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e-Book 4 Jefferson Rosado SINTAXE DA LÍNGUA PORTUGUESA Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA ����������������������� 5 Concordância nominal ���������������������������������������������������������� 5 Concordância verbal ������������������������������������������������������������� 9 Sintaxe de regência ������������������������������������������������������������� 12 Pronomes objetos ��������������������������������������������������������������� 16 Sintaxe de colocação pronominal ������������������������������������� 18 ESTUDO DE CASO ����������������������������������������23 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������33 3 INTRODUÇÃO O trajeto já percorrido deu-nos a oportunidade de conhecer as estruturas básicas das construções sintáticas, tanto no que se refere ao Período Sim- ples, com o estudo das estruturas formadoras das orações, quanto no que se refere ao Período Composto, com as relações entre as orações dentro dos períodos� Além das estruturas sintagmáticas e frasais, a Sintaxe também se interessa pelas relações entre palavras dentro da oração, relações que se esta- belecem em três níveis: y De concordância entre substantivos, determi- nantes e qualificadores (concordância nominal) ou entre sujeito e verbo (concordância verbal). y Das relações entre palavras que pedem comple- mentos preposicionados ou não, entre substantivo e complemento nominal (regência nominal) ou entre verbo e objeto (regência verbal). y Da colocação dos pronomes oblíquos átonos em relação ao verbo (colocação pronominal). Neste módulo, nosso objetivo é explicar cada uma dessas três possibilidades de relações sintáticas, bem como informar as normas básicas mais impor- tantes solicitadas pela Norma Padrão� Com isso, pode-se utilizar dessas informações no momento 4 de produzir textos em conformidade com a Norma Padrão em ambiente acadêmico e coorporativo� Em seguida, o foco será explicar maneiras de como aplicar os princípios de concordância, regência e colocação pronominal para utilização no dia a dia, nos níveis da oralidade e da informalidade, seguindo os usos do português brasileiro, que muitas vezes está em desacordo com regras estabelecidas pela influência do português lusitano, previstas nas gramáticas tradicionais, o que faz sentido para os portugueses, mas não para os brasileiros� Por fim, trataremos de alguns estudos de caso, os quais trarão luz e ajudarão a aproveitar, de modo mais eficiente, as possibilidades dadas pela Sintaxe, para uma utilização mais abrangente e eficaz do nosso idioma� 55 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA Segundo as gramáticas de viés mais tradicional, há dois tipos de concordância possíveis: y Concordância nominal: realizada entre o substantivo, parte central e mais importante, e os elementos que o determinam, como os artigos, numerais, pronomes e qualificativos (adjetivos e locuções adjetivas). y Concordância verbal: feita com o verbo em relação ao seu sujeito na oração, que é o elemento nuclear� A seguir, trataremos de cada uma delas em detalhes� CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal trabalha o aspecto lógico de que deve existir uma harmonia entre os ele- mentos determinantes e qualificativos em relação ao substantivo na oração� Tais elementos devem concordar sempre com o substantivo em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural). O substantivo determina como esses elementos orbitais estarão flexionados. Se o substantivo for masculino e singular, os elementos que o circundam devem também estar no masculino e no singular, 66 e assim por diante� Por exemplo: Aquele menino baixinho deve ter uns dois anos, e a sua mãe é essa senhora que está ali� Perceba que aquele e baixinho concordam com o substantivo menino, que uns e dois concordam com o substantivo anos, que sua concorda com o substantivo mãe e que essa concorda com o substantivo senhora� Isso tudo pode até parecer bem óbvio, pois é in- tuitivo� A Concordância Nominal é bem lógica e intuitiva� Raramente uma pessoa se engana para fazê-la� No entanto, há alguns casos em que essa lógica fica um pouco difícil de ser definida. Sendo assim, é necessário verificar como a Norma Padrão resolve determinados casos específicos de dificul- dade em se estabelecer a Concordância Nominal: y Adjetivo posposto referente a mais de um substantivo de número e gênero diferentes: quando o adjetivo vem depois de substantivos de gênero e número diferentes, há duas possibilidades de concordância: (i) ir para o masculino plural (pre- fere-se esta possibilidade); (ii) concordar com o substantivo mais próximo a ele� Por exemplo: “Ti- nha os pés e as mãos sujos de lama” (masculino plural) ou “Tinha os pés e as mãos sujas de lama” (substantivo mais próximo). y Adjetivo anteposto referente a mais de um substantivo de número e gênero diferentes: quando 77 um adjetivo está antes dos substantivos, em geral, é melhor que concorde com o mais próximo� Por exemplo: “Você tinha escolhido mau lugar e hora para aquela discussão” (substantivo mais próximo). y Quando dois ou mais adjetivos se referem a um só substantivo determinado por artigo: nestes casos, duas construções são possíveis� Por exem- plo: “Estudei as línguas portuguesa e francesa” ou “Estudei a língua portuguesa e a francesa”� y Adjetivos acompanhados da preposição de e que se referem a pronomes indefinidos, como nada e algo: Normalmente, vão para o masculino, mas podem, sem problemas, ir para o feminino� Por exemplo: “Sua vida não tem nada de misterioso” ou “As meninas não tinham nada de ingênuo (ou de ingênuas)”. y Se o sujeito de uma oração for um pronome de tratamento, o adjetivo concorda com a pessoa a quem se refere� Por exemplo: “Vossa Excelência pode ficar calma” (trata-se de uma mulher). y Expressões impessoais, como é preciso/neces- sário ficam no masculino antepostas ao sujeito, mesmo que se refiram a palavras femininas. Por exemplo: “É necessário cautela nesses casos”� Contudo, se o sujeito vier antes da expressão, ela vai para o feminino� Por exemplo: “A cautela é necessária nesses casos”� 88 y Verbo no particípio como adjetivo em relação a substantivo determinado ou não: Preste atenção nas seguintes construções abaixo: (i) Proibida a entrada de pessoas estranhas (o substantivo determinado por artigo exige concordância para o feminino); (ii) Proibido entrada de pessoas es- tranhas (o substantivo não está determinado por artigo, podemos deixar a qualidade no masculino). y Anexo e incluso: são adjetivos e, por isso, devem concordar com os substantivos a que se referem� Por exemplo: “Enviamos anexas as provas bimes- trais”; “Seguem anexos documentos solicitados”; “Está inclusa a refeição diária no pacote”; “Tudo está incluso nessa modalidade de seguro”� A expressão em anexo, muito utilizada, deve ser evitada� Podemos usar a palavra anexo como adjetivo� Essa expressão é um galicismo, isto é, uma expressão vinda do francês en annexe, que lá existe� Por aqui, é considerada como estrangei- rismo desnecessário� y Meio: quando se refere a adjetivos, meio é um advérbio e, enquanto tal, não varia, ficando sempre no masculino, independentemente de o adjetivo ser masculino ou feminino� Por exemplo: “Ele está meio cansado” ou “Ela está meio cansada”� Conforme a Norma Padrão, não se pode dizer “meia cansada”, embora se encontra um sem número 99 de casos assim� Observe que, quando se refere a substantivos, meia é um pronome indefinido, portanto, deve concordar com eles, no sentido de a metade de algo� Por exemplo: “Comi meia maçã” (metade dela) ou “O lavrador capinou meio terreno” (metade dele). Menos: palavra invariável� Assim, menos pessoas, menos homens, menos mulheres, menos estressada, menos ódio etc� Embora se possa encontrar muitos casos de menas antepostoa nomes femininos (menas pessoas/mulheres/casas/cidades etc.), essa forma deve ser evitada em contextos mais formais, pois é considerada errada pela Norma Padrão� Logo, evite essa construção� y Possível: Em expressões superlativas, pode ir para o singular ou plural� Por exemplo: “Escolhi os exercícios mais fáceis possível / possíveis”� CONCORDÂNCIA VERBAL O verbo deve sempre concordar com o sujeito a que se refere� Também é um caso intuitivo e, na grande maioria das vezes, não temos dificuldades em manter a concordância� Basta encontrar o sujeito e, a partir deste, colocar o verbo no singular ou no plural� Entretanto, alguns casos trazem confusão� Por isso, analisaremos prescrições segundo a Norma Padrão: 1010 y Sujeito simples: o verbo concorda em número com o sujeito� Por exemplo: O rapaz foi ao mercado ontem pela manhã� Nesse sentido, vale lembrar que a expressão a gente, usada em vez do pronome pessoal nós, é singular, por isso o verbo fica no singular. Por exemplo: A gente vai se ver amanhã� / Nós vamos nos ver amanhã� y Sujeito composto e de pessoas diferentes: a regra é simples: a primeira pessoa (eu) prevalece sobre a segunda pessoa (tu) e a terceira pessoa (ele); a segunda pessoa (tu) prevalece sobre a terceira pessoa (ele); sujeitos compostos por eu e demais pessoas vão para a primeira do plural (nós); sujeitos compostos por tu e ele vão para a segunda do plural (vós); sujeitos na terceira pessoa vão para a terceira do plural (eles). Por exemplo: Eu e tu (nós) vamos ao cinema; Eu e ele (nós) vamos ao cinema; Tu e ele (vós) sabeis o que fazer; Ele e ela (eles) compraram uma casa nova� y Sujeito composto da terceira pessoa: se o verbo está depois dos sujeitos, ele vai para a 3ª pessoa do plural; se o verbo estiver antes dos sujeitos, ele pode ir para a 3ª pessoa do plural ou concordar com o sujeito mais próximo� Por exemplo: A esposa e o marido seguiram a viagem (3ª pessoa plural); Seguiu a viagem a esposa e o marido (sujeito 1111 próximo); Seguiram a viagem a esposa e o marido (3ª pessoa plural). Sujeito coletivo: se o sujeito for coletivo, o ver- bo deve permanecer no singular� Por exemplo: A banda tocou muitas músicas. Contudo, se o coletivo estiver determinado por substantivos no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por exemplo: O bando de aves voava no céu ou O bando de aves voavam no céu� Apesar de ser aceita por alguns gramáticos, o segundo exemplo não soa bem, podendo-se dar preferência ao primeiro� y Pronomes relativos que e quem como sujeitos: nas orações adjetivas, os pronomes relativos que e quem repetem os antecedentes da oração anterior e podem funcionar como sujeitos� Se o sujeito for que, o verbo concorda com seu antecedente; se for quem, o sujeito pode concordar com o ante- cedente ou ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: Fui eu que vi a cena; Foi ela que estudou o caso; Fui eu quem vi a cena; Fomos nós quem estudamos o caso; Fui eu quem viu a cena; Fomos nós quem estudou o caso� y Pronomes de tratamento: apesar de se refe- rirem à segunda pessoa (com quem se fala), os pronomes de tratamento pertencem à terceira pessoa� Assim, os verbos devem permanecer na 1212 3ª pessoa sempre� Por exemplo: Vossa Majestade poderá receber a comitiva hoje, se desejar� y Verbos impessoais: por regra, todos os verbos impessoais devem sempre estar na 3ª pessoa do singular, pois são verbos que indicam fenômenos da natureza (chover, nevar, amanhecer etc.), exis- tência (haver, existir), bem como ser e ter quando indicam tempo ou temperatura, mas também o verbo passar (de) na indicação de horas. Por exemplo: Havia muitos alunos lá; Faz dois dias da morte dele hoje; Chovia muito naquela manhã; Passou de duas da tarde� y Verbo ser: pode concordar com o sujeito ou com o predicativo do sujeito� Se um deles estiver no plural, mesmo que o sujeito seja singular, soa melhor que o verbo vá para o plural� Por exemplo: Tudo eram flores; As alegrias foram eternas� Nesse sentido, existem muitos casos de concor- dância que não foram citados aqui� Passamos somente os mais comuns. Se você tiver dúvida, favor consultar uma gramática para casos espe- cíficos não assinalados. SINTAXE DE REGÊNCIA A Regência se ocupa das relações entre duas pa- lavras, sendo que uma é o termo regente, o qual pede um complemento, o outro é o termo regido, o qual complementa o termo regente� 1313 Existem dois campos de regência: y Regência Nominal: trabalha com substantivos, adjetivos ou advérbios que pedem complementos, nesse caso, complementos nominais, já que com- pletam o sentido de palavras que não são verbo, bem como quais preposições são adequadas para ser utilizadas no termo regido� y Regência Verbal: estuda a transitividade dos verbos, quais os tipos de complementos ideais, se há necessidade ou não de preposição para esses objetos, para que as construções sejam as adequadas segundo a Norma Padrão� No geral, a regência é intuitiva� Todos sabemos quais complementos de nomes e verbos usar e quais preposições são as corretas para a co- municação� Entretanto, há na Regência, além de construções que podem causar dúvida, outras que divergem muito entre a língua padrão escrita e a falada no dia a dia� Regência nominal Há nomes (substantivos) que pedem um complemen- to nominal� Na maioria dos casos, somos capazes, enquanto falantes, de saber qual preposição é a adequada para esse complemento� Todo mundo sabe que quem tem medo, tem medo de algo/ alguém, que quem tem simpatia, tem simpatia por algo/alguém etc� Por isso, é sempre recomendável 1414 consultar um dicionário de português e, se possível, um de regência verbal/nominal, para sanar dúvidas. Regência verbal A Regência verbal também funciona muito bem com todo falante do português� Há, porém, verbos que podem trazer algum tipo de dúvida quanto ao complemento ser ou não regido por preposição, ou mesmo se a preposição usada é a realmente a adequada segundo a Norma Padrão� Ninguém tem problemas em saber que o verbo gostar rege a preposição de, porque quem gosta gosta de alguém/algo, nem que comprar não rege preposição, sabemos que quem compra compra algo, sem preposição� Contudo, existem outros verbos que podem dar margem a equívocos ou construções que diferem entre a língua oral e a regência apregoada pela Norma� Por exemplo: y Agradar: usa-se como um verbo transitivo direto com relação a coisas/objetos, e como verbo transi- tivo indireto (rege preposição a) para pessoas. Por exemplo: O discurso não agradou o povo; A filha era muito carinhosa e agradava ao pai� Pode também ser verbo intransitivo� Por exemplo: A lei não agradou� Mais raramente, é usado como pronominal� Por exemplo: O rapaz agradou-se da noite� 1515 y Aspirar: no sentido de inalar, sorver pelo nariz (ar, pó, odor), é verbo transitivo direto; se significar desejar, ter como meta, então é verbo transitivo indireto (rege preposição a). Por exemplo: A moça aspirava o perfume da manhã (sorvia pelo nariz); Todos nós aspiramos a sermos felizes (desejamos). y Assistir: no sentido de auxiliar, dar assistência, é verbo transitivo direto; se significar ver, presenciar (apresentação), então é verbo transitivo indireto (rege preposição a). Por exemplo: O médico assiste bem seus pacientes (dá assistência). Por exemplo: Assistimos ao espetáculo no teatro (presenciamos). y Chegar: como todo os verbos de movimento, rege preposição a, portanto, é verbo transitivo indireto� Por exemplo: Cheguei ao colégio cedo� y Esquecer (e lembrar): aceitam as seguintes construções: (i) Esqueci as chaves em casa (es- quecer algo = verbo transitivo direto – VTD); (ii) Eu me esqueci de ver o caso (esquecer-se de algo = verbo transitivo indireto – VTI). y Namorar: é verbo transitivo direto, não pode ser usado com preposição� Por exemplo: Maria namora João (namora alguém). y Obedecer: é verbo transitivo indireto, por isso, rege a preposição a: Por exemplo:Devemos obe- decer ao regulamento (obedecer a alguém/ algo). y Preferir: é verbo transitivo direto e indireto, por- tanto, rege preposição a� A construção segundo a norma é preferir uma coisa a outra coisa� Por 1616 exemplo: Prefiro a praia ao campo; Eles preferem cantar a dançar� y Querer: é verbo transitivo direto, no sentido de desejar algo; já no sentido de ter amor por alguém, é verbo transitivo indireto e rege a preposição a� Por exemplo: José não quis o jantar hoje (não desejou); Aquela mãe quer muito bem aos filhos (ama). y Responder: tem duas construções possíveis: (i) Respondi a pergunta ao meu professor (responder algo a alguém – VTDI); (ii) Todos responderam ao questionário (responder a algo – VTI). y Visar: no sentido de passar o visto, olhar rapi- damente, mirar, é verbo transitivo direto; se significa desejar, ter como meta, aí é verbo transitivo indireto (rege preposição a). Por exemplo: O agente visou o passaporte do rapaz (passou o visto); A atleta visava o alvo com precisão (mirava); A moça sempre visou ao posto de chefe de departamento (desejou). PRONOMES OBJETOS Os pronomes objeto são complementos de verbo que substituem os substantivos� Por exemplo: “As pessoas viram o jogo”� Substituindo o jogo por um pronome, neste caso o pronome o, temos: “As pessoas o viram”� Simples, não é mesmo? O problema, na verdade, é que nós dizemos: Eu o amo ou eu lhe amo? Maria a viu ou Maria lhe viu? 1717 Com certeza, você já deve ter pensado em qual dessas versões é a melhor, porque ouvimos as pessoas falarem todas elas indistintamente� No entanto, há uma lógica para o uso desses prono- mes, é o que vamos estudar a seguir� Os pronomes o(s) e a(s) são complemetos não preposicionados, isto é, só podem ser usados com verbos transitivos diretos� Por sua vez, os pronomes lhe(s) são complementos que têm preposições em- butidas, ou seja, são complementos indiretos, e só podem ser usados com verbos transitivos indiretos� Desse modo, temos de verificar a transitividade do verbo antes de substituir o complemento por um desses pronomes� Nesse sentido, quem ama, ama alguém� Então, o correto é: Eu o amo� Quem vê, vê alguém� Então, o correto é: Maria a viu� Mas e os pronomes lhe(s)? Observe este exemplo: “A mãe deu o almoço para os filhos”� Substituindo para os filhos (preposicio- nado), só podemos usar o pronome lhes, que tem preposição embutida� Então, temos “A mãe lhes deu o almoço”� 1818 SINTAXE DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL Um estudo de relação sintática entre palavras dentro da oração é o que analisa a colocação dos pronomes oblíquos átonos em relação aos verbos� Vale lembrar que os pronomes oblíquos átonos são: me, te, se, nos, vos, o(s), a(s) e lhe(s). Dependendo da posição do pronome em relação ao verbo, existem três tipos de colocação, a saber: y Próclise: o pronome se apresenta antes do verbo (Eles nunca se viram antes). y Ênclise: o pronome se apresenta depois do verbo (Mantenha-se distante). y Mesóclise: o pronome se apresenta no meio do verbo (Chamar-me-iam de insensato). Essas colocações seguem normas que levam em conta a pronúncia, a facilidade e o conforto ao se falarem as frases, mas elas são baseadas em uma oralidade e uso do português de Portugal, não do Brasil� Muitas das colocações ditadas pela Gra- mática Normativa não são usadas pelos falantes no dia a dia porque, para nós brasileiros, soam de modo estranho� Passaremos às principais normas para efeito aca- dêmico e modalidade escrita da língua� Algumas construções podem parecer pedantes, por isso, 1919 aconselha-se que, caso a modalidade escrita favorecer o uso de uma norma que soe de modo estranho, é melhor que se modifique a frase para que a norma não seja necessária� Próclise Usa-se a próclise quando existem palavras que atraem o pronome para antes do verbo� Em linhas gerais, as seguintes palavras atraem o pronome: y Sentido negativo (Ninguém o viu nesta semana). y Pronomes relativos (Essa atitude é a que se espera dele). y Conjunções subordinativas (Quando eles nos encontraram, estávamos no restaurante). y Advérbios (Sempre me vejo nessas situações). y Pronomes indefinidos tudo, nada, pouco, muito, quem, todos, alguém, algo, quanto (Tudo o agrada: carinho, amor, amizade). y Palavras como só, somente, e as conjunções coordenativas alternativas (Só se vive uma vez; Ou ele se emenda, ou tudo vai piorar). Também a próclise se aplica: y Nas orações optativas, quando o sujeito vem antes do verbo (Deus o proteja!). y Nas orações exclamativas (Como eles se parecem!). y Nas orações interrogativas iniciadas por prono- me interrogativo (Onde se compra este remédio?). 2020 Ênclise Os pronomes devem ficar depois do verbo: y Nos períodos iniciados por verbo: O pronome átono nunca pode estar no início da oração� Por exemplo: Pensa-se em mudar todo o processo� y Depois de verbos no gerúndio. Por exemplo: Falou estendendo-lhe a mão� Se, porém, antes do gerúndio, houver a preposição em, o pronome fica proclítico. Por exemplo: Em se tratando desse problema, devemos ver tudo com calma� y Nas orações imperativas afirmativas� Por exemplo: Limite-se a fazer sua atividade! y No infinitivo impessoal precedido da preposição a� Por exemplo: Passou a ouvi-la atentamente� y No infinitivo impessoal precedido da preposição para, a próclise e a ênclise são igualmente aceitas� Por exemplo: Saímos rapidamente para vê-lo ou Saímos rapidamente para o ver� Mesóclise Usa-se o pronome em mesóclise, quando o verbo da oração está ou no Futuro do Presente ou no Futuro do Pretérito do Indicativo Simples. Assim, o verbo deve iniciar a oração ou estar colocado na frase sem que nenhuma palavra atraia o pronome para antes do verbo� Por exemplo: Poder-se-ia dizer que tudo está em ordem� 2121 A apresentação dar-se-á na semana que vem� Porém: A apresentação não se dará na semana que vem, como havíamos combinado� Quando temos tempos compostos, há duas manei- ras de colocar os pronomes átonos� Por exemplo: As pessoas tinham-se visto antes de iniciar o trabalho� As pessoas se tinham visto antes de iniciar o trabalho� Além disso, não se admite, por uma questão de pronúncia, colocar pronomes átonos depois de um verbo no particípio, o que soaria extremamente desagradável� Sendo assim, não é possível falar, por exemplo, “As pessoas tinham visto-se”� Devemos usar a mesóclise? Esta é uma pergunta que muitos se fazem: devemos usar a mesóclise? Devemos fazer uma apresentação acadêmica com frases como “Dir-se-ia que o problema pode ser resolvido do seguinte modo...”? O pronome mesoclítico é muito estranho no português brasileiro� Com certa regularidade, presenciamos REFLITA 2222 pessoas colocando o pronome no meio do verbo, para brincar ou parecer pedante, ou há aqueles que querem usar, por acharem “estiloso” e “diferenciado”, mas que não conhecem as condições para que ele se aplique� De todo modo, a mesóclise é uma posição amada por uns, odiada e que causa estranheza a muitos outros, mas que só tem uma norma que a aplica na Norma Culta� E deixamos bem claro que isso pertence somente à modalidade escrita e mais elevada de uso� Dessa forma, o fato de dever usar uma coisa, se, e somente se, as condições aparecerem, não indica que precisamos fazê-lo� A mesóclise soa de modo estranho, artificial, feio até, então, podemos evitar que ela aconteça, substituindo orações que demandem seu emprego por outras de sentido semelhante, mas que sejam mais a cara do nosso português� Se você substituir o “Dir-se-ia que o problema deve ser resolvido do seguinte modo...” por uma frase como “Poderíamos dizer que o problema deve ser resolvido do seguinte modo...”, nós manteríamos a informação e, ao mesmo tempo, fugiríamos da obrigação de usar uma norma que, para nós, é obsoleta� Isso serve para outras colocações pronominais estranhas e para outras relações oracionais que sejam artificiais. Temos a capacidade de modificare adequar o texto, para que ele tenha a elegância da Norma Culta e não seja desagradável ou destoe do nosso contexto� 23 ESTUDO DE CASO Percorremos um longo percurso para nos informar a respeito dos estudos da Sintaxe, que é a maior parte dos estudos gramaticais em casos e número de construções e classificações. As estruturas que compõem a língua são muitas, tanto quanto as possibilidades de construção frasal� O ser humano não para de criar novas de- clarações e discursos, mas tudo se encaixa nessas estruturas-padrão, inerentes à fala e intuitivamente inseridas na mente de todo e qualquer falante� Não precisamos classificar sujeitos ou conhecer as orações subordinadas para nos comunicarmos em língua portuguesa, já que essas estruturas e construções são usadas automaticamente� O es- tudo e a sistematização da língua existem por uma necessidade de termos linhas gerais de trabalho para o Nível Padrão da língua� A Gramática Normativa, tão combatida desde o advento dos estudos de Linguística, muitas vezes está em desacordo com os falantes, mas, sem dúvida, mantém uma certa unidade que nos faz ter limites quando falamos� Se cada falante criasse estruturas completamente novas e passasse a usá-las, mesmo que possa fazer isso, acabaria criando frases que talvez não 24 fossem compreendidas pelos outros falantes� Se não houver uma sistematização, ainda que maleável, os falantes poderiam falar de qualquer maneira, e a língua correria o risco de não mais ter unidade, e perderia sua função básica, que é comunicar� Apesar de precisarmos ter estruturas gramaticais, temos de perceber que as normas formuladas pela Gramática Tradicional foram baseadas em estruturas e usos que hoje em dia se distinguem muito do padrão do usuário médio da língua� As normas gramaticais têm como fundo duas origens: os escritos dos bons e grandes escritores clássicos e os usos dos falantes do português lusitano, já que Portugal é a nação-mãe na qual o português surgiu como língua� Quanto ao primeiro elemento, as obras clássicas têm um valor histórico, literário e linguístico incon- testável� O problema é que, por serem escritos mais antigos, eles apresentam formas e construções que se distanciam da língua atual� Já dissemos que a língua é um organismo vivo, que evolui dia- riamente� Imagine querer que uma pessoa fale nos dias atuais como a personagem Aurélia Camargo, do livro Senhora, de José de Alencar� Ela andava de tílbure, tomava chá em chávenas, chamava o esposo de meu senhor e tratava as pessoas por tu, o que era muito natural no século 25 19, já que as pessoas agiam e falavam da mesma maneira� Basear usos nesses falares torna-se algo impraticável atualmente� O segundo elemento, o português de Portugal, tal qual o nosso português brasileiro, é uma língua viva e continua a evoluir� Contudo, falamos de um país totalmente diferente do nosso, cujas influên- cias de línguas vizinhas (como o francês) mantêm as formas clássicas, válidas para eles, em muitos modos de falar� Nosso português tem influências diversas, de povos distintos que aqui vieram e continuam a vir, e trazem seus modos, vocabulário e cultura, que modificam e fazem evoluir o português, bem como os usos que os falantes consideram eficazes, o que em nada se parecem com aqueles dos portugueses� Mais uma vez, o português ainda usa o tu, aplica os pronomes oblíquos conforme as normas que estudamos na colocação pronominal e utiliza vo- cabulário por nós incompreensível� Palavras como gajo (rapaz), cachopa (moça), puto (criança), bica (cafezinho), comboio (trem), entre muitas outras, nada têm a ver com nosso dia a dia, bem como pronúncias e construções sintáticas que para nós soam estranhas� As normas gramaticais são, na maioria, criadas a partir desses dois modos, que têm seu valor, mas 26 que para nós não significam muito na hora de nos comunicar� Temos um modo mais espontâneo, simplificado e, com certeza, em desvio em relação à Norma Padrão� Tudo isso desqualifica o português brasileiro fa- lado? Claro que não! Somente temos de prestar atenção que, em situações em que se pede o uso da Norma Padrão, que saibamos usá-la de forma mais fluente, para não termos dificuldades nesse meio� Quando usamos a norma, temos de verificar se a construção não fica muito artificial em relação ao nosso português, tendo como saída modificar as construções para que não sejamos obrigados a aplicar alguma norma prescrita que pareça não natural e seja bizarra para os que nos ouvirem ou lerem nossos escritos� Vamos retomar algumas ideias de construções do português brasileiro, notadamente no uso da fala informal, que diferem das normas ditadas pela Gramática Tradicional: a) Colocação dos pronomes oblíquos átonos: ao contrário do que prega a gramática e o uso dos portugueses, os brasileiros iniciam períodos com o pronome oblíquo� Por exemplo: Me passe o açúcar, em vez de Passe-me o açúcar� Além disso, o brasi- leiro usa, na oralidade, o pronome proclítico, isto é, 27 na frente do verbo, não importa a circunstância, o que contraria o uso nas três posições que acaba- mos de estudar, que é comum em Portugal� Por exemplo: Ele ia me ver, no lugar de Ele ia ver-me� Quase sempre funciona assim� Sobretudo em re- lação à mesóclise, o uso dos pronomes no meio, bem como depois dos verbos, parece estranho e desagradável ao brasileiro� b) Preposição em no lugar de a com verbos de movimento: uso recomendado pela gramática é o a� Por exemplo: Fui no banco em vez de Fui ao banco� No Brasil, nós chegamos na escola, no colégio, no mercado, na praia, em casa, mas, para a norma, devemos chegar à escola, ao colégio, ao mercado, à praia, e, o mais estranho, chegar a casa� c) Pronomes retos ele(s), ela(s) como comple- mento de verbo no lugar dos oblíquos� Por exem- plo: A menina viu ele, em vez de A menina o viu� Ninguém, no dia a dia, usa os pronomes oblíquos, mas, quando usamos a Língua Padrão, temos de nos lembrar das regrinhas� d) Uso de mim como sujeito: Por exemplo: Isto é para mim fazer, no lugar de Isto é para eu fazer� e) Verbo ter usado no lugar do verbo haver im- pessoal: Por exemplo: Tem muita gente aqui, no lugar de Há muita gente aqui� 28 f) Uso do verbo haver impessoal no plural: Por exemplo: Houveram muitos problemas, no lugar de Houve muitos problemas� Em situação cotidiana, o uso, apesar de estranho para quem estuda um pouco a língua, é aceito, mas não caberia em uma redação de vestibular, em que temos de aplicar a norma� g) Verbo no plural com sujeito coletivo: Por exemplo: O povo falaram, em vez de O povo falou� Outro uso que causa estranheza, mas que ocorre� h) Nunca fazer a contração dos pronomes oblíquos me, te, se, lhe com os oblíquos objetos diretos o(s), a(s): Por exemplo: Ele mo deu (ele me deu aquilo). Nesse caso, então, fica tudo muito estranho. O falante de língua portuguesa do Brasil nunca ouviu nenhum desses usos de contração de pronomes com objetos; para nós, isso simplesmente não existe� Outra herança do português lusitano formal� i) Combinação dos pronomes oblíquos o(s), a(s) depois dos verbos dizer, fazer, querer, trazer no Presente ou no Pretérito Perfeito do Indicativo: Fá-lo (faz ele), di-la (diz ela), qui-los (quis eles), entre outros� Outro caso nunca presenciado por aqui� Ninguém no Brasil diria: Fá-lo acordar! Mas diria, de modo tranquilo: Faz ele acordar! O que nos resta é lembrar que somos especialistas no ato de nos comunicar, que não importa se há 29 muitos desvios no nosso modo de usar o português, se estamos muito distantes de todas as normas que a Gramática nos impõe, mas que é essencial que saibamos adequar esses saberes, dependendo da situação de comunicação, e que esta situação é que dita o modus operandi da língua� Temos de nos comunicar de modo a não causar estranheza no meio em que nos expressamos� Não é de bom tom falar com nossa mãe: Vós conse- guistes finalizar a ceia?, assim como o éescrever no seu trabalho acadêmico: Nós vai contar pra vocês um caso� Portanto, o que determina o nível linguístico a ser usado é a circunstância� E dela depende se estamos ou não sintonizados com a forma aceitável e adequada de nos comunicarmos� As normas continuam a ser estudadas, porque são solicitadas em uma parcela muito pequena dos atos de comunicação� É preciso que saibamos usar essas normas para garantir fluidez na nossa comunicação em meios mais elitizados� Mesmo aplicando a norma padrão, devemos usar de bom senso� Quando a norma produz períodos com elemen- tos estranhos, notadamente artificiais ou que dificultam a comunicação, o melhor é modificar o período, principalmente quando escrevemos, para colocar elementos que sigam a norma, que não a 30 transgridam, mas que transpareçam um discurso fluido e harmônico, de bom gosto, sem aparências bizarras e pedantismo� Lembremos sempre que o bom usuário da língua é aquele que utiliza todos os seus recursos a seu favor, para que o falante desempenhe seu papel comunicativo de maneira natural e o mais eficiente possível� 3131 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste módulo, conhecemos três abordagens de relações entre as palavras na oração, à parte dos estudos de estruturas sintagmáticas e dos aspectos de relações entre as orações� Assim, verificamos que a Concordância, a Regência verbal e nominal e a Colocação pronominal trazem normas que, de modo geral, o falante médio da língua não domina, e que dão margem a dúvidas, pois destoam muito do uso natural dos falantes do português� Para verificar esse fato, estudamos alguns casos de concordância e regência, segundo a Norma Padrão. Com isso, pudemos sanar as dúvidas e comparar com o uso cotidiano� Nesse sentido, destacamos alguns usos aprego- ados pela gramática e que são totalmente negli- genciados por nós, brasileiros� Trata-se de usos cuja base são os escritos de obras clássicas e/ ou a Norma Padrão da língua falada em Portugal, que para nós soam muito estranho� O mais importante é que se compreenda o seguinte: a) A norma existe como uma maneira de sistema- tizar o estudo da língua, mas ela não é necessária para que o falante possa se comunicar, posto que 3232 as estruturas sintáticas estão na mente do falante, ou seja, é algo intuitivo e natural� b) A norma é necessária quando trabalhamos com a norma padrão da língua, em situações específicas, como no ambiente acadêmico ou de trabalho� Des- sa maneira, faz-se necessário conhecer as regras para poder usar a Norma Padrão sem desvios, se assim for necessário� c) Em outros momentos comunicativos, a norma não se impõe, e o importante é que o falante se adeque ao grupo com que se relaciona no ato de comunicar, para usar a língua dentro das normas sociais aceitas pelo grupo, que façam que o falante seja compreendido e acatado� d) O importante em comunicação é ser o mais eficiente possível em todos os níveis linguísticos, saber utilizar as variantes que a língua oferece para tornar a fala e a escrita úteis, eficazes, naturais e harmônicas, não importando se estamos em um ambiente informal ou em um congresso acadêmico importante� Saber portar-se e utilizar os recursos linguísticos com naturalidade, eficiência e bom senso é de suma importância para ter sucesso e domínio da língua portuguesa� Referências Bibliográficas & Consultadas ALMEIDA, N� M� Gramática Metódica da Língua Portuguesa� 33� ed� São Paulo: Saraiva, 1985� AZEREDO, J� C� Iniciação à sintaxe do português. 5. ed. (Col. Letras). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999� BARBOSA, C� S� Sintaxe do Português� Porto Alegre: Sagah, 2016 [Minha Biblioteca]� BECHARA, E� Moderna Gramática Portuguesa� 34� ed� São Paulo: Companhia Editora Nacional,1992� BERLINCK, R. A.; AUGUSTO, M. R. A.; SCHER, A. P. Sintaxe. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Orgs.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras� 7� ed� Vol� I� São Paulo: Cortez, 2007� p� 207-244� CARONE, F. B. Subordinação e coordenação: confrontos e contrastes� 6� ed� São Paulo: Ática, 2000� CEGALLA, D� P� Novíssima Gramática da Língua Portuguesa� 48� ed� São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008� COUTINHO, I� L� Gramática Histórica� Rio de Janeiro: Editora Ao Livro Técnico, 1976� CUNHA, C.; CINTRA, L. Nova Gramática do Português Contemporâneo� Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. DUARTE, M� E� L� Termos da oração� In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. F. (Orgs.). Ensino de gramática: descrição e uso� 2� ed� São Paulo: Contexto, 2009� p� 185-203 [Biblioteca Virtual]� DUARTE, M� E� L� Coordenação e subordinação� In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. F. (Orgs.). Ensino de gramática: descrição e uso� 2� ed� São Paulo: Contexto, 2009, p� 205-223 [Biblioteca Virtual]� DUBOIS, J� et al� Dicionário de Linguística� São Paulo: Cultrix, 1998� FERRAREZI JUNIOR, C. Sintaxe para educação básica� São Paulo: Contexto, 2012� FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à Linguística I – Objetos teóricos� 6� ed� São Paulo: Contexto, 2011� FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à Linguística II – Princípios de análise� 5� ed� São Paulo: Contexto, 2011� GUIMARÃES, T. C. (Org.). Língua Portuguesa III� São Paulo: Pearson, 2015 [Biblioteca Virtual]� HOUAISS, A� et al� Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa� Rio de Janeiro: Objetiva, 2001� KENEDY, E.; OTHERO, G. A. (Orgs.). Sintaxe, Sintaxes: uma introdução� São Paulo: Contexto, 2015 [Biblioteca Virtual]� KURY, A� G� Novas Lições de Análise Sintática� 9� ed� São Paulo: Ática, 1999� LUFT, C. P. Língua e Liberdade� 4� ed� São Paulo: Ática, 1995� LUFT, C. P. Moderna Gramática Brasileira� 13� ed� São Paulo: Globo, 1996� MELO, G� C� Gramática fundamental da Língua Portuguesa� 3� ed� Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1978� NEVES, M� H� M� Que Gramática estudar na escola? Norma e uso da Língua Portuguesa� 4� ed� São Paulo: Contexto, 2014� RAVIZZA, P� J� Gramática Latina� 14� ed� Niterói: Escola Industrial Dom Bosco, 1958� SCHUMACHER, C� A� Uma Gramática intuitiva: Liberte-se das regras e tome posse da língua que você fala� Rio de Janeiro: LTC, 2013� SOUZA-E-SILVA, M. C. P.; KOCH, I. V. Linguística aplicada ao português: sintaxe� 8� ed� São Paulo: Cortez, 1998� SPINA, S. (Org.). História da Língua Portuguesa� Cotia: Ateliê Editorial, 2008� TORRINHA, F. Dicionário Português-Latino� Porto: Editorial Domingos Barreira, 1939� INTRODUÇÃO SINTAXE DE CONCORDÂNCIA Concordância nominal Concordância verbal Sintaxe de regência Pronomes objetos Sintaxe de colocação pronominal ESTUDO DE CASO CONSIDERAÇÕES FINAIS Referências Bibliográficas & Consultadas
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