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Gustavo Moreno T19 AULA 02: PRONTO SOCORRO Emergência como especialidade médica: EUA - 1970 primeira residência médica 1979 - especialidade médica 2008 - ABRAMEDE Brasil → 2016 reconhecimento oficial como especialidade médica Conhecendo o PS: Especialidades médicas disponíveis Atendimento pediátrico Atendimento GO Rede pré hospitalar Sistema de triagem Fluxos internos e externos Carrinhos de emergência - com as principais drogas / materiais Dispositivos de Vias aéreas - em casos de insuficiência respiratória Protocolos Medicamentos disponíveis Fase Hospitalar: Área de reanimação - sala de primeiro atendimento Equipamentos de VAs organizados, testados e bem dispostos Equipe treinada Monitores e soluções cristalóides pré aquecidas (microondas - funciona bem) Protocolos, laboratoriais e radiologia Abordagem inicial do paciente grave: Triagem efetiva e rápida Calma Conhecimento Treinamento Experiencia Mindset do emergencista: Manter a segurança da cena e pessoal Esperar o pior cenário Necessidade de pedir ajuda Necessidade de tomar decisões rápidas Estabelecer que passos devem ser realizados para a estabilização dos pacientes Que diagnósticos diferenciais devem ser considerados O diagnóstico é necessário ? (nem sempre vai ter o Dx etiológico, mas vamos ter o Dx sindrômico!!) O paciente deve ser internado ? em qual recurso? Sistematização de condutas Sempre reavaliar o paciente!! (Ver sempre o resultado da conduta) Trabalho em equipe Boa comunicação Identificar pacientes críticos: SIstema cardiovascular, respiratório e sistema nervoso central → SALA VERMELHA Triagem no PS ou pré hospitalar → sala de emergência → checar o nível de consciência!! Consciente → proceder com história e exame físico Inconsciente → obstrução de vias aéreas → Presente → reverter obstrução Ausente → respiração → Presente Ausente → Pulso Presente → C (circulação), D (Sequelas), E (exposição) Ausente → Iniciar RCP Prioridades no atendimento: Níveis de prioridade ATS – Aistralasian triage scale CTAS - canadian triage and acuity scale MTS - manchester triage system ESI - emergency severity index Triagem / pré hospitalar → sala de emergência Protocolo de manchester Recepção ⇒ triagem (classificação de risco) ⇒ atendimento médico Emergência - risco imediato Muito urgente - até 10 minutos → dor torácica Urgência moderada - até 60 minutos Pouco urgente - até 120 minutos Não urgente - até 240 minutos Paciente que pode aguardar Prioridades na emergência: Rebaixamento agudo do nível de consciência ⇒ queda de mais de 2 pontos na escala de glasgow Alterações de sinais vitais ⇒ FR > 36 ou < 8 Sat arterial de O2 (Sat O2) < 90% FC > 130 ou < 40 Pressão arterial sistólica (PAs) <90 mmHg Tempo de enchimento capilar (TEC) > 3 segundos Achados potencialmente emergenciais: Precordialgia ou dor torácica Febre com suspeita de neutropenia Suspeita de obstrução das vias aéreas Alterações neurológicas agudas: déficits motores, afasia, convulsões, delirium Intoxicações exógenas agudas Hematêmese, enterorragia ou hemoptise Dor intensa Quais os pacientes devem ser encaminhados para a sala de emergência? Alteração de consciência, respiração e hemodinâmicas Gravemente doentes que precisam de cuidados intensivos Monitorização contínuas e intervenções imediatas Priorizar alocação de pacientes com prognósticos Alerta Responde a estímulo verbal Responde a estímulo físico Arresponsivo Triagem / Pré hospitalar → sala de emergência → checar nível de consciência Consciente / Orientado → proceder com História e exame físico Raciocínio Clínico: Diagnóstico sindrômico Diagnóstico topográfico Diagnóstico etiológico Síndrome: conjunto de sinais e sintomas característicos de determinada condição patológica sem uma causa definida Diagnóstico sindrômico: elaborado rapidamente com anamnese e exame físico. Paciente irresponsivo → verificar respiração → ausente → checar pulso e se ausente, iniciar RCP Ressuscitação cardiopulmonar BLS - Não médicos (qualquer profissional da saúde) ACLS - médicos (via aérea durante o atendimento da parada, drogas, monitorização do choque) Obstrução de vias aéreas → reverter → não passa para o “B” (reverter obstrução) Atendimento Inicial – ABC Qual o seu nome? o que aconteceu ? → A, B, C, D (quando responde não tem problema nesses passos) Airway maintenance with restriction of cervical spine motion Breathing and ventilation Circulation with hemorrhage control A - VIAS AÉREAS: Principais causas de obstrução de vias aéreas: Rebaixamento do nível de consciência Corpo estranho, sangue ou vômito (língua) Trauma (face grave) Edema de laringe Checar qualquer ruído anormal - estridor observar diretamente a cavidade oral e orofaringe procurando possíveis causas de obstrução - sangue, vômito, corpo estranho Checar sinais externos de trauma - escoriações ou hematomas no pescoço, edema subcutâneo Checar - movimentos abdominais paradoxais, musculatura acessória, hipoxemia Permeabilidade das VA’S Chin-lift Jaw-thrust Dispositivos → máscaras laríngeas (pré hospitalar) - casos de intubação difícil / muito sangue - colocado as cegas Cânula de guedel → reverter obstrução de vias aéreas - usar quando tem rebaixamento do nivel de consciência, nunca usar em paciente que tem nível de consciência (ventilação eficaz) Entrou na SE = MOV + HGT!! Monitorização cardioscópica e PA Oxigênio suplementar se sat O2 <93% Acesso venoso de grosso calibre – Jelco 16 ou 18 (mais rapido a passagem dos fluidos) Hemoglucoteste (glicemia) “MOV” Monitorização cardioscópica: Detectar precocemente um evento cardiovascular primário ou secundário Preparo da pele Montagem dos eletrodos Monitorização de pelo menos 2 ou 3 derivações FC, ritmo, QRS, segmentos ST Alterações aguda = ecg 12 derivações Cores - posicionamento Vermelho – braço direito Amarelo – braço esquerdo Verde – perna esquerda Preto – perna direita Branco – tórax****** Oximetria de pulso: Marcador indireto da perfusão tecidual Não invasivo e contínuo A hemorragia oxigenada absorve mais a luz infravermelha Relaciona-se com a pressão arterial de O2 (PaO2) 5º sinal vital Acurácia elevada para Sat > 88% (quando abaixo de 88% não é preciso para a identificação de hipoxemia) Limitações: Não fornece informações PaCO2, Hb Saturação é diferente de conteúdo arterial de O2 Pele escura, unhas postiças, esmalte, hipotermia, má perfusão periférica, anemia (Ht < 15%) Iluminação excessiva ou má adaptação Carboxiemoglobina elevada falsamente a leitura da SpO2 < 70% não confiável Urgência X Emergência: Urgência → pode ou não ter risco iminente de vida → exige assistência médica rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar complicações e sofrimento. Emergência → risco iminente de vida → exige tratamento médico imediato. Caracterizada por sofrimento intenso, risco de lesão permanente ou situação ameaçadora à vida; Emergência mais comuns no PS: Insuficiência respiratória, choque e alteração do nível de consciência. Insuficiência Respiratória (B): FR Mov Respiratória Ausculta e percussão - assimetria Uso de musculatura acessória Cianose – demora para acontecer (quando está tem conteúdo de O2 muito baixo) Oximetria de pulso*** Gasometria arterial – Padrão ouro Normalmente na artéria radial P = pressão / quantidade do gás a = linha arterial A = gás alveolar p = pressão venosa i = ar inspirado c = capilar Relacionando fisiologia com a clínica: Sat < 90% ou PaO2 < 60 mmHg → hipóxia / insuficiência Respiratória Gradiente A-a normal → PaCo2 → Hipoventilação (intoxicação, doenças NM, limitação mecânica) ou (baixa PiO2, altitude, término do O2 do cilindro) ⇒ nível do mar (FiO2 x 7713) - (PaCO2 x 1,25) - PaO2 ou cálculo simplificado: 130 - (PaCO2 + PaCO2) **Normal – ver PaCO2 Gradiente A-a aumentado (>10) PaCO2 normal → Relacionada ao esforço → prejuízo a disfunção DIP Administrar O2 em alto fluxo 100% → Hipoxemia não corrige → SHUNT verdadeiro – colapso alveolar, preenchimento alveolar, Shunt D E Hipoxemia corrige → DIST V/Q – DPOC, acometimento alveolar **Alto — Dar O2 100% Insuficiência respiratória Tipo 1– hipoxêmica (PaO2 < 60 mmHg e PaCO2 < 45 mmHg) → Hipoxêmicos C = queda de 10% PaO2 basal Tipo 2 – Hipercápnica (PaO2 < 60 mmHg e Paco2 > 45 mmHg) Diferenciar – uma dou O2 melhora e outra piora!! Relação PaO2 / FiO2 1974 - Índice de oxigenação Mais prático para ser aplicado à beira leito normal > 400 (gasometria normal dessa relação) critérios Dx estratificação da SARA Depende da relação das 2 variáveis, não da para avaliar isoladamente CO2 – definido pelo volume minuto VM = VC x FR VM baixo = aumento do CO2 VM alto = Baixo CO2 Obs: CO2 alto → acidose!! Acidose → Curva de Hb para a direita Oxigênio suplementar: Cateter nasal de O2: Mais confortável, até 5L/Min, A cada 1L de O2 aumenta em 3 a 4% a FiO2 (fração inspirada) Passou de 5L → Pode ressecar ou sangrar o nariz Ou seja 21% + 1l (3%) == 24% Máscaras: Com reservatório, aberta, venturi Sistemas de baixo fluxo: Cateter nasal Mascara fácil simples Máscara com reservatório Com a máscara não se sabe quanto de O2 o paciente está recebendo Sistema de alto fluxo: Máscara de venturi (vários dispositivos com sistema físico que aumenta o fluxo) Para cada cor tem um fluxo adequado - bom apra a titulação do O2 Cânula nasal de alto fluxo Fluxo muito alto Geração de pressão + Situação de colapso alveolar – consegue manter o alvéolo aberto por mais tempo “Ventilação mecânica não invasiva” Com Titulação Cuidados com a Hipercapnia: Ativação fisiológica do centro respiratório – PaCO2 DPOC: Drive Hipóxico Mecanismo da hipercania induzida por O2: ** Piora do distúrbio V/Q – perda da vasoconstrição hipóxica Diminuição do Drive Efeito Haldone Atelectasia de absorção Alta densidade de O2 em comparação com o ar ambiente Reinalação por máscaras faciais com baixo f Cuidar dar O2 para com insuficiência respiratória tipo II Paciente é crítico → Máscara com reservatório 15/Min ou bolsa - valva - máscara Paciente tem risco de Iresp Hipercapnica ? DPOC – história de IRESP .. Sim ⇒ Sat alvo de Sat 88 - 92% → adm O2 24-28% (máscara de venturi) iu CNO2 a 2l/min → acidose respiratória ? VNI? IOT? Não ⇒ Sat alvo 94 - 98% → Sat < 94% em AA? Sim ( suporte de O2) … Resumindo: DPOC e outras condições com limitação fixa ao fluxo aéreo ⇒ Alvo de saturação de 88 a 92%; Venturi 24% 2-3L/min, CNO2 Chegar Gasometria arterial Aumentar O2 se Sat < 88% e diminuir se > 92% Suspeita de exacerbação de DPOC ⇒ Cuidado com IRespA Hipercápnica Evitar hiperóxia Alvo de Sat 94 - 98% se PaCO2nl Alvo de Sat 88-92% se IrespA tipo II prévia ou VMNI Sat < 94% após estabilização Gasometria 1/1h PaCO2 > 45 e pH < 7,35 = VNI SCA / IAM ⇒ Risco / benefício de suporte de O2 pouco conhecido; Altas conc. de O2 podem aumentar área de infarto, Alvo de sat 94-98% (88 a 92% se o risco de IRespA tipo II) AVC ⇒ A maioria não é hipoxêmico Pode ser danoso em altas concentrações Alvo de Sat 94-98% (88-92% se r risco de IRespA tipo II) PNMTX ⇒ Aspiração com agulha ou dreno Máscara 15 l/min Cuidado se risco de IRespA tipo II ACESSO VENOSO: Tipos de indicações: Central x periférico x PICC Acesso direto ao sistema circulatório Adm de fluidos, drogas e hemoderivados Scalp / Cateter venoso periférico maleável Emergência mais comuns no PS Choque: perfusão sistêmica, natureza circulatória, hipóxia tissular Sistema circulatório → DC = VS x FC VS → pré carga, contratilidade, pós carga Microcirculação: Má perfusão → hipóxia → metabolismo anaeróbico → aumento da prod ácido lático → diminuição afinidade da Hb pelo O2 no capilar → liberação tecidual de O2 (TE O2) → Diferença artério-venosa de O2 EFEITO BOHR Marcadores de má perfusão: CV: hipotensão, taquicardia, acidose metabólica, aumento do lactato AR: insuficiência respiratória, relação PaO2/FiO2 baixa SNC: rebaixamento do nível de consciência ** Renal: oligúria, aumento de escórias nitrogenadas Hepáticos: aumento de bilirrubinas Hematológico: plaquetopenia Formas de avaliação da perfusão tecidual Macro hemodinâmica TPC - tempo de preenchimento capilar (pressionar o dedo indicador) – ideal < 3seg, se estiver alto está relacionado com má perfusão!!!! (Indicativo de gravidade - má perfusão periférica) Score de Mottiling – visualização da pele em volta do joelho Mecanismos compensatórios do choque Diminuição do DC Indicador de má perfusão “pele mais roxeada” Grau De 1 a 5 Pele marcador indireto da perfusão sistêmica Indicadores → consciência, pele e rins Alteração do nível de consciência: D - sequelas – disabilities Checar o nível de consciência — escala de coma de glasgow Checar déficit de localização – movimentos dos membros, tamanho e reatividade das pupilas Checar glicemia Checar sinais de intoxicação exógena Causa de alterações: Estruturais (AVCi, neoplasia ..) x metabólicas (intoxicação, medicamentos..) Pupilas Padrão motor (hemiplegia, paraparesia ..) Irritação meníngea (meningite, HSA) Encefalopatía difusa x focal (Sd epilépticas…) Glasgow: 3 a 15 Abertura ocular, resposta verbal e resposta motora No trauma – TCE: Leve – 13-15 // Mod – 9-12 // Grav – 3 - 8 Rebaixamento do nível de consciência: Álcool / acidose Epilepsia / encefalopatia / eletrólitos / endócrino Infecção – sepse e meningite Overdose / opioide Uremia, Trauma e toxicidade Insulina, Psicose Stroke – AVCi / AVCh Exame complementares: glicemia capilar, ureia, creatinina e eletrólitos, Ca+ Transaminases hepáticas, bilirrubinas e enzimas canaliculares se necessário Coagulograma - principalmente INR Exames toxicológicos Eletrocardiograma – ECG RX do tórax Imagem de encefalopatia – TM
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