Aula 3 - TN Hiperuricemia e gota

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Terapia Nutricional na
Hiperuricemia e Gota
 Profa. Ms. Raíssa Antunes Pereira
 Profa. Ms. Luiza Antoniazzi
Disciplina de 
NUTRIÇÃO CLÍNICA AVANÇADA
2016
UNIVERSIDADE PAULISTA
Ácido úrico
Ácido úrico = produto do metabolismo das purinas
> 6,8 mg/dL cristais urato monossódico
pH=7,4 
+ H+ 
Balanço de ácido úrico
Health Professionals Follow-up Study (HPFS)
47.150 homens sem historia previa de gota.
Durante os 12 anos do estudo, ocorreram 730 casos incidentes de gota. 
Homens no quintil mais alto de consumo de carne apresentaram risco 41% 
mais elevado de gota quando comparados aos do quintil mais baixo.
Aqueles no quintil mais alto de consumo de frutos do mar apresentaram
risco 51% mais elevado em relação aos do quintil mais baixo.
Homens no quintil mais elevado de ingesta de laticínios com baixo teor de
gordura apresentaram risco 44% menor de gota quando comparados
aqueles no quintil mais baixo.
O consumo de aveia e de vegetais ricos em purinas (por exemplo, ervilha,
feijão, vagem, lentilhas, espinafre, cogumelos e couve-flor) não foi
associado a aumento do risco de gota.
Health Professionals Follow-up Study (HPFS)
O risco de gota era significativamente maior em homens com
índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 25 e a magnitude dessa
associação variava positivamente com o aumento do IMC.
Bebidas alcoólicas
A ingestão de álcool aumenta a uricemia por incrementar a
degradação do ATP em adenosina monofosfato (AMP), que e
rapidamente convertido em acido úrico.
A desidratação e a acidose metabólica, relacionadas com o
consumo excessivo de bebidas alcoólicas, reduzem a excreção renal
de acido úrico, contribuindo para a hiperuricemia.
Estudo de Caso
- Gota -
Estudo de caso
 Paciente M.P.O., sexo masculino, 55 anos, engenheiro
civil. Diagnóstico recente de gota. A principal área
atingida são os dedos dos pés. Relata muitas dores e
necessidade de ficar acamado na fase aguda da
doença.
 Dados antropométricos:
 Peso: 90 Kg
 Altura: 1,77 m
 Circunferência da cintura: 95 cm
 Prática de atividade física: 2 x/semana, atividade leve.
Estudo de caso
 Frequência alimentar :
Alimento Frequência alimentar
Carnes vermelhas 3 X/ semana
Carnes brancas 2 X/ semana
Peixes 2 X/ mês
Ovos 2 X/ semana
Leite e derivados 3 X/dia
Vísceras 1 X/ semana
Embutidos 1 X/ dia
Bebidas álcoolicas 1 X/ semana
Leguminosas 2 X/ dia
Café 2 X/ dia
Frutas 3 X/ dia
Legumes e verduras 1 X/dia
Doces 2 X/ dia
Temperos prontos 2 X/ dia
• Dados bioquímicos e clínicos: 
Exames laboratoriais Valor observado Referência normalidade
Ácido úrico 9,1 mg/dL 3,4 – 7,0 mg/dL
Colesterol total 250 mg/dL ≤ 199 mg/dL
HDL-c 37 mg/dL > 40 mg/dL
LDL-c 180 mg/dL ≤ 159 mg/dL
Triacilgliceróis 142 mg/dL ≤ 149 mg/dL
Glicemia de jejum 99 mg/dL ≤ 99 mg/dL
Pressão sistólica 140 mm Hg ≤ 129 mm Hg
Pressão diastólica 90 mm Hg ≤ 84 mm Hg
Estudo de caso
1) Qual o estado nutricional do paciente?
2) Ao observar os exames laboratoriais, o que se pode
afirmar?
3) Quais os objetivos da dietoterapia?
4) Quais as características da dieta prescrita?
5) Quais as principais mudanças alimentares propostas para
esse paciente?
6) Monte um plano alimentar com 6 refeições diárias.
Estudo de caso