora instalada por Fernando e Isabel. Ela fora transferida para a América pelo menos em 1519 e, mais tarde, funcionou através de tribunais em Lima (fundado em 1570), na Cidade do México (fundado em 1571) e em Cartagena (fundado em 1610). Entretanto, rigorosamente falando, a Inquisição não tinha jurisdição sobre os índios. Sua principal tarefa era suprimir o judaísmo e o protestantismo (bem como a feitiçaria e o desvio sexual). BARNADAS, Josep M. "A Igreja Católica na América Espanhola Colonial". In: BETHELL, Leslie (org.). "História da América Latina". Vol. 1: América Latina Colonial, São Paulo: EdUSP, 1998. p. 540. Sobre o ambiente cultural e religioso da América espanhola colonial e a atuação da Inquisição nesse contexto, marque a alternativa INCORRETA. a) A Inquisição, como instituição católica e metropolitana, teve participação direta na destruição dos templos religiosos dos povos pré-colombianos, no genocídio das populações nativas e na desfiguração das identidades culturais e religiosas dos povos andinos e mexicanos. b) Para fugir da perseguição do Santo Ofício, a maior parte dos judeus que vivia nas colônias aceitava formalmente a religião católica, contudo, continuava praticando, secretamente, a sua religião. Os criptojudeus ou "cristãos novos", como eram chamados, passaram a ter suas práticas vigiadas pelas autoridades religiosas. c) As "heresias" e "bruxarias", perseguidas pelo Santo Ofício na América espanhola, eram práticas culturais e sistemas de crença resultantes de processos de sincretismos. Eram, portanto, expressões heterodoxas da variedade cultural e religiosa que circulavam das colônias, abrangendo, por exemplo, influências cristãs, judaicas, indígenas e pagãs. d) Os "Autos de Fé" eram espetáculos promovidos pelos Tribunais do Santo Ofício, nos quais os condenados eram exemplarmente punidos em público. Para os espetáculos, concorria um grande número de expectadores, de modo que constituíam um poderoso instrumento de propaganda religiosa a serviço da ortodoxia cristã na América. 5-(UNESP-2010) (...) como puder, direi algumas coisas das que vi, que , ainda que mal ditas, bem sei que serão de tanta admiração que não se poderão crer, porque os que cá com nossos próprios olhos as vemos não as podemos com o entendimento compreender. (Hernán Cortés. Cartas de Relación de la Conquista de Mexico, escrituras de 1519 a 1526.) O processo de conquista do México por Cortés estendeu-se de 1519 a 1521. A passagem acima manifesta a reação de Hernán Cortés diante das maravilhas de Tenochtitlán, capital da Confederação Mexica. A reação dos europeus face ao novo mundo teve, no entanto, muitos aspectos, compondo admiração com estranhamento e repúdio. Tal fato decorre: (A) do desinteresse dos conquistadores pelas riquezas dos Astecas. (B) do desconhecimento pelos europeus das línguas dos índios. (C) do encontro de padrões culturais diferentes. (D) das semelhanças culturais existentes entre os povos do mundo. (E) do espírito guerreiro e aventureiro das nações europeias. 6-(FGV) A conquista de Cuzco, centro do Império Inca, deu-se por: a) Hernán Cortez, em 1519; b) Francisco Pizarro, em 1533; c) Juan Ponce de Leon, em 1508; d) Vasco Nunes de Balboa, em 1509; e) Diego de Velásques, em 1511. 7-(Ufpel) No jornal Zero Hora, do dia 27 de junho de 1999, encontramos o seguinte texto: "A Guerra Justa" "... toda intervenção armada provoca mais pecados e destruição do que as ofensas que trata de eliminar... pregar o Evangelho na ponta da espada é uma heresia digna de Maomé". "Las Casas ao seu antagonista" Ginés de Sepúlveda, Valladolid, 1550. Quando no ano de 1534 o teólogo Francisco de Vitória recebeu uma carta da América relatando o fim de Ataualpa, o inca, supliciado em Cajamarca por Pizarro, indignou-se. Então, era para isso que os cristãos estavam no Novo Mundo, para pilhar e assar inocentes? [...] Em 1547, desembarcava na Espanha ninguém menos que o bispo de Chiapas, Bartolomeu de Las Casas, "o gênio tutelar das Américas". Vinha da Nova Espanha com os baús cheios, provando as atrocidades dos brancos. Os astecas e os incas asseguraram ele ao imperador, eram como os antigos romanos e gregos, racionais e bem-organizados que, com o tempo e paciência, poderiam tornar-se cristãos. O que cometiam lá contra eles era banditismo, era crime, era roubalheira. A conquista espiritual, disse ele, jamais poderia fazer-se pela ponta do aço. Resultava do convencimento, da persuasão. Obra da palavra e não da espada. Que Cristo impingiam aos gentios! Por mais repugnantes que parecessem os pecados deles, pior ainda era assassiná-los. No momento em que ideólogos da OTAN reafirmam a justeza do bombardeio humanitário sobre a Iugoslávia - para que os sérvios e o seu governo acatem o evangelho dos direitos humanos - é bom lembrar que a justificativa de uma ação armada em "defesa dos valores mais altos da civilização", longe de representar "uma nova etapa nas relações internacionais", como enfaticamente anunciaram nada mais é do que aconhecida, e mais que rançosa, tentativa de livrar os mais fortes do seu sentimento de culpa." Voltaire Schilling - Historiador Conforme o texto é correto afirmar que a) ao longo da história, as nações mais desenvolvidas buscam resolver os conflitos étnicos, tendo por base o respeito à dignidade da natureza humana, "em defesa dos valores mais altos da civilização". b) é demonstrada a necessidade de as nações mais desenvolvidas se utilizarem de métodos violentos de dominação, para que povos, como os ameríndios, no século XVI, e os iugoslavos, no século XX, consigam viver em paz e sem violência étnica. c) a dominação espanhola, na América, no século XVI, foi fundamentada exclusivamente nos princípios cristãos contra os ameríndios e a ação da OTAN, na Iugoslávia, foi baseada no respeito aos direitos humanos defendidos pela ONU. d) o historiador está claramente favorável à ação dos espanhóis, na exploração da América Colonial, e da OTAN, na Iugoslávia. e) o historiador estabelece um paralelo entre os métodos violentos utilizados pela Espanha, no domínio da América colonial, e os ataques militares da OTAN, na Iugoslávia contemporânea. 8- (Unesp) "(...) desde o começo até hoje a hora presente os espanhóis nunca tiveram o mínimo cuidado em procurar fazer com que a essas gentes fosse pregada a fé de Jesus Cristo, como se os índios fossem cães ou outros animais: e o que é pior ainda é que o proibiram expressamente aos religiosos, causando-lhes inumeráveis aflições e perseguições, a fim de que não pregassem, porque acreditavam que isso os impediria de adquirir o ouro e riquezas que a avareza lhes prometia." (Frei Bartolomeu de Las Casas. "Brevíssima relação da destruição das Índias", 1552.) No contexto da colonização espanhola na América, é possível afirmar que: a) existia concordância entre colonizadores e missionários sobre a legitimidade de sujeitar os povos indígenas pela força. b) os missionários influenciaram o processo de conquista para salvar os índios da cobiça espanhola. c) colonizadores, soldados e missionários respeitavam os costumes, o modo de vida e a religião dos povos nativos. d) os padres condenavam as atitudes dos soldados porque pretendiam ficar com as riquezas das terras descobertas. e) os missionários condenavam o uso da força e propunham a conversão religiosa dos povos indígenas. 9-(Mackenzie) Começa-se por agarrar os índios. Uma vez acorrentados, alguém leu para eles o Requerimiento, sem conhecer sua língua e sem intérpretes; nem o leitor nem os índios se entendiam. Mesmo depois de alguém que compreendia a língua lhes ter explicado, os índios não tiveram nenhuma chance de responder, pois foram imediatamente levados prisioneiros. (Fernandes Oviedo y Valdés) Requerimiento, documento utilizado pelos espanhóis durante a conquista da América, determinava: a) a conversão dos índios à fé cristã e a aceitação do rei espanhol como seu senhor. b) a imposição da encomienda e da mita como formas de escravidão e imposto. c) o regime de trabalho escravo para todos os nativos americanos. d) a remoção dos Maias da América central para a região do atual México. e) a exploração das minas de ouro e prata e a imposição do exclusivo metropolitano. 10-(UFPE) A colonização dos povos da América envolveu conflitos culturais e embates militares expressivos. Com relação à conquista dos astecas, feita pelos espanhóis, podemos afirmar que: a) a atuação militar dos espanhóis foi que decidiu a derrota dos astecas, devido à fragilidade do seu exército e à sua desorganização política. b) a grandiosidade dos astecas impressionou os conquistadores espanhóis, sobretudo, o comandante Fernão Cortez. c) apesar de sua riqueza, os astecas não tinham conquistas culturais que impressionassem os europeus; eram apenas bons artesãos. d) a vitória de Cortez expressou, na época dos grandes descobrimentos, a força imbatível do exército espanhol, aliado dos portugueses na colonização da América. e) essa conquista trouxe riquezas para o conquistador Fernão Cortez, rico comerciante de minérios da época; contudo, as vantagens para o domínio espanhol na América foram insignificantes. 11-(UFRRJ) Leia o texto a seguir. Um dos períodos [da história do México] mais riscados, apagados e emendados com maior fúria tem sido a da Nova Espanha. (...) A Nova Espanha não se parece nem com o México pré-colombiano nem com o atual. E muito menos com a Espanha, embora tenha sido um território submetido à coroa espanhola. PAZ, O. Sóror Juana Inés de la Cruz: "As Artimanhas da Fé". São Paulo: Mandarim, 1998. Sobre a sociedade colonial construída em Nova Espanha, é correto afirmar que a) se apoiava como na sociedade colonial da brasileira, em uma divisão bipolar entre senhores europeus de um lado e escravos africanos do outro, visto que os indígenas haviam sido quase absolutamente exterminados no processo de conquista por doenças ou pela violência do colonizador. b) se distinguia de outras sociedades coloniais, pois as diferenças sociais presentes nela eram de classe e não de cunho étnico: não importava a cor da pele para a determinação de um lugar social, mas as posses de um indivíduo. c) se tratava como em outras sociedades coloniais, de uma sociedade de superiores e de inferiores que, entretanto, reconhecia os mestiços, filhos de senhores brancos com mulheres indígenas, como fazendo parte da elite política local, sendo chamados criollos. d) Recaíam, exclusivamente, os privilégios da sociedade colonial sobre a minoria branca que apresentava, contudo, uma divisão interna entre aqueles brancos nascidos na Europa, ocupantes dos cargos de nível superior, e aqueles nascidos na América, ocupantes de posições claramente secundárias na hierarquia social. e) se constituía em uma sociedade com uma estrutura hierárquica bem clara, em cuja base se encontravam os grupos desprovidos de quaisquer direitos sociais: índios e negros africanos, ambos trabalhando como escravos e sendo tratados exclusivamente como mercadoria, vendidos e comprados em grandes mercados nas principais cidades mexicanas. 12-(Uel) "Se, às vezes, estranhas famílias desembarcam - como uma pobre mulher de Granada, com um filho e quatro filhas das quais uma vai cair nos braços de Hernán Cortés -, aqueles que chegam são, em sua maioria, homens sós, solteiros ou casados que deixaram mulher, amante e filhos na Espanha. Como a astúcia e a teimosia, a juventude e a mobilidade dão a quem sobreviver e enriquecer atributos indispensáveis. Las Casas está com dezoito anos, Bernal Díaz e Cortés com dezenove, quando atravessam o Atlântico. O futuro conquistador do México responde a um amigo que propõe que permaneça na Hispaniola e que aceite ficar lá por pelo menos cinco anos para aproveitar dos privilégios reservados aos residentes (vecinos): Nem nesta ilha, nem em nenhuma outra, não tenho a intenção nem o pensamento de ficar por muito tempo; é por isto que não ficarei aqui nestas condições ". (GRUZINSKI, Serge; BERNARD, Carmen. "História do Novo Mundo". Trad. Cristina Murachco. São Paulo: EDUSP, 1997. p. 294.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Conquista e a Colonização da América, considere as afirmativas a seguir. I. Os conquistadores, na sua maioria, eram filhos caçulas de famílias de média, pequena e bem pequena nobreza que conheceram em suas casas o modo de vida aristocrata, com as ambições que a terra de Espanha não podia mais alimentar. II. As vilas, muitas vezes miseráveis, que deveriam reter e fixar os recém-chegados, revelaram-se lugar de descanso provisório até que conseguissem, em outro lugar, um destino melhor, índios e ouro. III. Os casamentos de espanhóis com mulheres indígenas acrescentaram às sociedades americanas elementos estáveis e integradores, suficientes para constituir o núcleo de um mundo futuro. IV. Naquela fronteira americana do mundo ocidental, os conquistadores organizaram suas vidas de maneira estável, fixando suas famílias e cultivando a terra para a produção de especiarias exportáveis. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I e II. b) I e III. c)III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 13-(Uel) "Dada a diversidade dos povos, a relativa escassez de fontes e a natureza das circunstâncias em que foram produzidas, seria temerário afirmar que os registros que chegaram até nós dão-nos a perspectiva indígena da conquista. Mas fornecem, na verdade, uma série de evocações pungentes, filtradas pelas lentes da derrota, do impacto que provocou em certas regiões a súbita erupção de invasores estrangeiros, cuja aparência e comportamento estavam tão distantes da expectativa normal". (ELLIOTT, J. H. A conquista espanhola e a colonização da América. In: BETHELL, L. (Org.) "História da América Latina". São Paulo: USP, 1998. p. 160.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema é, correto afirmar: a) Os marinheiros espanhóis, logo que chegaram ao "Novo Mundo", constituíram famílias com as índias com o objetivo de introduzi-las, bem como a seus filhos, nas cortes européias. b) A violência e a destruição causadas pela conquista espanhola impediram a sobrevivência física dos nativos americanos, obstaculizando, também, a manutenção de relações coletivas de trabalho. c) A unidade étnica e política dos países americanos resultou do movimento indígena de resistência à dominação dos países colonizadores. d) A perspectiva indígena da conquista da América pelos europeus é um conjunto homogêneo de registros, porque as ações dos colonizadores, guiadas pelo respeito à diversidade, preservaram os escritos das populações nativas. e) Um dos efeitos danosos da conquista da América Latina diz respeito à forma como o sistema colonial estruturou-se, com a introdução do gado e do cultivo agrícola de produtos europeus, desorganizando as atividades e os modos de vida anteriores. 14-(Fuvest) "Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas..." Bartolomé de Las Casas, 1474 - 1566."A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem."Pablo Neruda, 1904 - 1973. As duas frases lidas colocam como causa da dizimação das populações indígenas a ação violenta dos espanhóis durante a Conquista da América. Pesquisas históricas recentes apontam outra causa, além da já indicada, que foi a) a incapacidade das populações indígenas em se adaptarem aos padrões culturais do colonizador. b) o conflito entre populações indígenas rivais, estimulado pelos colonizadores. c) a passividade completa das populações indígenas, decorrente de suas crenças religiosas. d) a ausência de técnicas agrícolas por parte das populações indígenas, diante de novos problemas ambientais. e) a série de doenças trazidas pelos espanhóis (varíola, tifo e gripe), para as quais as populações indígenas não possuíam anticorpos. 15-(Puc-sp) Os indígenas da América a) viviam pacificamente no interior dos grandes impérios pré-colombianos (Inca, Maia e Asteca) até a chegada dos europeus, que destruíram as comunidades indígenas e dizimaram milhões de pessoas. b) atravessaram conflitos em todos os períodos conhecidos de sua história, das lutas contra a dominação dos grandes impérios pré-colombianos à resistência frente aos europeus conquistadores e aos estados independentes. c) conseguiram autonomia política após as independências nacionais, pois as repúblicas hispano-americanas permitiram o retorno à vida comunitária, suprimiram os tributos e o trabalho forçado. d) mantiveram-se livres na área de colonização portuguesa, mas foram escravizados nas regiões de colonização espanhola e inglesa, tornando-se a principal mão-de-obra na agricultura e mineração. e) unificaram-se atualmente em amplos movimentos de libertação que visam recuperar as formas de vida e de trabalho do período pré-colombiano e restaurar a autonomia das antigas comunidades. 16-(Uel) "A conquista espanhola, em todas as regiões onde se viu coroada de êxito, conduziu a um processo de crise geral das culturas submetidas. Em certas situações, como no caso Arawak das Antilhas, levou ao completo desaparecimento físico da população conquistada. Noutros casos, como no México ou no Peru, ainda que não tenha eliminado totalmente a população indígena, provocou alterações e deformações profundas na cultura e no modo de vida dos povos conquistados. (VAINFAS, R. "Economia e sociedade na América espanhola". Rio de Janeiro: Graal, 1984. p. 40.) De acordo com o texto e com os conhecimentos sobre o tema é correto afirmar: a) A historiografia hispano-americana explica que a baixa populacional indígena está diretamente vinculada à prática do homicídio entre os nativos, quando estes perceberam que seriam obrigados a adotar o cristianismo como religião única. A baixa demográfica, desse modo, está relacionada a uma falta do conhecimento dos preceitos da Fé Cristã, que condena o atentado contra a própria vida. b) Vírus e bactérias até então desconhecidos pelos nativos foram responsáveis pela baixa populacional indígena. Sem imunidade para várias doenças como sarampo, gripe, asma, tuberculose e sífilis, a população nativa adoecia morria rapidamente. A Coroa espanhola procurou enviar médicos para as colônias mas, como as viagens por mar eram muito demoradas, a população não conseguiu resistir. c) A crise das culturas indígenas americanas deu-se em função das diversas alterações empreendidas pelos europeus nas colônias: instalação de uma economia mercantil que redefiniu o ritmo e a intensidade do trabalho; modificação dos cultivos que fez com que mudasse a dieta dos nativos; deslocamento de aldeias causando distúrbios ecológicos e culturais; atitudes de autodestruição ao verem ruir seus costumes; epidemias e falta de imunidade, entre outros. d) As mulheres indígenas adotaram, em massa, práticas abortivas, impedindo a perpetuação das diversas culturas nativas e forçando os europeus a importarem da África a mão-de-obra escrava necessária. A baixa demográfica, desse modo, pode ser explicada pela vinda de africanos para a América e a intensa miscigenação iniciada nesse momento. e) A superioridade armamentista dos espanhóis foi responsável pela dizimação da maior parte da população indígena, pois, ao depararem-se com armas superiores, os nativos não tinham como se defender. Embora existisse o comércio informal de armas - contrabando - os indígenas não conseguiam comprá-las e assim continuavam em desvantagem utilizando arcos e flechas com pontas envenenadas. 17-A mineração foi a atividade econômica mais importante da América Espanhola durante o período colonial. Múltiplos fatores condicionaram a formação e a decadência dos complexos mineradores do altiplano andino e do planalto mexicano. Assinale a modalidade de mão-de-obra que predominou nas minas de prata dos referidos complexos, durante os séculos XVI e XVII. a) Indígena, submetida ao trabalho compulsório. b) Negra, submetida ao trabalho escravo. c) Européia, no regime de trabalho assalariado. d) Indígena, adaptada ao trabalho livre. e) Indígena, no regime de trabalho voluntário. 18-Na América Colonial Espanhola, no século XVI, as populações nativas foram utilizadas em diversas relações de trabalho. Dentre essas, uma das mais rentáveis para a Coroa foi a que permitia aos espanhóis cobrarem tributos dos nativos em gêneros ou prestações de trabalhos nos campos. Essa forma de trabalho era denominada: a) "Mita". b) "Obrajes". c) "Cabildos". d) "Encomienda". e) "Ayuntamientos". 19- administração colonial na América Espanhola estava centralizada de forma a permitir o controle da Coroa sobre seus territórios americanos. O órgão representante da política administrativa colonizadora da Coroa Espanhola era a(o): a) Casa de Contratação. b) "Audiência". c) Consulado. d) "Pueblo". e) Conselho Real e Supremo das Índias. 20-(UFMS) Na América Espanhola, duas formas de exploração do trabalho indígena foram bastante recorrentes na organização, no desenvolvimento e na manutenção da produção econômica colonial. Elas ficaram conhecidas como: A - cuatequil e esclavización; B - Esclavitud real e trabajo criollo; C - mitae encomienda; D - guerra de conquista e catequese; E - ayllu e curaca. GABARITO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B A C C B E E A B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D A E E B C A D B C 7