Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gustavo Moreno T19 AULA5.1: Prematuridade: O Nascimento pré termo continua sendo uma importante causa de mortalidade perinatal A proporção dos nascimento pré termos por idade gestacional foi de: 60% entre 34 a 36 semanas 20% entre 32 e 33 semanas 15% entre 28 a 31 semanas 5% com menos de 28 semanas Defini-se como parto pré-termo (PPT) aquelle cuja gestação termina entre 20 e 37 semanas Fisiopatologia e fatores de risco: O TPP pode ser fruto de uma variedade de situações que podem levar a paciente a ter contrações uterinas intempestivas Principais causas: ITU, vulvovaginites não tratadas, idiopática Fatores de risco: Maiores: Gestação múltiplas Polidrâmnio Anomalia fetal Anomalia uterina Cirurgia abdominal na gestação Abortamento de repetição Conização uterina prévia Cérvice uterina incompetente Ruprema Corioamnionite Menores: Hipertermia materna Sangramento uterino Pielonefrite / bacteriúria Tabagismo Adição a drogas Abortamento prévio Idade > 35 anos Parto pré-termo anterior Vaginite Prevenção do TPP: Fazer diagnóstico correto de incompetência ístmico cervical Ultrassom com medida do colo de rotina? Medida do colo para todas as pacientes com história prévia de prematuridade (2,5cm) Cerclagem: (quando o colo é menor que 2,5 cm) Colo menor de 25mm e historia de TPP Fazer no máximo até 24 semanas Uso de progesterona: Colo menor de 25 mm História de TPP anterior Repouso relativo Pessário (maneira mecânica e pode usar em qualquer idade gestacional) Trabalho de parto prematuro: Diagnóstico: →Modificações cervicais ⇒ mais que 2 cm de dilatação ⇒Apagamento de mais de 80% do colo →Contrações uterinas ⇒ duas ou três contrações em 10 minutos Conduta: Depende de alguns fatores: - Idade gestacional - Vitalidade fetal - Recursos neonatais - Sempre avaliar risco x benefício Inibição do trabalho de parto: Agentes tocolíticos: Substâncias que são capazes de inibir a atividade contrátil do miométrio Os principais agentes tocolíticos citados na literatura são: Betamiméticos: beta 2 adrenérgicos, principalmente terbutalina, salbutamol e ritodrina Bloqueadores de canais de cálcio: com destaque para a nifedipina) Inibidores da síntese de prostaglandina: inibidores da cicloxigenase, como a indometacina Sulfato de magnésio e os antagonistas de receptores de ocitocina - Atosiban Antes do seu uso, deve-se ter conhecimento preciso da idade gestacional e serem utilizados, preferivelmente, até 34 semanas Na prática diária, atualmente, deve-se recorrer ao uso de 3 opções tocolíticas consideradas de primeira linha - Terbutalina - Nifedipino - Atosiban Uma vez iniciada a tocólise, deve-se prestar muita atenção ao aparecimento de possíveis efeitos colaterais e eventos adversos Objetivo da tocólise: - Realização das duas doses de corticoide - Transferência para hospital de referência Contraindicações a tocólise: Morte fetal Descolamento prematuro de placenta Corioamnionite Amniorrexe prematura (?) Dilatação avançada (?) Pré eclâmpsia grave ou eclâmpsia Sofrimento fetal agudo Anomalia fetal Betamiméticos: Terbutalina: Dose de ataque → adicionar 5 ampolas em 500 ml de soro glicosado a 5%; Iniciar 10 a 20 gotas/min, IV e observar a tolerância da paciente Manter o pulso materno abaixo de 120 bpm e os batimentos cardíacos fetais abaixo de 180 bpm Não utilizar tocólise com terbutalina em gestantes com suspeita de infecção, em cardiopatas, em hipertensas e em DM Nifedipino: Observou-se que esses agentes, quando comparados ao placebo ou a outros tocolíticos, reduziram o número de partos prematuros antes de 34 semanas. com ganho significativo de até 7 dias de gestação, associados, a menos efeitos colaterais Dose de ataque: 1 cápsula de 10 mg, VO a cada 20 minutos, até ser observada a eficácia, utilizando-se no máximo 3 cápsulas em uma hora Dose de manutenção: 1 comprimido de 20 mg a cada 8 horas, durante 48 horas Não utilizar em gestantes cardiopatas ou hipertensas Atosiban: Menos efeitos colaterais que terbutalina e nifedipino Dose: Fase 1: infusão em um minuto, via endovenosa, de um frasco de 0,9 mL Fase 2: 2 frascos de 5 mL são adicionados em 90 mL de soro realizando-se infusão de 24 mL/hora, durante 3 horas, portanto, são infundidos, nesse período 72 mL, o restante (28 mL) é injetado 8Ml/hora por mais 3 horas e meia Fase 3: nova solução é preparada (10 mL de atosiban em 90 mL de soro), mantendo-se a infusão de 8 mL/hora por até 45 horas Essas 3 fases do atosiban podem ser repetidas, em casos muito bem-selecionados, por até 3 vezes; Terapia de manutenção da Tocólise: Não parece prudente o uso de tocolíticos, por mais de 48 horas, buscando atingir melhores resultados neonatais e menores índices de pré termo tardios A progesterona, principalmente por via vaginal (natural micronizada), tem sido considerada, por alguns, como a mais promissora terapêutica de manutenção pós-tocólise Corticoterapia: Promove a síntese de surfactante no pulmão fetal aumentando a complacência pulmonar Estudos mostraram importante diminuição da mortalidade neonatal, síndrome do desconforto respiratório, hemorragia, intraventricular, canal arterial patente e enterocolite necrosante. Realizar medicação até 34 semanas ou até 36 semanas e 6 dias se isso não for atrasar a conduta Não é indicado repetir ciclo de corticoterapia Evitar em pacientes com DM em uso de insulina Esquemas: (P) *** (dose) Betametasona – 12 mg pela via IM a cada 24 horas – 2 doses*** Dexametasona – 6 mg pela via IM a cada 12 horas – 4 doses*** Neuroproteção com sulfato de magnésio: Obs – é um neuroprotetor A administração de MgSO4 até o nascimento para TPP com menos de 32 semanas tem efeito neuroprotetor, com diminuição de paralisia cerebral e de distúrbio motores no RN, sem aumentar o risco de mortalidade Indicações: trabalho parto ativo com idade gestacional entre 24 e 32 semanas;
Compartilhar