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PIM IV - GENEROSA CHIESA

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO ESTÉTICA E COSMÉTICA 
 
 
GENEROSA OLÍDIO CHIESA – 2256093 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA FICHA DE AVALIAÇÃO PARA UM TRATAMENTO 
ESTÉTICO CORPORAL EFETIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
 
 
2022 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO ESTÉTICA E COSMÉTICA 
 
 
 
DOROTI DE CASSIA FELIX CORREIA – 2225510 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA FICHA DE AVALIAÇÃO PARA UM TRATAMENTO 
ESTÉTICO CORPORAL EFETIVO. 
 Trabalho apresentado no Curso Superior de 
Estética e Cosmética da UNIP, para o Projeto Integrado Multidisciplinar IV 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
 
2022 
 
 
RESUMO 
O seguinte trabalho constitui em uma revisão de literatura, onde abordamos o 
mercado da estética, conceitos das afecções cutâneas, os mecanismos de ação 
dos tratamentos estéticos corporais, os princípios ativos, a aplicabilidade dos 
cosméticos, além dos conceitos e dados para uma ficha de avaliação de 
excelência. 
Palavras-chave: Ficha de avaliação, cosméticos, afecções cutâneas, tratamento 
estético corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................04 
2 REVISÃO DELITERATURA......................................................................06 
2.1 
 FICHA DE AVALIAÇÃO...............................................................................06 
2.2 
 SISTEMA TEGUMENTAR............................................................................08 
2.3 
FIBRO EDEMA GELÓIDE.............................................................................10 
2.4 
 LIPODISTROFIA LOCALIZADA..................................................................12 
2.5 
HIPOTONIA TISSULAR................................................................................13 
2.6 
ESTRIAS........................................................................................................14 
2.7 
QUÍMICA BÁSICA, PRINCÍPIOS ATIVOS E COSMETOLOGIA..................16 
2.7.1 
CONCEITOS BÁSICOS DE QUÍMICA..........................................................16 
2.7.2 
 COSMÉTICOS..............................................................................................18 
2.7.3 
PERMEAÇÃO CUTÂNEA.............................................................................19 
 
2.7.4 
 
PRINCIPAIS ATIVOS COSMÉTICOS...........................................................20 
2.8 
PROTOCOLOS ESTÉTICOS CORPORAIS..................................................24 
 
2.8.1 
 
MASSAGEM MODELADORA.......................................................................24 
 
2.8.2 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL..............................................................26 
 
2.8.3 
 
ATIVOS COSMÉTICOS ANTIESTRIAS........................................................27 
 
3 
CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................29 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................31 
 
4 
 
1 – INTRODUÇÃO: 
Esta revisão bibliográfica, realizada através de livros e artigos científicos, tem 
como objetivo abordar o sistema tegumentar, princípios básicos da química, 
técnicas de massagens corporal e, cosmetologia, para a evidenciar a importância 
da ficha de avaliação nos tratamentos estéticos corporais. 
O conceito de belo vem se modificando ao longo dos anos e se moldando 
diante de acontecimentos e fatos relevantes da história, mas isso nunca deixou 
que o homem buscasse a perfeição de sua imagem. Por meio da mídia e da 
indústria da moda, indústria cosmética podemos observar que a incessante busca 
por este corpo perfeito, o número de procedimentos estéticos sofreu um salto 
considerável em relação ao seu consumo (SILVA, 2014). Segundo a Associação 
Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o Brasil hoje 
é terceiro maior consumidor do mundo em produtos deste setor, perdendo apenas 
para os Estados Unidos e China (ABIHPEC, 2020). 
De 2014 a 2019, o mercado da estética cresceu 567% no Brasil, onde nestes 
5 anos tivemos um aumento de 72 mil profissionais para mais de 480 mil 
profissionais neste setor. Mais de R$34,2 bilhões foram investidos no ramo da 
Saúde, Beleza e Bem-estar. Estes dados do anuário da ABIHPEC, mostram o 
crescimento deste setor, mas também traz uma grande preocupação por conta 
da banalização de certos procedimentos, falta de profissionalismo, técnicas de 
execução, além de acarretar um alto número de profissionais não capacitados 
para atuar na profissão. 
Podemos conceituar saúde como o estado de completo bem-estar físico, 
mental e social. Para se alcançar este estado completo, diversas áreas da saúde 
trabalham em busca do efetivo resultado, entre elas, a estética. Para que o 
bemestar e a autoestima sejam alcançados, este mercado da beleza trabalha 
combatendo e tratando as disfunções estéticas, pois estas podem afetar e 
prejudicar a saúde física e mental das pessoas e até mesmo as relações (LOPES, 
2017). 
 
5 
 
Para que este objetivo seja efetivo, os profissionais da área possuem 
recursos e tratamentos eficazes, tanto nos equipamentos de alta tecnologia, como 
também nos métodos manuais, além do auxílio da cosmetologia. A indústria de 
cosméticos cresce a cada dia, sempre buscando a melhor tecnologia, além de 
produtos mais naturais e sustentáveis (MATIELLO, 2021). 
Mas para chegarmos ao um resultado eficaz, precisamos conhecer e 
entender as afecções cutâneas, os mecanismos de ação, os princípios ativos, a 
aplicabilidade dos cosméticos, técnicas e protocolos estéticos corporais, para que 
assim podemos coletar todos os dados para uma ficha de anamnese de 
excelência e conseguirmos traçar o melhor tratamento para cada indivíduo 
(LOPES, 2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
2 – REVISÃO DE LITERATURA: 
2.1 – Ficha de avaliação: 
Diversas intercorrências podem acontecer quando não é realizada uma 
avaliação criteriosa, como, por exemplo, o fato de os resultados dos protocolos 
de tratamentos utilizados não estarem surtindo efeitos benéficos (MATIELLO, 
2021). 
Por este motivo, é de extrema importância conhecer a avaliar o cliente, 
antes de iniciar qualquer procedimento e tratamento, sempre buscando entender 
sua insatisfação, assim como a veracidade das informações presentes na 
avaliação para que seja oferecido um tratamento seguro e um resultado 
satisfatório aos clientes. As informações devem ser registradas no cadastro do 
cliente, devendo ser consultado em todos os procedimentos para a checagem de 
contraindicações e definição de necessidades (ANDRADE, 2018). 
Uma ficha de avaliação deve conter dos dados pessoais, como nome, 
idade, contato, sua queixa e a quanto tempo desta queixa. Além dos hábitos 
diários como utilização de cosméticos, exposição ao sol, tabagismo, ingestão de 
bebida alcoólica, funcionamento intestinal, qualidade do sono, ingestão de água, 
hábitos alimentares, uso de anticoncepcional (no caso das mulheres). E também 
um histórico clínico com perguntas referentes ao uso de medicamentos, 
antecedentes alérgicos, portador de marcapasso, alterações cardíacas, 
hipertensão arterial, distúrbio circulatório, distúrbio renal, distúrbio 
gastrointestinal, alterações psicológicas, diabetes, dermatites, ou algum tipo de 
doença (ANDRADE, 2018). 
 Além dos dados pessoais, a ficha de anamnese deve conter ainda os parâmetros 
antropométricos, ou seja, parâmetros de tamanho,dimensões e proporções do 
corpo humano. A estrutura corporal é formada pelo peso corporal, pela estatura, 
pelas circunferências e pelos diâmetros. Para realizar a avaliação antropométrica, 
 
7 
 
o profissional de estética deve entender como funcionam as ferramentas a serem 
utilizadas, obter informações referentes ao peso corporal adequado e o consumo 
energético correto. Para a realização da avaliação antropométrica, o profissional 
precisa estar equipado com fita métrica (avaliação de circunferência), adipômetro 
(avaliação das dobras cutâneas) e balança (avaliação de peso corporal) 
(ANDRADE, 2018). 
A perimetria é o conjunto de medidas feitas com o auxílio de uma fita 
métrica, onde são realizadas a medição da cintura, abdômen superior, abdômen 
inferior, tórax superior e inferior, além do quadril, culote e braços. (MATIELLO, 
2021). 
O adipômetro pode ser aplicado para se avaliar a espessura das dobras 
cutâneas, ou seja, avaliar o tecido subcutâneo e a partir desses resultados, 
estimar a densidade corporal de um indivíduo. As principais regiões avaliadas são 
as do tríceps, subescapular, bíceps, axilar, torácica ou peitoral, suprailíaca, 
supraespinhal, coxa e panturrilha. (ANDRADE, 2018). 
O uso da balança e do estadiômetro permite que sejam aferidos o peso e a 
altura da pessoa, respectivamente. A partir desses dados é possível identificar o 
IMC de um indivíduo. No que se refere ao IMC, esse pode ser avaliado através 
do cálculo: PESO/ALTURA2, onde classificamos o indivíduo com magreza grave 
quando seu IMC está abaixo de 16, magreza moderada quando o IMC está entre 
16 e 16,99, magreza leve quando o IMC corresponde o intervalo de 17 a 18,49, 
IMC normal está compreendido entre 18,50 a 24,99, IMC sobrepeso está entre a 
faixa de 25 a 29,99, e a partir do IMC 30 temos os casos de obesidade, podendo 
ser grau I, grau II até grau III, conhecido este último como obesidade mórbida 
(ANDRADE, 2018). 
A foto-documentação é muito importante para acompanhar a evolução 
antes após dos tratamentos e observar as mudanças do contorno corporal. 
Porém, mais importante do que ter os registros de antes e de após o tratamento, 
é ter registros feitos com o mesmo padrão, somente assim poderão ser utilizados 
 
8 
 
para mensurar os resultados, possibilitando muitas vezes observar evoluções que 
não são possíveis somente por meio das medidas (MATIELLO, 2021). 
Existe ainda a bioimpedância, que é um equipamento que realiza a análise 
da composição corporal por meio de correntes elétricas e fornece dados como: 
peso, percentual de água corporal, percentual de gordura, percentual de massa 
muscular, massa óssea, minerais, proteínas, taxa metabólica basal, gordura 
segmentar e massa magra segmentar, indicando os índices esperados 
(MATIELLO, 2021). 
Mas de nada adianta ter uma ficha de avaliação completa sem ter o 
conhecimento das afecções estéticas cutâneas, os mecanismos de ação de cada 
procedimento, os efeitos dos ativos dos cosméticos, para que se possa entregar 
resultados efetivos ao cliente. Assim, no decorrer deste trabalho, vamos abordar 
estes conceitos, técnicas, mecanismos para que assim podemos ter realmente 
uma ficha de anamnese de excelência. 
2.2 – Sistema Tegumentar: 
A pele, maior órgão do corpo humano, funciona como um revestimento 
externo e exerce variadas e importantes funções, como proteção e defesa de 
agentes externos (barreira microbiana, química, radiação, térmica), regulação 
térmica, percepção sensorial, secreção, regulação hídrica, metabolismo e 
excreção e respostas imunológicas (ALLEMANDA, 2018). 
A pele é constituída de três camadas de tecidos: uma superior, denominada 
epiderme; uma intermediária, chamada derme; e uma profunda, que é a 
hipoderme ou tecido subcutâneo. A epiderme não é vascularizada e pode ser 
dividida em quatro camadas celulares distintas: basal; espinhosa; granulosa e 
córnea (rica em células mortas queratinizadas que como principal função a 
proteção). A derme é formada por fibras de colágeno e elastina e gel coloidal, que 
conferem tonicidade, elasticidade e equilíbrio à pele. É onde se situam vasos 
sanguíneos, glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos. A hipoderme é 
composta de tecido adiposo e sua espessura é bastante variável, conforme a 
 
9 
 
constituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a epiderme e a derme ao resto 
do corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do corpo e acumula 
energia para o desempenho das funções biológicas (ALLEMANDA, 2018). 
A principal barreira à penetração de substâncias na pele é a camada 
córnea, a mais externa da epiderme e, por isso, que merece maior atenção no 
que se refere à permeação de ativos cosméticos. 
A camada córnea é uma barreira semipermeável construída tipo “tijolos” 
(células empilhadas endurecidas) e “argamassa” (ceramidas, colesterol e ácidos 
graxos). Essa barreira é criada pela diferenciação dos queratinócitos conforme se 
movem da camada de células basais para o estrato córneo. De acordo com essa 
movimentação para o estrato córneo, os queratinócitos perdem seus núcleos e 
assumem uma forma hexagonal plana, sendo sobrepostos alternadamente e 
designados de corneócitos (constituídos de queratina). Essas células levam 14 
dias para atingir o estrato córneo e outros 14 dias para descamar, portanto, a 
substituição da epiderme ocorre em, aproximadamente, 28 dias. (ALLEMANDA, 
2018). 
Os corneócitos são revestidos por uma fina camada irregular e descontínua, 
o manto hidrolipídico, que consiste no sebo secretado pelas glândulas sebáceas, 
suor, bactérias e células mortas da pele. Considera-se que essa camada seja 
uma barreira adicional à permeação de substâncias através da camada córnea 
(ALLEMANDA, 2018). 
Os lipídeos da matriz intercelular estão organizados em estruturas 
multilamelares, com alternância dos domínios hidrofílicos e lipofílicos, o que 
dificulta a passagem de ativos por essa camada. O fluxo de substâncias através 
do estrato córneo é diretamente proporcional ao gradiente de concentração, 
portanto pode ser considerado uma difusão passiva (ALLEMANDA, 2018). 
 
 
 
10 
 
 
2.3 – Fibro edema gelóide: 
O fibro edema gelóide (FEG), conhecido popularmente como celulite, é uma 
lipohipertrofia parcial adquirida frequente, encontrada quase que exclusivamente 
em mulheres a partir da puberdade. Além do gênero, vários fatores estão 
envolvidos na fisiopatogenia desta lipodistrofia, como os fatores genéticos, 
hormonais, de raça, metabólicos, nutricionais, de estilo de vida (fumo, 
sedentarismo, obesidade, dieta, medicações), fatores condicionantes, 
relacionados a alterações da pressão nos capilares linfáticos e redução da 
reabsorção de líquidos pelo sistema linfático (ANDRADE, 2018). 
Está afecção caracteriza-se pela aparência irregular e estufada da pele, em 
geral, nas regiões de glúteos, coxas e abdômen. Relacionada diretamente com 
as alterações dos tecidos conjuntivo e adiposo, associados à proliferação de 
fibras colágenas e à degeneração de fibras elásticas, com a compressão de veias, 
nervos e vasos linfáticos, gerando edema e nódulos, ou seja, há um aumento da 
gordura e do tecido fibroso e uma diminuição da circulação sanguínea periférica 
e da drenagem linfática (ANDRADE, 2018). 
O início das transformações ocorre na matriz intersticial mediante alteração 
bioquímica de seus componentes principais, desencadeando hiperpolimerização, 
com aumento de sua viscosidade e comprometimento de suas principais funções. 
Assim como as alterações circulatórias, as celulites são consequências da má 
condução de água e macromoléculas intersticiais, originando edema local, 
redução da irrigação sanguínea e dificuldade nas trocas metabólicas, o que causa 
prejuízo da circulação linfática, decorrente do aumento da pressão oncótica na 
substância fundamental. Além disso,observa-se fibrose da matriz intersticial 
devido à proliferação desordenada das fibras colágenas e perda de sua 
elasticidade, acarretando a compressão dos lóbulos de adipócitos já hipertróficos 
e a formação de micronódulos, bem como a compressão das terminações 
nervosas ou desencadeamento de reações inflamatórias (SIMÃO, 2019). 
 
11 
 
Esta afecção é classificada quanto à sua gravidade e acometimento em 
quatro graus, cada um com alterações específicas dos tecidos que geram sinais 
e sintomas relacionados a essas alterações (MATIELLO, 2019). 
a) Grau I: células adipócitas aumentam de volume, ocorre redução na 
vascularização local, mas ainda não há sinais visíveis na pele, ou 
seja, é assintomática; 
b) Grau II: os sinais passam a ser evidenciados quando a pele é 
comprimida. A fisiopatologia é semelhante ao grau I, mas com maior 
acometimento; 
c) Grau III: as alterações na circulação e o edema levam ao surgimento 
de alterações na derme, resultando no seu afinamento. Em torno dos 
adipócitos, começam a se formar proteínas reticulares, o que dá o 
aspecto de casca de laranja à pele pela formação de fibrose na 
região irreversível. Pode haver compressão de nervos, além da 
compressão de vasos linfáticos e sanguíneos; 
d) Grau IV: os sinais e sintomas se agravam e há formação de nódulos 
duros na derme. Além dos nódulos, é possível visualizar áreas de 
depressão (MATIELLO, 2019). 
Em relação ao tipo, podemos classificar em duro, onde não há evidências 
de fibroses ou aderências profundas, apresentando micronódulos. Outra 
classificação é a flácida, onde os tecidos são de fácil mobilização e apresentam 
macronódulos. E a terceira classificação é a edematosa, na qual apresenta as 
características das duas anteriores, com placas rígidas e aspecto enrugado da 
pele (MATIELLO, 2021). 
Para identificar a existência de depressões, o cliente deverá ser avaliado, 
inicialmente, em estado de relaxamento e, posteriormente, contraindo a 
musculatura envolvida. Deve-se avaliar a frouxidão e turgor da pele, através do 
pinçamento, observando se existe diminuição da tensão e da consistência do 
tecido (ANDRADE, 2018). 
 
12 
 
Outro protocolo de avaliação para o FEG, pode ser realizado pressionado 
com os dedos o tecido adiposo, onde verificará se existe uma aparência rugosa 
ou lisa. Neste teste de preensão, pode-se observar também o nível de dor do 
cliente. Além deste protocolo, existe ainda o teste de temperatura local, onde a 
identificação de uma temperatura mais elevada do que as demais partes do corpo, 
pode-se avaliar em um FEG aumentado. E por último, temos a palpação pra 
identificar se existem placas compactas. Se evidentes, porém moles, podemos 
classificar o FEG como flácidas; se apresentar dor, edema e nódulo, classificamos 
em FEG edematoso e se apresentar ambas características, classificamos em 
FEG misto (ANDRADE, 2018). 
 
2.4 – Lipodistrofia localizada: 
A lipodistrofia localizada, conhecida popularmente como gordura localizada, 
é uma patologia que acomete o tecido adiposo, promovendo acúmulo da gordura 
em locais específicos do corpo, com maior predisposição para abdômen, pernas, 
glúteos e quadril (MATIELLO, 2021). 
O tecido adiposo subcutâneo é caracterizado pelo predomínio de células 
adiposas (adipócitos). Estes adipócitos são responsáveis por armazenar a 
gordura e apresentam a capacidade de aumentar ou diminuir seu volume de 
acordo com a quantidade de triglicerídeos em seu interior. Os locais onde há 
maior acúmulo de tecido adiposo são a porção proximal dos membros, a parede 
abdominal e, especialmente, as porções laterais dessa região (LOPES, 2017). 
 A lipodistrofia geloide possui uma fisiopatologia microscópica justificada pela 
hiperpolimerização anormal do tecido conectivo, a alteração primária do tecido 
adiposo e a alteração microvascular, como sinônimo de insuficiência venal 
crônica, com sinais e sintomas de micro hemorragias, presença de 
telangiectasias, dor local e diminuição da temperatura decorrente da redução 
desta circulação local (SIMÃO, 2019). 
Ainda, segundo análise no interstício, observou-se aumento da 
concentração proteica e da pressão intersticial, bem como diferenças entre 
 
13 
 
triacilgliceróis e ácidos graxos livres na análise bioquímica da gordura dos 
adipócitos com LDG, extravasamento edema local, formação de fibras reticulares 
anômalas, micro e macronódulos (SIMÃO, 2019). 
O biotipo corporal é classificado em androide e ginoide. O biotipo androide 
acumula mais gordura nas regiões do tórax, costas e membros superiores, 
apresentando maior índice de gordura visceral. Por outro lado, o biotipo ginoide 
tem maior acúmulo de gordura nas regiões dos glúteos, quadris, flancos e joelhos, 
com maior índice de gordura subcutâneo (MATIELLO, 2021). 
Dois processos são responsáveis pelo ganho e consumo de energia: a 
lipogênese, que trata da síntese de ácidos graxos e triglicerídeos, que serão 
armazenados no fígado e no tecido adiposo; e a lipólise, que é a queima da 
gordura corporal e ocorre quando acontece a liberação de enzimas lipase, 
ativadas por hormônios que quebram as moléculas de gordura e as transformam 
em ácidos graxos livres e glicerol, que são metabolizados nos músculos (LOPES, 
2017). 
2.5 – Hipotonia tissular: 
A hipotonia tissular ou dérmica, também conhecida como flacidez da pele, 
é acometida por inúmeros fatores intrínsecos e extrínsecos, onde a pele fica 
frouxa, mole e pode estar associada a flacidez muscular. Fisiologicamente, a 
perda do tecido fibroso causa a renovação celular lenta, reduz a rede vascular e 
glandular, causando a desidratação cutânea, já que funciona como uma barreira 
contra a perda de água (ANDRADE, 2018). 
Existem vários fatores que podem levar a uma aceleração deste processo, 
como a exposição ao sol, consumo excessivo de álcool, tabagismo, 
hereditariedade, fatores hormonais, processo de perda de peso excessivo 
(SANTOS, 2014). 
O colágeno é uma substância proteica que fortalece a pele, sendo 
produzida pelos fibroblastos e constituem cerca de 70% da derme, estes 
 
14 
 
contribuem também para a produção de elastina que é uma proteína fibrosa que 
forma o tecido elástico e fornece elasticidade a pele (SANTOS, 2014). 
 Esta afecção é caracterizada pela carência de proteínas de sustentação, como 
as citadas acima, que vão reduzindo gradativamente, devido à diminuição da 
atividade e do número de fibroblastos, levando a desestruturação das fibras 
elásticas e colágenas, perda da elasticidade e consequente aparecimento da 
flacidez tissular. As regiões mais afetadas são o abdômen, coxas, glúteos, rosto, 
pescoço e braço (MATIELLO, 2019). 
 A flacidez tissular pode ser classificada em fases, sendo a primeira a fase elástica 
conhecida como a Lei de Hooke, onde existe uma tensão, que irá mostrar a 
resistência, e logo voltando ao normal quando a carga for retirada. Na fase de 
flutuação, a carga é mantida e o estiramento continua e tende ao limite do 
equilíbrio. Nesta fase, mesmo que a carga seja retirada, não haverá o retorno das 
características originais do tecido (LOPES, 2017). Já na fase plástica, ocorre uma 
deformação permanente no tecido, onde este passa do seu limite de elasticidade, 
fazendo com que a deformação seja permanente, assim apresentando uma 
queda do tecido. O ponto de ruptura ocorrerá após um estiramento total onde o 
organismo não consegue reverter o dano, assim com um período prolongado de 
tempo, se dá a flacidez tissular (MATIELLO, 2019). 
 
 
 
2.6 – Estrias: 
 
Estria é uma cicatriz caracterizada pelo rompimento das fibras elásticas que 
sustentam a camada intermediária da pele, formada por colágeno e elastina 
(responsáveis por sua elasticidade e tonicidade). O aparecimento das estrias 
geralmente é mais comum nas mamas, nos quadris, nos culotes, nas coxas e 
glúteos(ANDRADE, 2018). 
Quanto aos fatores causais, as estrias também possuem fatores 
multicausais envolvidos, como: predisposição genética, fatores hormonais, 
 
15 
 
estiramento da pele pelo crescimento, obesidade ou gestação e excesso de 
exposição, uma vez que o sol em excesso causa alterações nas fibras de 
colágeno e de elastina. Além disso, algumas doenças podem levar ao 
desenvolvimento de estrias (MATIELLO, 2019). 
As estrias se apresentam na pele como estado de atrofia, um tipo de 
condição decorrente de dois processos: pela redução da atividade dos 
fibroblastos na matriz celular de boa qualidade, com ruptura das fibras já 
existentes, e pela desidratação cutânea. Assim, as peles mais secas e/ou com 
pouca nutrição têm mais predisposição para formação de estrias (SIMÃO, 2019). 
Essas rupturas ocorrem por distensões exageradas, além da capacidade 
de elasticidade natural da pele, ou, ainda, por alterações hormonais. 
Apresentamse por lesões lineares na pele, paralelas, atróficas de tamanhos 
diferenciados. Inicialmente, há um processo inflamatório local, com edema e 
acúmulo de células, seguido pelo achatamento da epiderme, que gera a 
depressão visível na estria e que ocorre pela redução na quantidade de fibras 
elásticas na derme (MATIELLO, 2019). 
Outro fator no surgimento das estrias está o processo de glicação e o 
estresse oxidativo. A glicação é o mecanismo que forma ligações não enzimáticas 
entre açúcares redutores ou lipídeos oxidados e proteínas, lipídeos e ácidos 
nucleicos. Essas substâncias transformam as fibras de colágeno e elastina rígidas 
e endurecidas sem maleabilidade, elasticidade e força para suportar uma tração, 
o que permite que se rompam com facilidade (SIMÃO, 2019). 
Já no estresse oxidativo, há um desequilíbrio no metabolismo celular, onde 
o organismo não consegue dar conta desses radicais livres que, em grande 
número, comprometem as células saudáveis em virtude de sua reatividade e 
instabilidade. Isso causa alterações dérmicas, resultantes da diminuição da 
síntese e dos níveis de colágeno devido à aceleração de sua decomposição 
(SIMÃO, 2019). 
São classificadas clinicamente em três fases: 
 
16 
 
a) Fase rosada: representa o início de uma lesão de estria caracterizada por 
processo inflamatório local; a pele encontra-se rosada, mas sem 
apresentar depressões.; 
b) Fase atrófica: ocorre a formação de um tecido no local semelhante ao 
tecido cicatricial, com presença de uma linha flácida, hipocrômica, e pela 
falta de melanina no local, que deixa de ser produzida localmente; 
c) Fase nacarada: ocorre o aparecimento de estrias branco-acinzentadas ou 
até mesmo amareladas, com 2 a 4 mm de espessura. É possível visualizar 
flacidez e pregueamento transversal da epiderme local (MATIELLO, 2019). 
 
2.7 – Química básica, princípios ativos e cosmetologia: 
Os efeitos dos cosméticos e produtos para a pele são baseados em vários 
aspectos físicos. As reações químicas são necessárias para sintetizar as 
substâncias utilizadas nas formulações. Assim, temos a química como base para 
a cosmetologia. Para isso, precisamos o profissional da estética precisa ter o 
conhecimento básico deste assunto. 
2.7.1 – Conceitos básicos de química: 
Química é a ciência que trata da composição, estrutura e propriedades da 
matéria e que descreve como as transformações ocorrem sob diferentes 
condições. Ela possui duas ramificações: orgânica, que é o estudo de substâncias 
que contém carbono; e a inorgânica, que é a ramificação da química que trata das 
substâncias que contém a combinação de outros átomos, e que não contém 
carbono, com exceção do dióxido de carbono, CO2, que é considerado inorgânico 
(GERSON, 2011). 
Matéria é qualquer material físico que ocupe espaço e tenha massa (peso). A 
matéria tem propriedades físicas que podemos tocar, degustar, ver ou cheirar. 
Além disso, a matéria apresenta três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. Um 
elemento é a forma mais simples da matéria; não pode ser dividido em uma 
substância mais simples sem a perda da identidade. Existem cerca de 100 
elementos de ocorrência natural, cada qual com suas propriedades físicas e 
 
17 
 
químicas distintas. Toda a matéria do universo é constituída de um ou mais 
desses 100 elementos diferentes (CHANG, 2013). 
Átomos são as unidades estruturais que constituem os elementos. Eles são 
partículas das quais toda matéria é composta. Cada elemento é composto por um 
único tipo de átomo que ainda conserva, ou fixa, as propriedades desse elemento. 
Os átomos são formados por partículas subatômicas: os prótons têm carga 
elétrica positiva; os elétrons, uma carga negativa; e os nêutrons não tem carga 
(GERSON, 2011). 
Uma molécula é formada pela união química de dois ou mais átomos. Existem 
dois tipos de moléculas: 
a) As moléculas-elemento, ou simplesmente elementos, podem ser 
constituídas de átomos individuais ou dois átomos do mesmo 
elemento, que são unidos quimicamente. 
b) As moléculas compostas e compostos iônicos, também chamadas 
compostos, são combinações químicas de dois ou mais átomos de 
diferentes elementos unidos quimicamente (CHANG, 2013). 
Dois tipos de reações químicas são importantes para os profissionais da 
estética e cosmética, porque explicam como os produtos para os cuidados com a 
pele funcionam. Elas são as reações de neutralização de ácido-base e as reações 
de oxirredução (CHANG, 2013). 
As reações de neutralização ácido-base ocorrem quando um ácido é 
misturado com uma base, também chamada substância alcalina, em proporções 
iguais para neutralizar um ao outro e formar água e um sal. As reações de 
oxirredução são um dos tipos mais comuns de reações químicas; prevalece em 
todas as áreas da química. Oxidação é a perda de elétrons por uma substância, 
enquanto redução é o ganho de elétrons por uma substância. O processo químico 
sempre envolve os dois tipos de substâncias, aquela que perde e aquela que 
ganha elétrons (GERSON, 2011). 
 
18 
 
O profissional da área passa a ter o conhecimento sobre o processo de 
oxidação usando os antioxidantes nos produtos para cuidados com a pele. Os 
antioxidantes são usados para estabilizar esses produtos, prevenindo ou 
retardando a oxidação. Os antioxidantes impedem a oxidação, porque 
neutralizam os radicais livres. Esses radicais são superoxidantes, que causam 
uma reação de oxidação e produzem um novo radical livre no processo. Por 
serem criados por átomos e moléculas altamente reativos e que possuem um 
número desemparelhado de elétrons, os radicais livres são instáveis. Eles 
procuram parceiros e, ao roubar elétrons de outras moléculas, começam a 
danificar os processos químicos do corpo e enfatizar o processo de oxida o. Se 
isso não for corrigido, eles criam inflama o, danificam o DNA e acabam causando 
doenças (CHANG, 2013). 
2.7.2. – Cosméticos: 
A partir da abordagem acima sobre química, podemos iniciar os conceitos 
de cosméticos. Portanto, podemos dizer que a cosmetologia se trata de uma 
ciência que faz uso de ativos cosméticos que atuam sobre essas disfunções no 
tratamento e na prevenção de seus sinais e sintomas. Cosméticos são 
formulações, misturas ou substâncias usadas para melhorar a aparência ou o 
odor do corpo humano ou para protegê-lo de danos ambientais, como o dano 
solar (LOPES, 2017). 
Cada tipo de cosmético é descrito conforme os princípios ativos, sua 
origem, extração e procedimento. Podemos classificá-los em cosméticos naturais, 
onde sua formulação contém 5% de matéria-prima orgânica; cosméticos 
orgânicos, com 95% da formulação composta de matéria-prima orgânica 
certificada; cosméticos veganos, que são aqueles que não tem em sua 
formulação nenhum ativo de origem animal. Hoje temos ainda os cosmecêuticos, 
que são de uso tópico com propriedades biológicas e tem a capacidade de alterar 
a estruturada pele (MATIELLO, 2021). 
Para tanto, os ativos são classificados de acordo com a função em que irão 
desempenhar em quatro grupos, agentes que atuam na microcirculação, que 
 
19 
 
agem por meio de quatro mecanismos: inibição da fosfodiesterase, bloqueio dos 
receptores alfa 2, estímulo aos receptores beta e bloqueio dos receptores 
neuropeptídios. Os agentes que reduzem a lipogênese, estimulam a lipólise pelo 
uso de ativos lipolíticos, reduzindo a quantidade de gordura armazenada no 
lipídio, tornando esse adipócito menor e favorecendo a reestruturação da 
fisiologia local normal. Os agentes que atuam na estrutura da derme e do 
subcutâneo que têm por objetivo melhorar a firmeza, pelo aumento dos 
componentes da matriz extracelular e pelo aumento da deposição de colágeno na 
derme. E por último os agentes antioxidantes, atuam por meio da proteção das 
membranas celulares da derme e do tecido subcutâneo da toxicidade dos radicais 
livres (MATIELLO, 2019). 
2.7.3 – Permeação cutânea: 
Mas antes de abordar os ativos e seus mecanismos de ação, falaremos 
sobre a permeação destes ativos sobre o tecido cutâneo. Compostos muito 
lipofílicos e com baixo peso molecular demonstram grande velocidade de fluxo 
através da matriz lipídica do estrato córneo. Moléculas não ionizadas permeiam 
com mais facilidade que as ionizadas. Contudo, difundem-se lentamente quando 
encontram as camadas aquosas da epiderme. O oposto também é verdadeiro 
para substâncias hidrofílicas polares, portanto, o ativo que apresenta propriedade 
tanto hidrofílica como hidrofóbica apresentará uma melhor permeação 
(ALLEMANDA, 2018). 
Essa propriedade está relacionada ao coeficiente de partição óleo/água, 
isto é, capacidade da molécula de se distribuir em diferentes fases. Além disso, 
quanto maior for a área da superfície exposta, maior será o fluxo da molécula 
(ALLEMANDA, 2018). 
As substâncias podem ser permeáveis, semipermeáveis ou impermeáveis 
à barreira cutânea. O que permite a passagem é o reconhecimento e a 
necessidade da substância pela membrana celular. As substâncias permeáveis, 
como os gases, água e moléculas hidrossolúveis e lipossolúveis com baixo peso 
muito usado na estética para peelings. As substâncias semipermeáveis, como os 
 
20 
 
aminoácidos, glicose, nucleotídeos, íons como cálcio, sódio e potássio, vitaminas 
D e E, hormônios, anestésicos, hidroquinona, precisam de proteínas carreadoras 
ou transmembrana. E por último, as substâncias impermeáveis, como eletrólitos, 
proteínas e carboidratos ou quaisquer moléculas hidrofílicas de alto peso 
molecular, por exemplo, colágeno e elastina (ALLEMANDA, 2018). 
Existem ainda algumas técnicas para a permeação de ativos, que 
aumentam a taxa de absorção de cosméticos e são importantes para potencializar 
resultados. São elas a iontoforese e a eletroporação. Essas técnicas são não 
invasivas e indolores, podendo ser utilizadas pelos esteticistas (LOPES, 2017). 
Iontoforese é uma técnica que usa uma corrente elétrica para permear 
cosméticos que tenham carga elétrica (positiva e negativa). Na prática, coloca-se 
um ativo com carga positiva sob a superfície cutânea, por exemplo, o eletrodo do 
aparelho de iontoforese chamado ativo deve ter a mesma carga do cosmético 
(positiva). O outro eletrodo, chamado de passivo, terá carga negativa, 
completando o circuito. Quando ligamos o aparelho, o ativo de carga positiva será 
repelido na região do eletrodo, entrando na pele. Uma vez na parte interna, ele é 
atraído para o outro eletrodo de carga negativa (LOPES, 2017). 
Já a eletroporação baseia-se na aplicação sob a pele de pulsos curtos de 
alta voltagem, que ultrapassam a barreira da membrana celular, aumentando a 
permeação de cosméticos. Quando aplicados os pulsos, ocorre um rearranjo da 
membrana que se torna permeável a moléculas exógenas. Dessa forma, a 
eletroporação permite a absorção de fármacos hidrossolúveis e lipossolúveis. 
Além disso, não é necessária corrente positiva ou negativa, diferente da 
iontoforese (LOPES, 2017). 
2.7.4 – Principais ativos cosméticos: 
Entendo um pouco sobre química, cosmetologia e as permeações cutânea, 
podemos abordar os princípios ativos que temos no auxílio dos tratamentos das 
afecções cutâneas. Muitos são aplicados em associações e eficientes nas 
afecções discutidas anteriormente, como FEG, estrias, lipodistrofia localizada e 
 
21 
 
hipotonia tissular. 
O Ginkgo biloba possui extratos em suas folhas que contêm glicosídeos, lactonas, 
terpenos e flavonoides que reduz a viscosidade sanguínea, inibe o fator de 
ativador de plaquetas e melhorando a perfusão sanguínea nos capilares e nas 
arteríolas, além de ação antioxidante, anti-inflamatória e antiedematosa 
(MATIELLO, 2019). 
A Centella asiática contém substancias flavonoides e aminoácidos, tem por 
objetivo aumentar a síntese de colágeno pelos fibroblastos e a concentração 
desse composto na derme, além de possuir um efeito antagônico aos 
glicocorticoides, além ação anti-irritante, antiedematosa, anti-inflamatória e 
calmante e também promove o aumento da circulação e ativando a 
permeabilidade da pele (MATIELLO, 2019). 
As metilxantinas são princípios ativos que atuam no metabolismo lipídico, 
onde atua diretamente no adipócito, promovendo a lipólise por inibição da 
fosfodiesterase (SIMÃO, 2019). Alguns ativos mais comuns da família xantina 
são: 
a) Cafeína é um lipolítico que inibe a fosfodiesterase, a adenosina e os 
receptores da membrana, aumentando o AMP cíclico, favorecendo, 
assim, a lipólise. Além disso, protege contra a radiação UV, agindo 
como estimulante da microcirculação sanguínea da pele; 
b) A teofilina, outra substância metilxantina, possui taxa de permeação 
na pele inferior à cafeína, além de ser pouco solúvel na água. Para 
tanto, esse produto pode ser utilizado na sua forma variada, a partir 
do ácido acético, que é hidrossolúvel; 
c) Fosfatidilcolina ao penetrar no adipócito, a fosfatidilcolina induz a 
lipólise, que libera ácidos graxos que, posteriormente, são utilizados 
como energia; 
d) Chá verde apresenta ação diurética e tônico-estimulante. Sua ação 
se dá pela inibição enzimática da fosfodiesterase, que gera um 
aumento de ATP e, consequentemente, libera mais energia. O chá 
 
22 
 
verde possui, ainda, função antioxidante, reduzindo, assim, a 
formação de radicais livres que ocorrem, principalmente, pela estase 
venosa e linfática da região; 
e) Aminofilina também provoca um efeito lipolítico localizado por 
aumentar a síntese de ATP a partir de ácidos graxos e inibir a 
fosfodiesterase. (MATIELLO, 2019). 
O ácido glicólico é um alfa-hidroxiácido proveniente da cana-de-açúcar, 
capaz de estimular a produção de colágeno, atua facilitando o desprendimento de 
células mortas, assim promove a renovação celular e também atua na melhora 
da hidratação cutânea (SIMÃO, 2019). O ácido retinóico e seus derivados da 
vitamina A são utilizados como ativo anticelulite por meio de aplicações tópicas. 
Seus efeitos estão relacionados ao aumento da espessura do colágeno dérmico 
e à melhora do contorno das fibras pela ação desse ativo. Estimulam o 
metabolismo da epiderme e da derme, regulam a diferenciação, o crescimento e 
a renovação celular (MATIELLO, 2019). O ácido hialurônico é um 
glicosaminoglicano, com componente do fator de hidratação natural da epiderme, 
umectante, hidratante e previne o envelhecimento (MATIELLO, 2019). 
Nicotinato de metila: é um éster do álcool metílico e do ácido nicotínico, 
agente hiperêmico. Atua na ativação da circulação local por meio de seu efeito 
termo ativo, que provoca vasodilatação importante dos vasos locais. Estimula 
ainda a eliminação de toxinas e líquidos, descongestionando os tecidos 
(MATIELLO, 2019). 
L-carnitina é um poderoso antioxidante natural, rico em flavonoides do tipo 
polifenóis, atuando no aumentoda oxidação dos ácidos graxos pelas 
mitocôndrias, que farão a conversão de ácidos graxos em ATP, que poderá ser 
utilizado pelo organismo na forma de energia, reduzindo o volume dos adipócitos 
do tecido subcutâneo. Além de aumentar a circulação local, reduz o edema e 
melhora a sensação desagradável causada pela retenção de líquidos (SIMÃO, 
2019). 
 
23 
 
Adipol é um complexo de ácido tartárico, extratos de hera e bile bovina, com 
propriedades tensoativas, antilipêmicas, antiespasmódicas e antiinflamatórias, 
sendo utilizado no tratamento de gordura localizada e celulite (ALLEMANDA, 
2018). 
Fatores de crescimento são a denominação utilizada para o conjunto de 
substâncias que desempenham importante papel na comunicação intracelular, 
regulando respostas inflamatórias e cicatrizantes, estimulando a síntese de novos 
fatores e de colágeno e a formação de novos vasos (ALLEMANDA, 2018) 
Castanha-da-índia é utilizada a partir do extrato, possuindo propriedades 
adstringentes, vasoconstritoras e venotônicas periféricas, atuando na drenagem 
dos edemas, além de ter ação anti-inflamatória, antiexudativa e antiedematosa 
(MATIELLO, 2019). 
Extrato de hera tem ação descongestionante local. O ativo atua na redução 
do edema local, pois contém flavonoides e saponinas (MATIELLO, 2019). 
Aloe vera possui ação anti-inflamatória, cicatrizante e hidratante da pele. 
Tem, em sua composição, aminoácidos, vitaminas, enzimas, ácidos, minerais e 
açúcares que promovem os efeitos desejados (SIMÃO, 2019). 
D-pantenol atua na formação de células da epiderme, acelera a cicatrização 
celular e age com mecanismos anti-inflamatórios, além de atuar como hidratante 
(MATIELLO, 2019). 
Hidrolisado de proteínas possuem a função de atuar como umectantes 
locais na camada córnea, auxiliando na retenção de água e na melhora da 
hidratação local. Dentre as proteínas que podem ser empregadas, estão o 
colágeno, a queratina e elastina (SIMÃO, 2019). 
 
 
 
 
24 
 
 
2.8 – Protocolos estéticos corporais: 
Como abordamos anteriormente, existem diversos ativos cosméticos que 
auxiliam no tratamento das afecções cutâneas, além disso os profissionais da 
área da estética contam com recursos eletrotermofototerapêuticos, e também 
métodos manuais que podem ser associados aos cosméticos. 
2.8.1 – Massagem modeladora: 
Uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia, é a massagem modeladora, 
com o objetivo principal, o remodelamento corporal nas regiões acometidas pelo 
excesso de gordura localizada e também o fibro edema gelóide (SIMÃO, 2018). 
Esta técnica de massagem exerce sobre o local de tratamento um efeito 
mecânico, reflexo, químico e psicológico decorrente da ação direta da pressão 
exercida no segmento massageado e também da liberação de substâncias 
químicas (MATIELLO, 2021). 
Em virtude das características do toque utilizado nesse tipo de massagem, 
tem-se uma ação sobre os tecidos mais profundos, como os tecidos muscular e 
adiposo, promovendo efeitos decorrentes da mobilização desses tecidos, como o 
aumento da extensibilidade e o afrouxamento do tecido conjuntivo, efeitos 
essenciais para alguns tratamentos estéticos que cursam com fibroses 
(MATIELLO, 2021). 
As técnicas utilizadas nesse tipo de massagem produzem também 
vasodilatação superficial, causando um quadro de hiperemia e aumento da 
circulação local. Este aumento na circulação é resultado de uma reação 
sanguínea de hemodiluição, que se caracteriza pelo aumento do volume de 
plasma no sangue. Em relação aos efeitos fisiológicos da massagem modeladora, 
o efeito de maior intensidade é o mecânico, pela ação do toque sobre o tecido 
(MATIELLO, 2021). 
O tratamento empregado deve aumentar o metabolismo local, melhorar a 
circulação e favorecer a mobilização do tecido adiposo, melhorando o aspecto do 
 
25 
 
contorno corporal. Por isso, a massagem modeladora está indicada, uma vez que 
é capaz de promover o modelamento do contorno corporal, reduzindo a perimetria 
da região acometida, principalmente braços, abdome, coxas e glúteos (SMIÃO, 
2018). 
Ela reduz circunferências e medidas localizadas pelo aumento da 
circulação local e uma acomodação das células do tecido adiposo, chamadas de 
adipócitos, uma vez que mobiliza esse tecido. Além do estímulo mecânico que 
gera aumento da efetividade dos sistemas circulatório e linfático, a massagem 
modeladora melhora a circulação visceral e causa, de forma reflexa, a contração 
dos músculos lisos, melhorando, por exemplo, o movimento peristáltico do 
intestino, reduzindo, assim, a circunferência abdominal (MATIELLO, 2021). 
A massagem modeladora corporal é composta por manobras da 
massoterapia clássica, envolvendo movimentos de pressão, mobilização e 
percussão, de forma rítmica e rápida, estimulando, com isso, a vasodilatação 
sanguínea. Os movimentos de pressão envolvem a associação das manobras de 
deslizamento e amassamento, as quais são aplicáveis no primeiro contato com o 
paciente, no início de forma superficial, com pressão leve, e posteriormente de 
forma profunda, com pressão moderada, abrangendo o plano mais profundo do 
tecido (SIMÃO, 2018). 
A manobra de deslizamento superficial é realizada com movimentos longos, 
suaves e rítmicos, os quais atuam nas terminações nervosas e sensitivas da pele, 
produzindo efeito sedativo, enquanto os deslizamentos profundos são mais fortes 
e produzem efeito estimulante (ANDRADE, 2018) 
O movimento de amassamento consiste em comprimir e realizar uma 
rotação no tecido, associando as duas mãos sem soltar a pele, com o objetivo de 
incrementar a circulação local e promover o remodelamento do tecido 
(ANDRADE, 2018) 
Nas manobras de mobilização, são aplicados os movimentos de 
beliscamento e rolamento da pele, de modo superficial e profundo. Para a 
 
26 
 
aplicação dessas manobras, é importante o completo acoplamento da mão do 
terapeuta com a pele do paciente, gerando, assim, a mobilização efetiva do tecido 
adiposo. Outra manobra de mobilização importante na massagem modeladora é 
a marcação da cintura, a qual, aplicada do lado oposto ao paciente e acoplando 
a mão inteira na lateral da cintura em movimentos rítmicos e alternados, promove 
o remodelamento da cintura (MATIELLO, 2021). 
As manobras de percussão são aplicadas com as pontas dos dedos, 
fazendo um dedilhamento ou a tapotagem aplicada com a palma da mão em 
formato de concha. A aplicação dessa manobra tem efeito sonoro devido ao 
movimento, que alterna as mãos de forma rítmica, sem causar dor ou desconforto 
ao paciente. Sua função, na massagem modeladora, é promover hiperemia, o que 
melhora a oxigenação dos tecidos (LOPES, 2017). 
As contraindicações da massagem modeladora corporal são: tecidos 
inflamados ou edemaciados, doenças de pele, paciente com hiperestesia 
(sensibilidade diminuída), distúrbios circulatórios graves, neoplasia ou 
tuberculose, infecções bacterianas, fragilidade capilar e abdome gravídico 
(LOPES, 2017). 
2.8.2 – Drenagem Linfática Manual: 
A técnica da drenagem linfática manual (DLM) promove efeitos sobre o 
sistema linfático, especialmente, na redução de quadros de edema. Além disso, 
substâncias nocivas ao organismo, que causam toxicidade, podem ser facilmente 
removidas do interstício pela aplicação de forças sobre o tecido conjuntivo 
(OLIVEIRA 2018). 
Os movimentos rítmicos, lentos e muito suaves da DLM são capazes de 
estimular a motricidade das estruturas linfáticas, facilitando a remoção do líquido 
e de macromoléculas do meio intersticial e, com isso, facilitam a remoção de 
metabolitos. Além disso, por remover maior quantidade de metabolitos, a DLM 
propicia melhores condições de nutrição celular e, com isso, melhora o 
funcionamento dos tecidos (OLIVEIRA, 2018). 
 
27 
 
No tratamento do FEG, a DLM também é muito utilizada. O FEG como já 
mencionadoanteriormente, ela se caracteriza por alterações no tecido adiposo e 
pele, com acúmulo de gordura na tela subcutânea, associado ao rompimento de 
fibras de sustentação da derme, de modo que essas alterações causem graus 
variados de compressão sobre as estruturas sanguíneas e linfáticas, 
comprometendo a microcirculação tanto linfática como sanguínea local, causando 
edema e estase venosa. Essas alterações, ainda, projetam-se em direção à 
superfície da pele, deixando-a com aspecto específico do FEG, com a superfície 
cut nea semelhante à “casca de laranja”. Nesses casos, a DLM pode ser 
empregada de modo a auxiliar na remoção do líquido presente nos espaços 
intersticiais, melhorando o aspecto da pele (OLIVEIRA, 2018). 
Partindo do princípio que a DLM tem por finalidade estimular o sistema 
linfático, eliminar resíduos metabólicos e toxinas dos tecidos e reduzir o excesso 
de líquidos e de que o FEG é uma disfunção estética caracterizada por alteração 
metabólica no tecido adiposo que leva ao acúmulo de líquido no interstício, 
causando edema e alterações na arquitetura da pele, a DLM é considerada uma 
técnica manual muito adequada para o seu tratamento (OLIVEIRA, 2018). 
2.8.3 – Ativos cosméticos antiestrias: 
Os tratamentos consistem em homogeneizar a cor das estrias em relação 
à pele saudável vizinha e nivelar as zonas deprimidas com as zonas cutâneas 
normais, podendo assim melhorar a aparência da pele lesionada. Para tanto, 
devem ser selecionados tratamentos que promovam a síntese de colágeno e 
estimulem a camada basal da epiderme para renovação celular (LOPES, 2017). 
Os cosméticos em paralelo aos métodos eletroestéticos para estrias, 
poderão ser associados princípios ativos como métodos complementares. Os 
princípios ativos empregados no tratamento para estrias devem oferecer ação 
queratolítica, esfoliante e estimulante da síntese de colágeno, e promover o 
aumento das fibras elásticas e de colágeno. São exemplos de cosméticos 
possíveis de serem empregados no tratamento de estrias ácido glicólico com ação 
queratolítica e hidratante; ácido láctico com a função de renovador celular; ácido 
 
28 
 
hialurônico com a função hidratante; ácido lipóico com ação em cicatrizes 
atróficas; ácidos graxos com ação umectante; Aloe Vera como restaurador 
tissular. Como recursos de tratamento, ainda temos a idebenoma, um derivado 
da coenzima Q10, com ação clareadora e estrutura semelhante a hidroquinona, 
ação antioxidante e estimulante da síntese de colágeno (LOPES, 2017). 
Além destes, existem ainda a vitamina C, que promove a síntese do 
colágeno; CG-IGF (fator de crescimento insulínico), que ativa a proliferação de 
novas células cutâneas e estimula a síntese de fibroblastos; óleo de rosa 
mosqueta nanoencapsulado, que é rico em ácidos graxos essenciais, o que 
promove a hidratação e estimula a regeneração cutânea; (ANDRADE, 2018). 
Já o ácido ascórbico também possui a propriedade de promover a síntese 
de colágeno, atuando como cofator essencial das enzimas lisilhidroxilase e 
prolilhidroxilase, essenciais para a biossíntese dos colágenos I e III (SIMÃO, 
2019). 
Os ativos conhecidos como injection free possuem ação redensificantes 
dérmica, ou seja, seu mecanismo de ação é o aumento da produção da matriz 
extracelular, aumentando a espessura da derme e, como consequência, 
ampliando a retenção de água na pele, tendo como resultado uma pele mais 
firme, com superfície mais lisa, uniforme, hidratada e saudável (SIMÃO, 2019). 
Os ativos emolientes suplementam a pele com substâncias naturalmente 
presentes no manto hidrolipídico, retardando a atrofia cutânea e o surgimento de 
novas estrias. Os ativos de hidratação por emoliência promovem o amolecimento 
do estrato córneo, que forma um filme sobre a pele, minimizando a perda de água 
transepidermal. Já os regeneradores dérmicos estimulam a atividade dos 
fibroblastos e aumentam o teor de colágeno e elastina, ao passo que os 
renovadores epidérmicos podem auxiliar na minimização da aparência das estrias 
na epiderme por influenciarem no turnover celular (SIMÃO, 2019). 
Por fim, uma outra abordagem cosmética seria o disfarce colorimétrico com 
o ativo dihidroxiacetona, que reage com as proteínas da pele, resultando em uma 
 
29 
 
coloração semelhante ao bronzeado, reduzindo a visibilidade das estrias se 
aplicado pontualmente sobre elas (SIMÃO, 2019). 
 
3 – CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
Após a revisão de literatura, foi observado que o mercado da estética teve um 
crescimento notório nos últimos 5 anos. A procura por procedimentos estéticos 
corporais movimentou bilhões de reais, acompanhado do mercado de 
cosméticos. Consequentemente, o número de profissionais e clínicas teve um 
salto considerável. 
Esta busca pelo corpo perfeito, ditado pela mídia, gera uma pressão em 
relação aos resultados efetivos, tanto por parte dos clientes quanto por parte dos 
profissionais que nesta área atuam. Assim, este profissional tem que levar em 
conta a importância da ficha de avaliação, onde esta contém os dados 
necessários para tratar as disfunções que mais afetam física e mentalmente seus 
clientes. Além de ter o conhecimento sobre as afecções, o profissional da estética 
deve estar capacitado e habilitado para executar os tratamentos e recursos dos 
protocolos, além do conhecimento em química e cosmetologia para que as 
intercorrências não aconteçam. 
Foi abordado no trabalho, os componentes de uma ficha de avaliação, 
contendo os dados pessoais, dados clínicos e os parâmetros antropométricos, 
com os quais podemos avaliar com os instrumentos como a fita métrica, 
adipômetro, balança, foto documentação, bioimpedância. 
Além disso, foram conceituados o sistema tegumentar e suas estruturas, além 
as afecções cutâneas, como fibro edema gelóide, hipotonia tissular, lipodistrofia 
localizada e estrias. Sendo estas as mais comuns e numerosas reclamações e 
insatisfações dos clientes que buscam as clínicas estéticas, em busca de 
tratamentos e resultados. 
 O profissional da estética deve conhecer, não somente a citologia, histologia e 
anatomia humana, mas também os conceitos básicos de química, que é a ciência 
 
30 
 
que estuda a composição, estrutura e propriedades da matéria, que é qualquer 
material físico que ocupe espaço e massa no universo. Assim conseguimos 
chegar, aos estudos de cosmetologia, que é o estudo dos ativos cosméticos que 
são aliados aos tratamentos estéticos. 
 Cada princípios ativos cosméticos tem uma ação, ou mecanismo de ação em 
nosso corpo, devendo então, o profissional da área estética saber a atuação de 
cada ativo associados a cada afecção estética corporal e empregá-lo da melhor 
maneira em seu tratamento, associados aos tratamentos manuais, gerando assim 
um protocolo estético eficaz. Portanto, podemos dizer que para a ficha de 
avaliação é de suma importância nos tratamentos estéticos corporais, pois nela 
consta todas as informações necessárias, como os graus das afecções, alergias, 
intercorrências, hábitos de vida, protocolos realizados, entre outros, para que o 
profissional possa realizar seu trabalho com excelência, entregando em o 
resultado efetivo e esperado por seu cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
31 
 
 
 
 
ABIHPEC, Anuário 2021 –Panorama do Setor. Disponivel em: 
https://abihpec.org.br/site2019/wpcontent/uploads/2021/09/Panorama_do_Seto
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