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5 Toxoplasmose, sífilis e HIV

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Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
1 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
*A toxoplasmose congênita é uma doença 
infecciosa. 
*Resulta da transferência transplacentária do 
Toxoplasma gondii para o concepto, decorrente 
de: 
- infecção primária da mãe durante a 
gestação ou próxima à concepção; 
- reativação de infecção previa em mães 
imunodeprimidas; 
- reinfecção de uma gestante anteriormente 
imune com uma nova cepa devido à ingestão de 
alimentos onde amostras mais virulentas são 
predominantes. 
Risco de transmissão 
*O risco de transmissão materno-fetal é em 
torno de 40%, aumentando com o avançar da 
gestação. 
*O risco se aproxima de 100% quando a 
infecção materna ocorre no último mês da 
gestação. 
*O grau de comprometimento do concepto é 
maior quando a infecção ocorre no início da 
gestação. 
*Primeiro trimestre: de 8% a 14% dos 
conceptos apresentam formas clínicas graves, 
podendo evoluir para o óbito fetal ou neonatal, 
ou nos que sobrevivem ao período neonatal, tem 
sequelas importantes; 
*Segundo trimestre: de 20% a 40% 
apresentarão, ao nascimento, manifestações 
subclínicas; 
*Terceiro trimestre: de 59% a 72% dos 
recém-nascidos apresentam manifestações 
subclínicas e, mais raramente, um quadro grave 
de parasitemia. 
Fisiopatogenia 
*O ser humano pode ser infectado pelo 
toxoplasma por: 
- ingestão de cistos teciduais, presentes em 
carne animal crua ou malpassada; 
- ingestão de oocistos presentes em mãos, 
alimentos e água contaminados por fezes de 
gatos infectados; 
- transfusões de sangue e transplantes de 
órgãos contaminados, que são as formas mais 
raras de transmissão. 
*Quando a infecção aguda pelo Toxoplasma 
ocorre em gestantes, pode ocorrer transmissão 
do parasita ao feto pela via hematogênica 
transplacentária. 
*Após a ingestão do cisto ou oocisto pela 
gestante ocorre invasão de células do trato 
digestivo, fagocitose leucocitária do parasita, 
multiplicação intracelular, lise celular e 
disseminação hematogênica ou linfática. 
*A infecção da gestante é seguida de placentite 
e o feto pode ser infectado por via 
transplacentária durante a vida intrauterina, ou 
mais raramente, intraparto. 
Patologia 
*A necrose tissular é a lesão universal provocada 
pelo T. gondii. 
*Na infecção congênita pode ocorrer 
acometimento sistêmico de: 
- pulmões; 
- coração; 
- ouvidos; 
- rins; 
- músculo estriado; 
- intestino; 
- suprarrenais; 
- pâncreas; 
- testículos; 
- ovários; 
- sistema nervoso central. 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
2 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
*A meningoencefalite evolui com necrose, 
calcificações e formação de cistos em 
parênquima cerebral. 
*A hidrocefalia é causada pelo processo 
inflamatório com fenômenos obstrutivos e 
destruição de tecido cerebral. 
*Nos órgãos acometidos, pode-se encontrar os 
parasitos, nas formas de taquizoitos na fase 
aguda ou cistos na forma aguda ou na crónica. 
Quadro clínico 
*Cerca de 70% dos RN com infecção congênita 
são assintomáticos ao nascimento. 
*10% do total de crianças acometidas têm 
manifestações graves nos primeiros dias de 
vida, apresentando-se com doença 
multissistêmica ou com acometimento do 
sistema nervoso, associado ou não à forma 
ocular. 
*Pode ocorrer sobreposição das apresentações 
clinicas, ao lado de manifestações inespecíficas. 
Forma sistémica: 
*Corioretinite; 
*Hidrocefalia e 
*Meningoencefalite; 
*Calcificações cranianas; 
*Convulsões; 
*Anemia; 
*Icterícia; 
*Febre; 
*Esplenomegalia; 
*Linfoadenomegalia; 
*Hepatomegalia; 
*Microcefalia; 
*Vômitos; 
*Diarreia; 
*Catarata; 
*Eosinofilia; 
*Diátese hemorrágica; 
*Hipotermia; 
*Glaucoma; 
*Atrofia óptica; 
*Microftalmia; 
*Rash; 
*Miocardite; 
*Hidropisia fetal. 
Forma subclínica: 
*É a mais comum. 
*Ocorre em recém-nascido com história 
materna de soroconversão + sorologia positiva 
no recém-nascido + alterações discretas do 
liquor. 
*Posteriormente, pode ter o surgimento de 
sequelas oculares e neurológicas. 
*As sequelas neurológicas mais encontradas são: 
- hidrocefalia; 
- microcefalia; 
- retardo psicomotor; 
- convulsões; 
- hipertonia muscular; 
- hiperreflexia tendinosa; 
- paralisias; 
- surdez. 
*Quanto às complicações oftalmológicas pode-se 
observar: 
- microftalmia; 
- sinéquia de globo ocular; 
- estrabismo; 
- nistagmos; 
- catarata. 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
3 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Diagnóstico na gestante 
Comprovada: 
*Soroconversão gestacional. 
*Detecção do DNA do Toxoplasma gondii em 
líquido amniótico pela PCR. 
Provável: 
*IgG +, IgM +, avidez baixa, colhido em qualquer 
idade gestacional; 
Infecção aguda até 
50% em < 4 meses 
*Aumento progressivo nos títulos de IgG e/ou 
IgM IgM + e história clínica sugestiva de 
toxoplasmose aguda gestacional. 
Possível: 
*IgG+, IgM+, avidez alta ou indeterminada, 
colhido após 12 semanas de gestação. 
Infecção tardia > 
60%, em + 4 meses. 
*IgG, IgM +, em amostra única colhida em 
qualquer idade gestacional, sem realização de 
índice de avidez. 
Improvável: 
*IgG, IgM + ou -, índice de avidez alto, colhido 
antes de 12 semanas de gestação. 
Ausente: 
*IgG - e IgM - durante toda a gestação. 
*IgG + antes da concepção. 
*IgM + sem aparecimento de IgG. 
 
Tratamento 
*Em recém-nascidos sintomáticos e/ou 
assintomáticos com exames laboratoriais 
confirmatórios de infecção pelo Toxoplasma 
gondii devem ser tratados preferencialmente a 
partir da primeira semana de vida: 
- Sulfadiazina: 100mg/kg/dia via oral de 
12/12horas; 
- Pirimetamina: 2mg/kg/dia, via oral por dois 
dias a cada 12 horas e posteriormente 
1mg/kg/dia, dose única diária; 
- Ácido folínico: para combater a ação 
antifólica da pirimetamina, com supressão 
medular, preconiza-se 5 a 10mg, 3x na semana. 
Manter por uma semana após a retirada da 
pirimetamina. 
*A sulfadiazina e a pirimetamina associadas ao 
ácido folínico são usados por seis meses sob 
monitoração hematológica semanal no primeiro 
mês e posteriormente a cada 30 dias. 
*No segundo período, nos últimos seis meses, a 
sulfadiazina é usada diariamente e a 
pirimetamina em dias alternados, 3x na semana. 
*Se ocorrer neutropenia aumenta-se o ácido 
folínico para 10mg diariamente e em situações 
graves, com leucócito < 500/mm3, interrompe-se 
temporariamente a pirimetamina. 
*Quando há comprometimento do SNC e/ou 
ocular, associa-se ao tratamento a prednisona 
na dose de 0,5mg/kg/dose a cada 12 horas, via 
oral, até redução do processo inflamatório 
geralmente por quatro semanas. 
*Crianças com HIV e infecção congênita por 
toxoplasmose, ao término do primeiro ano de 
tratamento deve-se fazer o uso profilático de 
pirimetamina, sulfadiazina e ácido folínico por 
tempo indeterminado, de acordo com 
monitoramento. 
*Após resolução da encefalite os 
anticonvulsivantes podem ser descontinuados. 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
4 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Tratamento da gestante 
 
 
Seguimento do recém-nascido 
Exames laboratoriais: 
Hemograma: 
*Com contagem de plaquetas e tempo de 
protrombina em 72 horas, primeira e segunda 
semana de tratamento, juntamente com testes 
de função hepática e renal. 
*Manter acompanhamento semanal no primeiro 
mês, e posteriormente controle mensal. 
Infectologista pediatra: 
*Mensalmente até seis meses e posteriormente 
a cada dois meses até completar um ano. 
Oftalmologista: 
*A cada três meses no primeiro ano e 
posteriormente semestrais até os seis anos. 
Neuropediatra: 
*A cada três meses no primeiro ano e a cada 
seis meses até os seis anos. 
Neurocirurgião: 
*Conforme quadro clínico. 
Fonoaudiólogo: 
*Avaliação a cada três meses. 
Fisioterapeuta: 
*Acompanhamento desde o diagnóstico, para 
estimulação motora. 
Prevenção 
Avaliação sorológica pré-gestacional: 
*Triagem sorológica no primeiro trimestre e 
mensal nas gestantes susceptíveis. 
*Tratamento de gestantes infectadas. 
Educação higiênicadietético à 
gestante: 
*Lavar cuidadosamente frutas e verduras antes 
do consumo. 
*Não ingerir qualquer carne crua ou mal 
passada. 
*Higienizar muito bem as mãos após manipular 
alimentos. 
*Lavar faca e utensílios de cozinha após o uso. 
*Evitar beber água não filtrada ou fervida. 
*Evitar contato com fezes de gato. 
*Evitar mexer em areia e jardins. 
*Triagem neonatal para a infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
5 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
*No Brasil, nos últimos cinco anos, foi observado 
um aumento constante no número de casos de 
sífilis em gestantes, sífilis congênita e sífilis 
adquirida. 
*Esse aumento pode ser atribuído, em parte, à 
elevação nos números de testagem, decorrente 
da disseminação dos testes rápidos, mas 
também à diminuição do uso de preservativos, à 
redução na administração da penicilina na 
Atenção Básica e ao desabastecimento mundial 
de penicilina, entre outros. 
*A sífilis congênita é o resultado da transmissão 
da espiroqueta do Treponema pallidum da 
corrente sanguínea da gestante infectada para 
o concepto por via transplacentária ou, 
ocasionalmente, por contato direto com a lesão 
no momento do parto, na transmissão vertical. 
A maioria dos casos acontece porque a mãe não 
foi testada para sífilis durante o pré-natal ou 
porque recebeu tratamento não adequado para 
sífilis antes ou durante a gestação 
A transmissão vertical é passível de ocorrer em 
qualquer fase gestacional ou estágio da doença 
materna e pode resultar em aborto, natimorto, 
prematuridade ou um amplo espectro de 
manifestações clínicas; apenas os casos muito 
graves são clinicamente aparentes ao 
nascimento. 
*A sífilis em gestantes e a sífilis congênita são 
agravos de notificação compulsória. 
Avaliação inicial da criança 
exposta ou com sífilis congênita 
*Histórico materno de sífilis quanto ao 
tratamento e seguimento na gestação. 
*Sinais e sintomas clínicos da criança, que na 
maioria das vezes são ausentes ou inespecíficos. 
*Teste não treponêmico periférico da criança 
comparado com o da mãe. 
*É essencial garantir o seguimento de todas as 
crianças expostas à sífilis, excluída ou 
confirmada a doença em uma avaliação inicial, 
na perspectiva de que elas podem desenvolver 
sinais e sintomas mais tardios, 
independentemente da primeira avaliação e/ ou 
tratamento na maternidade. 
 
*A testagem simultânea da mãe e da criança, 
no pós-parto imediato, com o mesmo tipo de 
teste não treponêmico, configura o melhor 
cenário para a determinação do significado dos 
achados sorológicos da criança. 
*Todos os recém-nascidos, nascidos de mãe com 
diagnóstico de sífilis durante a gestação, 
independentemente do histórico de tratamento 
materno, deverão realizar teste não treponêmico 
no sangue periférico. 
No teste não treponêmico, um título maior que 
o materno em pelo menos duas diluições é 
indicativo de infecção congênita, no entanto, a 
ausência desse achado não exclui a 
possibilidade do diagnóstico de sífilis congênita. 
Não há correlação entre a titulação dos testes 
treponêmicos do recém-nascido e da mãe que 
possa sugerir sífilis congênita, dessa forma, não 
se recomenda a realização do teste 
treponêmico no bebê até os 18 meses. 
Teste Maternidade Seguimento O que avaliar 
Não 
treponêmico 
Amostra de 
sangue 
periférico do 
recém-
nascido e da 
mãe 
Não realizar 
coleta de 
Realizar com 
1, 3, 6, 12 e 
18 meses de 
idade. 
Interromper 
o 
seguimento 
laboratorial 
após 2 
testes não 
*Não 
reagente 
ou 
reagente 
com 
titulação 
menor, 
igual ou 
até uma 
diluição 
maior que 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
6 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
cordão 
umbilical. 
reagentes 
consecutivos. 
o 
materno: 
baixo 
risco de 
SC; 
*Reagente 
com 
titulação 
superior à 
materna 
em pelo 
menos 
duas 
diluições: 
SC. 
*Espera-se que os testes não treponêmicos 
declinem aos 3 meses de idade, devendo ser 
não reagentes aos 6 meses nos casos em que a 
criança não tiver sido infectada. 
*Se não houver esse declínio do teste não 
treponêmico, a criança deverá ser investigada 
para SC, com realização de exames 
complementares e tratamento conforme a 
classificação clínica, além de notificação do 
caso. 
*Idealmente, o exame deve ser feito pelo 
mesmo método e no mesmo laboratório. 
Teste Maternidade Seguimento O que avaliar 
Teste 
treponêmico 
Não realizar 
Não é 
obrigatório. 
Pode ser 
realizado a 
partir dos 18 
meses de 
idade. 
*Reagente 
após os 18 
meses idade: 
confirma o 
diagnóstico de 
sífilis 
congênita. 
*Não reagente: 
não exclui 
sífilis 
congênita nos 
casos em que 
a criança foi 
tratada 
precocemente. 
*Crianças com teste treponêmico reagente após 
18 meses de idade e que não tenham histórico 
de tratamento prévio deverão passar por uma 
avaliação completa, receber tratamento e ser 
notificadas como caso de sífilis congênita. 
Seguimento clínico laboratorial 
*A falha no tratamento em prevenir a 
ocorrência de sífilis congênita é indicada por: 
- persistência da titulação reagente do teste 
não treponêmico aos seis meses de idade E/OU; 
- aumento nos títulos não treponêmicos em 
duas diluições ao longo do seguimento. 
*Nos dois casos, as crianças serão notificadas 
para sífilis congênita e submetidas à punção 
lombar para estudo do LCR com análise do 
VDRL, contagem celular e proteína, devendo ser 
tratadas durante dez dias com penicilina 
parenteral, mesmo quando houver histórico de 
tratamento prévio. 
Criança com sífilis congênita 
*A sífilis congênita precoce pode surgir até o 
segundo ano de vida. 
*A sífilis congênita tardia é definida como 
aquela em que os sinais e sintomas surgem 
após os dois anos de idade da criança. 
*Quando a mãe não foi tratada ou foi tratada 
de forma não adequada durante o pré-natal, as 
crianças são classificadas como caso de sífilis 
congênita, independentemente dos resultados 
da avaliação clínica ou de exames 
complementares. 
*Independentemente do histórico de 
tratamento materno, as crianças com resultado 
de teste não treponêmico maior que o da mãe 
em pelo menos duas diluições são consideradas 
caso de sífilis congênita, devendo ser 
notificadas, investigadas, tratadas e 
acompanhadas quanto a aspectos clínicos e 
laboratoriais. 
*Todas as crianças com sífilis congênita devem 
ser submetidas a uma investigação completa, 
incluindo punção lombar para análise do liquor e 
radiografia de ossos longos. 
*As crianças com manifestação clínica, alteração 
liquórica ou radiológica de sífilis congênita e 
teste não treponêmico reagente preenchem 
critério para sífilis congênita, 
independentemente do histórico materno 
quanto ao tratamento e das titulações dos 
testes não treponêmicos. 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
7 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Exame físico da criança com 
sífilis congênita 
*Aproximadamente de 60% a 90% dos recém-
nascidos vivos são assintomáticos ao 
nascimento. 
*Apenas os casos mais graves nascem com 
sinais e sintomas. 
As manifestações clínicas das crianças com 
sífilis congênita raramente surgem após três a 
quatro meses. 
*2/3 desenvolvem sintomas em três a oito 
semanas. 
*A presença de sinais e sintomas ao nascimento 
depende do momento da infecção intrauterina e 
do tratamento durante a gestação. 
*São sinais mais frequentes: 
- hepatomegalia; 
- icterícia; 
- corrimento nasal, rinite sifilítica; 
- rash cutâneo; 
- linfadenopatia generalizada; 
- anormalidades esqueléticas. 
Manifestações clínicas de sífilis 
congênita precoce: 
Gestacionais/perinatais 
Natimorto/aborto 
espontâneo 
*Pode ocorrer em qualquer momento 
da gestação. 
Prematuridade - 
Baixo peso ao 
nascer - 
Hidropsia fetal 
não imune - 
Placenta 
*Placenta desproporcionalmente 
grande, grossa, pálida; villite 
proliferativa focal; arterite endo e 
perivascular; imaturidade difusa ou 
focal das vilosidades placentares. 
Cordão umbilical 
*Cordão umbilical edemaciadoe 
inflamado, que pode apresentar listras 
vermelhas e azuladas em alternância 
com áreas esbranquiçadas. 
*Pontos de abscesso na substância de 
Wharton, centradas ao redor dos vasos 
umbilicais. 
 
Sistêmicas 
Febre 
*Pode ser mais significativa em crianças 
nascidas de mães infectadas tardiamente 
na gestação. 
Hepatomegalia 
*Ocorre em praticamente todos os casos 
de crianças com sífilis congênita. 
*Está associada a icterícia e colestase. 
Esplenomegalia 
*Ocorre em aproximadamente 50% dos 
pacientes com hepatomegalia, não 
acontece isoladamente. 
Linfadenomegalia 
Generalizada 
*O linfonodo pode ser de até 1 cm, 
geralmente não flutuante e firme. 
Atraso no 
desenvolvimento 
neuropsicomotor 
- 
Edema *Causado por anemia/hidropsia fetal, 
síndrome nefrótica, desnutrição. 
 
Muco cutâneas 
Rinite 
sifilítica ou 
corrimento 
nasal 
*Pode ser um sinal precoce, surgindo 
após a primeira semana de vida. 
*Ocorre em aproximadamente 40% dos 
casos. 
*A secreção contém espiroquetas e é 
infectante. 
Rash 
maculopapular 
*Geralmente aparece 1 a 2 semanas após 
a rinite. 
*Apresenta-se como lesões ovais, 
inicialmente vermelhas ou rosadas, 
evoluindo para coloração marrom 
acobreada, que podem estar associadas à 
descamação superficial, 
caracteristicamente nas regiões palmar e 
plantar. 
*São mais comuns na região glútea, nas 
costas e parte posterior das coxas. 
*As lesões contêm espiroquetas e são 
infectantes. 
Rash 
vesicular, 
pênfigo 
sifilítico 
*Pode estar presente ao nascimento, 
desenvolvendo-se mais frequentemente 
nas primeiras quatro semanas de vida. 
*É amplamente disseminado. 
*O fluido vesicular contém espiroquetas 
e é infectante. 
Condiloma 
lata 
*Único ou múltiplo. 
*Lesões planas, verrucosas, úmidas ao 
redor da boca, narinas e ânus e outras 
áreas da pele em que há umidade ou 
fricção. 
*Frequentemente presente sem qualquer 
outro sintoma associado. 
*As lesões contêm espiroquetas e são 
infectantes. 
Icterícia *Hiperbilirrubinemia secundária à 
hepatite sifilítica e/ou hemólise. 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
8 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Hematológicas 
Anemia 
*Período neonatal é hemolítica. 
*Pode persistir após tratamento 
efetivo. 
*Após 1 mês de idade: pode ser crônica 
e não hemolítica. 
Trombocitopenia 
*Algumas vezes associada a 
sangramento ou petéquias. 
*Pode ser a única manifestação da 
infecção congênita. 
Leucopenia - 
Leucocitose - 
 
Musculoesqueléticas 
Pseudoparalisia 
de Parrot 
*Ausência de movimentação de um 
membro causada por dor associada à 
lesão óssea. 
*Afeta com mais frequência membros 
superiores que inferiores. 
*Geralmente é unilateral. 
*Raramente é presente ao nascimento. 
Anormalidades 
radiográficas 
*Anormalidade mais comum na sífilis 
congênita precoce não tratada. 
*É tipicamente múltipla e simétrica, 
acometendo principalmente ossos 
longos. 
*Pode ocorrer dor à movimentação ativa 
ou passiva dos membros e, por causa da 
dor, a criança pode apresentar-se 
irritada e tendente à imobilidade. 
Periostite 
*Espessamento periosteal irregular, 
especialmente na diáfise. 
*Geralmente extensa, bilateral e 
simétrica. 
Sinal de 
Wegner 
*Osteocondrite metafisária, visível nas 
extremidades principalmente do fêmur 
e do úmero. 
*Há uma sombra de maior densidade, 
que é a matriz calcificada, com 
formação “em taça” da epífise. 
Sinal de 
Wimberger 
*Desmineralização e destruição óssea da 
parte superior medial tibial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neurológicas 
Anormalidades 
no liquor LCR 
*VDRL reagente no liquor. 
 
Proteína 
Leptomeningite 
sifilítica aguda 
*Surge geralmente entre 3 e 6 meses, 
é semelhante à meningite bacteriana, 
com alterações liquóricas mais 
consistentes. 
Sífilis crônica 
meningovascular 
*Surge a partir do fim do primeiro ano 
de vida. 
*Hidrocefalia; paralisia de nervo 
craniano; deterioração do 
desenvolvimento 
intelectual/neuropsicomotor; infarto 
cerebral. 
*Curso prolongado. 
Seguimento clínico da criança 
com sífilis congênita 
Procedimento Frequência e duração O que avaliar 
Consultas 
ambulatoriais 
de 
puericultura 
Seguimento habitual 
na rotina da 
puericultura, 
conforme 
recomendação da 
Saúde da criança. 
*Deve ser 
realizada busca 
ativa de sinais e 
sintomas a cada 
retorno. 
*Especial 
atenção deve ser 
dada aos sinais e 
sintomas clínicos, 
além de 
vigilância quanto 
ao 
desenvolvimento 
neuropsicomotor. 
*Aproveitar o 
momento da 
consulta para 
avaliar risco de 
outras IST 
maternas. 
 
Procedimento Frequência e duração O que avaliar 
Consulta 
oftalmológica 
Semestrais por 2 
anos 
*Buscar 
anomalias 
oftalmológicas. 
Consulta 
audiológica 
Semestrais por 2 
anos 
*Buscar 
anomalias 
auditivas. 
Consulta 
neurológica 
Semestrais por 2 
anos 
*Avaliar o 
desenvolvimento 
neuropsicomotor. 
Tratamento 
*Benzilpenicilina, potássica/cristalina, procaína ou 
benzatina. 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
9 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
*Para as crianças com sífilis congênita que 
apresentem neurossífilis, a cristalina é o 
medicamento de escolha, sendo obrigatória a 
internação hospitalar. 
*Na ausência de neurossífilis, a criança com 
sífilis congênita pode ser tratada com 
benzilpenicilina procaína fora da unidade 
hospitalar, por via intramuscular, ou com 
benzilpenicilina potássica/ cristalina, por via 
endovenosa, internada. 
*A benzilpenicilina benzatina é uma opção 
terapêutica, mas restrita às crianças cuja mãe 
não foi tratada ou foi tratada de forma não 
adequada, e que apresentem exame físico 
normal, exames complementares normais e 
teste não treponêmico não reagente ao 
nascimento. 
Alternativas de tratamentos: 
Benzilpenicilina benzina DU: 
*Crianças nascidas de mães não tratadas ou 
tratadas de forma não adequada, com exame 
físico normal, exames complementares normais 
e teste não treponêmico não reagente ao 
nascimento. 
*Benzilpenicilina 50.000 UI/kg, intramuscular, 
dose única. 
Benzilpenicilina por 10 dias: 
*Benzilpenicilina procaína 50.000 UI/kg, IM, 
uma vez ao dia, por 10 dias 
OU 
*Benzilpenicilina potássica, cristalina, 50.000 
UI/kg, IV, de 12/12h em crianças com menos de 
1 semana de vida, e de 8/8h em crianças com 
mais de 1 semana de vida, por 10 dias. 
Período pós-natal: 
*Benzilpenicilina potássica, cristalina, 50.000 
UI/kg, IV, de 4/4h a 6/6h, por 10 dias. 
*Crianças diagnosticadas com sífilis congênita 
após um mês de idade e aquelas com sífilis 
adquirida deverão ser tratadas com 
benzilpenicilina potássica/cristalina. 
Tratamento materno adequado: 
*Registro de tratamento completo com 
benzilpenicilina benzatina, adequado para o 
estágio clínico, co primeira dose realizada até 
30 dias antes do parto. 
Opções terapêuticas: 
*Benzilpenicilina potássica/cristalina 50.000 
UI/kg, intravenosa, de 12/12h na primeira semana 
de vida, de 8/8h após a primeira semana de 
vida, por 10 dias. É necessário reiniciar o 
tratamento se houver atraso de mais de 24 
horas na dose. 
*Benzilpenicilina procaína 50.000 UI/kg, 
intramuscular, uma vez ao dia, por 10 dias. É 
necessário reiniciar o tratamento se houver 
atraso de mais de 24 horas na dose. 
*Benzilpenicilina benzatina 50.000 UI/kg, 
intramuscular, dose única. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
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Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
HIV
 
Cuidados imediatos com o RN exposto ao HIV 
CUIDADOS NA SALA DE PARTO E PÓS-PARTO 
IMEDIATO 1. Sempre que possível, realizar o 
parto empelicado, com a retirada do neonato 
mantendo as membranas corioamnióticas 
íntegras. 2. Clampear imediatamente o cordão 
após o nascimento, sem qualquer ordenha. 3. 
Imediatamente após o nascimento (ainda na 
sala de parto), realizar o banho, 
preferencialmente com chuveirinho, torneira ou 
outra fonte de água corrente. Limpar com 
compressas macias todo sangue e secreções 
visíveisno RN. A compressa deve ser utilizada 
de forma delicada, com cuidado ao limpar as 
secreções, para não lesar a pele frágil da 
criança e evitar uma possível contaminação. 4. 
Se necessário, aspirar delicadamente as vias 
aéreas do RN, evitando traumatismos em 
mucosas. 5. Aspirar delicadamente, também, o 
conteúdo gástrico de líquido amniótico (se 
necessário) com sonda oral, evitando 
traumatismos. Se houver presença de sangue, 
realizar lavagem gástrica com soro fisiológico. 6. 
Colocar o RN junto à mãe o mais brevemente 
possível. 7. Iniciar a primeira dose do AZT 
solução oral (preferencialmente ainda na sala 
de parto), logo após os cuidados imediatos ou 
nas primeiras 4 horas após o nascimento. 8. 
Quando indicado, administrar a NVP o mais 
precocemente possível, antes das primeiras 48 
horas de vida (Quadro 4). 9. Orientar a não 
amamentação e inibir a lactação com 
medicamento (cabergolina). Orientar a mãe para 
substituir o leite materno por fórmula láctea 
até 6 meses de idade. O aleitamento misto 
também é contraindicado. Pode-se usar leite 
humano pasteurizado proveniente de banco de 
leite credenciado pelo MS (p. ex., RN pré-termo 
ou de baixo peso). Se em algum momento do 
seguimento a prática de aleitamento for 
identificada, suspender o aleitamento e solicitar 
exame de CV para o RN (ver Capítulo 4). 
MATERNIDADE: CUIDADOS ANTES DA ALTA 10. 
É recomendado o alojamento conjunto em 
período integral, com o intuito de fortalecer o 
vínculo mãe-filho. 11. Iniciar precocemente (ainda 
na maternidade ou na primeira consulta 
ambulatorial) o monitoramento laboratorial em 
todas as crianças expostas (independentemente 
de serem pré-termo ou não), considerando a 
possibilidade de eventos adversos aos ARV 
utilizados pela mãe (ver detalhes no Quadro 8). 
12. São terminantemente contraindicados o 
aleitamento cruzado (amamentação da criança 
por outra nutriz) e o uso de leite humano com 
pasteurização domiciliar. Orientar a mãe a 
substituir o leite materno por fórmula láctea 
até a criança completar 6 meses de idade. 13. 
Anotar no resumo de alta do RN as informações 
do pré-natal, as condições do nascimento, o 
tempo de uso do AZT injetável na mãe, o 
momento do início do AZT xarope e da NVP no 
RN, dose utilizada, periodicidade e data de 
término, além das mensurações 
antropométricas, tipo de alimento fornecido à 
criança e outras informações importantes 
relativas ao parto. Essas informações deverão 
ser disponibilizadas ao Serviço de Assistência 
Especializada (SAE) e à Unidade Básica de 
Saúde (UBS) que acompanharão a criança e a 
puérpera. 14. A alta da maternidade é 
acompanhada de consulta agendada em serviço 
especializado para seguimento de crianças 
expostas ao HIV. O comparecimento a essa 
consulta necessita ser monitorado. Em caso de 
não comparecimento, contatar a puérpera. A 
data da primeira consulta não deve ser superior 
a 15 dias a contar do nascimento, idealmente na 
primeira semana de vida. 15. Preencher as fichas 
de notificação da “Criança exposta ao HIV” (ver 
Capítulo 2) e enviá-las ao núcleo de vigilância 
epidemiológica competente. 16. Atentar para as 
anotações feitas na carteira do RN referentes a 
dados que remetam à exposição ao HIV 
(comprometendo o sigilo), uma vez que se trata 
de um documento comumente manuseado pela 
família e algumas vezes requerido no trabalho 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
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Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
dos progenitores para liberação do salário 
família e para frequência à creche. 
A amamentação é contraindicada para mulheres 
infectadas pelo HIV. 
A inibição farmacológica da lactação deve ser 
realizada imediatamente após o parto, 
utilizando-se cabergolina 1,0 mg via oral, em 
dose única (dois comprimidos de 0,5 mg por via 
oral), administrada antes da alta hospitalar. 
Para eficácia da medida, a profilaxia deve ser 
iniciada o mais precocemente possivel após o 
nascimento, preferencialmente nas primeiras 
quatro horas de vida. A indicação da profilaxia 
após 48 horas do nascimento deve ser avaliada 
de forma individualizada) 
O esquema passa a ser composto de três 
antirretrovirais Zidovudina (AZT), Lamivudina 
(3TC) e Raltegravir (RAL). Este esquema de 
profilaxia deverá ser administrado por 28 dias 
Crianças do grupo de baixo risco permanecem 
com a profilaxia contendo apenas AZT por 28 
dias 
QUADRO 1. Classificação de Risco de exposição 
ao HIV 
Alto Risco: 
Mães sem pré-natal OU; 
Mães sem TARV durante a gestação OU 
Mães com indicação para profilaxia no momento 
do parto e que não a receberam OU 
Mães com inicio de TARV após 24 metade da 
gestação Ou 
Alto Risco 
O 
Miles com infecção aguda pelo Hiv durante a 
gestação ou aleitamento Ou; Mães com CV-HIV 
detectável no 3º trimestre, recebendo ou não 
TARV OU; 
Mães sem CV-HIV conhecida QU 
Mães com Teste Rápido (TR) positivo para o 
HIV no momento do parto (sem diagnostico 
e/ou 
seguimento prévio). 
Baco Risco: 
Uso de TARV ra gestação E com Carga Viral 
(CV) do HIV indetectável 
trimestre) Esem falha na adesão à TARV 
As doses recomendadas dos ARV são: 
Zidovudina (AZT) Solução Oral 10mg/mL: 
Recém-nascido (RN) com 35 semanas de idade 
gestacional ou mais: 4mg/kg/dose, 12/12 h; 
RN entre 30 e 35 semanas de idade 
gestacional: 2mg/kg/ dose de 12/12h por 14 dias 
e 3mg/kg/dose de 12/12h a partir do 15% dia; 
RN com menos de 30 semanas de idade 
gestacional: 2mg/kg/dose, de 12/12h; A dose do 
AZT IV, quando necessaria, e 75% da dose VO, 
com o mesmo intervalo entre as doses. 
Lamivudina (3TC) Solução Oral 10mg/mL: 
RN com 32 semanas de idade gestacional ou 
mais: Do nascimento até 4 semanas de vida: 
2mg/kg/dose, de 12/12h 
3. 
Raltegravit (RAL) 100 mg granulado para 
suspensão oral: 
1 semana: 1,5 mg/kg 1x por dia; 
A partir da 21 semana até 4# semana: 3 mg/kg 
2.x por dia. 
Indicações de exames HMG: O efeito adverso + 
comum é a anemia relacionada 
ao uso de AZT 
Provas de função hepática e 
glicemia: 
Devido ao risco potencial de alterações 
metabólicas relatadas 
em crianças expostas, em casos raros, o uso 
crônico de NVP foi associado a exantema e 
hepatite tóxica, porém, esses efeitos adversos 
não foram observados no uso da profilaxia com 
dois medicamentos (AZT e três doses de NVP). 
Professora Gabriela Vieira 26.10.2022 
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Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Acompanhamento da criança exposta à sifilis e 
as hepatites Be C: 
Efeitos adversos à lactente 
TARV materna no feto, no RN e no 
Risco de prematuridade: 
Toxicidade mitocondrial: O aumento transitório 
do lactato sérico pode ocorrer em crianças 
expostas aos inibidores nucleosidicos da 
transcriptase reversa, porém, não se sabe ao 
certo o seu significado clínico. Apesar de a 
disfunção mitocondrial ser considerada uma 
questão controversa, recomenda-se, devido à sua 
gravidade, o seguimento em longo prazo das 
crianças expostas aos ARV 
Convulsões febris: Foi também observado, em 
um estudo de coorte francesa, um 
aumento na taxa de convulsões febris precoces 
em crianças 
não infectadas e expostas a ARV 
Alterações cardiacas: 
varam desde miocardiopatia assintomática até 
quadros de insuficiência cardiaca grave. 
Independentemente de terem sido ou não 
infectadas, apresentam anormalidades 
cardiovasculares persistentes, com pior função 
ventricular esquerda e cardiaca em relação às 
crianças do grupo controle. 
Redução dos niveis séricos de insulina no RN: 
ARV diminuem a tolerância à glicose. Isso se dá 
pela secreção efou ação diminuida da insu- lina 
ou pelo efeito tóxico direto desses agentes 
sobre as células betapancreaticas. O uso dos 
inibidores de protease tem sido relacionado ao 
surgimento de intolerância á glicose e casos de 
diabetes.

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