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GUSTAVO MORENO T19 AULA 21: LINFOMAS DE HODGKIN E NÃO HODGKIN: Os linfomas são neoplasias malignas quase sempre originadas da expansão de células linfóides anormais no sistema linfático, Representam torno de 5% Os linfomas são classificados em: -Hodgkin -Não Hodgkin -Mistas Classificação é complexa e se baseia na identificação das células transformadas que acumula determinado momento da diferenciação celular. 85% dos linfomas são de Não-Hodgkin e o restante praticamente corresponde ao linfoma de Hodgkin Linfoma de Hodgkin → linfócitos B Linfomas de Não-Hodgkin → linfócito B 85%, linfócitos T 10-15%, linfócitos NK e histiócitos são raros Linfoma de Hodgkin: Se origina no sistema nodal e possui poucas variantes histológicas, sua biologia e história natural é mais previsível e sua taxa de cura é elevada Corresponde torno de 1% das neoplasias humanas, mas sua importância é que possui alta taxa de cura, mesmo quando identificado em fase avançada Distribuição de frequência bimodal com picos em adultos jovens entre 20-30 anos de idade e outro pico > dos 55 anos Alguns fatores de risco: familiares, exposição viral, supressão imune A doença é mais frequente em irmão do emsmo sexo em um gêmeo monozigótico Associam o vírus Epstein Barr** com parte dos linfomas de Hodgkin, principalmente na variante mista (P) Frequente em paciente com HIV positivo Classificação: Hodgkin clássico e variante predominância linfocítica nodular; Dividido em 4 tipos patológicos: (prova)** 1)Predominância linfocítica ⇒ raro, geralmente ocorre na fase inicial com adenopatia localizada sem manifestação sistêmica 2)Esclerose nodular ⇒ mais comum, adolescentes e adultos jovens geralmente se apresenta com linfonodomegalia localizada cervical, supraclavicular ou mediastinal** 3)Celularidade mista ⇒ mais comum em crianças e pacientes velhos, ocorre mais em fases avançadas e acompanhada de manifestações sistêmicas 4)Depleção linfocítica ⇒ raro, envolvimento da MO, geralmente mais velhos e muitos possuem imunodeficiência adquirida Praticamente todo os pacientes com linfoma de Hodgkin são originados da transformação de linfócitos B, centrofoliculares conhecidos como células de Reed-Stermberg. ** (P) A identificação das células Reed-stermberg, é mandatório para o diagnóstico de um linfoma de Hodgkin, mas ela não é patognomônica do linfoma (é marcador morfológico) Apresentam linfonodomegalia, supradiafragmática indolor ao diagnóstico, cervical, axilar, mediastinal e supraclavicular. O envolvimento infradiafragmático isolado ocorre em menor de 5% dos casos. Lembrando que pode ter regressões temporárias ao longo da evolução da doença. Manifestações sistêmicas: febre, sudorese noturna, prurido, emagrecimento correm em 1/3 dos pacientes (+ casos avançados), envolvimento extranodal pode ocorrer na evolução da doença por contiguidade ou disseminação hematogênica, pegando principalmente baço, fígado e medula óssea; Diagnóstico: sempre feito avaliação anatomopatológica de linfonodo obtido por biópsia excisional. Aspirado nodal não é adequado para avaliação diagnóstica. Diagnóstico é formado pela a identificação das células RS e um fundo formado por linfócitos reacionais, eosinófilo, histiócitos e plasmócitos. A célula RS ou Reed-stermberg é necessária para o diagnóstico e deve ser confirmada em estudos bioquímicos ou imuno-histoquímicos. Estadiamento e a estratificação de risco são fundamentais para definição prognóstica e a escolha do tratamento adequado; Exames: hemograma, VHS, função renal e hepática. O exame radiológico é essencial para o estadiamento, o pet-ct é sensível e específico do que a tomografia ou RM. Avaliação da medula óssea não é necessária em todos os casos **O Estadiamento de Cotswold é baseado na identificação dos números de cadeias linfonodais envolvidas se tem envolvimento nodal em 1 ou 2 lados do diafragma, se tem adenomegalia volumosa e se tem manifestação sistêmica. Estadiamento I: cadeia nodal Estadiamento II: 2 ou mais cadeias, mas 1 lado apenas do diafragma Estadiamento III: 2 ou mais cadeias, acima e abaixo do diafragma Estadiamento IV: envolvimento da Medula Óssea, fígado, baço pulmão Fatores prognóstico na doença inicial: massa nodal volumosa, envolvimento de múltiplas cadeias, esplenomegalia maciça, VHS aumentado, idade acima de 50 anos. Objetivo do tratamento: sempre a cura e pode envolver a quimioterapia associada com imunoterapia, radioterapia e transplante autólogo da medula óssea. A doença inicial é tratada com alguns ciclos de quimioterapia sistêmica com ou sem imunoterapia associada com radioterapia localizada. Doença avançada → tratada com quimioterapia sistêmica. O transplante da medula óssea geralmente é indicada para os resgates após a recidiva da doença primária. O prognóstico na fase inicial, estágios 1 e 2 é excelente A taxa de cura passam de 80%, a sobrevida dos pacientes com doença mais avançada aos 5 anos é cerca de 70% e recidivas da doença são mais comum nesses pacientes Linfoma de Não-Hodgkin: Extremamente heterogêneo, pode se originar fora do sistema nodal e tem mais de 70 tipos histológicos História natural é muito variável, pois tem variantes indolentes mas são incuráveis e outras variantes altamente agressivas mas com potencial de cura. São um grupo extremamente heterogêneo de neoplasias malignas do sistema linfático Grande variação anatomopatológico na fisiopatogenia no comportamento biológico e na história natural; Alguns são indolentes, outros agressivos, muitos são incuráveis ou altamente responsivo ao tratamento com possibilidade de cura. São 10x mais frequentes comparada com o linfoma de Hodgkin A imensa maioria dos casos é originada de uma célula de linhagem linfóide B transformada que acumula em algum momento de sua diferenciação. 85% das neoplasias malignas é originada de um linfócito B 10 a 15% de células T Alguns casos de NK Raros de células histiocíticas As neoplasias são separadas pela sua origem se são B, T, NK e outras. As neoplasias B são divididas em - doença precursores ou linfócitos maduros Leucemia B maduras podem ser separadas em 6 grupos: linfomas foliculares e os linfomas de grandes células são as mais frequentes da neoplasia Expressão clinica ocorre pela expansão clonal de células que atingem um volume suficiente pata alterar a função de tecido e órgãos normais, assim, as células acumulam e são identificadas na doença não são aquelas que originaram a neoplasia. Fisiopatogenia: é extremamente complexo, com grande heterogeneidade com grande número de subtipos. Múltiplas alterações genéticas identificadas, mutações que levam ao ganho ou perda de função gênica, silenciamento genético e anormalidades que envolve a apoptose; Os linfomas mais frequentes são: Linfomas B difuso de grandes células Linfomas foliculares Leucemia linfocítica crônica Linfoma linfocítico de pequenas células Linfoma B difuso de grandes células: variantes mais comum e corresponde em torno de 30-35% do total dos linfomas. Mais comum em torno dos 65 anos Linfomas foliculares: 45% são identificados nos estágios iniciais o linfoma folicular é o segundo subtipo mais comum entre 55 - 64 anos Linfomas são identificados mais precocemente nos asiáticos que apresentam proporcionalmente mais linfoma T; Os linfomas são mais frequentes nos caucasianos, mas o linfoma T periférico são mais comuns em asiáticos e africanos e uma variante T periférico conhecida como MICOSE FUNGÓIDE é mais frequente nos afrodescendentes. A micose fungóide é um tipo de linfoma de pele Leucemia linfoma de células T do adulto é uma variante rara associada com vírus linfotrópico T tipo 1; Linfoma De Burkitt: altamente agressivo e sua apresentação é variável (não-hodgkin); associada com o vírus de Epstein Barr. Manifestação inicial é o envolvimento mandibular (África) Desenvolvimento rápido Massa abdominal (américa) Sua etiologia é desconhecida na maioria dos casos Há várias associações virais e linfomas. O vírus de Epstein-Barr está associado com o desenvolvimento de linfomas de Burkitt, com linfoma em imunodeprimidos,como em linfomas em transplantados e o HTLV1 linfotrópico T humano está associado com o desenvolvimento da leucemia linfoma de células T do adulto; O herpesvírus humano 8 tem relação com desenvolvimento do sarcoma Kaposi e a doença de castleman ainda tem relação com hepatite C e o linfoma linfoplasmocitóide; HTLV2 está associada com tricoleucemia; Outros agentes infecciosos associados no desenvolvimento de linfomas incluem: helicobacter pylori (linfoma de MALT gástrico)**, borrelia burgdorferi (linfoma de MALT) e o campylobacter jejuni (linfoma do mediterrâneo) Obs: EBV (Burkitt) HTLV1 (Leucemia e linfoma de células T do adulto) HTLV2 (Tricoleucemia) HHV8 (Kaposi) HCV (Linfoma linfoplasmocitóide) Pylori (MALT gástrico), Clamidia (MALT), Borrelia (MALT) Jejune (MALT) O comportamento do linfoma pode ser separado em indolente e agressivo; Linfomas indolentes: evoluem sem sintomas por meses ou anos, geralmente são avançados o diagnóstico. Sendo esses: linfomas foliculares, pequenas células, linfoblásticas e zona marginal. Linfomas agressivos: evoluem em semanas ou poucos meses, estão associados com manifestações sistêmicas ao diagnóstico. Crescimento tumoral rápido eventualmente leva o paciente a avaliação diagnóstica antes da doença ser disseminada; Formas mais comum é o linfoma difuso de grande células B Adenopatia indolor é a apresentação mais comum no linfoma,pode ser localizada, rápida, em forma agressiva ou lento de evolução arrastada por meses ou anos nos linfomas indolentes; Lembrando que no não Hodgkin pode fazes manifestações compressivas, pode ser extranodal em até 25% ao diagnóstico Pode ser originada no trato gastrointestinal, pele, SNC, olho, e outros órgãos e tecidos; Linfomas T são responsáveis por envolvimento primário da pele, apenas 15-20% está relacionado com linfomas B No Micose fungóide → associado com infiltração extensa de pele que forma eritema, evoluindo com placa e úlcera; SNC → pode ser origem de um linfoma em até 1%, mas o envolvimento ocorre pela disseminação de um linfoma agressivo, a hepato ou esplenomegalia são mais frequentes em linfomas indolentes de longa duração. No linfoma primário do fígado ou baço é raro; Manifestações sistêmicas → ¼ dos pacientes, sendo esses → astenia, emagrecimento, febre - mais em doença agressiva Diagnóstico e estadiamento - semelhante com Hodgkin, biópsia, anatomopatológico complementado por imunohistoquímica. Outros métodos de avaliação como citogenética, Fish, análise molecular definem o diagnóstico e indiretamente na definição do tratamento permite uma melhor estratificação prognóstica Escores ⇒ IPI - índice internacional de prognóstico e FLIPE -que avalia a sobrevida dos pacientes Sobrevida do paciente com linfoma agressivo em 5 anos varia de 25-75% de acordo com o score Linfoma folicular geralmente é incurável, mas o score de FLIPE calcula a probabilidade do paciente sem progressão da doença em meses e pode variar de 42-84 meses Tratamento ⇒ individualizado Pacientes assintomáticos - feito o acompanhamento clinicamente, radioterapia pode ser considerada em adenopatias volumosas ou compressivas Sintomáticos: quimioterapia sistêmica associada ou não com anticorpos monoclonais eventualmente é empregados nas fases mais avançadas Transplante de medula óssea é uma opção na doença com elevado risco de progressão ou na recidiva após o tratamento sistêmico inicial
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