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Resumo concurso de pessoas e de crimes

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Resum� G1 Direit� Pena� 2
1- Concurs� d� pessoa�
Concurso de pessoas é a reunião de pessoas para o cometimento de um crime. Em outras palavras, é a
consciente e voluntária participação de 2 ou mais pessoas na mesma infração penal.
● Concurso necessário: Crimes plurissubjetivos. Só podem ser cometidos por duas ou mais
pessoas. ex: bigamia, associação criminosa, etc.
● Concurso eventual: Crimes unissubjetivos. Crimes passíveis de serem executados por uma
única pessoa.
→Requisitos para o concurso de pessoas:
1. Pluralidade de participantes e condutas: Concorrência de mais de uma pessoa na
execução da infração penal. A participação de cada um e de todos contribui para o
desdobramento causal do evento e respondem todos pelo fato típico (crime) em razão da
norma de extensão do concurso.
2. Relevância causal de cada conduta (art. 13 CP): Os comportamentos, para serem
considerados como “participação”, precisam ter “eficácia causal”, provocando, facilitando
ou estimulando a realização da conduta principal. Ex: Se alguém quer participar de um
homicídio e empresta uma arma de fogo ao executor, que não a utiliza ou se sente
encorajado para executar o delito, aquele não pode ter tido como partícipe.
3. Vínculo subjetivo entre os participantes: Deve haver a consciência de que participam de
uma obra comum. Se não houver esse elemento, são apenas condutas isoladas. “ Apenas a
adesão voluntária, objetiva (nexo causal) e subjetiva (nexo psicológico), à atividade
criminosa de outrem, visando a realização do fim comum, cria o vínculo do concurso de
pessoas e sujeira os agentes à responsabilidade pelas consequências da ação”
4. Único crime para todos os agentes (art. 29 CP): O resultado da ação de vários
participantes pode ser atribuído a todos. Mesmo que cada um envolvido no crime tenha
agido de forma diferente, havia um mesmo objetivo típico: a consumação do delito.
→ Autoria e Participação: Um autor (possui domínio final do fato) e um partícipe (colabora, mas não
detém o domínio final do fato). → sistema diferenciador
“Não há participação sem autoria, ela é uma atividade secundária que estimula ou favorece a
execução da conduta”
Para que o partícipe seja punido, ele deve ter contribuído com o crime ou, ao menos, a tentativa do crime.
- 2 espécies de participação:
- instigação: Partícipe atua sobre a vontade do autor, no caso, instigado. ( criar na mente de
outra pessoa a ideia de cometer um crime - provoca ou reforça uma ideia existente.)
Participação moral
- cumplicidade: participação material, partícipe exterioriza sua contribuição através de um
auxílio. Ex> veículo para deslocar-se mais rápido, etc
Também pode se dar na forma de missão ( vigilante deixa a porta propositalmente aberta
para entrada do autor do furto.)
→ Coautoria: Realização conjunta, por mais de uma pessoa, de uma mesma infração penal. É o vínculo
subjetivo ( ou seja, a consciência de estar contribuindo na realização comum de uma infração penal.)
-O domínio do fato pertence a vários agentes e todos possuem vínculo subjetivo
- Todos participam da realização do comportamento típico, sendo desnecessário que pratiquem o mesmo
ato. Formas: Divisão de trabalho - cada um desempenha uma função fundamental na consecução do
objetivo comum. ex ) segurar para o outro bater
Autor intelectual e executor - ex) contratar matador de aluguel.
→ Autoria mediata: NÃO É CONCURSO DE PESSOAS ( Não há consciência )
Autor determina a conduta de um executor que não responde por crime (agente que coordena a subtração
realizada por um menor; agente que induz alguém em erro de tipo invencível).
Ou seja, autor mediato é aquele que realiza o tipo penal usando, para execução da ação típica, de outra
pessoa como instrumento. (realiza o crime através de outrem). QUE atua:
a) em virtude da situação de ERRO (erro de tipo / erro de proibição )
b) COAGIDO (devido à ameaça ou violência usada pelo autor mediato )
c) INIMPUTABILIDADE ( utilização de inimputáveis → ART 26 CP - “isento de pena o agente
que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da
ação ou omissão, INTEIRAMENTE INCAPAZ de entender o caráter ilícito do fato.”)
→ Autoria colateral: NÃO É CONCURSO DE PESSOAS
Duas ou mais pessoas, ignorando uma a contribuição da outra, realizam condutas convergentes
objetivando a execução da mesma infração penal.
● Falta de vínculo subjetivo entre os agentes.
● Agir conjunto de vários agentes, sem reciprocidade consensual.
Ex. Quando 2 pessoas, sem saber um do outro, colocam-se de tocaia e quando a vítima passa eles
atiram, ao mesmo tempo, matando-a. Cada um responde individualmente pelo crime cometido.
→ Participação impunível: ART. 31 CP
O crime não será punido se não foi, pelo menos, tentado. Ou seja, elaboração mental e preparação do
crime não são puníveis. ( 2 primeiras fases do iter criminis).
A participação em um crime que não chegou a iniciar não teve eficácia causal, logo, não há falar em
participação criminosa.
→ Participação de menor importância: ART 29, P. 1, CP
Partícipe com participação de menor importância pode ter sua pena diminuída de um sexto a um terço.
Partícipe de atuação normal no crime (instigador / cúmplice) deve ter sua pena-base graduada nos
termos d art. 59. (sua culpabilidade é menor do que a do autor ou coautor ).
→ Princípio da acessoriedade da participação: Participação é uma atividade secundária, que adere a
outra principal. A participação só adquire relevância jurídica quando estiver unida a um fato
principal.
→ Concurso de pessoas nos crimes culposos:
● Impossibilidade (teoria clássica). Doutrina alemã
● Cada agente viola seu próprio dever de cuidado, não
havendo vinculação subjetiva entre eles. [Quando houver a cooperação imprudente de vários
autores, a contribuição de cada um deve ser avaliada separadamente, pois cada um será autor
acessório.]
● Possibilidade (vinculação subjetiva na violação ao dever de cuidado). Doutrina espanhola
Coautoria. Autoria e participação?
“A participação mantém o princípio da acessoriedade”
A doutrina brasileira admite a coautoria em crime culposo, negando, contudo, a participação.
- Os que cooperam na causa são coautores. Nesse aspecto, a concepção brasileira se
assemelha à alemã ao sustentar que toda contribuição causal a um delito não doloso
equivalente a produzi-lo, na condição de autor, p/os alemães, na de coautor p/ os
brasileiros.
- “A coautoria é uma forma independente de autoria… A coautoria é autoria. Por isso, cada
coautor há de ser autor ( ou seja, possuir as qualidades pessoais do autor.)
- EX: passageiro que induz o motorista do táxi a dirigir em alta velocidade e contribui
diretamente para um atropelamento, na doutrina brasileira ele seria coautor.
2-Concurs� d� crime�:
Ocorre concurso de crimes quando um sujeito, com um ou mais comportamentos, pratica dois ou mais
delitos. O concurso pode ocorrer com crimes de qualquer espécie ( comissivos ou omissivos,
consumados ou tentados, simples ou qualificados e entre crimes e contravenções.)
→ Espécie de concurso de crimes:
1- Concurso material/ real) Art. 69 - CP
Agente, mediante mais de uma conduta (ação/ omissão), pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não.
Pluralidade de condutas e pluralidade de crimes.
● Aplicação da pena: Soma das penas de cada um dos delitos componentes do concurso.
- Máximo de pena ART 75 CP: Lei 13.964/2019) Alterou o máximo da pena, antes era de 30
anos, agora é de 40 anos. Quando completar 40 anos de cumprimento de pena, sua pena deverá ser
extinta. ( Como antes da lei o cumprimento era de 30 anos, continuará a ser aplicado a todos os
crimes cuja ações ou omissões lhe forem anteriores. ( art. 4, CP)
2- Concurso formal/ ideal) ART 70 CP Agente, mediante uma só conduta (ação / omissão) pratica 2 ou
mais crimes. Unidade de ação e pluralidade de crimes.
● Concurso formal perfeito / próprio: Agente deve querer realizar apenas um crime, obter
um único resultado danoso. Não há desígnios autônomos ( propósito de produzir, em uma
única conduta, mais de um crime)- Aplicação da pena pelo método da EXASPERAÇÃO: Juiz aplica só uma das
penas ( a que for de maior tempo) e há um aumento legal, se forem iguais, pega-se
qualquer uma das penas e há o aumento legal.
● Concurso formal imperfeito / impróprio: Agente deseja a realização de mais um crime e
tem consciência e vontade em relação a cada um deles. Há desígnio autônomo.
- Aplicação da pena pelo sistema do CÚMULOMATERIAL: somatório das penas,
assim como no concurso material.
→ Unificação de penas e soma de penas são DIFERENTES
- soma: um sujeito cometeu dois crimes distintos, haverá a soma das penas de cada crime
para determinar a pena. –. pior para o réu
- Unificação: Um sujeito que já está cumprindo pena privativa de liberdade comete outro
delito, então, haverá a unificação. Ex. Um condenado está, neste momento, no quarto ano
do cumprindo de uma pena
de 20 anos, quando lhe sobrevém nova condenação a pena de 17 anos (ambos os fatos são
anteriores a 2020). 20 anos mais 17 anos dão 37 anos. Sabemos que os últimos 7 anos não
serão cumpridos, devido ao tempo máximo.
Logo, as duas penas não serão somadas, pega a menor e a maior pena e acresce um valor
de um sexto a um terço. Ex. Um sujeito foi condenado a uma pena de 5 anos, ele já
cumpriu quatro e cometeu outro crime de 5 anos de pena. Então, a pena será unificada,
como ele já cumpriu 4 anos, agora só resta um ano e haverá a somatória da nova pena, ou
seja, a pena unificada é de 6 anos.
→ Crime continuado: ART 71 CP Agente, mediante de mais de uma conduta (ação ou omissão), pratica
dois ou mais crimes da mesma espécie (mesmo bem jurídico protegido e possuam um modo
semelhante de cometimento → roubo e extorsão, furto e estelionato, etc.), devendo os subsequentes,
pelas condições de tempo ( intervalo de tempo curto - no máx. 30 dias) , lugar ( lugares próximos ),
maneira de execução ( modus operandi) e outras semelhanças( condições de cometimento), ser havidos
como continuação do primeiro. → características de similitude entre os crimes e sua forma de
cometimento que considera a partir do segundo crime uma continuação do primeiro. PENA FINAL:
MÉTODO DA EXASPERAÇÃO
Requisitos: pluralidade de condutas, pluralidade de crimes da mesma espécie, nexo de continuidade
delitiva (lugar, tempo, etc).
- crime continuado específico / qualificado / impróprio) ART 71 P.U (CP) Crimes
dolosos contra vítimas diferentes e com violência ou grave ameaça à pessoa. →
PERCENTUAL MÁXIMO DA PENA PODERÁ SER DE ATÉ TRIPLO-> exasperação
mas com percentual de até o triplo.

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