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Gustavo Moreno T19 AULA 13: Pneumonia Comunitária Grave: Processo infeccioso do parênquima pulmonar em pacientes não hospitalizados ou que relatam início dos sintomas em menos de 48h de hospitalização Epidemiologia: Infecção que mais leva a admissão hospitalar 3 causa de morte no mundo Doença infecciosa que mais mata no mundo Infecção que mais leva a internação em UTI EUA: 4 milhões de casos, 500 mil hospitalizações, 45 mil mortes em 1 ano Mortalidade: Tratamento ambulatorial <1% Internações: Fora da UTI 5% UTI com VM 25% UTI com choque séptico 50% Mortalidade mais elevada em faixa etárias > 70 anos Menores coeficiente de mortalidade entre 5 - 49 anos FR Medicações: (Inibidor de bomba de próton - usuários crônicos de omeprazol/pantoprazol tem redução da secreção ácida do estômago que é mecanismo de defesa para não ter aspiração. Corticoide inalatório reduz a imunidade no local. Benzodiazepínico diminui reflexo de deglutição daí maior aspiração) Situação ambiental (pacientes hospitais ou asilos ou casa de repouso, estado socioeconômico, contato com criança, poluição → esses fatores diminuem a imunidade) Hábitos de vida (tabagismo ativo passivo) Comorbidades (doenças crônicas → DPOC, DM, alteração do estado imunológico, neoplasias, HIV) Fatores que não conseguem tirar do próprio paciente (idade avançada, má nutrição, má higiene oral) Agentes etiológicos: Vírus respiratórios (rinovirus + frequente) Streptococcus pneumoniae (mais frequente) Mycoplasma pneumoniae Chlamydophila pneumoniae Legionella species Haemophilus influenzae Staphylococcus aureus Bacilos gram-negativos Patógeno indetectado (62%) Patógeno viral apenas (22%) Apenas patogenia bacteriana (11%) Fungo ou micobactéria (1%) - Imunodeprimidos ou oncológicos Viral-viral (2%) - 2 vírus diferentes Bacteria-viral (3%) Diagnóstico: Clínico Laboratorial Imagem Microbiológico Quadro clínico: Febre Tosse Expectoração purulenta Dor torácica Dispnéia Calafrios Prostração Nos idosos – quadro clínico menos evidente Febre ausente em 20% Confusão mental pode ser a primeira manifestação Aumento da FR pode ser sinal mais sensível Fraqueza Perda funcionalidade Laboratório: Hemograma PCR – inflamação Pró-calcitonina – aumenta em infecções bacteriana e não aumenta em infecções virais Gasometria arterial – avaliação da gravidade Gram e culturas – etiologia Antígenos Sorologias Painel viral – recomendado no inverno Hemocultura: Para todo paciente com sepse 2 Amostra Positividade de 10% em pacientes internados Presença de bacteremia não significa pior prognóstico A hemocultura permite o ajuste ao antibioticoterapia Antígenos: Pneumococo – antígenos urinário** Legionella – antígeno urinário** Chlamydia Adenovírus VSR Parainfluenza Vírus influenza A e B Obs - Podem ser coletados em qualquer secreção Painel molecular para vírus respiratórios Obs - Mais valor epidemiológico do que terapêutico Detecta os 17 tipos mais frequentes de vírus humanos que causam infecções respiratórias Influenza A – sazonal, H3N2, H1N1–2009, B e C Adenovírus Vírus respiratório sincicial A e B Rinovirus Coronavírus Parafluenza 1, 2, 3, e 4. Metapneumovirus Bocavirus Enterovírus Líquido pleural: Derrame pleural em 60% dos casos Exsudato Critérios de Light: Ptna LP / PTNA sérica > 0,5 LDH LP / LDH sérico > 0,6 LDH LP > 2/3 valor de referência Pró-Calcitonina → < 0,1 → ATB fortemente desconsiderável 0,1 - 0,25 → ATB desconsiderável 0,25- 0,5 → ATB recomendado > 0,5 → ATB fortemente considerável Menos dias de ATB e o mesmo desfecho Exames de imagem: Rx de tórax – beira leito, fácil disponibilidade US pulmonar TC de tórax RX de tórax: Cuidar: falso negativo, pode ser normal nas seguintes situações ⇒ Precoce < 24 horas Pneumocistose – relacionado com o paciente com HIV Neutropenia Alterações: Cavitação Consolidação Derrame pleural Envolvimento difuso do parênquima Sensibilidade / especificidade: ConcordÂncia interobservadores quanto a presença de infiltrado Baixa correlação com o padrão do infiltrado. Quando Tomografia? Obs – em pacientes grave Suspeita de infecção pulmonar com radiografia normal ou inespecífica; Neutropenia febril HIV SRAG – covid 19, influenza –, com hipossaturação. Suspeita de complicações Suspeita de lesões pulmonares subjacentes Raciocínio clínico: Pneumonia adquirida na comunidade → avaliação da gravidade → Baixo risco Moderado ou alto risco → microbiologia, antimicrobianos, tempo para início, monitorização, glicocorticóides, alta segura. Estratificação de risco: Escore de PORT⇒ Fatores demográficos → idade, reside em casa de repouso Comorbidade → câncer, doença hepática, IC, doença cerebrovascular, DRC Exame físico → alteração de nível de consciência, FR >30, Pas <90, T <35, FC >125 Laboratório e radiografia → Ph <7,15, uréia >30, Na <130, glicemia >250, hematócrito <30%, PaO2 <60 ou Sat <90%, derrame pleural. Classificação de risco: Ambulatorial → I e II, <70 Internação breve → III, 71-90 Internação comum → IV, 91-130 UTI → V, >130 Obs – maior o escore maior é a mortalidade Risco Classe Mortalidade Baixo I 0,1% Baixo II 0,6% Baixo III 0,9% Moderado IV 9,3% Alto V 27% Escore de CURB-65: Confusão mental U >50 FR > 30 Pas <90 ou Pad <60 Idade > 65a 0-1 → mortalidade baixa 1,5% → tratamento ambulatorial 2 → mortalidade intermediária 9,2% → considerar tratamento hospitalar 3 ou mais → mortalidade alta 22% → tratamento hospitalar Escore TSI Estratificação de risco: Idade > 50 anos Alteração do estado mental< Pas <90 Temperatura <35 ou >40 Comorbidades: Neoplasia ICC Doença cerebrovascular Doença renal e hepática Indicação de UTI: O mais importante – avaliação clínica é mais importante Critérios maiores: Ventilação mecânica Choque séptico necessitando vasopressor (1 critério maior ou >3 critérios menores Critérios menores: FR> 30 irpm Pao2/FiO2 <250 Infiltrados multilobares Confusão mental Uremia > 40 mg/dL Leucopenia <4000 Trombocitopenia <100.000 Hipotermia <36C Hipotensão Antibioticoterapia: Ambulatório Previamente hígidos → azitromicina, claritromicina / amoxicilina 500mg 8h Doenças associadas – antibióticos (3 meses) → levofloxacina, moxifloxacina → amoxicilina 1g 8h / cefpodoxima, cefuroxima, ceftriaxona IM + Azitro/claritro Internados não graves Levofloxacina, moxifloxacina →ceftriaxona, ampi/sulbactam + azitro/claritro Admitidos em UTI Sem risco de pseudomonas sp → ceftriaxona, ampi/sulbactam + levo moxi ou + azitro/claritro Com risco de pseudomonas sp → piperacilina / tazobactam, cefepime, imipenem ou meropenem + levo/cipro Fatores de risco para pneumonia por Pseudomonas Hospitalização recente Antibiótico nos últimos 90 dias Anormalidades estruturais pulmonares Fibrose cística Imunossupressão Fatores de risco para complicações: Gestante e puerpério precoce Idade > 60a ou < 5 anos População indígena aldeada >19 a em uso prolongado de AAS Comorbidades: pneumopatia, TB, cardiopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas, DM, imunossupressão, transtornos neurológicos. Falha terapêutica: Ausência de melhora em 48-72 horas ou piora clínica Antibiótico incerto Diagnóstico incorreto Complicações – derrame pleural, abscesso pulmonar Febre relacionado à antibioticoterapia – raro Quadro de alta: Considerar solicitar PCR na admissão e repetir em 48 horas se evolução incerta; Pró-calcitonina <0,25 mcr/L pode ser usado para suspender ATB Critérios objetivos: T <37,5C FR < 24 irpm FC <100bpm Pas >90 mmHg Sat >90% Retorno ao status mental de base Capacidade de se alimentar sozinho Informações no momento da alta: Explicar que os sintomas vão melhorar gradativamente, que dependem da gravidade inicial e orientar retorno caso sinais de piora dos sintomas; Tendência de resolução dos sintomas: 1 semana – febre deve ter resolvido 4 semanas– dor torácico e escarro devem ter reduzido 6 semanas – tosse e dispneia devem ter melhorado 3 meses – a maioria dos sintomas devem estar resolvidos, porém pode manter fadiga 6 meses – a maioria dos pacientes retorna ao status basal Profilaxia: Vacinação influenza e pneumococo(2 tipos de vacina)** Reduz o número de internações por pneumonia
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