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Gustavo Moreno T19 AULA 01: FISIOLOGIA APLICADA À PRATICA CLINICA: Conceitos de Anatomia e fisiologia Anatomia do sistema cardiovascular simplificada Coração: Direito: Baixa pressão - Circulação pulmonar Recebe o sangue venoso e conduz até os vasos pulmonares Trabalho em série com o VE Alta complacência - Consegue acomodar muito líquido sem mudar as pressões Esquerdo: “Resistência maior, pressão aumentada, mais musculosas” Recebe o sangue oxigenado dos pulmões Sistema de altas pressões - circulação sistêmica Mais adaptado ao mecanismo de Frank-Starling Obs - cuidar com medicamentos que aumentam as pressões hidrostáticas Função do sistema circulatório: Levar substrato aos tecidos: 1. Glicose 2. Oxigênio 3. Água Agravos que comprometem o sistema circulatório → primeiro a ser afetado é o oxigênio, pois não há reservas Glicose e água temos bastante reserva no organismo por isso conseguimos utilizar de mecanismo compensatórios Volume circulante: Volemia → 8% do peso corpóreo Maior parte em território venoso (vias de reserva)*** Território arterial (menor parte) Capilares da microcirculação Pressão: depende de 3 componentes: volume, continente e fluxo Volume <–> continente <–> fluxo/velocidade <–> (Promovem uma pressão) Volemia – volume Resistência vascular – continente (vasoconstrição ou vasodilatação) Débito Cardíaco – fluxo Débito cardíaco: Quantidade de sangue ejetado do coração durante um intervalo de tempo Objetivo: levar oxigênio e nutrientes (glicose) aos tecidos Depende da força contrátil (inotropismo) e da frequência cardíaca (cronotropismo) DC = VS (volume sistólico) x FC A FC funciona até um certo ponto. No ponto crítico tem queda de DC, pois a FC é muito grande que não dá tempo de fazer a diástole (contração cardíaca inadequada) Ponto crítico → Aumenta muito a FC – reduz o tempo diastólico (taquiarritmias instáveis) ou seja “o coração bate vazio”, logo vai ter rebaixamento do Débito cardíaco, dispnéia (congestão pulmonar) Volume Sistólico (VS): Depende da pré carga – que chega (voltando) no coração direito, da contratilidade e da pós carga (resistência de saída do fluxo de sangue) Contratilidade – Sd coronariana aguda por exemplo, insuficiência cardíaca descompensada Pós carga – quantidade de sangue que sai do coração; emergência hipertensiva Pré carga → lembrar da lei de Frank e Starling, o que é complacência e capacitância, volume estressado x não estressado e resistência de fluxo Lei de Frank Starling → pressão x volume Insuficiência cardíaca – dificuldade de aumentar a pressão Hiperdinâmico (COVID, SEPSE) – aumenta do DC, aumento da pré carga Pré carga: 70 - 80% do volume circulante (venoso) **Volume Estressado - 20 a 30% ⇒ é que vai mandar o fluxo sanguíneo - consegue distender o vaso e voltar (o que retorna no coração direito - distende a parede do vaso) **Volume não estressado - 70 a 80% ⇒ volume parado e não distende o vaso (não produz pressão na parede do vaso, “reserva fisiológica”) – maior parte do sangue venoso Resistência ao fluxo obs - Pode ocorrer: volume não estressado para estressado Contratilidade: Inotropismo Capacidade intrínseca de encurtamento das fibras miocárdicas Principalmente: catecolaminas circulantes, sistema nervoso autônomo simpático (aumento da FC), oxigenação miocárdica, alterações metabólicas - acidemia/acidose (aumento do fluxo de cálcio e melhora a contratilidade miocárdica) Pós Carga: Resistência oferecida ao esvaziamento ventricular Depende do Volume e massa de sangue ejetado Massa e espessura de parede ventricular Resistência vascular sistêmica OBS - embolia pulmonar → aumento da resistência da ejeção do ventrículo direito – dilatação, diminuição do DC, aumento da pressão das câmeras esquerda, congestão pulmonar Resistência Vascular: Aumento da resistência de qualquer um dos vasos aumenta a resistência vascular total (para mandar o fluxo / DC normal) RVP = PAM - PVC (pressão venosa central) x 80 / DC PAM = PAS + (2 x PAD) / 3 Valor de 65 mmHg garante a perfusão de todos os tecidos e órgãos Resistência pulmonar: medir a pressão da artéria pulmonar através do cateter Swan Ganz Circulação Pulmonar: Sistema de baixa pressão - hematose (troca gasosa) Microcirculação: (capilares) Aumento do Lactato - hiperperfundido, ou problema no fígado Oferta e consumo de oxigênio: Oferta DO2 – (é o que chega) volume de oxigênio transferido dos pulmões até os tecidos em 1 min, determinado pela captação externa, bomba propulsora, capacidade de extração (perfusão) → determinada pelos pulmões, DC e hemoglobina (macrocirculação) *** Consumo de oxigênio VO2 – (o que é usado) volume de oxigênio captado pelos tecidos em 1 min, determinado apenas pela capacidade de extração e que depende da mitocôndria (microcirculação) *** CaO2 - conteúdo arterial de O2 = (1,34 x Hb x SaO2) + (0,003 x PaO2) DO2 = DC x CaO2 DC = VS x FC VO2 = DC x (CaO2 - CvO2) CvO2 é o conteúdo venoso de oxigênio CvO2 = (1,34 x Hb x SaO2 - SvO2) + (0,003 x PvO2) SvO2 é a saturação venosa de oxigênio oferta de O2: DO2 = DC x Hb x SaO2 Consumo O2: VO2 = DC x Hb x (SaO2 - SvO2) taxa de extração de O2 A oferta de O2 normalmente é muito maior que precisamos pelo menos 4x (fisiológico) Extração Tecidual de O2: Curva de dissociação da hemoglobina - capacidade de oxigênio de se soltar da hemoglobina para ir pros tecidos periféricos Acidose / Direita → aumento do PCO2, 2,3 DPG, temp e diminuição pH Alcalose / esquerdo → Diminuição PCO2, 2,3 DPG, temp e aumento pH Má Perfusão Tecidual PAM → Perfusão arterial média *** PAM = Sistólica + 2x Diastólica /3 *** PAM > 65 mmHg – garante perfusão para todo o corpo (metabolismo aeróbico) PAM < 65 mmHg - inicio do metabolismo anaeróbico Lactato marcador precoce de má perfusão tecidual *** Componente diastólico é mais importante que a sistólica, pois reflete na resistência vascular Marcadores de Má perfusão tecidual: Aumento da extração: aumento do consumo e diminuição da oferta Diminuição da extração: aumento do consumo e oferta VO2 x DO2 Oferta cai muito → ponto crítico (ponto de demanda de O2) – cada queda diminui o consumo – metabolismo anaeróbio – aumento do lactato Fisiologia Respiratória: Estrutura e função pulmonar: O2 e CO2 Membrana alvéolo-capilar - troca gasosa Depende da Quantidade de Gás inalado e do DC Via aéreas e fluxo de ar: Série de tubos ramificados - início na traquéia Zonas de condução (função muco ciliar) - espaço morto 150 ml Zonas respiratórias: Bronquíolos terminais + alvéolos = Ácinos (troca de O2) Alvéolos: - 50 milhões Áreas de 50 - 10 m² O2 e CO2 se movimentam por diferença de pressão Elasticidade pulmonar: grande volumes com baixas pressões de distensão Inspiração - abaixamento do diafragma (contrai) e expande as costelas Expiração - sobe o diafragma e diminui as costelas Troca Gasosa: Quantidade de gás Distribuição intrapulmonar e relação ventilação/perfusão Vias aéreas superior: aquecimento e umidificação P vapor d’água (37ºC) = 47 mmHg P barométrica = 760 mmHg Fração inspirada de oxigênio (FiO2) = 21% (em todo lugar, não muda) P inspirada de O2 = (PB - PH2O)x FiO2 PiO2 = 150 Obs - que muda é a pressão atmosférica, mas não muda a fração inspirada de O2, sempre vai ser 21% Difusão: Lei de Fick - (lei de dissolução dos gases em uma superfície), constante, multiplicado pelas pressões, depende das propriedades do tecido atravessado, solubilidade, peso molecular Quanto mais eu tenho área de superfície, maior vai ser a difusão do ar, porém é inversamente proporcional a espessura dessa superfície. Quanto maior a diferença de pressão, mais atravessa a superfície. Depende de uma constante individual CO2 – 20x mais solúvel que o O2 CO2 passa a membrana alveolar de maneira mais passiva comparado com o O2 Doenças que acometem a membrana pulmonar – exemplo, edema agudo do pulmão, fibrose pulmonar!! (dificuldade do 02 de passar) Ventilação pulmonar: Volume corrente VC = 500 ml Espaço morto = 150 ml Essa diferença de pressão que faz com que ocorra a hematose Ventilação alveolar e Hematose Ventilação alveolar e RelaçãoV/Q VC = 500 ml Espaço morto = 150ml VM do espaço morto = 2250 ml/min VM = 7500 ml/min FR = 15 irpm Ventilação alveolar 7500 - 2250 = 5000 ml/min DC normal = 5000 ml / min VIQ = 1 Relação V/Q Diminuída: Efeito Shunt Área não ventilada ou pouco ventilada mas perfundida. Pode ser causada por uma broncoconstrição (Asma) ou obstrução (Broncoespasmo grave, broncoaspiração) Asma - broncoespasmo (broncoespasmo) Relação V/Q Aumentada: Espaço morto - embolia pulmonar Área ventilada mas pouco ou não perfundida → chega ar mas não troca/sai (vasoconstrição, DPOC, TEP) Vasoconstrição - oferta do O2 desnecessariamente Mecanismo de Hipoxemia: Principal: distúrbio V/Q Diminuição da PiO2 - altitude Shunt Pulmonar Hipoventilação alveolar Prejuízo à difusão
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