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DIREITO_TRABALHISTA_ESPELHO_CORRECAO_S2

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Seção 2 
ESPELHO DE CORREÇÃO 
DIREITO 
TRABALHISTA 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
Vamos à resolução? 
A peça processual a ser elaborada é uma defesa (contestação), nos termos do art. 841, da CLT. Ela 
deve ser endereçada para a 1ª Vara do Trabalho de Belém-PA, com a aposição do número da 
reclamação trabalhista, que é 0001111-20.2022.5.08.0001. 
A sugestão é que a contestação seja organizada em tópicos temáticos, a fim de facilitar a 
compreensão do julgador. Na presente peça processual sugere-se que o primeiro tópico seja relativo 
ao vínculo de emprego, visto que todos os demais serão consectários destes, isto é, se a tese 
defensiva for acatada quanto à inexistência de relação de emprego, os demais pleitos serão, 
fatalmente, julgados improcedentes. Na sequência, crie um tópico sobre as verbas rescisórias, outro 
sobre multa do art. 477, da CLT, um acerca do adicional de viagem, um sobre o intervalo intrajornada 
e o último sobre os honorários advocatícios de sucumbência. 
A ausência de contestação em relação a qualquer deles pode acarretar a confissão, nos termos do 
art. 844, da CLT, e dos arts. 344, 345 e 346, do CPC, que se aplica de forma subsidiária ao Direito 
Processual do Trabalho, conforme disposição do art. 769 do texto celetista. 
Todos os fundamentos fáticos e jurídicos devem ser utilizados pelo reclamado nesse momento 
processual, sob pena de preclusão. 
No tocante ao vínculo de emprego, o fundamento a ser utilizado é que Helena Nunes prestava 
serviços apenas por dois dias na semana, o que não caracteriza o vínculo de emprego, nos termos 
do art. 1º, da Lei Complementar nº 150/15. 
A improcedência do pedido de declaração de vínculo emprego acarreta, automaticamente, a 
improcedência dos pedidos de pagamento de verbas rescisórias e da multa do art. 477, da CLT. 
O não reconhecimento da relação empregatícia também conduz à improcedência dos demais pleitos. 
Todavia, diante do princípio da eventualidade e sendo este o momento processual único que Pedro 
tem para se defender, você deve utilizar o fundamento fático que conduziria à improcedência o pedido 
 
 
Seção 2 
DIREITO TRABALHISTA 
Na prática! 
 
 3 
de adicional de viagem. Ele consiste na ida da trabalhadora na viagem para fins de lazer e não para 
o labor, o que afasta a incidência do disposto no art. 11, da Lei Complementar n. 150/15. 
Na mesma linha de raciocínio deve ser refutado o pedido de pagamento de indenização pela 
supressão parcial do intervalo intrajornada. O fundamento a ser utilizado é de que a reclamante tinha 
pausa de mais de uma hora, pois o reclamado sempre brincava com seu filho no parquinho do edifício 
em que residiam por mais de uma hora. 
Deve haver, também, contestação do pleito de pagamento de honorários advocatícios. Nesse caso, 
o único argumento possível é de que não são devidos, ante a improcedência total dos pedidos 
No que diz respeito ao pedido de gratuidade judiciária não há necessidade de contestar, pois ela se 
encaixa no permissivo legal (art. 790, da CLT). 
Embora a produção de provas possa ser requerida oralmente em audiência, não deixe de fazê-lo na 
sua contestação. 
No tocante à assinatura apenas faça menção a ela, sem escrever o seu nome real, visto que no 
exame da OAB a identificação do aluno conduz à automática e irreversível eliminação do candidato. 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA 1ª VARA DO TRABALHO DE 
BELÉM-PA 
 
Processo n. 0001111-20.2022.5.08.0001 
 
 
EDUARDO MACEDO, inscrito no CPF sob nº 111.222.333-00, residente e domiciliado estabelecido 
na Avenida das Docas, nº 3000, bairro Curuzu, Belém-PA, CEP 500520-020, por meio de seu 
advogado regularmente constituído, cujos dados constam na procuração anexa, nos autos da 
reclamação trabalhista ajuizada por HELENA NUNES, já qualificada na inicial, vem apresentar 
CONTESTAÇÃO pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos. 
 
Questão de ordem! 
 
 4 
1 – INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
A reclamante postula o reconhecimento de vínculo de emprego de natureza doméstica, ao 
fundamento de que trabalhava três dias por semana para o reclamado, estando presentes os demais 
requisitos elencados no art. 1º, da Lei Complementar nº 150/15. 
 
A pretensão não merece prosperar. 
O art. 1º, da invocada Lei Complementar, dispõe acerca dos requisitos necessários para ser 
configurada relação de emprego de natureza doméstica. Pede-se vênia para transcrevê-lo: 
Art. 1º Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de 
forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à 
pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por 
semana, aplica-se o disposto nesta Lei. (BRASIL, 2015, [s. p.]) 
Depreende-se da norma que é fundamental que haja prestação de serviços por mais de dois dias na 
semana para que o vínculo de emprego possa ser reconhecido. 
A reclamante aduz que exercia suas atividades terças e quintas, das 08h00min às 16h30min, assim 
como às sextas-feiras, no mesmo horário. 
O reclamado impugna, veementemente, a alegação de existência de labor por mais de 2 dias na 
semana. De fato, a obreira foi contratada para prestar serviços às terças e quintas. Todavia, no 
tocante às sextas-feiras, a reclamante raramente trabalhou. Quando assim o fez, foi em virtude de 
compensação de ausência noutro dia. Houve ajuste entre as partes para a troca de trabalho, por 
exemplo, da quinta-feira pela sexta. 
Diante do exposto, não houve prestação de serviços por mais de dois dias na semana, o que 
inviabiliza a declaração de reconhecimento do vínculo de emprego de natureza doméstica. Requer, 
portanto, a improcedência do pedido. 
 
2 – VERBAS RESCISÓRIAS 
 
Não é devido qualquer valor a título de verbas rescisórias, na medida em que a reclamante era 
prestadora de serviços autônomos, não tendo o reclamado descumprido o que dispõe a Lei 
Complementar n. 150/15, mais especialmente seu art. 1º. 
 
 
 
 
 
 5 
 
Dessa forma, pugna pela improcedência do pedido de pagamento de 30 dias de aviso prévio, dos 
dias laborados 01/03/2022 e 16/03/2022, dos 6/12 de férias proporcionais + 1/3, dos 4/12 de décimo 
terceiro salário e da multa de 40% do FGTS. 
 
3 – MULTA DO ART. 477, DA CLT 
 
Na esteira do raciocínio exposto no tópico anterior, uma vez julgado improcedente o pleito de 
reconhecimento do vínculo de emprego, o indeferimento da multa do art. 477, da CLT, é medida que 
se impõe. 
 
4 – ADICIONAL DE VIAGEM 
 
A reclamante alega que faz jus ao adicional de 25%, previsto na Lei Complementar nº 150/15, ao 
fundamento de que laborou em viagem no período de 10/01/2022 e 14/01/2022. 
 
Razão não lhe assiste. 
 
Inicialmente, o adicional de viagem não é devido, eis que inexistente a relação empregatícia. 
 
Em atenção ao princípio da eventualidade, ainda que o vínculo de emprego seja reconhecido, é 
indevido o pedido. A obreira era pessoa da família, de amplo convívio com o reclamado e seus 
familiares. Em virtude desse relacionamento de confiança e proximidade, a reclamante foi convidada 
para viajar a lazer com os demais membros da família do seu empregador. 
 
Foram, portanto, dias de lazer e diversão, não se enquadrando nos ditames do art. 11, da Lei 
Complementar nº 150/15. 
 
Dessa forma, requer a improcedência do pedido. 
 
 
 
 
 
 
 6 
5 – INTERVALO INTRAJORNADA 
 
Alega a obreira que, nos dias em que prestava serviços, somente conseguia usufruir de 30 minutos 
de pausa para refeição e descanso. 
Ora, o intervalo intrajornada previsto no art. 13, da Lei Complementar nº 150/15 somente é devido 
para empregados, o que não é o caso da reclamante. 
Por cautela, mesmo que declarado o vínculo empregatício, o que não se espera, não é devida a 
indenização postulada pela alegada redução da pausa intervalar. 
No dia a dia, o reclamado ia em sua residência para almoçar, ocasião em que desfrutava do convíviodo seu filho Pedro Macedo por mais de uma hora. Era justamente o momento do dia que tinham para 
ficarem próximos, razão pela qual a obreira não prestava qualquer serviço nesse interregno. 
Assim, nada é devido a este título. 
 
6 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Não são devidos os honorários advocatícios sucumbenciais pelo reclamado. 
Como já explicitado, a presente reclamação trabalhista merece ser julgada totalmente improcedente, 
o que afasta qualquer possibilidade de pagamento de tais honorários. 
Dessa forma, pugna pela improcedência do pedido. 
 
7– PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, o reclamado requer a improcedência de todos os pedidos, nos termos da 
fundamentação. 
Pugna pela produção de todas as provas em direito admitidas, especialmente juntada de 
documentos, testemunhal, pericial e depoimento pessoal da reclamante. 
 
Termos em que pede juntada e deferimento. 
 
Local, data. 
Assinatura do advogado 
 
 7 
OAB nº 
Endereço profissional 
 
 
 
1) Como funciona a Exceção de Incompetência em Razão do Lugar? 
2) Qual é a dica que você nos dá sobre a contestação? 
3) Quem pode ser preposto na Justiça do Trabalho? 
4) O reclamante ou o preposto da reclamada podem mentir em juízo? 
5) O que pode ocorrer com testemunha que mente em seu depoimento? 
6) Pode a justa causa ser aplicada à gestante no curso do seu prazo de estabilidade? 
 
 
Resolução comentada

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