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FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERIODO APG 10 – VARIZES/ RETORNO VENOSO OBJETIVOS: 1. Conhecer a formação (suas causas) das varizes e agravantes; 2. Identificar os EPIs e os EPCs nos ambientes laborais; 3. Estudar a fisiologia do retorno venoso; VEIAS: - As veias são vasos de baixa pressão e de paredes finas; - Túnica intima: mais fina do que a das artérias; - Túnica media: é muito mais fina do que a das artérias, com relativamente pouco musculo liso e fibras elásticas. - Túnica adventícia: é a mais espessa e composta por colágeno e fibras elásticas que vai permitir a distensão/ expansão; - Dependem da ação auxiliar de bombas do musculo estriado esquelético e de alterações nas pressões abdominais e intratorácica, para promover o retorno do sangue ao coração; - O sistema venoso nas pernas é composto por dois componentes: as veias superficiais (veia safenas e suas veias tributarias) e as veias profundas. Já as veias perfurantes, ou comunicantes, conectam esses dois sistemas. - O sangue da pele e dos tecidos subcutâneos nas pernas é coletado pelas veias superficiais e, em seguida, transportado pelas veias comunicantes ate as veias mais profundas, para o retorno do coração. - Possuem válvulas que possibilitam que o sangue flua em uma direção única: ao coração; A quantidade de válvulas venosas e a sua competência estrutural diferem entre as pessoas. Tais fatores podem ajudar a explicar a predisposição ao desenvolvimento de varizes. RETORNO VENOSO: - A ação dos músculos da perna ajuda a mover o sangue venoso dos membros inferiores ate o coração. Quando uma pessoa caminha, a ação dos músculos da perna aumenta o fluxo nas veias profundas e retorna o sangue venoso para o coração. Essa função dos músculos da perna pode ser comparada a ação de bombeamento do coração, sendo por isso denominada bomba muscular esquelética. Durante a contração muscular, que é semelhante a sístole, as válvulas nas veias comunicantes se fecham para evitar o fluxo retrógado do sangue para o sistema superficial, conforme o sangue nas veias profundas é movido adiante pela ação dos músculos que se contraem. Durante o relaxamento muscular, que é semelhante a diástole, as válvulas comunicantes se abrem, possibilitando que o sangue nas veias superficiais se movimente até as veias profundas. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERIODO APG 10 – VARIZES/ RETORNO VENOSO Embora a sua estrutura possibilite que o sistema venoso atue como uma área de armazenamento de sangue, ela também torna o sistema suscetível a problemas relacionados com estase e insuficiência venosa. Esta seção enfoca três problemas comuns do sistema venoso – varizes, insuficiência venosa e trombose venosa. VARIZES: - As varizes são veias dilatadas e tortuosas nos membros inferiores, são comuns e muitas vezes levam a problemas secundários de insuficiência venosa. - Elas podem ser descritas como primarias ou secundárias: Varizes primarias: tem origem nas veias safenas superficiais; Varizes secundarias: resultam do comprometimento do fluxo nas veias profundas. - O desenvolvimento de varizes secundaras é inevitável quando o fluxo nessas veias profundas está comprometido ou bloqueado; A causa mais comum delas é a trombose venosa profunda (TVP); outras causas incluem fistulas arteriovenosas (AV) congênitas ou adquiridas, malformação venosa congênitas e compressão das veias abdominais produzida por gestação ou por um tumor. A incidência de varizes aumenta com o avanço da idade, atingindo uma prevalência de 50% nas pessoas com mais de 50 anos. A condição é comum em mulheres de 30 a 50 anos de idade, especialmente se houver uma forte predisposição familiar. Observa-se ainda uma incidência aumentada em obesos, devido ao aumento na pressão intra-abdominal, bem como em pessoas que permanecem de pé durante a maior parte do dia em função de sua ocupação. Etiologia e patogênese: - A permanência em pé por longos períodos e o aumento da pressão intra- abdominal são fatores de contribuição importantes para o desenvolvimento de varizes primárias. A permanência em pé por longos períodos aumenta a pressão venosa, causando dilatação e estiramento da parede dos vasos. Um dos fatores mais importantes na elevação da pressão venosa é o efeito hidrostático associado à posição ortostática. Quando uma pessoa está em posição ereta, todo o peso das colunas de sangue venoso é transmitido para as veias da perna. Os efeitos da gravidade são mais graves nas pessoas que permanecem em pé por longos períodos sem usar os músculos da perna para auxiliar no bombeamento do sangue de volta para o coração. - Como não existem válvulas na veia cava inferior nem nas veias ilíacas comuns, o sangue nas veias abdominais depende do apoio das válvulas localizadas nas veias ilíacas externas ou femorais. Quando a pressão intra- abdominal aumenta, como ocorre na gravidez, ou quando as válvulas nessas duas veias são inexistentes ou defeituosas, o estresse sobre a junção safeno femoral aumenta. A alta incidência de varizes em gestantes também sugere um efeito hormonal sobre o músculo liso venoso, contribuindo para a dilatação e a insuficiência valvular. O levantamento de peso também causa aumento da pressão intra-abdominal e diminui o fluxo de sangue pelas veias abdominais. Profissões que exigem levantamento de peso repetido também predispõem ao desenvolvimento de varizes. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERIODO APG 10 – VARIZES/ RETORNO VENOSO - A exposição prolongada ao aumento da pressão causa insuficiência das válvulas venosas, que deixam de se fechar adequadamente. Quando isso ocorre, o refluxo de sangue causa um aumento venoso ainda maior, que separa os folhetos das válvulas e provoca mais insuficiência valvular em seções de veias distais adjacentes. Outra consideração no desenvolvimento de varizes é o fato de as veias superficiais serem suportadas apenas pela gordura subcutânea e fáscia superficial, enquanto as veias profundas contam com suporte dos tecidos muscular, ósseo e conjuntivo. A obesidade reduz o apoio proporcionado pela fáscia superficial e pelos tecidos, aumentando o risco de desenvolvimento de varizes. Sinais e sintomas: Os sinais e os sintomas associados às varizes primárias são variados. Muitas mulheres com varizes superficiais se queixam de seu aspecto desagradável. Em muitos casos pode haver dor e edema nos membros inferiores, especialmente depois de longos períodos em pé. O edema normalmente cede à noite, quando as pernas são elevadas. Os sintomas são mais comuns com a insuficiência das veias comunicantes. Diagnóstico e tratamento: O diagnóstico de varizes em geral pode ser estabelecido após a obtenção do histórico e de um exame físico completo, especialmente com a inspeção dos membros envolvidos. O exame do fluxo por ultrassom com Doppler também pode ser utilizado para avaliar o fluxo nos vasos de grande calibre. Exames angiográficos com meio de contraste radiopaco podem ser úteis para avaliar a função venosa. Após o estiramento repetido das veias e a instalação da insuficiência valvular, pouco pode ser feito para restabelecer a normalidade do tônus e da função venosos. Idealmente, devem ser adotadas medidas para evitar o desenvolvimento e a progressão das varizes. Isso inclui perda de peso e medidas para evitar atividades que produzam elevação prolongada da pressão venosa, como a longa permanência em pé. O objetivo das medidas terapêuticas para varizes é melhorar o fluxo venoso e prevenir a lesão tecidual. Quando corretamente colocadas, as meiaselásticas comprimem as veias superficiais e evitam a distensão. A prescrição de meias de tamanho adequado possibilita o controle mais preciso. A pessoa deve vestir as meias antes de se levantar, quando as veias das pernas estão vazias. A escleroterapia, utilizada com frequência no tratamento de pequenas varizes residuais, envolve a injeção de um agente esclerosante nas veias superficiais colapsadas para induzir fibrose do lúmen vascular. O tratamento cirúrgico consiste na remoção das varizes e das veias perfurantes insuficientes; entretanto, seu uso é limitado às pessoas com veias profundas desobstruídas. FERNANDA KELLY C. RIBEIRO – MEDICINA 1° PERIODO APG 10 – VARIZES/ RETORNO VENOSO REFERENCIAS: Porth – Fisiopatologia - Tommie L. Norris
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