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ESTUDO DE CASO DE FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA BRASILEIRA

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ESTUDO DE CASO DE FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA BRASILEIRA
TEMA: Ditadura militar e reconceituação do Serviço Social
Durante o período militar tivemos o processo chamado de reconceituação do serviço social, a partir do qual surgiu uma outra visão acerca da prática profissional, voltada a uma análise crítica da realidade social, buscando melhor desempenho através do investimento em formação técnica pautada em bases teórico-metodológicas para superar as práticas tradicionais da profissão. O momento histórico fez com que o Serviço Social adaptasse suas ações o governo militar e se preocupasse com o aperfeiçoamento instrumental.A partir dos seminários de Araxá (1967) e Teresópolis (1970) foram construídas novas bases para prática profissional da área.
Em que aspectos as bases construídas para atuação do assistente social durante o período ditatorial se aproximam e se afastam das características do regime militar? De que maneia estas bases ainda influenciam na atuação profissional atualmente? Quais bases ainda precisam de superação?
Durante a ditadura, o serviço social era visto como uma caridade e não como um direito social, o movimento de reconceituação expressou à crítica ao serviço social tradicional, levantando questões sobre o papel profissional diante das questões sociais. Da mesma forma, a modernização do conservadorismo marcou a atuação dos assistentes sociais brasileiros durante a ditadura, desencadeando um projeto de modernização do setor. Suas ações visavam adequar o indivíduo às realidades sociais na lógica do desenvolvimentismo, relacionado à harmonia social e comprometido com a ordem vigente. Um importante fator implementado na época, impulsionado pelas reformas universitárias, foi o surgimento dos programas de pós-graduação em serviço social, que ganharam legitimidade no âmbito acadêmico para operar na acumulação teórica do serviço social e consolidar a produção do conhecimento. Embora seja inegável o aumento do investimento na esfera social e a ampliação do alcance das políticas públicas, é preciso ressaltar que estas são frágeis, seletivas e direcionadas de modo que o processo de ruptura com o conservadorismo da indústria é permanente. O desafio para o serviço social hoje, como foi nas décadas de 70 e 80, é reconhecer as fragilidades do atual cenário brasileiro. Esse reconhecimento é necessário porque é a partir das novas expressões das questões sociais que surgem novos desafios e demandas para a construção da identidade e do exercício profissional dos assistentes sociais.

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