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Adaptações fetais

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■ Adaptação cardíaca
● O sangue é oxigenado na placenta e
chega na saturação de 80%
● Da placenta segue para o corpo do feto
pela veia umbilical
● A veia umbilical segue para o fígado, no
fígado há um desvio na qual 10% segue
para a circulação portal e 90% segue
para a cava inferior- esse desvio é
chamado de ducto venoso
● Há uma mistura de sangue na cava
inferior torácica (sangue oxigenado da
placenta com desoxigenado da parte
inferior do corpo), na qual a saturação
de oxigênio cai para 67%
● O sangue segue para o átrio direito. Lá
o sangue mistura-se com o sangue
proveniente da cava superior e do seio
coronário
● A maior parte do sangue presente no
átrio direito passa para o átrio esquerdo
via forame oval. A outra pequena parte
segue para o ventrículo direito e para as
artérias pulmonares.
● Do ventrículo direito segue para as
artérias pulmonares onde uma pequena
parte do sangue irrigará os pulmões
para nutri-lo. A outra parte do sangue é
jogada na aorta pelo segundo desvio-
esse desvio é chamado de ducto
arterioso
● Do ventrículo esquerdo segue para a
aorta, da aorta há a saída de sangue
para o cérebro do tronco
braquiocefálico e para o coração do seio
coronário (áreas que recebem sangue
mais oxigenado) , a aorta recebe o
segundo desvio- ducto arterioso- que
carrega sangue da artéria pulmonar
para a aorta . A aorta distribui sangue
para o corpo do feto . Após isso o
sangue retorna para placenta para ser
reoxigenado pela aorta abdominal que
virará artérias umbilicais
■ Circulação neonatal
● Durante a circulação pós-nascimento,
as veias e as artérias umbilicais não
têm mais função, por isso, atrofiam.
Também não há mais sangue indo para
a placenta ou chegando dela.
● Ainda durante a circulação após o
nascimento, a pressão do átrio direito
iguala-se à do átrio esquerdo, o fluxo
da direita para esquerda pelo forame
oval para, e ele começa a se fechar
● Com a abertura dos vasos da
circulação pulmonar, o sangue da
artéria pulmonar flui livremente para
os pulmões. Agora, a pressão da aorta
é maior que a pressão da artéria
pulmonar. Então, o fluxo do ducto
arterioso inverte-se, indo da aorta
para a artéria pulmonar. Com a
inversão do fluxo do ducto arterioso,
um sangue rico em oxigênio passa pelo
ducto, favorecendo o fechamento.
Além disso, a expansão pulmonar está
relacionada ao aumento de bradicinina
e à diminuição de prostaglandina , o que
também favorece o fechamento do
tubo
● O fechamento do ducto venoso ocorre
pela contração do seu esfíncter,
possibilitando que o sangue que entra
no fígado percorra os sinusóides
hepáticos. Porém, vale ressaltar que a
mudança do padrão circulatório fetal
para o padrão adulto não ocorre
repentinamente.
■ Adaptações respiratórias
● O desenvolvimento pulmonar fetal
avança pelas fases de organogênese e
diferenciação. Alvéolos razoavelmente
bem desenvolvidos e pneumócitos tipo
II produtores de surfactantes estão
presentes em torno da 25ª semana e
continuam amadurecendo ao longo da
gestação
● Os pulmões produzem continuamente
material líquido, um transudato dos
capilares pulmonares mais surfactante
secretado pelos pneumócitos tipo II.
Para que ocorra a troca normal de
gases ao nascimento, os líquidos
alveolar e intersticial devem ser
imediatamente removidos
● Esse processo de desobstrução
ocorre principalmente pela absorção
de líquido pelas células pulmonares por
meio da ativação do canal de sódio
epitelial
● No parto, com o recuo elástico dos arcos
costais e o forte esforço respiratório que
insufla ar para dentro da árvore pulmonar,
são formadas interfaces ar-líquido( gás e o
transudato) nos alvéolos. Na primeira
respiração, são liberadas grandes
quantidades de surfactante para o interior
das interfaces ar-líquido
● Aparentemente os pulmões também
entram em funcionamento pelo fato do
corte com o cordão umbilical aumentar a
tensão de CO 2 e estimular o centro
respiratório (bulbar);
■ Mecanismo de termorregulação
● A capacidade de manter constante a
temperatura corporal quando a
temperatura ambiental varia
(homeotermia) é limitada no RN, e o
estresse do frio ocorre quando a perda
de calor excede a capacidade de
produção. O controle térmico depende
da idade gestacional e pós-natal, do peso
de nascimento e das condições clínicas
do RN
● Ao nascimento, a transição do ambiente
intrauterino, com temperatura em torno
de 37,5o C, para o ambiente seco e frio
da sala de parto propicia importante
perda de calor por evaporação e por
convecção. Se não houver intervenção, a
temperatura cutânea do RN diminui
rapidamente, em torno de 0,3o C por
minuto
● Essa queda desencadeia resposta
termorregulatória mediada pelo sistema
nervoso simpático com liberação de
noradrenalina nas
terminações nervosas da gordura
marrom, com liberação do hormônio
estimulante da tireoide. Os hormônios
tireoidianos, especialmente a
triiodotironina (T3), atuam de forma
sinérgica com a noradrenalina
promovendo a oxidação de ácidos graxos
livres e o aumento de uma proteína
designada termogenina, resultando em
produção de calor, porém com grande
consumo de energia.
● A gordura marrom deposita-se em
alguns locais específicos, como tecido
subcutâneo nucal, mediastino, axilas e
regiões interescapular, perivertebral e
perirrenal. É altamente vascularizada
(por isso sua coloração escura)
● Maneiras de perder calor
1. EVAPORAÇÃO Corresponde
à perda insensível de água pela
pele. As principais causas dessa
perda são pele ou cobertas
molhadas e baixa umidade do
ambiente ou do ar inspirado. É
especialmente importante em
crianças em berços aquecidos
2. RADIAÇÃO Trata-se da perda
de calor do RN para objetos ou
superfícies mais frias que não
estão em contato com ele. A
principal causa dessa perda é a
grande área da pele exposta a
ambiente frio, o que pode ocorrer
no RN despido em incubadora,
que perde calor para as paredes
da mesma
3. CONVECÇÃO Forma pela qual
ocorre perda de calor da pele do
RN para o ar ao seu redor. O
principal fator desencadeante
dessa perda é o fluxo de ar frio
na pele ou mucosas. A
manutenção das portinholas das
incubadoras fechadas, assim
como a lateral dos berços
aquecidos levantadas, são
importantes métodos de
prevenção deste tipo de perda de
calor.
4. CONDUÇÃO Trata-se da
perda de calor do RN para a
superfície fria em contato com
ele. Geralmente essa perda é
pequena, pois os RN são
colocados em superfícies
aquecidas.
■ Mecanismo de perda de peso
● Logo após o nascimento ocorre uma
redistribuição dos líquidos dos
compartimentos corporais- a perda
de peso corresponde à retração
isotônica do volume extracelular e à
eliminação de excesso de Na+ e água
pelos rins
● O controle de água intracelular
diminui paralelamente à queda do
peso corpóreo, enquanto o volume
plasmático pode permanecer
constante
● A queda de peso permanece normal
em até 10% do peso em bebês a
termo e até em 15% em bebês pré
termo
● Além disso bebês pré termo possuem
o extrato de queratina da pele
imaturo imatura facilitando a perda de
água juntamente com uma maior
superfície corporal aumentada em
relação ao peso
● Em pré termos as suprarrenais não
respondem adequadamente a
estímulos à produção de aldosterona
que atua na reabsorção. Logo, o baixo
ritmo de filtração glomerular
associada a baixa sensibilidade de
aldosterona contribuem para que a
perda de Na+ e água seja mais
acentuada

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