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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – EAD Rita Adriana de Oliveira RGM: 26506131 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL SÃO PAULO 2022 UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL CURSO DE GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – EAD Rita Adriana de Oliveira RGM: 26506131 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório de Estágio Supervisionado apresentado para o Curso de Graduação - Licenciatura em Pedagogia na Universidade Cruzeiro do Sul – EAD, como requisito final para aprovação e obtenção do título Licenciado em Pedagogia. SÃO PAULO 2022 1. DADOS DO ALUNO/CURSO CURSO – Licenciatura Em Pedagogia. INSTITUIÇÃO – UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL VIRTUAL – EAD. NOME – Rita Adriana de Oliveira RGM: 26506131 DISCIPLINA – Estágio Curricular Supervisionado. ANO/SEMESTRE DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO – 2º SEMESTRE DE 2022, COM INÍCIO EM 12/09/2022 E TÉRMINO EM 17/10/2022. QUANTIDADE DE HORAS – 100 HORAS. 2. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA NOME DA ESCOLA – Núcleo de Desenvolvimento Infantil Binui DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA – Rede privada de ensino – Cidade de São Bernardo do Campo / SP. DIRETORIA/SECRETARIA DE ENSINO QUE ESTÁ VINCULADA – Escola vinculada à Diretoria Regional de Ensino de São Bernardo do Campo. ANOS E NÍVEIS ESCOLARES OBSERVADOS – Jardim I da Educação Infantil Estrutura escolar contando com dois andares, adaptados para alunos com deficiência de mobilidade, com rampas de acesso e corrimãos. No térreo temos a distribuição da Unidade Escolar da seguinte forma: 1 Sala da Secretaria Escolar; 1 Banheiro Feminino e 1 Banheiro Masculino de uso de professores e funcionários; 1 Sala de Coordenação; 1 Sala da Direção; 1 sala de leitura, experiências e criatividade; Área de multimídia, música e dança; Espaço de teatro e fantasias; Bosque frutífero e de cultivo (horta); 1 sala de arte e modelagem; 1 Brinquedoteca; 1 Refeitório. 1 Banheiro contendo 4 boxes. E 1 banheiro infantil com 3 boxes. No primeiro andar a escola conta com: 1 sala de berçário; 1 sala de aula de grupo 2 (maternal I) 1 sala de aula de grupo 3 (maternal II) 1 sala de aulas de Jardim I; 1 sala de aula de Jardim II; 1 Banheiro com 1 Box e 1 Banheiro Infantil com 6 boxes. 3. INTRODUÇÃO O objetivo do Estágio Supervisionado é vivenciar e relacionar teoria à prática do que já foi visto e estudado até o presente momento. No relatório é onde expomos as experiências vivenciadas e toda a observação feita durante os dias de acompanhamento. É o momento de conhecer mais profundamente a realidade profissional, o primeiro contato com o campo de atuação e a troca de experiência com o corpo docente. Conforme Infantino (2013) os estudantes são encorajados a envolver-se num constante trabalho de observação, que durante o estágio é entendida como método de trabalho. Foi durante o estágio que pude observar a prática da professora na realização das atividades, voltada para o brincar, sem perder o foco no desenvolvimento e autonomia das crianças, sempre comprometida com a educação centrada na criança. “Sem a aula e sem o conteúdo escolar, a docência nas creches e pré- escolas organiza outra forma, outra pedagogia (diferente do ensino fundamental) adequada aos conteúdos das práticas culturais atenta às experiências infantis, às especificidades etárias encontradas no coletivo.” (FARIA, 2011, p. 14) Inicialmente, as crianças são acolhidas, é feita uma roda na qual é feita uma prévia do que esperar das atividades daquele dia, abrindo espaço para que a criança participe e fale o que ela espera daquele dia. Pude observar as diversas práticas pedagógicas, como contação de histórias, muitas delas em forma teatral; trabalhos com músicas com a participação ativa das crianças nas escolhas das cantigas (é o momento que eles mais gostam); brincadeiras e circuitos; arte com pinturas no papel com tinta e modelagem de massinha; brinquedos pedagógicos e recreação, sempre trabalhado de maneira lúdica, levando em consideração o conhecimento prévio do aluno. Rocha (2001) já defendia que a docência nessa fase não deveria se opor a cultura lúdica. A importância do estágio é de grande relevância para a formação do aluno. Durante o estágio na Educação Infantil tive como objetivo geral entender a dinâmica e organização do trabalho das professoras junto aos alunos da Educação Infantil. E objetivos específicos foram: • Observar o trabalho das professoras junto com as crianças; • Vivenciar a proposta de trabalho no estágio na Educação Infantil; • Discorrer como ocorre o processo de organização do trabalho docente. 4. PERFIL DOS PROFESSORES A professora acompanhada foi a Elaine Paes, professora com 10 anos de Magistério e que leciona na Unidade Escolar há 6 anos. Com formação em Licenciatura em Pedagogia e Pós-graduada em Alfabetização e Letramento, atualmente ministra aulas para a Educação Infantil D (Jardim I). Neste processo realizei 100 horas de estágio, sendo acompanhada pela professora Elaine. 5. PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES Durante os dias de estágio, pude observar a professora e seu perfil profissional junto ao Jardim I. A escola em si preza pela autonomia e valorização das experiências prévias do aluno, o professor abre espaço para o aluno se manifestar, não é o único detentor de conhecimento. A professora é mediadora do ambiente, deixa os alunos à vontade para se expressar, incitando-os a criar e brincar, trazendo uma pedagogia construtivista como característica marcante. É reflexiva em muitas situações, busca interagir com os alunos e super proativa. Possui ótimos conhecimentos, adquiridos na vivência e experiência do campo e pela formação de qualidade, o que agrega grandemente em seu currículo. Desempenha as atividades do dia a dia com muita destreza, com planejamento apropriado. Utiliza todos os recursos disponíveis em busca do desenvolvimento completo do aluno. 6. OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS – FOCOS DE DISCUSSÃO 6.1 Observações sobre o Foco – Cantigas de Roda e Brincadeiras Musicais As cantigas de rodas e brincadeiras musicais é o momento na qual podemos agradar a todos e chamar a atenção deles para a atividade em si. Posso dizer que é o momento que todos gostam, na qual contamos com a participação de todos. Cada criança tem a sua vivência e experiência prévia com a música, pois ela está inserida na vida das crianças desde cedo. É notório que cada criança tem a sua visão de ver e de interpretar de maneira diferente as situações que estão presentes nas histórias; cada um vai aprendendo do seu jeito. Observei que a forma de contar histórias também é muito importante, pois ensina a criança a interagir e através dessas leituras poderá ser feita tarefas de socialização com a turma na sala de aula e fazer com que cada criança participe de uma atividade através de desenhos, colagens, dinâmicas abordadas de acordo com a história do livro. Durante o período de estágio, vi que a professora utilizava uma forma de comunicação em todas as atividades que favoreciam a manifestação de ideias, as expressões de fantasias, a curiosidade e a imaginação das crianças. Contando histórias como Os Três Porquinhos, Branca de Neve, a professora sempre tentava ensinar para as crianças a moral da história e trabalhar com elas algumas atividades como desenhos e colagens. Mas o mais importante era o próprio contar de histórias pois, tal atividade vem liberar a oralidade da criança, levando-a soltar a sua individualidade criativa na relação com as pessoas, e principalmente as que convivem. Em algumas histórias a professora colocava músicas de fundo ou figuras que traziam para a criança algo mais concreto doque ela estava falando, mas o que dá para perceber é que as crianças preferem sonhar, colocar o imaginário para trabalhar e construírem o mundo que elas quiserem. Sendo assim, as histórias são instrumentos ricos no desenvolvimento da linguagem oral e da criatividade da criança. O período em que fiz o estágio de Educação Infantil foi de extrema importância para o meu aprendizado pedagógico e de vida, pois para meu contentamento as crianças que frequentam a Educação Infantil têm como atividade fundamental, o brincar. É através da brincadeira que elas vão descobrindo o novo, a comunicação, o método de socialização com outras crianças. E foi observando que percebi a importância desta ferramenta pedagógica para os professores que trabalham com este ramo, demonstrando as várias formas de mediação dos professores, através de brinquedos e outros materiais utilizados para brincar. Verifiquei como a professora desenvolve brincadeiras e como ela é inserida na mesma. Analisei a importância de brincadeiras na criação de um ambiente alfabetizador agradável. Vi que tanto na sala de aula como na brinquedoteca, os jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois estão presentes na humanidade desde o seu início. Lá a professora traz o resgate das brincadeiras como processo educativo, demonstrando que ao se trabalhar ludicamente não se está abandonando a seriedade e a importância dos conteúdos a serem apresentados à criança, pois as brincadeiras são indispensáveis para o seu desenvolvimento sadio e para a apreensão dos conhecimentos, uma vez que possibilitam o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos. Por meio das brincadeiras que a professora trouxe, como o Passa Anel, Amarelinha, Elefantinho Colorido, as crianças comunicam-se consigo mesma e com o mundo, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização desse estágio teve um resultado positivo pois aprendi que cada aluno possui ritmos diferenciados e os erros são vistos como uma possibilidade de aprendizagem por meio da autocorreção que ocorreu no decorrer das atividades. Ao realizar o estágio de Educação Infantil identifiquei-me muito com as professoras, os funcionários e os alunos e tenho muito que acrescentar em conhecimentos e experiências vividas com crianças desta faixa etária. A Educação Infantil é a fase escolar onde a criança se desenvolve em todos os seus aspectos, é o primeiro contato dela com a escola, sendo o lugar de muitas vivências que serão marcadas pelas suas vidas. A professora da Educação Infantil deve ter o papel de mediadora do aprendizado das crianças e transformar a escola em um lugar onde a criança construa seu próprio aprendizado. Percebi que o brincar é o fator indispensável ao desenvolvimento da criança, onde me levaram a constatar que os jogos e as brincadeiras, presentes no mundo infantil e a contação de histórias devem estar inseridos em todas as atividades pedagógicas destinados aos pequenos, pois possibilitarão um universo de construção onde serão desenvolvidas a linguagem, a socialização, a motricidade, a coordenação, e outros aspectos necessários para esta etapa da educação. Por meio do estágio, enriqueci meus conhecimentos, onde participei, e elaborei atividades nos quais relacionei conceitos teóricos aprendidos no curso de pedagogia com a prática em sala de aula. Percebi também que o ensino não se faz somente com o professor, e sim com alunos, pais e funcionários da escola, trabalhando sempre em conjunto seguindo o mesmo propósito: Formar alunos cidadãos e competentes. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Apresentação. In: GEPEDISC – Culturas Infantis (Org.) Culturas infantis em creches e pré-escolas: estágio e pesquisa. Campinas, SP: Autores INFANTINO, Agnese. Estágio e formação na prática pedagógica em creches públicas italianas. Olhares, Guarulhos, SP. v. 1, n. 1, p. 7-39, maio 2013. ROCHA, Eloísa Acires Candal. A Pedagogia e a Educação Infantil. Revista Brasileira de Educação - Anped, São Paulo, n. 16, p. 27-34, jan./abr. 2001. MARCELLINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. São Paulo: Papirus, 1990. NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil, 1994. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. RANGEL, Egnon de Oliveira. (2005) Avaliar para melhor usar - Avaliação e seleção de materiais e livros didáticos. Texto escrito para o programa 4ª série Materiais didáticos- escolha e uso. Salto para o Futuro/TV Escola, 2005. READ, Hervet. A Educação pela arte. São Paulo: Martons Fontes, 1958. ROSAMILHA, Nelson. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. São Paulo: Pioneira, 1979. SANTOS, Antonio Carlos dos. Jogos e atividades lúdicas na alfabetização. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
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