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Varizes: causas e fisiopatologia

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Varizes 
 
 Assim, varizes ou veias varicosas são veias dilatadas (>/= 3mm), tortuosas e alongadas, com alterações 
na estrutura de suas paredes e perda na função de retorno do sangue venoso em direção ao coração 
 Ocorre por perda da função valvular  faz dilatação, tortuosidade e perda de função da veia 
 São veias que não tem mais a capacidade de retorno da circulação 
 São veias que perderam função valvar e sofreram alterações na parede associadas a hipertensão venosa, 
estão dilatadas, tortuosas, alongadas. Não possuem capacidade adequada de levar o sangue de volta ao 
coração. 
 Enfraquecimento valvular gera perda de elasticidade e dilatação venosa, levando ao surgimento de 
varizes 
 Estima-se que quase 50% da população brasileira apresenta varizes 
 
ETIOPATOGENIA 
 Teoria valvar: incompetência valvar; inversão do fluxo nos vasos comprometidos pela perda da 
função valvar 
 Outro efeito da deficiência valvular nos varicosos é a falta de esvaziamento das veias 
superficiais durante o exercício, como ocorre nos normais. A sobrecarga constante de fluxo e 
pressão nas veias superficiais as leva à dilatação, ao alongamento e à tortuosidade, 
especialmente se já houver aumento da distensibilidade. Essas anormalidades são, 
provavelmente, provocadas por alterações no fluxo sanguíneo venoso 
 Enfraquecimento da parede venosa: alguns autores tendem a aceitar a lesão primária da parede 
venosa, com perda de seu tônus seguida por aumento de distensibilidade, como o mecanismo inicial no 
desenvolvimento das varizes 
 O desarranjo da parede venosa com separação das células musculares na túnica média parece 
ser a principal característica das varizes, sendo esse processo iniciado, possivelmente, por 
modificações nas células musculares, que mostram evidências de alterações metabólicas 
intensas, resultando na sua hipertrofia e desregulação da apoptose; ao mesmo tempo, existe 
invasão do espaço intercelular por colágeno e tecido elástico  A maior deposição de matriz 
intra e interfeixes musculares responde pela perda do tônus da parede venosa 
 A perda do tônus venoso e o aumento da distensibilidade poderiam levar à dilatação local, 
formando uma dilatação varicosa isolada, ou se estender, atingindo uma válvula 
 lesão endotelial  redução da facilitação da venoconstrição (+ pressão no interior da veia pela 
constrição dela) causada pela norepinefrina, e mediada pelo endotélio, resultando em perda de 
tônus e dilatação local da veia 
 Teoria parietal: desproporção entre a pressão venosa e a resistência da parede – fragilidade das paredes 
das veias 
 Anastomoses arteriovenosas: comunicações diretas ou indiretas entre artérias e veias 
 Insuficiência de veias perfurantes: sobrecarga do sistema venoso superficial pelo fluxo venoso 
retrógado 
 Propõem-se que as varizes primárias teriam origem na insuficiência valvular de veias 
perfurantes, decorrentes da lesão de suas válvulas por tromboses ocasionadas por traumas locais 
 A dilatação das veias superficiais ocorreria secundariamente à hipertensão e ao aumento do 
fluxo transmitidos pelas veias perfurantes, insuficientes a cada contração muscular 
 Pode surgir devido a traumas 
Amanda Balzan 
@assessoriacademica_ 
 Principal fator é o hereditário! 
 Maior prevalência em brancos 
 Gênero: prevalência feminina, mas diminui com a idade 
 Obesidade: agrava varizes existentes; pode ser um fator de desencadeante pela maior compressão 
abdominal sobre a veia cava inferior e as ilíacas 
 Gestação e hormônios: redução do tônus venoso precocemente e distensão venosa 
 Varizes em mulheres jovens, que se iniciam nas primeiras gestações, tendendo a agravar-se a 
cada nova gravidez, atingindo frequentemente o sistema safeno e seus ramos acessórios, 
perfurantes e, com frequência, também ramos com origem na veia hipogástrica 
 Profissão: fator não comprovado. 
 Alguns autores registram prevalência significativamente maior de varizes entre as pessoas que 
trabalhavam a maior parte do tempo em pé 
 Profissões que exigem constante levantamento ou tração de pesos, levando à contração dos 
músculos abdominais, também foram referidas como associadas à presença de veias varicosas, 
tanto em homens quanto em mulheres 
 Idade: destaque para as varizes em indivíduos idosos, localizadas principalmente na face posterior da 
região poplítea ou perna, em geral sem dilatação do tronco de veia safena magna, com algumas 
perfurantes insuficientes 
 O aumento progressivo da prevalência de varizes com a idade sugere que, pelo menos em grande 
parte dos casos, elas possam constituir um processo degenerativo da veia, que pode surgir com 
o avançar da idade 
 
FISIOPATOLOGIA 
 No indivíduo normal, o fluxo de todas as veias profundas ou superficiais se faz sempre em direção 
cranial e nas perfurantes da perna, no sentido do sistema superficial para o profundo. 
 Quando há contração da musculatura, o fluxo na veia safena se faz em sentido cranial, decúbito dorsal 
ou posição ereta. Durante o relaxamento da musculatura, o fluxo se faz retrogradamente, aumentando 
progressivamente se o paciente fizer movimentos de deambulação, parado. A pressão na veia safena ao 
nível do pé atinge seu máximo durante a contração muscular e o mínimo com a musculatura relaxada, 
quando o pé se levanta do chão 
 Em pacientes varicosos, durante o repouso em decúbito dorsal, o fluxo da veia safena magna ao 
nível da coxa é muito pequeno, com direção cranial ou de vaivém, acompanhando a respiração. 
Na posição ereta, em repouso, esse fluxo é zero ou discretamente retrógrado. 
 Nas veias perfurantes insuficientes, foi demonstrado não haver fluxo quando o paciente varicoso 
está parado e relaxado 
 A doença varicosa é progressiva, aparece de forma insidiosa; se agrava e se intensifica com o tempo 
 O fator principal que desencadeia e determina as alterações das paredes venosas e o aparecimento dos 
sintomas é a hipertensão venosa crônica. 
 
Possíveis mecanismos de formação e 
sinuosidade das veias varicosas 
A. Impacto do sangue contra a parede venosa pela 
circulação retrógrada por válvula insuficiente. 
B. Impacto do sangue causado pela entrada lateral 
de sangue por uma comunicante insuficiente. 
C. Desvio do sangue de uma veia com 
tromboflebite para uma veia paralela 
CLASSIFICAÇÃO 
 A classificação da doença varicosa mais utilizada é a denominada CEAP, que leva em conta 4 critérios: 
Clínico, Etiológico, Anatômico e fisiopatológico (Ph). 
 
 Varizes primárias: desenvolvem-se espontaneamente; associados ao sistema venoso profundo pérvio 
(normal); origem do próprio sistema venoso 
 Estão relacionadas a hereditariedade: alterações da composição da parede venosa, 
incompetência valvular primária e microfístulas arteriovenosas congênitas 
 Varizes secundárias: relacionadas a trombose venosa profunda, má formação ou agenesia do sistema 
venoso profundo, fístulas artério-venosas congênitas ou adquiridas. Consequência dos aumentos de 
fluxo e de pressão sanguínea no interior das veias superficiais, secundários a alterações no sistema 
venoso profundo (pós trombótico/pós-traumático) ou à presença de fístula arteriovenosa 
 Nas varizes secundárias, a dilatação, o alongamento e a tortuosidade das veias se devem ao 
aumento de fluxo e da pressão, ocasionado pela ausência ou obstrução do sistema venoso 
profundo, insuficiência valvular desse sistema, principalmente secundária à trombose (síndrome 
pós-trombótica) e fístulas arteriovenosas congênitas ou adquiridas 
 As varizes podem ser secundárias às sequelas valvulares que decorrem de trombose venosa 
profunda (TVP) anterior ou de fístulas arteriovenosas. Ocorre refluxo venoso e processo 
inflamatório pela interação entre leucócitos e o endotélio venoso que, em última análise, 
causarão o quadro clínico: sintomas venosos, edema, alterações da pele e tecido subcutâneo e 
ulcerações. 
 Varizes congênitas: aplasiaou hipoplasia das veias profundas; fístulas arteriovenosas congênitas 
 
QUADRO CLÍNICO 
 Maioria são assintomáticos  mesmo apresentando varizes calibrosas, podem ser assintomáticos 
 As queixas pioram com o calor ou com o decurso do dia e melhoram com repouso ou elevação dos 
membros. 
 Dor é o sintoma mais comum 
 Dor logo que levanta 
 Cansaço e desconforto ao final do dia, que alivia com repouso 
 Edema: final do dia 
 Caibras: a noite 
 Prurido: coceira; vai fazendo a pigmentação venosa  mais importante 
 Sensação de peso, queimação, pontadas, dolorimento, formigamento e pernas cansadas. 
 Os sinais são variados e podem manifestar-se como telangiectasias (vênulas de até 1 mm de diâmetro), 
veias reticulares (de 1 a 3 mm de diâmetro) e veias varicosas (veias com diâmetro maior do que 3 mm). 
 Em casos crônicos, podem aparecer quadros mais graves com alterações na pele e no tecido subcutâneo: 
hiperpigmentação (dermatite ocre), lipodermatoesclerose (fibrose do subcutâneo), eczema varicoso, 
atrofia branca e ulcerações. 
 Com o passar do tempo, em geral em varizes de longa duração, o aumento da pressão venular e capilar, 
resultando em aumento de líquido intersticial no subcutâneo (edema), passagem de hemácias que 
acabam se lisando e liberando hemoglobina, e acúmulo de grandes moléculas proteicas, e 
aprisionamento de leucócitos e plaquetas, em alguns doentes, pode determinar o quadro conhecido 
como de insuficiência venosa crônica (IVC)  edema, lipodermatosclerose (endurecimento e 
hiperpigmentação da pele envolvendo as panturrilhas), atrofia branca, dermite ocre, eczema de estase 
(Inflamação cutânea na parte inferior das pernas, causada por acúmulo de líquido), úlcera venosa 
(Classificação CEAP de 3 a 6) 
 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico das varizes dos membros inferiores é clínico, baseado na anamnese e no exame físico. 
 São importantes a queixa e a duração dos sintomas, hábitos de vida, profissão, doenças anteriores 
(TVP), traumas prévios em membros inferiores e antecedentes da doença venosa na família. 
 O exame clínico dos membros inferiores deve ser realizado com boa iluminação e com o paciente em 
pé, após alguns minutos de ortostatismo. 
 Por meio de manobras especiais com garrotes (prova de Brodie-Trendelemburg), verificam-se os pontos 
de refluxo das junções safenofemoral, safenopoplítea e em veias perfurantes incompetentes. 
 Métodos não invasivos: 
 Ecocolordoppler venoso: padrão; é o exame mais utilizado na caracterização das varizes dos 
membros inferiores e, hoje, é indispensável na adequada avaliação anatômica e hemodinâmica 
para a correta indicação terapêutica. 
 É indicada para avaliar o refluxo venoso envolvendo os territórios da veia safena magna 
e/ou parva; a localização de perfurantes incompetentes; o esclarecimento diagnóstico de 
edema; a avaliação de varizes recidivadas e anomalias vasculares; a investigação de TVP 
prévia e a eventual insuficiência valvular e refluxo no sistema venoso profundo. 
 Plestimografia venosa: deve ser considerada como um teste quantitativo complementar. 
 Pode ser utilizada para avaliar o grau de acometimento da hemodinâmica venosa 
(obstrução e/ou refluxo), estimando o comprometimento do sistema venoso superficial 
e profundo e verificando a função da bomba muscular da panturrilha. 
 Consegue prever o resultado da cirurgia do sistema venoso superficial e avaliar a 
utilidade da compressão elástica. 
 Mapeamento duplex: permite a avaliação funcional e anatômica dos vasos. Permite o estudo do 
refluxo através das medidas de tempo de fechamento e da velocidade 
 Métodos invasivos: 
 Flebografia: tratamento varizes pélvicas. Descendente ou ascendente. Não se usa mais para 
diagnóstico 
 Pode ser indicada nas associações das varizes com angiodisplasias ou eventual possibilidade de 
cirurgia no sistema venoso profundo. A arteriografia pode ser necessária nos casos de suspeita 
da existência de fístulas arteriovenosas. 
 
EXAME FÍSICO 
 Obter dados de anatomia e fisiologia 
 Detectar alterações do sistema venoso superficial, profundo e perfurante, pontos de refluxo. 
 Diferenciar varizes primárias das secundárias 
 Inspeção: posição ortostática (em pé) 
 Observar a presença e distribuição de veias varicosas, edema, hiperpigmentação, 
lipodermatoesclerose, edema e varizes de localização atípica 
 Cicatrizes de cirurgias anteriores? 
 Localização das varizes  pertencem ao sistema safeno interno, externo ou de distribuição 
anárquica? 
 Ao nível do maléolo se vê mais pigmentações e é o local mais provável de ocorrer úlceras 
posteriormente 
 Palpação: 
 Edema, aumento de temperatura. 
 Deitado para avaliar a consistência dos músculos da perna e exercício de dorsi-flexão do pé. 
 Palpar os pulsos 
 Percussão e Ausculta: ausculta da carótida, dos pulsos da região femoral e da região dos canais dos 
abdutores 
 Manobra de Valssalva: facilita a visibilidade e palpação das veias dilatadas 
 
TRATAMENTO 
 Como se conduzir ao paciente?  O vascular tem a liberdade de discutir com o paciente qual é a melhor 
técnica para tratar as varizes 
 Deve-se esclarecer ao paciente sobre a natureza evolutiva da doença, chamando sua atenção 
para o fato de que o tratamento nem sempre é curativo e que o paciente necessita de reavaliações 
periódicas. É importante conscientizá-lo a respeito das orientações a serem seguidas 
 Varizes não tem cura, elas só melhoram  tratamento depende da gravidade da doença 
 Tratamento individualizado de acordo com a gravidade do quadro clínico, o tipo de varizes e a condição 
geral do paciente 
 Para formas mais leves da doença, com CEAP C1 e C2, indica-se: tratamento clínico, escleroterapia e 
até exérese de veias reticulares por meio de microincisões. 
 O tratamento para as formas mais graves (CEAP C3, C4, C5 e C6) varia conforme as avaliações da 
gravidade da doença e pode ser somente tratamento clínico ou mesmo cirúrgico, a depender das 
condições clínicas do paciente. 
 Tratamento clínico 
 É indicado para todas as formas de varizes dos membros inferiores, podendo ser considerada a 
única terapia de escolha em casos selecionados. 
 Medidas higiênico-dietéticas: 
 Evitar ortostatismo e ficar sentado por tempo prolongado  imobilidade favorece a 
estase sanguínea 
 Estimular breves repousos com elevação dos membros. 
 Estimular a realização de atividade física (exercícios, marcha, natação) 
 Evitar esportes que exijam movimentos bruscos, de impacto ou que provoquem 
aumento exagerado da pressão abdominal 
 Evitar vestes que dificultem o retorno venoso. 
 Evitar calçados com salto elevado (> 3,5 cm)  diminuem a eficácia da bomba muscular 
da panturrilha 
 Combater obesidade  a obesidade agravará sintomas e complicações 
 Restringir ingestão de líquidos, sal e bebidas alcoólicas. 
 Evitar ambientes quentes ou fontes diretas de calor. 
 Manter higiene dos pés, evitando traumas e micoses. 
 Elevar os pés da cama com calços de 15 cm  elevação a nível de quadril  melhora o 
retorno circulatório 
 Ficar na cama em posição de Trendelenburg nos casos de 
varizes intensas, sinais de insuficiência venosa crônica 
(IVC) e edema acentuado 
 Terapia compressiva 
 Promove externamente o aumento da pressão nos compartimentos superficial e profundo 
das pernas 
 Diminui o refluxo superficial direcionando para o profundo, melhora a bomba muscular 
e diminui o calibre das veias 
 Podem ser: descanso, suave compressão, média compressão (se for ficar sentado muito 
tempo), alta compressão (casos excepcionais de linfedema ou trombose venosa 
profunda) 
 A compressão a ser indicada varia de acordo com a gravidade da doença: compressões 
de 10 a 14 mmHg nas formas mais leves da doença (CEAP C0); e até 40 mmHg ou mais 
para a doença classificada como grave (CEAP C6). 
 Pode-se usar ataduras elásticas ou meias elásticas  Meia elástica se forficar sentado 
muito tempo 
 As meias elásticas são indicadas quando se deseja compressão das veias 
superficiais a médio ou longo prazo 
 As meias elásticas diminuem a capacitância dos sistemas venosos superficial e 
profundo, bem como o refluxo em alguns pontos, melhorando a função venosa. 
Além disso, favorecem a contração muscular da panturrilha e corrigem alguns 
distúrbios da pressão tissular e a elasticidade da parede de veias varicosas 
 Elas são práticas e eficazes por produzirem uma compressão gradual, de maneira 
segmentar e constante, diminuindo a compressão no sentido proximal do 
membro, melhoram efetivamente a sintomatologia e parecem reduzir a 
recorrência de varizes pós-tratamento 
 Paciente com varizes, mas você não sente pulso distal: não pode usar meia de 
compressão, pois não é indicada para tratamento de doença arterial. 
 Outra contraindicação é alergia às meias. 
 Indicado o uso para gestantes 
 Terapia medicamentosa (medicamentos venoativos ou flebotônicos) 
 Os medicamentos venoativos são drogas que atuam reforçando o tônus da parede venosa, 
favorecendo a microcirculação por seu efeito anti-inflamatório, melhorando a drenagem 
linfática e diminuindo a permeabilidade capilar. 
 Essas drogas devem ser ministradas por tempo prolongado e de maneira intermitente 
 Para alívio de sintomas 
 Maioria visa reduzir extravasamento de líquidos pelos capilares, aumento da musculatura 
venosa e peristalse do sistema linfático 
 Desvantagens: custo e retorno dos sintomas com suspensão 
 
 
A panturrilha é fundamental 
para a circulação do sangue e 
para evitar que o mesmo se 
acumule nos membros 
inferiores. Quando 
as panturrilhas estão com a 
musculatura fortalecida, 
conseguem impulsionar o 
fluxo sanguíneo das pernas de 
volta ao coração 
 Tratamento de complicações 
 Varicorragia: variz que apresenta sangramento 
 Elevação do membro 
 Compressão digital por dez minutos 
 Enfaixamento compressivo 
 Sutura?  pode lesar mais a pele 
 Úlcera venosa: úlceras que geram incômodo estético, geralmente não dolorosas 
 Repouso 
 Curativo diário ou especiais – hidrogeis, hidrocoloides 
 Bota de Unna: quando não há infecção, usado para cicatrização 
 Analgésicos 
 Antibióticos quando indicado 
 Verificar se a úlcera é de varizes de origem primária ou secundária 
 Varicotromboflebite superficial: 
 Comum de ocorrer nas varizes – risco de formar coágulos, processo inflamatório na veia 
(veia vermelha, inchada), é extremamente dolorido 
 Diagnóstico clínico: história clínica, dor intensa local, calor e edema local 
 Mapeamento com duplex: evitar risco de TVP associada 
 Membros inferiores elevados 
 Antiinflamatórios sistêmicos 
 Heparinoides tópicos 
 Anticoagulantes? 
 Compressas quentes 
 Sempre lembrar da associação com outras doenças 
 Tratamento estético 
 Escleroterapia: indicada para as formas mais leves das varizes dos membros inferiores (CEAP 
C1) 
 Secar as varizes através de componentes químicos, espuma ou calor (laser). 
 Pode ser feito em consultório. 
 Menos dolorido e menos agressivo 
 São realizadas sessões seriadas de injeções de substâncias esclerosantes (no Brasil, 
utilizam-se preferencialmente a glicose hipertônica e o poli-docanol) em telangiectasias 
e veias reticulares. 
 Usado nas telangectasias e vênulas dérmicas dilatadas 
 Agente químico como escletosante 
 Escleroterapia convencional 
 Escleroterapia com espuma 
 Crioescleroterapia 
 Eletrocauterização 
 Laser endovenoso 
 Flebectomia por microincisões: indicada para a exérese das veias reticulares (1 a 3 mm). 
 É realizada por meio de microincisões, seguidas da retirada das veias varicosas com o 
uso de pequenos ganchos ou agulhas de crochê. 
 Preferencialmente, deve ser realizada em ambiente hospitalar e com anestesia local 
quando as veias são de pequena monta e isoladas. 
 Nos casos de múltiplas e difusas veias reticulares em ambos os membros inferiores, 
deve-se realizar em ambiente hospitalar e em regime de internação ambulatorial, 
utilizando-se bloqueio locorregional. 
 
Laser ou radiofrequência feito no hospital 
quando há comprometimento da veia safena. 
Associado ao ultrassom para localizar o trajeto 
da veia doente e realizar a tração, queimando 
com calor (laser ou radiofrequência) 
 
 Tratamento cirúrgico 
 Indicar cirurgia quando há complicações, riscos e critérios de estética; e para correção do 
distúrbio hemodinâmico provocado pelo refluxo sanguíneo; quando há presença de 
complicações anteriores; paciente sintomático 
 Aqueles com sintomatologia importante e/ou dolorosa, com alterações de pele decorrentes da 
hipertensão venosa crônica ou complicações como hemorragia ou tromboflebite de repetição 
têm indicação cirúrgica 
 Na cirurgia das varizes dos membros inferiores, os objetivos são abolir os pontos de refluxo do 
sistema venoso profundo em direção ao superficial e ressecar as varizes colaterais 
 No tratamento cirúrgico das varizes primárias, procura-se extirpar todas as veias varicosas e 
eliminar os pontos de refluxo do sistema profundo para o superficial, ou seja, nas croças das 
safenas magna e parva e nas veias perfurantes insuficientes. 
 No tratamento cirúrgico das varizes secundárias, há 
necessidade de estudo cuidadoso do sistema venoso profundo 
com ultrassonografia vascular e/ou flebografia, estando a 
indicação de cirurgia de varizes na dependência da perviedade 
desse sistema. 
 Devem-se tratar previamente todas as complicações cutâneas presentes nos pacientes em que se 
pretende realizar o tratamento cirúrgico, incluindo eventuais micoses interdigitais. 
 Durante o ato operatório, deve-se fazer antibioticoprofilaxia intravenosa de rotina na indução 
anestésica para todos os pacientes 
 Doenças concomitantes: 
 Metabólicas: diabetes 
 Cardiológicas: arritmias, hipertensão não controlada, infarto recente (menos que 6 
meses), pulmonares, neurológicas (AVC) etc 
 Riscos anestésicos: tipos de anestesia (geral, bloqueio peridural ou raquidiano e anestesia local) 
 Planejamento cirúrgico: baseado no ecocolordoppler (avalia refluxo venoso). 
 A tática ideal a ser empregada é a que o procedimento mais simples possível possa trazer 
resultado imediato efetivo, do ponto de vista estético e funcional. 
 Evita por maior prazo a ocorrência de recidivas 
 Contraindicações: Presença de úlcera de estase ativa e infectada; Varizes em membro 
isquêmico; Hipo ou agenesia de sistema venoso profundo; Infecção sistêmica; Doença grave 
associada; Linfedema do membro; Diátese hemorrágica; Gravidez; Idade avançada (relativa) 
 Procedimentos cirúrgicos: 
 Safenectomia: retirada parcial ou total da veia safena, quando ocorre sua dilatação 
excessiva e perda de função 
 Laser ou radiofrequência: 
 Ligadura de veia safena: 
 Ligadura de veias perfurantes: cirúrgica ou vídeo 
 Ressecção de varizes colaterais 
 Tratamento cirúrgico convencional: é o mais utilizado e tem como paradigma a desconexão dos 
pontos de refluxo do sistema venoso profundo em direção ao superficial. 
 Podem ser necessárias safenectomias internas e/ou externas por meio de desconexões das 
junções safenofemoral ou safenopoplítea e ligadura de veias perfurantes, que estão 
insuficientes. 
 É realizada a ressecção de todas as varizes colaterais dilatadas. 
Flebografia: Rx das veias após injeção de 
contraste pela veia do pé (geralmente) 
 
Ultrassonografia vascular: faz o uso de 
ondas sonoras de alta freq. que permite 
analisar o sistema circulatório, facilitando 
identificação de obstruções nas artérias/veias. 
 
 
 
 
 Tratamento minimamente invasivo: técnicas minimamente invasivas que visam a minorar o 
trauma cirúrgico e à mais rápida recuperação do paciente, pois não retiram a safena interna e/ ou 
externa. 
 Termoablação: utilizam-se fibras que são introduzidas nos trajetos das veias eque 
permitem a ablação térmica das safenas, das colaterais e até de veias perfurantes 
insuficientes, por meio do laser endovenoso ou pela radiofrequência. 
 Se usa um laser para criar calor local intenso no interior da veia varicosa que se 
quer tratar  fecha as veias doentes, mas as deixa no lugar para que haja 
sangramento e hematomas mínimos, e, portanto, um menor risco de machas. 
 Os pacientes que têm grandes varizes sintomáticas e aqueles com veias safenas 
incompetentes são candidatos para este procedimento 
 Escleroterapia com microespuma das safenas e das varizes colaterais: é um método barato 
que pode ser utilizado ambulatorialmente e em pacientes com risco cirúrgico maior. 
 Tem sido utilizado para acelerar a cicatrização de úlceras varicosas. 
 É realizado por meio de injeções de espuma de polidocanol (método de Tessari – 
obtenção da espuma) nas veias safenas insuficientes e nas varizes colaterais. As 
veias devem ser preenchidas totalmente com a espuma e provocam a esclerose 
local. 
 Endovascular e radiofrequência 
 
VARIZES PÉLVICAS e SÍNDROME DE CONGESTÃO PÉLVICA 
 Reconhecida como uma causa de dor pélvica crônica (DPC). 
 É uma condição subdiagnosticada na população feminina. 
 A DPC é definida por dor na região pélvica, cíclica ou não, com duração superior a 6 meses; pode ser 
incapacitante 
 A síndrome da congestão pélvica é caracterizada por dor pélvica crônica e não 
específica + refluxo de veia ovariana + varizes na região pélvica 
 Varizes pélvicas são veias dilatadas na pelve que causam dor e desconforto em 
baixo ventre ao fim do dia, na relação sexual, no período menstrual. 
 As varizes pélvicas são veias dilatadas que surgem principalmente no sexo 
feminino, afetando o útero, mas que também podem afetar as trompas de falópio 
ou os ovários, ocorrendo a chamada Síndrome de Congestão Pélvica. 
 Muitas vezes acompanhadas por varizes nas extremidades inferiores e 
nas genitais externas. 
 Atinge 10 a 15% das mulheres. 
 Geralmente acomete mulheres multíparas, em idade reprodutiva 
 No homem, as varizes mais comuns são as que aparecem nos testículos, mas essa alteração geralmente 
é chamada de varicocele. 
 Considerações anatômicas 
 Afetam o útero, mas também podem afetar as trompas de falópio ou os ovários 
 A síndrome da congestão pélvica manifesta-se em 2 territórios venosos distintos e sobrepostos, 
compostos pelas veias gonadais (ovarianas/testiculares) e veias ilíacas internas. 
 As veias gonadais têm origem na rede venosa da região pélvica. A veia gonadal esquerda 
termina no segmento médio da veia renal esquerda; e a veia gonadal direita pode terminar na 
veia cava inferior infrarrenal em 60%, na veia renal direita/junção de veia cava inferior em 30%, 
e com ramos intrarrenais no restante. 
 As válvulas estão presentes em 80 a 90% 
das veias gonadais, geralmente perto ou 
na junção com a veia renal/veia cava 
inferior ou ambos. 
 As veias gonadais colateralizam 
extensivamente com as veias 
ascendentes lombares e retroperitoneais. 
Estas características afetam o 
tratamento, pois ramos colaterais 
retroperitoneais podem recanalizar 
trajetos de refluxo para a pelve profunda 
e causam recorrência dos sintomas. 
 As veias ilíacas internas recebem entrada 
de plexos útero-ovariano, vesicular, 
hemorroidal e sacrovenoso. Quando 
incompetente, hipertensão venosa ilíaca 
interna resulta na formação de varizes na 
pelve profunda 
 A ocorrência é maior à esquerda, porque a veia ovariana 
esquerda drena diretamente na veia renal esquerda (ângulo 
de 90°); enquanto a veia ovariana direita geralmente drena 
em um ângulo agudo na veia cava inferior, logo abaixo da 
veia renal direita. 
 Isso favorece maior refluxo à esquerda em relação à 
direita que desemboca obliquamente na veia cava 
 Existem múltiplas conexões entre o sistema venoso infrarren 
al, pélvico e dos membros inferiores, de forma que o refluxo 
venoso pélvico pode ser transmitido aos membros inferiores, 
manifestando-se como varizes recorrentes 
 Etiopatogenia 
 Presença de insuficiência venosa pélvica  varizes dolorosas na região 
 A etiologia parece estar relacionada ao refluxo de veias ovarianas incompetentes e dilatadas, e 
fatores como ansiedade, depressão e problemas relacionados à atividade sexual também podem 
estar envolvidos. 
 A sobrecarga ao retorno venoso pelas constantes mudanças hormonais na gravidez, 
somada à ausência congênita de válvulas nas veias ovarianas, parece levar ao refluxo do 
sangue pela veia do ovário para a veia ilíaca interna. 
 A congestão das veias pélvicas leva ao seu ingurgitamento e aumento da pressão, o que 
provavelmente leva à dor experimentada pela paciente. 
 A ocorrência é maior à esquerda  veia ovariana esquerda drena em um ângulo de 90° 
diretamente na veia renal esquerda, favorecendo o refluxo; enquanto a veia ovariana direita 
drena obliquamente na veia cava inferior. 
 Fatores de risco: 
 Mulheres que tiveram 1+ gestações são mais propensas, pelos hormônios produzidos 
durante a gravidez; 
 Normalmente aparecem em mulheres entre 30 e 50 anos; 
 Mulheres que têm problemas hormonais e distúrbios menstruais com ciclos irregulares 
durante a vida. 
 Tem histórico familiar de varizes; 
 Fatores como obesidade, ovários policísticos e levantamento de peso também exercem 
influência no desenvolvimento da doença. 
 Classificação 
 Primária: incompetência de veia ovariana congênita ou adquirida por causas não obstrutivas. 
 Secundária: geralmente obstrutiva, em que as veias ovarianas ou pélvicas são importantes 
caminhos colaterais para aliviar a obstrução a montante. 
 As mais comuns são a síndrome do quebra-nozes (compressão da veia renal 
esquerda pela artéria mesentérica superior) ou a síndrome de May-Thurner 
(compressão da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca interna direita) e 
trombose venosa profunda (TVP). 
 
 
 Quadro clínico: em muitos casos não causam sintomas ou são inespecíficos, tornando-se difícil de ser 
diagnosticada. 
 Dor pélvica crônica e não específica associada a refluxo de veia ovariana e varizes na região 
pélvica 
 DPC com duração > 6 meses, sem outra etiologia aparente. 
 Dores na área pélvica e abdômen inferior, com mais intensidade, nos dias anteriores a 
menstruação 
 A congestão das veias pélvicas leva ao seu ingurgitamento e aumento da pressão, o que 
provavelmente leva à dor experimentada pela paciente. 
 Sangramento intenso durante o período menstrual; 
 Sensação de inchaço na região pélvica; 
 Sensibilidade à palpação abdominal sobre o ponto do ovário 
 Incontinência urinária (perda de urina); 
 Desconforto ou dispareunia (dor genital) nas relações sexuais 
 Varizes pélvicas e recorrência de varizes de membros inferiores 
 Exacerbação no período menstrual 
 Piora dos sintomas ao longo do dia. 
 
 Diagnóstico 
 Não há critérios de diagnóstico definitivo estabelecidos. 
 É um diagnóstico de exclusão, suspeitado na presença de DPC associada a varizes pélvicas e 
refluxo da veia ovariana. Também deve ser suspeitado na presença de varizes de localização 
atípica (p. ex., vulvoperineal, coxa posterior e glúteo) ou recidiva precoce após tratamento de 
varizes de membros inferiores. 
 Exame Físico: pode apresentar varizes ovarianas e varizes incomuns, como vulvoperineal, em 
coxa posterior e glúteo. 
 Eco-Doppler - pode ser abdominal e transvaginal  essa técnica identifica as veias da parte 
inferior do abdômen e estuda o fluxo através delas. 
 Angiografia por tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética fase venosa para 
avaliar a vascularização abdominal. 
 
 Tratamento: 
 Tratar somente os sintomáticos  indicação clínica e não achados 
 Tratamento segue os mesmos princípios do tratamento de varizes. 
 Operar as sintomáticas. 
 Quando o refluxo da veia gonadal é a causa da dor pélvica,a terapia endovascular oferece uma 
opção segura, pouco invasiva e com bons resultados para seu tratamento. Se a etiologia das 
varizes for secundária a causas obstrutivas, a obstrução deve ser tratada primeiro ou em conjunto 
 Durante o tratamento, o paciente deve ter alguns cuidados como: 
 Usar meias elásticas de compressão; 
 Colocar um calço no pé da cama; 
 Evitar ficar muito tempo sentado ou em pé, parado; 
 Praticar atividade física regularmente. 
 Tratamento medicamentoso: 
 O uso de remédios orais, como o acetato de medroxiprogesterona, que ajudam a diminuir 
a dilatação das veias, ou ainda de flebotômicos (reforçam o tônus da parede venosa, 
favorecem a microcirculação por seu efeito anti-inflamatório, melhoram a drenagem 
linfática e diminuem a permeabilidade capilar) 
 Anti-inflamatórios não hormonais (AINH) promovem alívio dos sintomas, mas não 
oferecem solução de longo prazo para a patologia. 
 Supressão hormonal com medroxiprogesterona ou análogos do GnRH mostrou-se 
efetiva no alívio dos sintomas, e sua associação com psicoterapia sugere melhorar a 
resposta ao tratamento. 
 Técnica cirúrgica para varizes pélvicas: o cirurgião vascular faz ligadura nas veias afetadas, 
fazendo com que o sangue circule apenas nas veias que estão saudáveis. Esta cirurgia necessita 
de internamento hospitalar e é feita sob anestesia geral 
 Técnica de embolização: principal tratamento para varizes pélvicas 
 Consiste na colocação de pequenas molas dentro das veias pélvicas que se encontram 
dilatadas, para bloquear o fornecimento de sangue para as veias e diminuindo os 
sintomas e ocluindo as veias dilatadas. 
 Introduzir um cateter por punção na femoral ou braquial, acesso as veias da região 
pélvica. Pelo cateter se inserir as "molas" e a escleroterapia com espuma ou outros 
embolizantes. A embolização é feita com anestesia local e sedação. 
 A recorrência dos sintomas e recidiva de varizes pélvicas pode decorrer de grande 
quantidade de ramos colaterais na região. O quadro recorrente deve ser investigado, e 
nova embolização pode ser realizada para tratamento. 
 Endovascular: punciona a veia femoral e cateteriza, coloca introdutor e vai até a veia renal para 
confirmar o refluxo (aparecimento de contraste). Com a confirmação, realizar tratamento 
endovascular (colocação de molas, ocluindo a veia) – sintomas desaparecem. O objetivo é 
eliminar o refluxo da veia ovariana com ou sem esclerose direta das varizes na região pélvica 
 Histerectomia e ooforectomia só são realizadas em casos com outra patologia concomitante que 
indique tratamento. 
 
SÍNDROME DE MAY-THURNER 
 Compressão da veia ilíaca esquerda entre a coluna lombar e a 
artéria ilíaca direita (canal estreito) 
 1. Compressão mecânica da veia pela artéria contra a 
coluna vertebral; 
 2. Hipertrofia ou espessamento da camada íntima da veia 
que ocorre progressivamente devido ao trauma crônico 
local gerado pela pulsação da artéria por cima desta veia. 
Condição normal do organismo, artéria e veia se cruzam 
sem interrupções em várias partes do corpo, porém em 
algumas pessoas a formação genética pode levar a esta 
compressão. 
 A compressão causada na Síndrome de May-Thurner pode ter 
como consequência a formação de varizes pélvicas e varizes no 
membro inferior esquerdo. A consequência mais grave é a TVP do membro inferior esquerdo, que 
muitas vezes acomete desde o local da compressão até veias distais da perna 
 Acomete predominantemente mulheres entre 20 e 50 anos de idade 
 Quadro clínico: 
 Pode ser assintomático na fase inicial 
https://www.dranayarabatagini.com.br/tratamentos/varizes-pelvicas-e-compressoes-venosas/
 Sintomas: dor e sensação de peso, principalmente no final do dia e no calor; edema; surgimento 
de varizes unilaterais; comum presença de úlceras; dor durante/depois da relação sexual; 
sintomas intensos de varizes na perna esquerda 
 Diagnóstico: 
Um ou mais exames complementares são necessários para a elucidação do diagnóstico. Exames que podem 
ser solicitados são: 
 Ultrassom Doppler Venoso de cava e ilíacas: exame não invasivo, visualiza o fluxo de sangue nas 
veias ilíacas e identifica possíveis pontos de compressão. Também identifica trombose venosa 
profunda. 
 Angio-Tomografia pélvica com fase venosa: Neste exame é necessária a injeção de contraste para 
que os vasos sejam visualizados e o ponto de compressão visualizado. 
 Angio-Ressonância Magnética pélvica: Também é realizada a injeção de contraste para avaliação 
das veias pélvicas e compressão venosa. Juntamente com a Angiotomografia, fecha o diagnóstico 
na grande maioria dos casos. 
 Flebografia com Ultrassom Intravascular (IVUS): muitas vezes os exames anteriores não são 
suficientes para realizar o diagnóstico. Para a flebografia é realizada uma punção na virilha (para 
acessar as veias) e uma injeção de contraste diretamente na veia acometida. Avalia-se então o fluxo 
venoso, se há ou não compressão venosa e a presença de circulação colateral venosa e varizes 
pélvicas. Neste mesmo procedimento pode ser necessário o uso do Ultrassom Intravascular, um 
ultrassom que navega por dentro do vaso e consegue visualizar exatamente o grau e o local de 
compressão, auxiliando inclusive para a escolha do tamanho do stent que será utilizado para o 
tratamento 
 Tratamento 
 O tratamento é realizado via endovascular, através da angioplastia venosa. 
 Realiza-se uma punção na coxa ou na virilha e um fio guia e um cateter são introduzidos 
dentro da veia. O local de compressão é dilatado usando balões e por fim é implantado 
um stent venoso, para que a veia se mantenha aberta e permite novamente a passagem 
do sangue. 
 Casos em que se apresentam com trombose venosa aguda de veia ilíaca são tratados inicialmente 
através da trombólise para remover os coágulos. Após este tempo cirúrgico é possível identificar 
o local da compressão e fazer o tratamento através da angioplastia.

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