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ATIVIDADE DISCURSIVA 1) A propositura de uma Execução Fiscal (Lei n.º 6.830/1980) para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias, parte de um procedimento específico, permeado pela ideia da indisponibilidade do erário público e pela celeridade quanto à satisfação dos créditos fazendários. A simplificação do procedimento, por vezes, pode deixar para trás a existência de vícios praticados tanto no seu curso em si, quanto no que diz respeito à constituição do título executivo de que se constituí a Certidão de Dívida Ativa (CDA). Neste contexto, o domínio dos instrumentos de defesa do executado é de fundamental importância, para o adequado manejo e para que surtam os seus devidos efeitos corretivos em âmbito judicial. Considerando as informações apresentadas, disserte acerca das defesas do Executado no âmbito da Execução Fiscal, especificamente quanto aos Embargos do Devedor ou Embargos à Execução e quanto à chamada Exceção de Pré-executividade. Justifique sua resposta. RESPOSTA Nas ações de execução fiscal, o devedor pode contestar um "embargo do devedor" ou um "embargo da execução". Trata-se de uma ação imposta pelo devedor em requerimento contra a Fazenda Pública. O seu principal objetivo é a anulação total ou parcial dos títulos executivos (ou seja, certificados voluntários de dívida), eliminando assim as execuções fiscais. As Certidões de Dívida Ativa são títulos exigíveis extrajudicialmente que permitem a execução fiscal. Como outros títulos executáveis, um certificado voluntário de dívida deve ser certo, líquida e pagável para ser executável. As certidões de dívida ativa têm uma “presunção de validade”, o que significa que os requisitos de execução são presumidos quando a execução fiscal começou. Acontece que essa presunção é relativa e admite provas em contrário. A evidência disso deve ser mostrada no pedido de permanência original. Na suspensão, pode-se ainda argumentar que a Fazenda Pública não demonstrou ter efetuado o lançamento ou que não ocorreu “fato gerador” ou que os fundamentos do lançamento foram falhos. Também pode alegar que existem quitações que foram efetivamente adimplidas essas obrigações tributárias, efetuados e reconhecidos. Durante o processo de execução, a existência e validade do título de propriedade é um requisito processual. Em princípio, qualquer contestação a tais questões deve estar relacionada a uma suspensão da execução. No entanto, existem situações em que as ações de execução fiscal não são reconhecidas condicionalmente. Se o juiz perceber, não receberá nem negará a situação. É o caso, por exemplo, da ausência de título executivo ou do título executivo ilíquido (inválido). Dentre essas hipóteses e outras, admitem-se as chamadas “exceções de Pré-executividade”; As Exceções de Pré-executividade destinam-se a impugnar os fatos e documentos da execução, antes da sua anexação (destinadas a garantir a execução), podendo resultar na anulação da execução.
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