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GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA-INTERNATO:TRABALHO DE PARTO PREMATURO (TPP)

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7º SEMESTRE G.O 
1 
 
Trabalho de parto prematuro
Recém-Nascido Pré-termo 
OMS: nascido com menos de 37 
semanas ou 259 dias, independente do 
peso. 
RN baixo peso - peso de nascimento 
inferior a 2500g 
Epidemiologia e incidência da 
prematuridade 
Responde por 75% de toda a morbidade 
e mortalidade neonatais 
EUA: 
o 70% mortes neonatais 
o 1/3 mortes infantis 
o 25-50% casos com alterações 
neurológicas tardias 
Mundo: 
o 5-18% partos à 15 milhões de 
conceptos pré-termo / ano 
Brasil: 
o 6,4 - 15,2% 
o HC-FMUSP (centros terciários) - 
alta prevalência de gestações de 
alto risco = 22% de prematuridade 
- Problema de saúde pública 
Consequências 
- Morbi-mortalidade neonatal 
- Complicações: 
o neurodesenvolvimento (hemorragias 
intraventriculares, paralisia cerebral) 
o respiratórias (Síndrome da Angústia 
Respiratória - SAR, doença 
pulmonar crônica) 
o gastrointestinais (enterocolite 
necorosante) 
o Sepse 
- Mais importantes em < 32 semanas 
(críticas em < 28 semanas) 
- Prognóstico tardio: aumento Risco de 
doença cardiovascular, DM-2, câncer 
 
 
1⁄4 RN prematuro extremo morre antes 
da alta 
Mortes neonatais: 
o 0 – 12horas de vida : imaturidade 
o 12h – 14 d: SAR 
o 15d – 60d : enterocolite 
necrosante 
o > 60 d: broncodisplasia pulmonar 
Custos 
o Internação 
o Cuidados a longo prazo 
7º SEMESTRE G.O 
2 
 
o Emocionais 
 
Classificação 
 
Quanto a etiologia 
- Espontânea (70-75%) - multifatorial 
o TPP (trabalho de parto prematuro) 
o RPMO – PT (pré-termo) = 
amniorrexe espontânea, < 37 
semanas, fora do TP. 
- Eletiva (terapêutica, por indicação 
médica) (25-30%) 
o Patologias clínicas e / ou 
obstétricas - risco iminente (mãe 
ou feto): 
▪ Hipertensão 
▪ Hemorragias 
▪ Sofrimento fetal (retardo de 
crescimento) 
Quanto a idade gestacional 
- RN pré-termo 
o Extremo (5%): < 28 semanas 
o Muito pré-termo (15%): 28 - 30 
6/7 semanas 
o Precoce (20%): 31 - 33 6/7 
semanas 
o Tardio (60%): 34-36 6/7 semanas 
 
 
- RN baixo peso 
o Baixo peso extremo: < 1000g 
o Muito baixo peso: < 1500g 
o Baixo peso: < 2500g 
- 2/3 RN baixo peso são pré-termo 
- RN termo de baixo peso = pequeno 
para a idade gestacional (PIG) - < p10 
- RN pré-temo pode ser PIG 
- RN termo precoce 
o 37 - 38 6/7 semanas 
o Morbidade mais alta que > 39 
semanas 
o Interrupções eletivas, sempre que 
possível - > 39 semanas 
 
 
 
7º SEMESTRE G.O 
3 
 
Determinismo do trabalho de parto 
prematuro 
- Ativação antecipada do processo 
normal de parturição: 
o Exacerbação da contratilidade 
uterina 
o Amadurecimento do colo 
o Ativação das membranas 
- Eventos que levam ao 
desencadeamento de contrações uterinas 
por meio de processos patológicos: 
o Fatores parácrinos / autócrinos / 
endócrinos / bioquímicos 
- Etiologia desconhecida em cerca de 
30-40% casos 
Fatores de risco 
 
 
- 1 parto prematuro prévio - 25% 
recorrência 
- 2 partos prematuros prévios - 50% 
chance de recorrência 
- Pequeno intervalo interpartal 
- Antecedente de morte fetal anterior 
- Doenças maternas 
o Obstétricas 
o Clínicas 
o Ginecológicas 
- Prematuro prévio 
o 34-36 6/7 sem - risco de novo 
prematuro de 17% 
o < 32 semanas - risco de 35% 
Estresse 
- Físico (literatura não uniforme) 
o Jornadas > 40h/semanais 
o Trabalho noturno 
o Ficar em pé (> 6h)/ subir escadas 
/ levantar pesos 
- Psicológico 
o Crônico: ativação do eixo HHA 
materno e fetal - aumento 
produção CRH 
o Agudo: liberação de catecolaminas 
- receptores alfa no útero = 
hipercontratilidade uterina 
Incompetencia Istmocervical (IIC) 
- Colo não tem capacidade de “segurar” 
a gestação. 
- História típica: 
o > 2Ab tardios e/ou partos 
prematuros precoces de 2º 
trimestre 
o Tendência a perdas cada vez mais 
precoces 
o Dilatação cervical precoce e 
indolor, com protrusão das 
membranas 
7º SEMESTRE G.O 
4 
 
 
Sobredistensão uterina 
- Gemelaridade - 57% prematuridade 
(11% < 32 semanas) 
o 2 fetos - idade gestacional média: 
36 semanas 
o 3 fetos - idade gestacional 
média:33 semanas 
o 4 fetos - idade gestacional média: 
31 semanas 
o Além da sobredistensão, > 
incidência de comorbidades 
maternas 
- Polidrâmnio 
Ruptura prematura de membranas 
ovalares 
- Presente em 30-40% partos prematuros 
- Etiologia geralmente desconhecida: 
o Comprometimentos estruturais ou 
bioquímicos - perda da elasticidade 
das membranas 
o Invasão bacteriana e reações 
inflamatórias - enfraquecimento da 
membrana 
Infecções genitais 
 
 
Outras infecções 
- ITU 
- Periodontais 
- Bacteriúria assintomática deve ser 
igualmente tratada 
 
 
 
 
7º SEMESTRE G.O 
5 
 
Fatores iatrogênicos 
- Erros de cálculo de IG com 
interrupções prematuras (em geral, 
cesarianas eletivas) 
- Antecipações eletivas decorrentes de 
interpretações errôneas das provas de 
vitalidade fetal - intervenções 
desnecessárias 
Mecanismos fisiopatológicos 
 
Prevenção 
Primária 
o Difícil 
o Abordagem pré-concepcional para 
reduzir fatores de risco 
Secundária 
o identificação das gestantes de 
maior risco (baixo peso pré-
concepcional, antecedente de 
prematuridade, colo curto, IIC, 
gemelaridade etc) e avaliação de 
marcadores 
o Pré-natal mais cuidadoso 
 
Terciária - tocólise 
o Não diminui parto prematuro - 
permite medidas que diminuem 
morbi-mortalidade 
Diante do risco de TPP 
- Classificação de Hobel - 4 estágios 
evolutivos: 
o I = fatores de risco para parto 
prematuro 
o II = contratilidade uterina anormal, 
mas sem alterações cervicais 
significativas 
o III = contrações uterinas rítmicas e 
eficientes para que ocorra a 
cervicodilatação 
o IV = parto prematuro 
Caso clínico 1 
- MJ, 37 anos, arquiteta. 
o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 18 
semanas 
o DOPA - início tardio do pré-natal 
o DCC - ITU de repetição 
o Sem queixas 
o USG-TV: colo curto 
Rastreio 
Gestantes assintomáticas - USG-TV: 
comprimento do colo (rastreamento 
universal, junto ao morfo de 2º T, 20-24 
semanas) 
Comprimento do colo 
o Estável entre 14 e 28 semanas; 
declínio gradual após 28-32 
semanas 
o Mediana: 
▪ < 22 semanas = 40mm 
▪ 22 – 32 semanas = 35mm 
7º SEMESTRE G.O 
6 
 
▪ > 32 sem = 30mm 
- Para alguns autores, associar medida 
do comprimento de colo com 
antecedente de parto prematuro 
espontâneo: 
o Com antecedente - < 25mm 
o Sem antecedente - < 20mm 
- Diminuição Comprimento colo no 2ºT - 
aumento risco de parto prematuro 
espontâneo 
- Conceito de colo curto varia entre 
autores (15-25mm): 
o Febrasgo / MS: < 25mm (p10): 
Sensibilidade melhor, mas menor 
VPP (aumento falsos positivos) 
o HC-FMUSP: < 20mm (p5); gemelar: 
≤ 25mm 
Caso clínico 2 
RS, 35 anos, obstetra 
o DON - 3G 2Pv 0Ab IG = 15 
semanas 
o DOPA - gemelaridade 
o DOPP - 2 partos prematuros (com 
34 semanas, há 4 anos, e com 32 
semanas, há 1 ano) 
o DCC - ITU de repetição 
o Sem queixas 
Estágio I - condutas 
Gestantes com fatores de risco para 
prematuridade 
- Boa assistência pré-natal - orientações: 
o Higiene 
o Nutrição 
o Suporte psicológico 
- USG precoce - datação correta e 
identificação de fatores de risco 
(malformações uterinas, miomas, 
gemelaridade) 
- USG-TV 2º Trimestre (entre 20-24 
semanas, com o morfológico) à 
comprimento do colo uterino 
- USG quinzenal (14 semanas – 24 
semanas) se: 
o antecedente de Ab > 14 sem e 
/ou parto < 37 semanas 
o Antecedentes de cirurgias cervicais 
ou anormalidades uterinas 
USG-TV – outras informações 
- Sludge no líquido amniótico (“barro 
amniótico”) 
o aglomerado de partículas 
hiperecoicas entre o OI do colo e 
a apresentação fetal 
o Parece ter associação com 
infecção intra- amniótica 
o Frequente em mulheres com 
resultados favoráveis, mas deve ser 
valorizado quando associado a 
colo curto ou antecedente de 
parto prematuro 
 
7º SEMESTRE G.O 
7 
 
 
Afunilamento:o preditor de pior prognóstico se 
comprimento cervical < 25mm 
o Em colo > 25mm não deve ser 
valorizado 
Colo curto 
- IIC ≠ colo curto por outra doença - 
distinção fundamental para o 
planejamento cirúrgico 
IIC 
o Dilatação cervical indolor 
o ≥ 2Ab tardios e / ou partos 
prematuros < 28 semanas, 
recorrentes, na ausência de outras 
causas identificáveis 
o Patogenia: enfraquecimento do colo 
(não suporta a evolução da 
gestação) 
o Tratamento de escolha: cerclagem 
cervical precoce (14-16 semanas, 
após morfo 1ºT) 
- Achado de colo curto (<25mm) ao USG 
de 2º trimestre 
o Fator de risco para TPP 
o Conduta: progesterona 
 
 
Tratamento 
- Visa prevenir o TPP e deverá ser 
individualizado de acordo com: 
o Histórico obstétrico 
o Momento do diagnóstico 
o Comprimento cervical 
o Suspeita ou não de infecção 
- Sem fator de risco, com colo curto ao 
USG de 2ºT - progesterona (P) até 36 
semanas 
- Antecedente de Ab tardio ou parto 
prematuro espontâneo - suplementação 
de Progesterona a partir de 16 semanas, 
até o parto 
- História clássica de IIC - cerclagem 
 
- Não trazem benefícios no colo curto: 
o Repouso relativo 
o Suplementação vitamínica (vitamina 
D, ômega 3) 
o Tocolíticos na ausência de TPP 
- Progesterona micronizada: 200mg via 
vaginal, à noite, antes de deitar. 
7º SEMESTRE G.O 
8 
 
 
Pessário vaginal 
- Muda o ângulo do colo em relação ao 
corpo uterino - alivia a pressão do 
conteúdo uterino sobre o colo 
- Promove o fechamento do OI do colo, 
impedindo ascensão de bactérias 
Efeitos adversos: 
o Leucorreia 
o Desconforto 
- Uso não recomendado de rotina para 
colo curto (sem evidências suficientes) 
Cerclagem cervical 
- Casos confirmados de IIC, entre 12 e 
16 semanas 
- Não deve ser indicada como 
tratamento de colo curto rastreado pelo 
USG, nem como rotina na gestação 
gemelar 
- Riscos: 
o Sangramentos 
o Infecções 
o Rotura de membranas 
- ACOG: 
o História indicada: História típica de 
IIC (12-14 semanas, após morfo de 
1o trimestre) 
o USG indicada: 1 perda fetal - USG 
quinzenal entre 14-24 semanas: 
colo < 25mm (principalmente se 
<15mm) 
o Emergência (exame-indicada) 
▪ Até 24 semanas, dilatação < 
4cm e herniação das 
membranas 
▪ Afastada infecção e sem 
contrações uterinas 
Caso clínico 3 
- PJ, 30 anos, médica 
o Queixa: cólica esporádica, irregular, 
que vêm se tornando mais 
frequente. 
o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 26 
semanas 
o DCC - estresse (mudança de 
emprego). 
o Ao exame: BEG, corada, eupneica, 
afebril. 
o PA=100x70mmHg, 63kg, AU= 24cm, 
BCF=150bpm, MF+, DU= 1 
contração de 30” e 1 de 20”/10’, 
colo grosso, posterior, impérvio. 
Estágio II - condutas 
- Contratilidade uterina alterada sem 
alterações cervicais (ou pequenas) 
- “útero irritável” 
- Repouso, progesterona 
- Investigação e Tratamento, quando 
presentes, de infecções 
7º SEMESTRE G.O 
9 
 
- Vigilância - se mudança progressiva do 
colo: estágio III. 
 
Caso clínico 4 
- PJ, 30 anos, médica 
o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 28 
semanas 
o DCC - estresse (mudança de 
emprego). 
o Queixa: piora das cólicas há 1 dia. 
o Ao exame: BEG, corada, eupneica, 
afebril. 
o PA=100x70mmHg, 63kg, AU= 27cm, 
BCF=130bpm, MF+, DU= 2 
contrações de 30”/10’, colo 
esvaecido 50% e pérvio 2-3cm. 
Estágio III - condutas 
– Contrações regulares com alterações 
cervicais progressivas – TPP 
- Verdadeiro TPP 
o 2-3 contrações / 10’ 
o Dilatação (1-2cm) OU esvaecimento 
cervical (>80%) 
- Falso TPP 
o não ocorrem mudanças 
progressivas do colo 
o Contrações cessam com período 
de repouso 
- Para diferenciar: 
o Observação por 2 – 3 horas 
o Detecção da fibronectina fetal e 
USG-TV para avaliação do colo 
Teste da fibronectina fetal 
- Marcador inflamatório / infeccioso do 
TPP 
- Maior matriz proteica extracelular das 
membranas fetais 
o Normalmente, presente nos fluidos 
cérvico-vaginais durante as 
primeiras 20 semanas 
o Fusão âmnio com córion - não 
mais encontrada nos fluidos 
cérvico-vaginais 
o Presença > 24 semanas - fator 
preditivo para parto prematuro 
- Valor prático nas pacientes de alto 
risco para parto prematuro e nas 
sintomáticas - auxiliam na decisão 
quanto à conduta (tocólise, corticóide) 
- Deve ser realizado antes da 
manipulação vaginal (toque). 
- Maior aplicabilidade na gestante 
sintomática: 
o Negativo - altamente improvável 
que o parto ocorra em até 2 
semanas (< 5%) - evita internações 
e intervenções desnecessárias 
o Positivo - internação, tocólise, 
corticoterapia e antibioticoprofilaxia 
para estreptoco do grupo B 
▪ VPP é mais baixo (50%) 
- Melhores resultados quando associado 
à medida do colo 
TPP 
- Internação 
- Repouso 
- Vitalidade fetal 
7º SEMESTRE G.O 
10 
 
- USG - apresentação fetal, ILA, peso 
fetal estimado, possíveis malformações 
fetais 
- Hemograma, urina 1, urocultura à 
triagem infecciosa 
- Cultura de estreptococo grupo B 
vaginal e anal. 
Tocólise 
- MS: deve ser iniciada diante do 
diagnóstico de TPP, respeitadas as 
contra-indicações 
- Inibição das contrações 
- Objetivo - ganhar tempo: 
o Corticoterapia 
o Profilaxia estreptococo grupo B 
o Transferência para centro terciário, 
com segurança 
- Diminuição complicações neonatais 
Tocolíticos 
- Todos possuem efeitos adversos 
- Utilizados preferentemente até 34 
semanas 
o 34-36 semanas - individualizar 
(condições da paciente, local de 
atendimento) 
- Avaliar rigorosamente: 
o Condições clínicas da paciente 
o Vitalidade fetal 
o Custo das drogas 
- Uma vez iniciada, monitorizar resposta 
clínica e aparecimento de efeitos 
adversos 
- Não iniciar tocólise se houver suspeita 
de DPP ou corioamnionite 
 
 
 
 
- Atosibana – antagonista da ocitocina 
- Ritodrina e atosibana – desenvolvidas 
para esse fim 
Fisiologia 
- Unidade contrátil miometrial – 3 
reguladores: 
 
- Aumento Ca +2 intracelular é essencial 
para a contração muscular uterina 
- P: diminuição Ca+2 intracelular – 
aumento limiar excitabilidade - útero 
quiescente 
7º SEMESTRE G.O 
11 
 
- PG (prostaglandinas): aumento 
permeabilidade da membrana celular - 
influxo de Ca+2 – contração 
 
 
Beta-2 agonistas 
- Atua em: 
o Beta 2 (miométrio, vasos e 
bronquíolos), principalmente 
o Beta 1 (coração e intestinos) 
- Relaxamento da fibra muscular 
o ativa adenilciclase - formação de 
AMPc – diminuição Ca+2 livre 
intracelular 
- Atravessam placenta - efeitos colaterais 
no feto 
- Efeitos colaterais maternos - dor 
torácica, dispneia, taquicardia, tremores, 
cefaleia, hipocalemia, náuseas – podem 
ser graves (morte). 
 
Terbutalina 
- Betamimético mais usado em nosso 
meio 
- Ataque: 5 amp terbutalina + 500mL de 
SG5% 
o Iniciar com 10-20 gotas / min 
o Aumento 10-20 gotas / min a 
cada 20-30 min até inibição 
(máximo 80 gotas/min) à manter 
por 12 horas 
o Monitorização rigorosa: manter 
pulso materno < 120bpm e FCF < 
180bpm (suspender se fora desses 
parâmetros) 
- Manutenção – após 12 h, na ausência 
de contrações: 
o Aumento 10 – 20 gotas / min a 
cada 20-30 min, mantendo dose 
mínima necessária por mais 12 
horas 
Outra opção: 
o Ataque: 5amp de terbutalina em 
500mL de SG 5% em BIC, 120mL 
/ h (=40 gotas / min) até inibição 
o A seguir: diminuição lenta e 
progressiva, até 24mL / h, por 
mais 24 horas 
- Não usar: cardiopata, hipertensa, 
diabética. Evitar hidratação excessiva 
(edema pulmonar) 
Nifedipino 
- Bloqueador de canal de cálcio 
- 1ºescolha 
o Tão efetivos quanto beta agonistas 
o Menos efeitos colaterais 
o VO 
7º SEMESTRE G.O 
12 
 
- Inibem a entrada do cálcio extracelular 
pela membrana, impedem a liberação do 
cálcio do retículo sarcoplasmático e 
aumentam a saída do cálcio da célula 
miometrial 
- Esquema (FEBRASGO): 
o Ataque: 10mg VO a cada 20 min, 
até inibição (máximo 3 doses) 
– Manutenção: 1 cp de 20mga cada 8 
horas por 48 horas 
- Contra-indicação: hipotensa 
(<90x50mmHg) e bloqueio átrio-
ventricular. 
- MS: 
o Ataque: 10mg 20/20min (4 doses) 
ou 20mg dose única (s/n, repetir 
em 90-120min) 
o Manutenção: 20mg a cada 4-8h 
por no máximo 72horas 
Atosibana 
- Antagonista da ocitocina 
- Compete com a ocitocina no receptor 
da célula miometrial 
- Diminuição significativa das contrações 
uterinas 
- Poucos efeitos colaterais (leves) 
- Alto custo 
- 2 apresentações: 0.9mL e 5mL 
- Esquema de 3 fases 
- Podem ser repetidas, em casos muito 
bem selecionados, por até 3 vezes 
- Esquema 
o Fase 1: 0,9mL IV em 1 minuto 
o Fase 2: 10mL (2 frascos de 5mL) 
em 90mL soro (SG / SF / RL) 
▪ 24mL/h por 3 horas (72mL) 
▪ Restante (28mL): 8 mL/h, por 
mais 3,5h 
o Fase 3: 10mL em 90mL soro - 
8mL/h por até 45 h 
Outros (não mais recomendados) 
- Sulfato de magnésio: Compete com o 
cálcio, impedindo sua entrada na célula 
miometrial 
- Indometacina: Inibidor da PG 
- Preferência: nifedipino e atosibana - 
bloqueio de quase 70% casos de TPP 
Corticoide antenatal 
- Mecanismo pouco conhecido: atua em 
Pneumócitos tipo II - produção de 
fosfatidilcolina (principal componente de 
surfactante) - acelera maturidade 
pulmonar 
- Diminuição síndrome do desconforto 
respiratório (SDR) em RN prematuros 
- Não específico para o tecido pulmonar-
influência sobre Cérebro, Intestino, 
Pâncreas, Pele 
- Outros efeitos benéficos 
o Estabilidade circulatória – 
diminuição hemorragias cerebrais 
o Diminuição enterocolite necrosante 
(ECN) 
- Efeitos adversos potenciais 
- Entre 24 e 34 semanas 
- Ciclo: 
o Betametasona 12mg IM 2dias OU 
o Dexametasona 6mg IM 12-12h 
2dias 
 
7º SEMESTRE G.O 
13 
 
- Efeito benéfico já nas primeiras horas, 
mas efeito ideal após 24 h de ciclo 
completo, com duração de até 7 dias 
- Ciclo único - excepcionalmente, resgate, 
com intervalo > 2-3 semanas 
- Contra-indicações: infecção ou parto 
iminente 
- Efeitos colaterais 
o Aumento 30% Leucócitos e 
diminuição 45% linfócitos 
▪ 24 h após administração 
▪ Retorno ao normal em 3 
dias 
o Hiperglicemia materna 
o Alterações dos parâmetros de 
avaliação da vitalidade fetal– 
Transitórias 
o Contrações uterinas em gestações 
com ≥ 3 fetos 
Profilaxia da infecção neonatal pelo 
estreptococo do grupo B 
- Vagina e reto: 10-30% grávidas 
- Sepse neonatal (principalmente no 
prematuro) 
- Investigação: entre 35 e 37 semanas-
Bacteriúria pelo estreptococo grupo B 
deve ser valorizada 
- Uso de antibiótico durante a gravidez 
não impede reinfecção e transmissão 
vertical 
Fatores de risco para infecção 
neonatal: 
o Parto prematuro 
o RPMO pré-termo 
o RPMO > 18 horas 
o História de RN anterior com 
infecção 
o Febre durante TP 
- Suspeita ou diagnóstico de TPP, sem 
cultura vaginal / retal negativa nas 5 
semanas anteriores - profilaxia: 
o Penicilina G cristalina 
▪ Ataque: 5 milhões UI IV 
▪ Manutenção: 2,5 mihões UI 
IV, 4-4 horas, até o 
nascimento 
o Ampicilina 
▪ Ataque: 2g IV 
▪ Manutenção: 1g IV 4-4 horas 
até o nascimento 
o Alergia: clindamicina 900mg 8-8h 
até o nascimento 
 
- Gestantes com cultura negativa para 
EGB não precisam de profilaxia em 
nenhuma situação 
- Profilaxia deve ser mantida até tocólise 
ou parto. 
 
 
 
 
7º SEMESTRE G.O 
14 
 
Neuroproteção com MgSO4 
- Risco de paralisia cerebral (PC) em RN 
23-27 semanas = 80 vezes > que RN de 
termo 
- Sulfato de magnésio parece diminuir a 
incidência e a gravidade da PC -
Mecanismo desconhecido: 
o Antioxidante 
o Diminuição citocinas inflamatórias 
o bloqueio dos canais de cálcio 
o estabilização das membranas 
o aumento fluxo sanguíneo cerebral 
o evita flutuações da pressão 
sanguínea 
- Indicações: < 32 semanas 
- Esquema: 4g ataque + 1g/h, IV, até o 
parto (máximo de 24h) 
- Parto iminente / cesárea eletiva: usar 
no mínimo 4h 
Durante internação 
- Controle de sinais vitais 
- Controle da MF (2x/dia, após almoço e 
janta) 
- Cardiotocografia 
- Avaliar resultado de exames solicitados 
- Controle da atividade uterina 
Atentar para: 
o Febre 
o Contrações 
o Taquicardia materna ou fetal 
o Diminuição MF 
Alta hospitalar 
o Após 24 horas sem contrações 
o Encaminhar para pré-natal de alto 
risco 
o Orientações de retorno ao hospital 
se: 
▪ perdas vaginais 
▪ sintomas de TPP 
▪ diminuição MF 
Caso clínico 5 
- MAS, 28 anos, comerciante 
o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 32 
semanas 
o DOPP - 1 parto prematuro com 27 
semanas. 
o Ao exame: BEG, corada, eupneica, 
afebril. 
o PA=100x70mmHg, 63kg, AU= 30cm, 
BCF=140bpm, MF+, DU= 3 
contrações de 40”/10’, colo 
esvaecido 80% e pérvio 8cm, 
apresentação cefálica em +1, bolsa 
íntegra. 
o Queixa: contrações há 2 horas. 
Estágio IV – condutas 
- Trabalho de parto Irreversível 
- Assistência ao Parto Prematuro 
- Cardiotocografia contínua - Menor 
tolerância a hipóxia 
- Evitar sofrimento fetal e traumatismos 
obstétricos (hemorragia intracraniana) 
- Via de parto 
o Polêmica 
o Fatores mais importantes para a 
decisão: IG e peso fetal estimado 
- Medidas de proteção ao concepto- 
Oferecer ao neonato crianças com as 
melhores condições possíveis 
Via de parto 
- Cesariana eletiva 
o Não melhora resultados neonatais 
o Aumenta complicações maternas 
7º SEMESTRE G.O 
15 
 
 
- Considerar: 
o Apresentação fetal 
o Condições do colo 
o Integridade das membranas 
o Possibilidade de monitorização fetal 
o Viabilidade fetal 
- Viabilidade fetal 
o Literatura internacional: 24 
semanas, 500g 
o Individualizar para cada serviço - ~ 
24-25 semanas 
- Feto Inviável - preferir via vaginal, 
independente da apresentação fetal 
(proteção materna) 
- Fetos acima da viabilidade: 
o Apresentação cefálica fletida, 
independente do peso e IG - via 
vaginal 
▪ Evolução espontânea 
▪ Condições materno-fetais 
boas 
o Demais situações - cesariana 
- Parto de indicação materna ou fetal, 
de fetos < 1500g - cesariana 
o Riscos da indução > benefícios 
Cuidados na assistência ao parto 
prematuro 
- Dilatação cervical < 10 cm pode 
permitir a passagem do polo cefálico 
- Cardiotocografia contínua 
- Neonatologista na sala de parto 
- Evitar analgésicos e sedativos 
- Analgesia de condução 
- Evitar amniotomia – prevenir infecção e 
proteger polo cefálico 
- Episiotomia seletiva (se houver 
resistência dos tecidos moles maternos) 
- Evolução espontânea do parto 
- Clampeamento do cordão – se não 
houver contra-indicações, aguardar 1 
minuto 
- Cesariana 
o Histerotomia - decisão no intra-
operatório - Na ausência de 
segmento adequado: segmento-
corporal 
o Delicadeza na extração fetal 
(incisão adequada) 
o Tocólise intra-operatória pode ser 
necessária para facilitar extração 
fetal 
o Prematuros extremos - extração 
empelicada traz benefícios

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