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farmacologia

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1. Introdução à ciência da farmacologia
Saúde segundo a Organização Mundial da Saúde: é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Quando o individuo foge desta definição é caracterizado como não saudável e muitas vezes doente. Geralmente o tratamento da doença visa à utilização de substâncias químicas sintetizadas ou não, em laboratórios.
Tendo em vista esta definição, nesta disciplina consideraremos substâncias químicas os fármacos. Estas sustâncias influenciam nos processos fisiológicos ou mentais do organismo, usadas para prevenir, diagnosticar e tratar doenças.
2. Definição e Histórico de Farmacologia
A farmacologia é o estudo científico das drogas, de onde elas vêm e como funcionam. Farmacologia vem do grego pharmakon que significa medicamento e logos que significa estudo.
A farmacologia comporta terminologias que serão explicadas a seguir:
· Farmacodinâmica: estudo das ações das drogas no organismo humano (mecanismo de ação);
· Farmacocinética: estuda o percurso da droga no organismo humano;
· Farmacognosia: ciência responsável pela identificação dos princípios ativos vegetais e animais das drogas;
· Toxicologia: ciência que estuda os agentes tóxicos de uma determinada substância.
· Posologia: método que estuda as doses das drogas;
· Terapêutica medicamentosa: o emprego de diferentes técnicas no combate às doenças.
Histórico da farmacologia: Segundo a literatura mais recente, receitas para preparo de medicamentos foram encontradas em placas de argila cinco mil anos antes de Cristo.
Até o século XVI, a medicina Européia acreditava que a cura dependia da associação de muitos medicamentos, pois se acreditava que a doença comprometia vários órgãos.
Somente em 1803, foi possível evidenciar grande avanço na farmacologia, pois o farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Sertürner, conseguiu isolar a substância responsável pela ação hipnótica e analgésica do ópio (látex da papoula), à qual deu o nome de morfina. Foi o primeiro de uma longa série de princípios ativos isolados a partir de vegetais.
A maior descoberta da farmacologia, senão da medicina, foi realizada no século XX, e este grande momento implica na descoberta dos antibióticos, substâncias elaboradas por organismos vivos e utilizadas com o fim de destruir ou impedir o desenvolvimento de outros seres vivos de ação patogênica.
3. Forma de apresentação dos fármacos
Fármaco é definido em farmacologia como uma estrutura química conhecida que tem a propriedade de modificar a função biológica. Já a terminologia droga pode modificar a função biológica, nem sempre com a intenção benéfica.
Medicamento é um fármaco com propriedade benéfica, comprovada cientificamente e remédio é qualquer substância, crença, fé usada com intenção benéfica, não necessariamente uma substância.
Desta forma, fica mais claro em nossa disciplina, usarmos as definições fármacos ou medicamentos.
As formas mais comuns de apresentação dos fármacos encontradas na prática clínica incluem: Aerossóis, Cápsulas, Creme, Elixir, Emulsão, Gel, Grânulos, Loção, Pomada, Preparação oftálmica, Preparações parenterais, Pastas, Supositórios vaginais, Pós, Adesivos, Supositórios retais, Suspensão, Xarope, Comprimidos, Líquidos voláteis e gases.
Para cada fármaco e tratamento específico, existe uma forma de apresentação farmacológica de melhor aceitação.
Esta forma de apresentação (xarope, comprimido, etc), dependerá muito da forma farmacêutica adotada pela indústria.
A forma farmacêutica é composta pela substância ativa (base e adjuvante), veículo (excipiente e intermediário) e corretivo (corantes e edulcorantes). A partir deste momento, com a junção destas 3 composições o fármaco está pronto para ser comercializado.
4. Interação medicamentosa (fármacos com outros fármacos e fármacos com outras substâncias)
Interação medicamentosa pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre o outro. Ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente, produz um determinado efeito. Porém, quando este é associado a outro medicamento, ou a alimentos, ou mesmo a outras substâncias, ocorre um efeito diferente do esperado, caracterizando uma interação.
a) Interações físico-químicas: ocorrem fora do paciente, podendo assim causar a inativação dos fármacos em  questão. (fármacos misturados na mesma seringa)
b) Interações terapêuticas: ocorre dentro do paciente, após a administração dos fármacos (tetraciclina associado ao leite). Esta interação pode ser subdividida em Interações terapêuticas farmacocinéticas e Interações terapêuticas farmacodinâmicas:
Importante conhecer todos os tipos de interações medicamentosas, para que possíveis associações realizadas antes ou após a administração do fármaco, não interfira na ação medicamentosa, ou no tratamento clínico do paciente em questão. 
 
5.  Princípios farmacodinâmicos
Definição de receptores e canais iônicos
As drogas quando atinge os tecidos geralmente se ligam ao seu sítio de ação através de seus receptores, que podem ser proteínas constituintes da membrana plasmática celular. Isto acontece para que possa ocorrer a ação farmacológica.
Existem diversos tipos de receptores, entre eles destacamos 3 importantes famílias:
1. Receptor tipo canal: quando a droga se liga ao receptor ele se abre e dá passagem a alguns íons.
2. Receptor acoplado a proteína G: quando a droga se liga ao receptor, há ativação da proteína G e terá a ativação dos segundos mensageiros intracelulares, para desencadear uma cascata de eventos.
3. Receptores que regulam a transcrição de DNA: Após ligação vai haver ativação do gene e aumento de transcrição do DNA.
Após o acoplamento do fármaco ao seu respectivo receptor espera-se uma resposta agonista (parcial ou total) ou antagonista do fármaco.
Respostas Agonista total ou parcial e antagonistas
A resposta da droga (potência) depende de dois parâmetros: a afinidade da droga por seus receptores e da sua eficácia. Com esta definição podemos definir alguns termos, tais como:
Drogas antagonistas, são aquelas que apresentam a eficácia igual a zero. Ou seja , o fármaco pode ter se acoplado ao receptor, porém não consegue produzir nenhum efeito. Podendo diminuir ou anular o efeito agonista.
Drogas agonistas totais apresentam eficácia elevada ou total. O fármaco acopla ao receptor e desencadeia à ação desejada.
Drogas agonistas parciais apresentam eficácia intermediária. O fármaco acopla ao receptor e desencadeia uma ação parcial à ação desejada.
6. Definições clássicas em farmacologia
Alguns conceitos básicos, importantes para compreensão dos estudos dos fármacos, são frequentemente confundidos ou trocados e, por isto, devem aqui ser esclarecidos; segundo Resolução n0 391 de 09/08/99:
Medicamento de referência – medicamento inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País.
Medicamento similar – medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca.
Medicamento genérico – O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência. O medicamento genérico apresenta eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência podendo, com este, ser intercambiável. (não tem marca, só princípio ativo). Comercializado pós patente.
Alternativas farmacêuticas - São medicamentos contendo o mesmo princípio ativo ou seu precursor, mas não necessariamente na mesma quantidade ou forma farmacêutica.
Após a administração o fármaco tem um determinado tempo paraa sua concentração plasmática atingir 50% do que foi administrado, este tempo é denominado em farmacologia como A meia-vida farmacológica. E pode determinar o periodicidade da administração de uma determinada substancia.
Para melhor entendimento deste capítulo leia também:http://ww.scielo.br/pdf/hcsm/2013nahead/0104-5970-hcsm-S0104-59702013005000007.pdf
Conteúdo 2 
· Com base no Histórico da Farmacologia, leia atentamente as seguintes afirmativas: 
I. Até o século XVIII, a medicina Européia acreditava que a cura dependia da associação de muitos medicamentos, pois se acreditava que a doença comprometia vários órgãos.
II. Somente em 1803, foi possível evidenciar grande avanço na farmacologia, pois o farmacêutico alemão Friedrich Wilhelm Sertürner, conseguiu isolar a substância responsável pela ação hipno/analgésica do ópio (látex da papoula), à qual deu o nome de morfina.
III. A maior descoberta da farmacologia, senão da medicina, foi realizada no século XX, com a descoberta do antibiótico.                  
Está correto o que se afirma em: R - II e III
· Durante uma crise de asma (broncoespasmo), é possível que se prepare uma droga broncodilatadora através de uma inalação. Uma boa alternativa para este caso clínico, é a utilização de uma droga chamada broncodilatadora (Berotec), através da via inalatória. Após a sua administração a crise de asma foi revertida totalmente. 
Com base neste caso, leia as sentenças seguintes:
I. Para cada medicação e tratamento específico existe uma forma de apresentação do fármaco, e neste caso foi utilizado a forma granulada.
II. II. As vias inalatórias aceitam bem a forma farmacêutica em formato de aerossois e líquidos voláteis, principalmente quando se trata de broncoespasmo.
III. III. A via inalatória só aceita forma farmacêutica de gel e grânulos
Assinale a alternativa correta: R- II
· Leia com atenção as seguintes afirmações, referentes a forma de apresentação de alguns fármacos: 
I. Comprimidos são formas farmacêuticas obtidas por compressão de pós.
II. II. Óvulos, são formas sólidas com núcleo contendo o princípio ativo.
III. III. Pomadas são preparações de consistência macia e oleosa.
IV. Supositórios são formulações que em temperatura ambiente são sólidas.
Estão corretas: R- I,II,III,IV
· Quanto a definição de meia vida.
I. É um conceito cronológico que indica a velocidade com que o fármaco é excretado totalmente do organismo
II. II. Representa o tempo gasto para que a concentração plasmática de um fármaco seja reduzida pela metade.
III. III. A concentração decresce em 50% do valor que possuía no início do período.
R- II,III
· Muitas drogas aderem (se ligam) às células por meio de receptores existentes na superfície celular. A maioria das células possui muitos receptores de superfície, o que permite que a atividade celular seja influenciada por substâncias químicas, entre as quais incluem-se os medicamentos e os hormônios localizados fora da célula.
Com base nessa definição, leia as afirmativas apresentadas a seguir:
I. A configuração específica do receptor admite somente a ligação de uma droga que se encaixe perfeitamente a ele - como uma chave se encaixa em uma fechadura.
Porque
 II. Frequentemente a seletividade da droga pode ser explicada por quão seletivamente ela se fixa aos receptores. Algumas drogas fixam-se a apenas um tipo de receptor, enquanto outras, como chaves-mestras, podem ligar-se a diversos tipos de receptores por todo o corpo.
R- Ambas as afirmativas estão corretas, porém a segunda não justifica a primeira.  
· Considere a seguinte afirmativa
A droga bloqueia em algum ponto a cadeia de eventos que induz a produção de uma resposta orgânica, pelas drogas ditas agonistas. Portanto, liga-se a um sítio diferente do domínio de ligação convencional.
A interação aqui mencionada ocorre na presença de que tipo de droga?
 R- Antagonista não competitiva.
  
CONTEUDO 3 
CONTEÚDO 3 - ESTUDO DA FARMACOCINÉTICA
Farmacocinética é definida como o estudo do destino do fármaco da administração até o seu sítio de ação e sua eliminação pelo organismo, basicamente estuda todos os processos que passam entre estas duas fases. Ou seja, a administração, a absorção, distribuição (biotrasformação) e eliminação.
Os processos farmacocinéticos são determinantes para a prescrição medicamentosa de qualquer droga, pois seu efeito máximo dependerá da forma que será administrada, distribuída e eliminada pelo corpo.
As vias de administração das drogas podem ser subdivididas em ENTÉRICAS E PARENTÉRICAS.
Via Entérica
A ingesta é o meio mais comum de administração de fármacos, além de ser segura conveniente e barata. Quando é prescrita esta administração utiliza-se o termo via oral.
Via Oral: A administração de fármacos pela boca é a via de administração mais comum, sendo que o principal sítio de entrada do fármaco na corrente circulatória é através do duodeno. A ingestão de fármacos com alimentos pode influenciar a absorção, além disso os fármacos no trato gastrointestinal pode ser metabolizado pelas enzimas na mucosa, pela flora intestinal, ou pelo fígado antes de chegarem a circulação geral.
Outras formas de administração entéricas também podem ser utilizadas, principalmente em situações emergenciais, são essas sublinguais e retais.
Via Sublingual, a droga será administrada sob a língua, permite uma passagem rápida para os capilares presentes nesta mucosa. Esta passagem é relativamente rápida. Está indicada em ataques súbitos do coração ou picos hipertensivos.
Via Retal, a droga será administrada na porção final do intestino (reto). O reto apresenta uma vasta rede de capilares, que facilmente fazem o processo de absorção, mesmo por que, cinquenta por cento da drenagem da região retal contorna a circulação porta, assim, a biotransformação hepática de fármacos é mínima.
Nos últimos anos, tem se ouvido falar em absorção via transdérmica (antiinflamatórios em forma de adesivo), esta via de administração depende muito da lipossolubilidade do fármaco, uma vez que a epiderme exerce uma barreira lipídica. Entretanto a derme é permeável a muitos solutos e os fármacos são facilmente absorvidos em pele que sofreu abrasão. A absorção ainda pode ser aumentada quando o fármaco for preparado com veículo oleoso e pela fricção desta solução sobre a pele.
Via inalatória é pouco utilizada, porém ainda está presente na administração de alguns sedativos ou tratamento de crises de broncoespasmo (asma). Nestes casos as substancias transitam pelas vias respiratórias e são absorvidas para a corrente circulatória quando atinge o pulmão.
Via Parenteral
A via parentérica permite uma biodisponibilidade mais rápida e mais previsível do fármaco, do que quando administrada por via entérica. Dentre as vias parentéricas mais comuns, destacam-se as intravasculares, intramusculares e subcutâneas.
Via Intravascular (endovenosa): A administração da droga por injeção intravenosa (IV) é a via parenteral mais comum.
Intramuscular (IM): esta via permite administrar o fármaco diretamente nas estruturas musculares (fibras profundas), geralmente apresenta uma difusão mais lenta. Alguns critérios devem ser levados em consideração quando utilizado esta via, tais como, espessura do tecido adiposo, musculatura envolvida e idade do paciente.
Geralmente esta via está indicada quando necessita de administração de substâncias irritantes, substancias de difícil absorção ou que sejam de composição oleosa.
Via Subcutânea (SC): Esta via só pode ser utilizada para fármacos que não irritam o tecido. Paciente com diagnóstico de Diabetes do tipo I, dependentes de insulina, utilizam esta via para a sua administração.
Existem outras formas de administração, especificas para cada fármaco, tais como: intratecal (fármaco introduzido diretamente no líquido céfalo/raquidiano) e oftálmica. 
Após a sua administração o fármaco precisa passar do local que foi administrado para a corrente circulatória, este passo é definido como ABSORÇÃO.
Absorção farmacológica
Absorção farmacológica é a passagem do fármaco do localem que foi administrado para a circulação sistêmica. Para que isso ocorra é necessário o transporte do fármaco por uma membrana biológica, dependente do mecanismo em que foi administrado.
A absorção depende do fluxo de sangue no sítio da absorção do fármaco, da extensão e espessura da superfície de absorção e a via de administração escolhida no momento da aplicação da substancia farmacológica.
Alguns fatores podem influenciar a absorção do fármaco, entre eles destaca-se: concentração do fármaco, solubilidade, peso molecular, ionização, forma farmacêutica, espessura da membrana, fluxo local, etc.
Após o processo de absorção, geralmente os fármacos ligam-se a uma proteína plasmática formando um complexo reversível, para que possa ser transportado.
Distribuição farmacológica
O fármaco entra na corrente circulatória por aplicação direta ou após passar por um processo de absorção descrita anteriormente. Do sangue será distribuído aos diferentes tecidos, a velocidade de distribuição dependerá do fluxo sanguíneo tecidual, propriedade físico e química do fármaco, característica da membrana através da qual será transportado e sua ligação a proteínas plasmáticas e teciduais.
O organismo que recebeu a concentração farmacológica especifica também pode influenciar na distribuição do mesmo, pois espera-se um organismo integro sem alterações fisiológicas importantes. No entanto, se o mesmo apresenta-se envelhecido ou fisiologicamente alterado por alterações ambientais tais como o fumo, a distribuição não será mais a mesma.
Definimos como biodisponibilidade a fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica sem nenhuma alteração química. Quando isso não acontece, e o fármaco é transformado em outra substância, este processo é chamado de metabolização farmacológica, que ocorre principalmente no fígado, rim, pulmões e tecidos nervosos
Excreção farmacológica
É a maneira como o fármaco será eliminado do organismo, esta excreção poderá ocorrer de diversas formas, tais como: pelo trato gastrointestinal, rins, fígado, etc. 
Pela excreção os compostos são removidos do organismo para o meio externo. Fármacos hidrossolúveis, são filtrados nos glomérulos ou secretados nos túbulos renais, não sofrendo reabsorção tubular.
· Para conhecer a totalidade dos fármacos estudados hoje em dia é preciso dominar e ter um bom conhecimento de farmacocinética, ou seja, conhecer bem os processos envolvidos no uso de medicamentos.  Assinale a seguir a alternativa que apresenta a sequência adequada de processos envolvidos na farmacocinética de determinada droga.
R - Administração, absorção, distribuição e excreção. 
· As drogas são normalmente administradas por via entérica ou parentérica. Essas vias servem para a administração ou a liberação sistêmica das drogas no organismo. Em relação as vias de administração, leia atentamente as afirmativas a seguir:
I. As vias endovenosa e muscular são consideradas vias de administração farmacológica.
III. As vias retal e sublingual são consideradas excelentes vias de administração de fármacos.
Está correto o que se afirma em: R- I,III
· Paciente com o diagnostico de Diabetes do tipo I, são portadores de insuficiência na fabricação de insulina, este fato desencadeia hiperglicemia (glicose em excesso no sangue), e para este tratamento utiliza-se a aplicação de insulina diretamente em seu corpo por via endovenosa.
Porque
A via de administração Intramuscular (IM) permite administrar o fármaco diretamente nas estruturas musculares (fibras profundas), que geralmente apresenta uma difusão mais lenta.
 Assinale a alternativa correta: R- Somente a segunda sentença está correta e elas não se justificam
· Absorção farmacológica é a passagem do fármaco do local em que foi administrado para a circulação sistêmica. Para que isso ocorra é necessário o transporte do fármaco por uma membrana biológica, dependente do mecanismo em que foi administrado. Leia atentamente as seguintes afirmações e as julgue como verdadeira ou falsa.
( V  ) A absorção depende do fluxo de sangue no sítio da absorção do fármaco.
( V  ) A absorção depende da extensão e espessura da superfície envolvida no processo.
( V  ) A absorção do fármaco depende da concentração do fármaco, solubilidade, peso molecular, ionização, forma farmacêutica, espessura da membrana.
( V  ) Após o processo de absorção, geralmente os fármacos ligam-se a uma proteína plasmática formando um complexo reversível, para que possa ser transportado. Assinale a alternativa correta VVVV
· O que significa a biodisponibilidade de um fármaco?
R-Fração do fármaco administrado que alcança a circulação sistêmica sem nenhuma alteração química.
· Os processos farmacocinéticos são determinantes para a prescrição medicamentosa de qualquer droga.   Porque  Seu efeito máximo dependerá da forma que será administrada, distribuída e eliminada pelo corpo.
  Assinale a alternativa correta: R- mbas as afirmativas são corretas e a segunda justifica a primeira.
· Leia com atenção a seguinte frase:
“Cinqüenta por cento da drenagem de uma determinada região do corpo humano, contorna a circulação porta, assim, a biotransformação hepática de fármacos, quando administrado nesta área, acaba sendo mínima.
Esta frase diz respeito a qual via de administração farmacológica?
R- Via Retal
CONTEÚDO 4 - FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
 DROGAS ANTIDEPRESSIVAS
 Existem inúmeras indicações para o uso de antidepressivos, nos últimos anos após o melhor entendimento do mecanismo de ação destas fórmulas, ampliou-se o leque de doenças que podem ser tratadas com esta classe farmacológica.
A depressão é o grande carro chefe para a indicação das drogas antidepressivas, para o melhor entendimento desta tão ampla patologia sugiro a leitura do artigo “Questão acerca do diagnóstico da depressão e sua relação com o campo médico e científico” disponível em: http://www2.pucpr.br/reol/index.php/PA/pdf/?dd1=3512
De uma maneira geral além dos sintomas psicológicos tão conhecidos da depressão existe um conjunto de sintomas físicos que também cursam com a doença, tais como: problemas digestivos, distúrbios do sono e dores de cabeça. Desta forma o tratamento farmacológico se faz necessário.
As drogas ditas antidepressivas são drogas que aumentam o tônus psíquico melhorando o humor. Os antidepressivos são responsáveis em aumentar a disponibilidade de neurotransmissores no sistema nervoso central, principalmente os neurotransmissores chamados de serotonina (5-HT), noradrenalina ou epinefrina (NE) e a Dopamina (DA).
As classes de antidepressivos mais conhecidas são:
· Antidepressivos Tricíclicos (ADT).
· Inibidores Seletivos de Recaptura da Serotonina (ISRS)
· Inibidores da Monoamina oxidase (IMAO).
Antidepressivos tricíclico (ADT)
Estes fármacos agem no sistema límbico aumentando a disponibilidade de NE e 5HT, na fenda sináptica desta região. Este efeito é conseguido graças a inibição da receptação destes neurotransmissores pelos receptores pré-sinápticos. Se estes neurotransmissores não são recaptados, eles permanecem mais tempo na fenda sináptica possibilitando mais estímulos a célula subjacente.
A longo prazo, também ocorre uma diminuição dos receptores que captam estes neurotransmissores, desta forma, mais neurotransmissores ficariam disponíveis por mais tempo na fenda sináptica.
A ação farmacológica dos antidepressivos tricíclicos acontece aproximadamente 15 dias após o inicio do seu uso, e por se tratar de uma droga com potente ação anticolinérgica, justifica-se diversos efeitos colaterais apresentados ao seu uso. Tais como secura na boca, diminuição da acomodação da visão, aumento da frequência cardíaca, etc.
 Inibidores Seletivos de Recaptura da Serotonina (ISRS)
 A ação farmacológica desta droga se resume em inibir a recaptura da serotonina pela membrana pré-sináptica, possibilitando maior disponibilidade deste neurotransmissor na fenda sináptica. A fluoxetina foi o primeiro representante dessa classe
Cuidado importante necessário para este tipo de drogaé que a fluoxetina tem efeito anorexígeno e a pessoa pode apresentar significante perda de peso. E é também por essa razão que este fármaco é utilizado em tratamentos para emagrecimento.
 Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO).
 Estes fármacos favorecem o aumento da disponibilidade de serotonina, através da inibição da enzima Monoamina Oxidase (MAO) responsável pela degradação desse neurotransmissor intracelular. Se a enzima (MAO) que degrada a serotonina for inibida, a disponibilidade deste neurotransmissor será maior.
 DROGAS ANSIOLÍTICAS
 Os ansiolíticos também são chamados de tranquilizantes e estes derivados são utilizados para o tratamento de distúrbios da ansiedade, assim como algumas agitações, stress, insônia, epilepsia, síndrome do pânico, entre outras.
No corpo humano estes fármacos são responsáveis em induzir sono e proporcionar sensação de relaxamento e calma. Quando utilizados por um longo período, pode causar dependência e ao suspender a sua utilização a pessoa pode entrar em abstinência, apresentando irritabilidade, sudorese, dores no corpo e etc.
Quase todos os fármacos ansiolíticos são derivados do Valium (Diazepam), este fármaco se enquadra no grupo dos Benzodiazepínicos (BZD).
Seu mecanismo de ação resume-se em deprimir o sistema nervoso central (SNC), através da potencialização do neurotransmissor ácido gama aminobitírico (GABA), mediador da inibição tanto a nível pré-sináptico como pós sináptico, em todo SNC.
 
Figura 1: Receptor do neurotransmissor GABA e seu efeito.
 
O neurotransmissor GABA é responsável em facilitar a abertura dos canais de cloro da membrana plasmática celular, provocando nesta célula uma hiperpolarização, que conhecido como efeito inibitório celular
Quando se fala de ansiolítico, não pode ser esquecido uma droga que foi utilizada por muitos anos, principalmente para o tratamento de insônia, chamados de  Barbitúricos, entre tantos, o mais conhecido é o Gardenal (Nome comercial). O declínio de seu uso deu-se por vários motivos, principalmente pelo seu uso para suicídios.
Hoje em dia ainda se usa estes derivados para o tratamento de distúrbios convulsivos e na indução de anestesia geral, mas sempre que possível são substituídos pelos benzodiazepínicos.
Os barbitúricos também provocam dependência física e psíquica e a abstinência requer tratamento médico e as vezes hospitalizações.
Nunca um ansiolítico deve ser ingerido em conjunto com bebidas alcoólicas, é perigoso, pois esta droga pode ser potencializada e levar o individuo ao coma. Estes medicamentos só deve ser tomados através da indicação médica
 ANTICONVULSIVANTES
 Convulsão é definida como alterações transitórias do comportamento, decorrentes de disparos rítmicos, sincrônicos e desordenados dos neurônios cerebrais. Já a epilepsia é definida como distúrbio da função cerebral, caracterizada pela ocorrência periódicas e imprevisíveis de convulsões. Para o tratamento destes distúrbios são utilizados as fármacos anticonvulsivos
 Anticonvulsivos é uma classe de fármacos utilizadas na prevenção e tratamento de crises convulsivas. Uma vez que as crises convulsivas são derivadas de ativação rápida e excessiva dos neurônios presentes no sistema nervoso central. Estas drogas tem como principal função suprimir esta estimulação e impedir que se espalhe por todo cérebro.
Desta forma os fármacos anticonvulsivantes podem agir intensificando a função do ácido gama aminobutírico (GABA) como descrito anteriormente, quando descrevemos a ação dos Barbituricos e Benzodiazepínicos, ou agindo bloqueando canais de sódios  ou cálcio da membrana dos neurônios atuantes na convulsão.
 As principais drogas anticonvulsivantes são:
· Potencializadores de GABA: Fenobarbital (Barbitúrico) e fármacos Benzodiazepínicos.
· Inibitores de canais de Sódio: Carbamazepina e Fenitoína (Hidantal)
· Inibidores de canais de Cálcio: Carbapentina.
· A preocupação do dia a dia, associada a um estado de ansiedade generalizada é difícil de controlar. Além disso, o indivíduo apresenta agitação, fadiga fácil, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e distúrbio do sono. Para o tratamento desse transtorno, geralmente são utilizados fármacos considerados ansiolíticos (utilizados para diminuir a excitabilidade neuronal). Nesses casos, essas drogas potencializam a ação do seguinte neurotransmissor: 
R- GABA (ácido gama-aminobutírico), presente principalmente no sistema nervoso central
· Durante uma aula de Ed Física, uma criança de 7 anos sofreu uma crise caracterizada por abalos musculares e alteração do nível e consciência (convulsão). Esta patologia deve ser tratada com fármacos que (assinale a alternativa correta):
R- Inibem o sistema nervoso central, como os Barbitúricos.
Patologias, como a depressão, que interferem na fisiologia neuronal muitas vezes são capazes de alterar de maneira drástica a rotina e as atividades cotidianas dos indivíduos sujeitos a esse distúrbio. Essa patologia deve ser tratada com fármacos que (assinale a alternativa correta):
R- Excitam o sistema nervoso central.
· Fármacos que agem no sistema nervoso central e periférico têm a capacidade de estimular ou deprimir a excitabilidade das células nervosas. Considerando as inúmeras patologias que atingem esse sistema, as indústrias farmacêuticas desenvolvem todos os dias várias classes de fármacos. Considere as afirmativas apresentadas a seguir.
I. Na depressão são utilizados fármacos que estimulam o sistema nervoso central, como por exemplo, a Fluoxetina.
II. Na epilepsia é comum utilizar fármacos que diminui a excitabilidade neuronal, como por exemplo, os Barbitúricos.
IV. A ansiedade é tratada potencializando neurotransmissores que inibem o sistema nervoso central.
Está correto o que se afirma em: R- I,II,IV
· Leia com atenção as afirmativas apresentadas a seguir:
I - Drogas que auxiliam no tratamento da depressão são denominadas ansiolíticas.
II - Drogas utilizadas no tratamento de convulsões são consideradas antidepressivas.
III – O mecanismo das drogas ansiolíticas é antagônico ao das drogas antidepressivas. 
Está correto o que se afirma em: R- III
· Leia atentamente as afirmativas apresentadas a seguir.
I. Aparentemente, o efeito ansiolítico dos Benzodiazepínicos está relacionado a um sistema de neurotransmissores do Sistema Límbico chamado gabaminérgico.
II. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor com função excitatória, capaz de atenuar as reações serotoninérgicas responsáveis pela ansiedade.
III. Os Benzodiazepínicos são agonistas (simuladores) e agem sobre os receptores gabaminérgicos.
Está correto apenas o que se afirma em: R- I,III
· Paciente de 15 anos de idade, faz tratamento com psiquiatra, pois recentemente apresentou um grave transtorno denominado síndrome do pânico. O médico decidiu tratá-la com drogas antidepressivas.
 Porque  Acredita-se que seus efeitos positivos, se dão por consequência do aumento da disponibilidade de neurotransmissores na fenda sináptica.
 Com base nesta afirmação, assinale a alternativa correta: 
R- Ambas asserções estão corretas e a segunda justifica a primeira.
CONTEÚDO 5 - FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
O trato gastrointestinal é um tubo muscular liso revestido internamente por um epitélio cuja estrutura altera conforme sua função.
As funções do trato gastrointestinal resultam em: Ingestão alimentar, degradação alimentar, conversão de grandes moléculas, excreção de matéria não digerida, equilíbrio hidroeletrolítico, regulação de secreção hormonal.
O esôfago tem a função de transporte de alimento não digerido em forma fragmentada da faringe para o estômago onde se inicia o processo de degradação alimentar
O intestino é dividido em intestino delgado e grosso, local onde grande parte das moléculas já diminutas são absorvidas para a corrente circulatória.
Fígado e pâncreas contribuem no processo digestório secretando substâncias que auxiliaram este processo
Fisiologia estomacal
As células parietais presentes no estômago são estimuladas pelas substâncias: gastrina,acetilcolina e histamina. Esta ação é capaz de estimular a bomba de prótons que consequentemente será responsável em estimular a liberação dos íons (hidrogênio) H+ responsável em provocar a acidez estomacal.
Do ponto de vista fisiológico esta ação é importante para o processo digestório, pois a acidez estomacal facilitará a degradação das moléculas ingeridas durante a alimentação. Quanto mais degradado, melhor será a absorção para o sistema circulatório que será realizada predominantemente no duodeno.
PRINCIPAIS FÁRMACOS QUE AGEM SISTEMA DIGESTÓRIO
1. TRATAMENTO DE ULCERAS ESTOMACAIS E GASTRITES
Fármacos antiácidos simples (antiácidos simples): Drogas que contém Bicarbonato, Alumínio e Magnésio, são bastante efetivos para diminuir a acidez estomacal, estes fármacos neutralizam a acidez do estomago, aumentando o pH estomacal. Exemplos de fármacos com nomes comerciais são: Eno, Estomazil, Pepsamar e Sonrisal.
Fármacos procinéticos: A Metoclopramida é o principal fármaco utilizado como procinético. Este, por sua vez, é um antagonista de receptores dopaminérgicos do tipo 2; contudo, seu efeito procinético é conferido à  sua capacidade de facilitar e elevar a secreção de acetilcolina dos terminais nervosos colinérgicos pós-ganglionares, sensibilizando, deste modo, os receptores muscarínicos encontrados na membrana da musculatura lisa. Através desta ação é possível proporcionar aumentando o esvaziamento estomacal e o peristaltismo intestinal.
Fármacos Inibidores da bomba de prótons: O estômago é extremamente ácido, devido a secreção de ácido clorídrico (HCL) liberado pelas células estomacais chamadas de parietais, esta secreção ácida é expelida através de uma estrutura chamada bomba de prótons, que é alvo de ação das drogas inibidoras da bomba de prótons (IBP) conhecidas pelos nomes comerciais de Omeprazol e Pantoprazol.
Omeprazol e Pantoprazol são fármacos que Inibe a bomba de prótons presente nas células estomacais e consequentemente inibi a acidez do suco gástrico em até 95%, estes fármacos neutralizam a acidez estomacal.
Lembrete: Os inibidores da bomba de prótons (IBP) suprimem fortemente a secreção de ácido gástrico, não demonstrando diferenças terapêuticas significativas entre os representantes do grupo. Há evidências de sua eficácia no tratamento e prevenção de manifestações e complicações de doença péptica e doença do refluxo gastrintestinal. São especialmente indicados em pacientes com hipergastrinemia, síndrome de Zollinger-Ellison e úlceras pépticas duodenais refratárias a antagonistas H2. Apesar das controvérsias, há benefício provável no tratamento de dispepsia que se manifesta com pirose e regurgitação. Porém, não há evidência de eficácia em tratamento e prevenção secundária de sangramento digestivo alto (SDA) e em prevenção primária de sangramento digestivo alto por úlcera de estresse. Adicionalmente, esses fármacos, como outros, aumentam o risco de pneumonia nosocomial em pacientes gravemente enfermos. Também se observa uso desmedido desses medicamentos em indivíduos com queixas dispépticas, o que deve ser revisto pelos potenciais efeitos adversos e o custo acarretado. Todos os representantes do grupo têm similar eficácia clínica, embora haja algumas diferenças farmacocinéticas. 
Este lembrete e mais informações sobre o uso racional de Inibidores da Bomba de Prótons está disponível no site: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/70/083a088_farmacoterapAutica.pdf
 
Fármacos Antagonista dos receptores H2 (histamina): No estomago a liberação de ácido clorídrico pela bomba de prótons, é feita pelo estimulo das células parietais, este estimulo é feito através de 3 mediadores químicos: acetilcolina, gastrina e histamina.
Se os receptores destes 3 mediadores forem inibidos, possivelmente as células parietais não serão estimuladas e a produção de acido clorídrico estará diminuída.
Desta forma o fármaco antagonista dos receptores de histamina, conhecido comercialmente como Ranitidina, bloqueia estes receptores gástricos reduzindo a secreção de ácido pelo estômago. Desta forma são consideradas protetores gástricos.
Fármacos antibióticos: A causa principal das ulceras pépticas é a infecção do estômago pela bactéria chamada Helicobacter pylori (H. Pylori), nestes casos na presença positiva desta bactéria diagnosticada através da biópsia endoscópica, é indicado o tratamento com antibioticoterapia (amoxicilina, claritromicina, tetraciclina, azitromicina ou metronidazol)
 
2. TRATAMENTO DE DIARRÉIA E CÓLICAS INTESTINAIS
A Cloridrato de  Loperamida (Imosec) é um medicamento antidiarreico que ajuda a diminuir o trânsito intestinal, reduzindo a ocorrência de diarreia aguda ou crônica.
Cloridrato de Loperamida estimula os receptores opióides pré-sinápticos no sistema nervoso entérico. Isso inibe a liberação da acetilcolina, com uma subsequente redução do movimento peristáltico, diminuindo as cólicas intestinais e o peristaltismo que está levando a diarréia
 
3. TRATAMENTO DE CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Laxantes formadores de massa: Todos estes laxantes são formados por polímeros de polissacarídeos não degradados pelo sistema digestório. Eles possuem grande capacidade de reter água na luz intestinal, esta ação distende o colón e aumenta peristaltismo,  requer alguns dias para provocar efeito e não tem efeitos colaterais (Fibras, psyllium, metilcelulose, policarbofila).
laxantes salinos e osmóticos:  Seu mecanismo de ação é através da retenção de liquido no cólon, estimulando o peristaltismo (sulfato de magnésio, hidróxido de magnésio e citrato de magnésio).
Laxantes estimulantes e irritantes: exerce efeitos diretos nos enterócitos, neurônios entéricos e músculos. Induzem um baixo grau de inflamação limitada no intestino delgado e grosso, promovendo acúmulo de água e aumentando o peristaltismo intestinal (Bisacodial, Fenolftaleína, Picossulfato de sódio).
Procinético: Moduladores dos receptores de serotonina. Acelera o esvaziamento gástrico e melhora o peristaltismo (Cisaprida e Metoclopramida).
Emolientes: amolecem as fezes, permite a penetração de água (Docusato)
 
4. TRATAMENTO DE VÔMITOS
Drogas antieméticas (inibe o vômito)
No assoalho do quarto ventrículo localizado no sistema nervoso central, encontra-se uma área controladora do vômito denominada CTZ, este centro controlador do vômito pode ser estimulado  na presença de dopamina, serotonina, histamina,  opiáceos e acetilcolina.
Do ponto de vista fisiológico a melhor forma de proporcionar a inibição dos vômitos também conhecido como emese, é através da inibição dos receptores de dopamina, serotonina e histamina.
 
Desta forma os fármacos mais utilizados nestas ações são:
1. Antagonista dos receptores dopaminicos: Cloridrato de Metoclopramida (Plasil)
2. Antagonista dos receptores de serotonina: Ondansetrona (Vonau)
3. Antagonista dos receptores histamínicos: Dimenidrinato (Dramin)
 
Lembrete: Náusea e vômitos (NV) são os sintomas mais comuns durante a gravidez, geralmente iniciando-se entre a 6ª e a 8ª semana, atingindo a intensidade máxima em torno da 9ª semana e resolvendo-se até a 12ª semana. Embora sua etiologia seja, provavelmente, multifatorial, seu curso clínico se correlaciona com as concentrações plasmáticas da gonadotrofina coriônica humana. Por comprometerem a qualidade de vida, NV devem ser abordados com modificações dietéticas que incluem dieta fracionada e redução do consumo de alimentos gordurosos, entre outras. O uso de piridoxina pode melhorar a náusea de intensidade leve, embora não diminua significantemente os episódios de vômitos. Os anti-histamínicos são os medicamentos mais utilizados como terapia medicamentosa de primeira linha e têm sua segurança comprovada; dentre eles, o dimenidrinato determina início de ação mais rápido e menor sedação que a meclizina. Entre os antagonistas dopaminérgicos, a prometazina e a metoclopramida podem ser utilizadas, mas apresentam como desvantagem o potencial de eventos adversos maternos. O antagonista dos receptores 5-HT3, ondansetrona, pode ser considerado quando outros medicamentos não foramefetivos no tratamento de NV de intensidade grave. Do mesmo modo, os corticosteroides devem ter seu uso reservado para casos não responsivos a outros medicamentos e preferencialmente após a 10ª semana de gestação. Este assunto e mais informações sobre tratamento de náuseas e vômitos na gravidez, estão disponíveis no site: http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5404
· Após uma grave intoxicação alimentar provocada pela ingestão de produtos estragados e contaminados, uma paciente de 40 anos de idade apresentou um forte episódio de diarreia. Em casos como esse, geralmente são utilizados os seguintes fármacos (assinale a alternativa correta):
R- Fármacos como Cloridrato de  Loperamida
· Dona Maria, uma senhora de 45 anos de idade, passa mal todas as vezes em que desce a serra de carro, indo para sua casa de praia. Poderiam ser indicadas as seguintes classes farmacológicas para ela:
I. Antagonista de receptores muscarínicos e histamínicos, pois essa droga inibe todas as vias aferentes do centro do vômito. Como exemplo, a Hioscina.
II. Antagonista de receptores muscarínicos, histamínicos e dopamínicos. Como exemplo, a Prometazina.
III. Antagonista dos receptores dopamínicos. Como exemplo, a Domperidona e a Metoclopramida
IV. O Cloridrato de  Loperamida, pois estimula os receptores opioides pré-sinápticos no sistema nervoso entérico.
Está correto apenas o que se afirma em R- I,II,III
· O paciente MJ, de 76 anos de idade, apresenta fortes dores abdominais e distensão gástrica aguda. Segundo sua filha, está com constipação intestinal há 7 dias.  Foi internado no hospital geral para administração de um esquema terapêutico que melhore o seu quadro clínico. Com relação a esse caso, leia atentamente as afirmativas apresentadas a seguir.
 
I.  Devem ser administrados laxantes formadores de massa, formados por polímeros de polissacarídeos não degradados pelo sistema digestório. Eles possuem grande capacidade de reter água na luz intestinal e, embora requeiram alguns dias para produzir efeito, não apresentam efeitos colaterais.
II Devem ser administrados laxantes salinos e osmóticos, cujos efeitos se dão diretamente nos enterócitos, nos neurônios entéricos e nos músculos. Eles induzem baixo grau de inflamação limitada no intestino delgado e grosso, o que promove acúmulo de água e aumento do peristaltismo intestinal.
 III. Devem ser administrados laxantes surfactantes, que agem como amolecedores de fezes, pois, além de permitirem a adição de água, lipídios e outras substâncias às fezes, estimulam o aumento da secreção de eletrólitos  água pelo intestino. 
Está correto o que se afirma em R- I,II
· Com relação aos fármacos laxativos, leia as afirmativas a seguir.
I. Laxativos salinos, como sulfato de magnésio, hidróxido de magnésio e citrato de magnésio, favorecem a retenção de liquido no cólon, o que estimula o peristaltismo.
II. Laxativos Osmóticos, como os carboidratos não absorvíveis -  glicerina - são retentores de água no cólon intestinal. Apresentam efeitos adversos como irritação intestinal, queimação e hiperemia local.
III. Laxativos surfactantes são moduladores dos receptores de serotonina. Aceleram o esvaziamento gástrico e melhoram o peristaltismo. 
 Está correto apenas o que se afirma em: R- I,II 
Maria é uma paciente extremamente ansiosa  e mantém uma vida estressada e totalmente sedentária, com péssimos hábitos alimentares. Ultimamente vem apresentando fortes dores de estômago, tratando através do Omeprazol. Sua conduta está correta, porque:
I. Omeprazol inibe a bomba de prótons e isto diminui a acidez estomacal.
II. Omeprazol, é considerado um antiácido simples.
III. Omeprazol, é considerado uma droga procinética o que facilita o processo de digestão.
Está correto o que se afirma em: R- I
Omeprazol ou Pantoprazol, são excelentes fármacos utilizados para o tratamento de úlceras pépticas. 
Porque
  São fármacos que aceleram o peristaltismo gastrointestinal.
  Com base nesta afirmação, assinale a alternativa correta:
R- Somente a primeira sentença está correta
CONTEÚDO 6 - FARMACOLOGIA DO SISTEMA RENAL 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA RENAL
O néfron é a unidade funcional do rim, ele é subdividido em duas porções intimamente relacionadas entre si: porção circulatória, composta de arteríola aferente, glomérulo e arteríola eferente, e a porção urinária, composta de cápsula de Bowmann, túbulos renais e ducto coletor.
Ao chegar no néfron o sangue arterial sofre o processo de filtração, este filtrado composto por plasma adentra o néfron em todas as suas porções, para que na sequencia sofra o processo de reabsorção. Neste trajeto a urina se forma em uma sequencia extremamente peculiar.
Os principais fármacos que agem no sistema renal são os diuréticos. Diurético é qualquer fármaco que eleva a taxa de excreção de urina. São varias categorias de diuréticos e cada um age de uma determinada maneira e em diferentes porções do néfron (unidade funcional do rim)
Os diuréticos estão indicados no tratamento de insuficiências cardíacas, hipertensão arterial, cirrose hepática, etc. Os principais efeitos adversos do uso abusivo de diuréticos são, hipovolemia, hiponatremia e alcalose metabólica.
Diuréticos Aumentam a excreção de Na+. A tentativa dos fármacos é tentar diminuir a reabsorção de Na+ e conseqüentemente aumentar a diurese
Principais diuréticos:
· Inibidores da anidrase carbônica Ex. Acetozolamida, a anidrase estará presente, principalmente em túbulo contorcido proximal, alterando a reabsorção de bicarbonato e Na+. (excreção de até 5% de Sódio)
· Diuréticos de alças Ex. Furosemida (Lasix), impedem a reabsorção de Na+, K+ e Cl- (excreta de 15 a 25% de Na+), também pode impedir a absorção de Mg+ e Ca+
Este fármaco é o mais famoso dos diuréticos e o mais potente também. Geralmente uma pessoa normal apenas 0,4% do sódio filtrado nos rins sai na urina, sendo que 99,6% retorna para corrente circulatória, com a utilização da furosemida este valor passa de 0,4% para 20%.
Desta forma pode-se indicar essa classe farmacológica principalmente para quem tem grandes retenções hídricas, como no caso de insuficiências renais graves e edemas agudos de pulmão, que são doenças que requer uma ação rápida destes fármacos.
· Diuréticos tiazídicos Ex. Higroton, impedem a reabsorção do co-transportador de Na+ / Cl- (excreção moderada de Na+) elas também diminuem a excreção de Ca+
Este tipo de diurético promove uma diurese menor que furosemida, porem o seu efeito pode durar até 24 horas. São os diuréticos mais indicados para o tratamento de hipertensão, pois além de diminuir o sódio possui efeito vasodilatador.
· Diuréticos poupadores de potássio Podem ser bloqueadores de canais Na+ e antagonista de aldosterona (excretam até 5% de Na+)
Exemplo típico desta classe são as espironolactonas. Os poupadores de potássio agem eliminando sódio e poupando potássio, é o grupo de diurético mais fraco do mercado, são utilizados na maioria das vezes associado com outros diuréticos.
· Diuréticos osmóticos Reduzem a absorção de H2O no túbulo proximal e na alça descendente de Henle. Ex. Manitol
Apesar de bastante conhecido, este fármaco não pode ser comprado em farmácias convencionais e seu uso se estende somente em hospitais. Estas substancias estão indicadas em caso de  prevenir o surgimento de falência dos rins durante cirurgias vasculares e após trauma, reduzir pressão intracraniana após traumas, tratar o inchaço do cérebro, reduzir pressão intraocular, etc.
Para melhor compreensão do mecanismo de ação dos diuréticos sugiro a leitura do artigo: Diurético, disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/16-4/05-diureticos.pdf
 
Diurético utilizados em atletas
O diurético tem como objetivo eliminar com mais facilidade a água em excesso do corpo. Esta ação se torna bastante interessante para alguns atletas, principalmente em épocas de competição. Pois algumas modalidade tais como as lutas são realizadas dentro de uma faixa de peso. 
Entretanto alguns recomendações e orientações devem ser dadas para estes indivíduos. O usoexagerado destas substâncias pode ocasionar desidratação, perda excessiva de eletrólitos importantíssimo para a contração muscular, inclusive do musculo cardíaco, diminuição do liquido sinovial das articulações e alterações na termorregulação corpórea e até mesmo a morte.
O efeito do diurético mesmo que momentâneo pode ocasionar prejuízos irreversíveis ao corpo humano, por isso a sua indicação deve ser feita somente em situações patológicas, pois em organismo saudáveis o efeitos podem ser indesejáveis.
Além dos efeitos colaterais proporcionados pelo uso indiscriminado em atletas profissionais, saibam que estas substancias são proibidas e podem ser flagradas em exames antidoping                                                                     
Este fato foi presenciado por Cesar Cielo (Natação) após o troféu Maria Lenk. A substancia apontada na época foi a presença do diurético Furosemida, esta substancia é facilmente hoje em dia encontrada em alguns suplementos esportivos. Por isso a leitura minuciosa dos seus rótulos são importantes para que o atleta ou aluno em questão não seja pego de surpresa.
Lembrete: O aumento do uso de medicamentos destinados a melhorar o desempenho do atleta tem motivado uma ação intensa das autoridades esportivas nacionais e internacionais, visando preservar não apenas os aspectos éticos da competição mas, sobretudo, a saúde dos esportistas que dela participam. O conceito de dopagem, anteriormente à proibição de certas classes de agentes farmacológicos, referia-se à administração ou uso pelo atleta de qualquer substância exógena com a intenção de influir na performance do mesmo durante a competição. A partir da listagem dos medicamentos não permitidos e restritos, a dopagem é caracterizada pela detecção de tais substâncias na urina do ou da atleta durante treinamento ou competição. O progresso acelerado das Ciências do Esporte e o surgimento de novos métodos e sistemas destinados ao incremento da capacidade física faz com que seja necessária uma legislação dinâmica, moderna e suficientemente abrangente. Em função disto, torna-se problemática a atualização constante dos profissionais que atuam em competições, aumentando desta forma o risco de um uso acidental de medicamentos restritos ou proibidos. Além disto, em virtude das dificuldades financeiras que freqüentemente afligem o esporte, muitas vezes os atletas não dispõem de uma atenção médica especializada, quer para competições no Brasil, quer para suas viagens ao exterior. Dentre as medicações não permitidas em algumas modalidades, destaca-se os diuréticos.

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