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Sepse neonatal

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Professora Letícia 06.10.2022 
1 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Sepse neonatal 
 
Introdução 
*A sepse é definida como a presença, sendo 
provável ou documentada, de infecção associada 
a manifestações sistêmicas de infecção. 
*A Sepse Neonatal é definida como uma 
síndrome clínica caracterizada por sinais 
sistêmicos de infecção acompanhados pela 
presença de bacteremia no primeiro mês de 
vida, apresentando ou não hemocultura positiva. 
*A incidência da sepse neonatal é 
extremamente alta, tendo a sepse bacteriana 
como a principal causa de morbidade e 
mortalidade em recém-nascidos, com destaque 
para aqueles de muito baixo peso. 
Classificação: 
Sepse precoce: 
*Tem início com menos que 48hs/vida. 
*São decorrentes da contaminação do RN por 
bactérias do canal de parto, ou secundárias a 
bacteremias maternas, por: 
- Streptococcus agalactiae; 
- Listeriamonocitogenes; 
- Escherichia coli. 
Sepse tardia: 
*Tem início com mais de > 48hs/vida. 
*São decorrentes da comtaminação do RN por 
micro-organismos da microbiota própria de cada 
serviço, geralmente por: 
- Staphylococcus aureus, que são os principais 
agentes de infecção. 
*Em alguns hospitais, o estafilococo coagulase-
negativa já é o principal agente e os fungos 
vêm assumindo importância cada vez maior. 
Critérios para diagnóstico 
suspeito de infecção neonatal: 
*Os aspectos fundamentais para a suspeição de 
uma infecção neonatal são a história pré-natal e 
os achados clínicos. 
*A sepse neonatal é diagnosticada através do 
isolamento do agente causal em culturas de 
sítios normalmente estéreis do organismo. 
Sangue, líquido cefalorraquidiano, urina, 
líquido pleural, liquido peritoneal. 
*Pelo fato dos sinais clínicos serem 
inespecíficos, tem-se dificuldade no diagnóstico 
de infecção com bases clínicas, associado a 
sensibilidade das culturas que não ultrapassam 
80%. 
*Dessa forma o diagnóstico acaba sendo feito 
considerando a clínica do paciente e levando 
em consideração os fatores de risco para 
infecção e a utilização de exames laboratoriais, 
para assim se iniciar a antibioticoterapia 
adequada, que é de fundamental importância. 
Fatores de risco para infecção neonatal 
Maternos Recém-Nascido Parto 
Colonização 
materna por 
Streptococcus 
GB 
Prematuridade Trabalho de 
parto prolongado 
Rotura de 
membranas > 
18hs 
Baixo peso Parto em 
condições 
sépticas 
Febre materna, 
últimas 48hs 
Asfixia perinatal, 
suspeita ou 
confirmada 
Trabalho de 
parto prematuro 
e sem causa 
ITU, sem 
tratamento ou 
em tratamento < 
72hs 
Procedimentos 
invasivos 
Clampeamento 
de cordão com 
materiais não 
estéreis 
Sinais de 
Corioaminionite 
Cirurgias Contaminação 
com fezes 
maternas em 
sala de parto 
Leucograma 
alterado 
Tempo de 
internação 
prolongado, > 1 
semana 
 
Vulvovaginite 
Líquido 
amniótico 
fétido/purulento 
 
Professora Letícia 06.10.2022 
2 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
*É importante lembrar que causas infecciosas e 
não infecciosas podem coexistir no mesmo 
paciente, além disso, as manifestações de 
falências de diversos órgãos podem simular uma 
apresentação clínica de sepse neonatal. 
Principais sinais e sintomas em sepse 
neonatal 
Desconforto respiratório, taquipneia, dispneia, 
bradipnéia ou apneia 
Instabilidade hemodinâmica 
Hipoatividade ou letargia 
Intolerância alimentar 
Vômitos 
Distensão abdominal 
Hipotermia ou hipertermia 
Hipotonia 
Hiperglicemia ou hipoglicemia 
Sucção débil 
Icterícia 
Hepatomegalia 
Acidose metabólica 
Convulsões 
CIVD 
Sepse neonatal precoce 
 
Sepse neonatal tardia: 
FLUXOGRAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exames laboratoriais 
Hemograma: 
*Com intuito de diminuir a subjetividade da 
avaliação do hemograma e uniformizar essa 
interpretação, foi criado o Escore Hematológico 
de Rodwell 
Critérios Avaliados e Pontuação do Escore 
Hematológico de Rodwell 
Critério Valores Normais Pontuação 
Leucopenia 
ou 
leucocitose 
Leucopenia < 
5.000 
1 ponto 
Leucocitose: 
. ao nascer: > 
25.000; 
.de 12 a 24 hs: > 
30.000; 
.48 hs: > 21.000 
Neutrofilia ou 
neutropenia 
 
Observar tabela 
abaixo de acordo 
com peso ao 
nascer e horas 
de vida 
1 ponto 
Neutrófilos 
imaturos 
Observar tabela 
abaixo de acordo 
com peso ao 
nascer e horas 
de vida 
1 ponto 
Índice 
neutrofílico 
aumentado 
Observar tabela 
abaixo de acordo 
com peso ao 
1 ponto 
Professora Letícia 06.10.2022 
3 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
 nascer e horas 
de vida 
Alterações 
degenerativas 
dos 
neutrófilos 
Granulações 
tóxicas 
vacuolização 
1 ponto 
Plaquetopenia < 150.000 1 ponto 
Culturas: 
Hemoculturas: 
*Nos casos dos RN´s com suspeita clínica de 
infecção, deverá ser coletado hemocultura antes 
do início da primeira dose dos antibióticos, ou, 
caso já venha em uso de antibiótico da outra 
unidade, colher na admissão. 
Aspirado Traqueal: 
*Na suspeita clínica de infecção e caso paciente 
se encontre intubado, colher cultura de aspirado 
traqueal. 
Urocultura: 
*Deverá ser realizada apenas por sondagem 
vesical com técnica asséptica e após 72hs de 
vida. 
PCR: 
*Valor de referência: < 6mg/dl. 
*Causas não infecciosas que também podem 
elevar a PCR: síndrome do desconforto 
respiratório, hemorragia intraventricular, 
síndrome da aspiração do mecônio e outros 
processos inflamatórios. 
*Valor de PCR alterado isoladamente não deve 
ser utilizado como único parâmetro para 
indicação de tratamento ou diagnóstico de 
infecção. 
Líquor: 
*A punção lombar deverá sempre ser realizada 
nas seguintes ocasiões: 
- quando instalado quadro de sepse tardia; 
- em cada troca de antibiótico. 
*A menos que haja alguma das seguintes 
contraindicações: 
- sinais de hipertensão intracraniana; 
- instabilidade cardiovascular importante; 
- plaquetopenia < 50.000. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Liquor, critérios de avaliação em neonatologia 
Celularidade Suspeito: > 15/mm³ 
Meningite: > 20/mm³ 
Glicose 80% da glicemia 
Proteína > 100 mg% 
Em caso de acidente de punção – considerar como 
punção atraumática quando contagem de hemáceas 
≤ 1.000 cels/mm³ 
Em caso de acidente de punção: 
Descontar hemácias 
do nº de células 
nº hemácias ÷ 700 
Ou, quando possível: 
nº hemácias do 
hemograma ÷ nº de 
leucócitos do 
hemograma e dividir 
o nº de hemácias do 
LCR por esse 
quociente 
Descontar o nº de 
proteínas 
1,5mg% para cada 
1.000 hemácias 
*Os pedidos de exames de líquor deverão 
conter: 
- Citologia/Citometria; 
- Bioquímica de rotina do liquor; 
- Bacterioscopia ao GRAM; 
- Cultura, com pesquisa de Gram +, Gram -, 
anaeróbios e fungos. 
Professora Letícia 06.10.2022 
4 
Anna Laura Vilela de Oliveira Assis 
Tempo médio de 
antibioticoterapia 
O tempo médio de uso de antibioticoterapia 
deverá ser individualizado, levando em conta o 
germe isolado, a localização da infecção e a 
clínica do paciente, no entanto, de um modo 
geral podemos nos guiar pelos dados da tabela 
abaixo: 
TABELA

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