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7º SEMESTRE G.O 1 Trabalho de parto prematuro Recém-Nascido Pré-termo OMS: nascido com menos de 37 semanas ou 259 dias, independente do peso. RN baixo peso - peso de nascimento inferior a 2500g Epidemiologia e incidência da prematuridade Responde por 75% de toda a morbidade e mortalidade neonatais EUA: o 70% mortes neonatais o 1/3 mortes infantis o 25-50% casos com alterações neurológicas tardias Mundo: o 5-18% partos à 15 milhões de conceptos pré-termo / ano Brasil: o 6,4 - 15,2% o HC-FMUSP (centros terciários) - alta prevalência de gestações de alto risco = 22% de prematuridade - Problema de saúde pública Consequências - Morbi-mortalidade neonatal - Complicações: o neurodesenvolvimento (hemorragias intraventriculares, paralisia cerebral) o respiratórias (Síndrome da Angústia Respiratória - SAR, doença pulmonar crônica) o gastrointestinais (enterocolite necorosante) o Sepse - Mais importantes em < 32 semanas (críticas em < 28 semanas) - Prognóstico tardio: aumento Risco de doença cardiovascular, DM-2, câncer 1⁄4 RN prematuro extremo morre antes da alta Mortes neonatais: o 0 – 12horas de vida : imaturidade o 12h – 14 d: SAR o 15d – 60d : enterocolite necrosante o > 60 d: broncodisplasia pulmonar Custos o Internação o Cuidados a longo prazo 7º SEMESTRE G.O 2 o Emocionais Classificação Quanto a etiologia - Espontânea (70-75%) - multifatorial o TPP (trabalho de parto prematuro) o RPMO – PT (pré-termo) = amniorrexe espontânea, < 37 semanas, fora do TP. - Eletiva (terapêutica, por indicação médica) (25-30%) o Patologias clínicas e / ou obstétricas - risco iminente (mãe ou feto): ▪ Hipertensão ▪ Hemorragias ▪ Sofrimento fetal (retardo de crescimento) Quanto a idade gestacional - RN pré-termo o Extremo (5%): < 28 semanas o Muito pré-termo (15%): 28 - 30 6/7 semanas o Precoce (20%): 31 - 33 6/7 semanas o Tardio (60%): 34-36 6/7 semanas - RN baixo peso o Baixo peso extremo: < 1000g o Muito baixo peso: < 1500g o Baixo peso: < 2500g - 2/3 RN baixo peso são pré-termo - RN termo de baixo peso = pequeno para a idade gestacional (PIG) - < p10 - RN pré-temo pode ser PIG - RN termo precoce o 37 - 38 6/7 semanas o Morbidade mais alta que > 39 semanas o Interrupções eletivas, sempre que possível - > 39 semanas 7º SEMESTRE G.O 3 Determinismo do trabalho de parto prematuro - Ativação antecipada do processo normal de parturição: o Exacerbação da contratilidade uterina o Amadurecimento do colo o Ativação das membranas - Eventos que levam ao desencadeamento de contrações uterinas por meio de processos patológicos: o Fatores parácrinos / autócrinos / endócrinos / bioquímicos - Etiologia desconhecida em cerca de 30-40% casos Fatores de risco - 1 parto prematuro prévio - 25% recorrência - 2 partos prematuros prévios - 50% chance de recorrência - Pequeno intervalo interpartal - Antecedente de morte fetal anterior - Doenças maternas o Obstétricas o Clínicas o Ginecológicas - Prematuro prévio o 34-36 6/7 sem - risco de novo prematuro de 17% o < 32 semanas - risco de 35% Estresse - Físico (literatura não uniforme) o Jornadas > 40h/semanais o Trabalho noturno o Ficar em pé (> 6h)/ subir escadas / levantar pesos - Psicológico o Crônico: ativação do eixo HHA materno e fetal - aumento produção CRH o Agudo: liberação de catecolaminas - receptores alfa no útero = hipercontratilidade uterina Incompetencia Istmocervical (IIC) - Colo não tem capacidade de “segurar” a gestação. - História típica: o > 2Ab tardios e/ou partos prematuros precoces de 2º trimestre o Tendência a perdas cada vez mais precoces o Dilatação cervical precoce e indolor, com protrusão das membranas 7º SEMESTRE G.O 4 Sobredistensão uterina - Gemelaridade - 57% prematuridade (11% < 32 semanas) o 2 fetos - idade gestacional média: 36 semanas o 3 fetos - idade gestacional média:33 semanas o 4 fetos - idade gestacional média: 31 semanas o Além da sobredistensão, > incidência de comorbidades maternas - Polidrâmnio Ruptura prematura de membranas ovalares - Presente em 30-40% partos prematuros - Etiologia geralmente desconhecida: o Comprometimentos estruturais ou bioquímicos - perda da elasticidade das membranas o Invasão bacteriana e reações inflamatórias - enfraquecimento da membrana Infecções genitais Outras infecções - ITU - Periodontais - Bacteriúria assintomática deve ser igualmente tratada 7º SEMESTRE G.O 5 Fatores iatrogênicos - Erros de cálculo de IG com interrupções prematuras (em geral, cesarianas eletivas) - Antecipações eletivas decorrentes de interpretações errôneas das provas de vitalidade fetal - intervenções desnecessárias Mecanismos fisiopatológicos Prevenção Primária o Difícil o Abordagem pré-concepcional para reduzir fatores de risco Secundária o identificação das gestantes de maior risco (baixo peso pré- concepcional, antecedente de prematuridade, colo curto, IIC, gemelaridade etc) e avaliação de marcadores o Pré-natal mais cuidadoso Terciária - tocólise o Não diminui parto prematuro - permite medidas que diminuem morbi-mortalidade Diante do risco de TPP - Classificação de Hobel - 4 estágios evolutivos: o I = fatores de risco para parto prematuro o II = contratilidade uterina anormal, mas sem alterações cervicais significativas o III = contrações uterinas rítmicas e eficientes para que ocorra a cervicodilatação o IV = parto prematuro Caso clínico 1 - MJ, 37 anos, arquiteta. o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 18 semanas o DOPA - início tardio do pré-natal o DCC - ITU de repetição o Sem queixas o USG-TV: colo curto Rastreio Gestantes assintomáticas - USG-TV: comprimento do colo (rastreamento universal, junto ao morfo de 2º T, 20-24 semanas) Comprimento do colo o Estável entre 14 e 28 semanas; declínio gradual após 28-32 semanas o Mediana: ▪ < 22 semanas = 40mm ▪ 22 – 32 semanas = 35mm 7º SEMESTRE G.O 6 ▪ > 32 sem = 30mm - Para alguns autores, associar medida do comprimento de colo com antecedente de parto prematuro espontâneo: o Com antecedente - < 25mm o Sem antecedente - < 20mm - Diminuição Comprimento colo no 2ºT - aumento risco de parto prematuro espontâneo - Conceito de colo curto varia entre autores (15-25mm): o Febrasgo / MS: < 25mm (p10): Sensibilidade melhor, mas menor VPP (aumento falsos positivos) o HC-FMUSP: < 20mm (p5); gemelar: ≤ 25mm Caso clínico 2 RS, 35 anos, obstetra o DON - 3G 2Pv 0Ab IG = 15 semanas o DOPA - gemelaridade o DOPP - 2 partos prematuros (com 34 semanas, há 4 anos, e com 32 semanas, há 1 ano) o DCC - ITU de repetição o Sem queixas Estágio I - condutas Gestantes com fatores de risco para prematuridade - Boa assistência pré-natal - orientações: o Higiene o Nutrição o Suporte psicológico - USG precoce - datação correta e identificação de fatores de risco (malformações uterinas, miomas, gemelaridade) - USG-TV 2º Trimestre (entre 20-24 semanas, com o morfológico) à comprimento do colo uterino - USG quinzenal (14 semanas – 24 semanas) se: o antecedente de Ab > 14 sem e /ou parto < 37 semanas o Antecedentes de cirurgias cervicais ou anormalidades uterinas USG-TV – outras informações - Sludge no líquido amniótico (“barro amniótico”) o aglomerado de partículas hiperecoicas entre o OI do colo e a apresentação fetal o Parece ter associação com infecção intra- amniótica o Frequente em mulheres com resultados favoráveis, mas deve ser valorizado quando associado a colo curto ou antecedente de parto prematuro 7º SEMESTRE G.O 7 Afunilamento:o preditor de pior prognóstico se comprimento cervical < 25mm o Em colo > 25mm não deve ser valorizado Colo curto - IIC ≠ colo curto por outra doença - distinção fundamental para o planejamento cirúrgico IIC o Dilatação cervical indolor o ≥ 2Ab tardios e / ou partos prematuros < 28 semanas, recorrentes, na ausência de outras causas identificáveis o Patogenia: enfraquecimento do colo (não suporta a evolução da gestação) o Tratamento de escolha: cerclagem cervical precoce (14-16 semanas, após morfo 1ºT) - Achado de colo curto (<25mm) ao USG de 2º trimestre o Fator de risco para TPP o Conduta: progesterona Tratamento - Visa prevenir o TPP e deverá ser individualizado de acordo com: o Histórico obstétrico o Momento do diagnóstico o Comprimento cervical o Suspeita ou não de infecção - Sem fator de risco, com colo curto ao USG de 2ºT - progesterona (P) até 36 semanas - Antecedente de Ab tardio ou parto prematuro espontâneo - suplementação de Progesterona a partir de 16 semanas, até o parto - História clássica de IIC - cerclagem - Não trazem benefícios no colo curto: o Repouso relativo o Suplementação vitamínica (vitamina D, ômega 3) o Tocolíticos na ausência de TPP - Progesterona micronizada: 200mg via vaginal, à noite, antes de deitar. 7º SEMESTRE G.O 8 Pessário vaginal - Muda o ângulo do colo em relação ao corpo uterino - alivia a pressão do conteúdo uterino sobre o colo - Promove o fechamento do OI do colo, impedindo ascensão de bactérias Efeitos adversos: o Leucorreia o Desconforto - Uso não recomendado de rotina para colo curto (sem evidências suficientes) Cerclagem cervical - Casos confirmados de IIC, entre 12 e 16 semanas - Não deve ser indicada como tratamento de colo curto rastreado pelo USG, nem como rotina na gestação gemelar - Riscos: o Sangramentos o Infecções o Rotura de membranas - ACOG: o História indicada: História típica de IIC (12-14 semanas, após morfo de 1o trimestre) o USG indicada: 1 perda fetal - USG quinzenal entre 14-24 semanas: colo < 25mm (principalmente se <15mm) o Emergência (exame-indicada) ▪ Até 24 semanas, dilatação < 4cm e herniação das membranas ▪ Afastada infecção e sem contrações uterinas Caso clínico 3 - PJ, 30 anos, médica o Queixa: cólica esporádica, irregular, que vêm se tornando mais frequente. o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 26 semanas o DCC - estresse (mudança de emprego). o Ao exame: BEG, corada, eupneica, afebril. o PA=100x70mmHg, 63kg, AU= 24cm, BCF=150bpm, MF+, DU= 1 contração de 30” e 1 de 20”/10’, colo grosso, posterior, impérvio. Estágio II - condutas - Contratilidade uterina alterada sem alterações cervicais (ou pequenas) - “útero irritável” - Repouso, progesterona - Investigação e Tratamento, quando presentes, de infecções 7º SEMESTRE G.O 9 - Vigilância - se mudança progressiva do colo: estágio III. Caso clínico 4 - PJ, 30 anos, médica o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 28 semanas o DCC - estresse (mudança de emprego). o Queixa: piora das cólicas há 1 dia. o Ao exame: BEG, corada, eupneica, afebril. o PA=100x70mmHg, 63kg, AU= 27cm, BCF=130bpm, MF+, DU= 2 contrações de 30”/10’, colo esvaecido 50% e pérvio 2-3cm. Estágio III - condutas – Contrações regulares com alterações cervicais progressivas – TPP - Verdadeiro TPP o 2-3 contrações / 10’ o Dilatação (1-2cm) OU esvaecimento cervical (>80%) - Falso TPP o não ocorrem mudanças progressivas do colo o Contrações cessam com período de repouso - Para diferenciar: o Observação por 2 – 3 horas o Detecção da fibronectina fetal e USG-TV para avaliação do colo Teste da fibronectina fetal - Marcador inflamatório / infeccioso do TPP - Maior matriz proteica extracelular das membranas fetais o Normalmente, presente nos fluidos cérvico-vaginais durante as primeiras 20 semanas o Fusão âmnio com córion - não mais encontrada nos fluidos cérvico-vaginais o Presença > 24 semanas - fator preditivo para parto prematuro - Valor prático nas pacientes de alto risco para parto prematuro e nas sintomáticas - auxiliam na decisão quanto à conduta (tocólise, corticóide) - Deve ser realizado antes da manipulação vaginal (toque). - Maior aplicabilidade na gestante sintomática: o Negativo - altamente improvável que o parto ocorra em até 2 semanas (< 5%) - evita internações e intervenções desnecessárias o Positivo - internação, tocólise, corticoterapia e antibioticoprofilaxia para estreptoco do grupo B ▪ VPP é mais baixo (50%) - Melhores resultados quando associado à medida do colo TPP - Internação - Repouso - Vitalidade fetal 7º SEMESTRE G.O 10 - USG - apresentação fetal, ILA, peso fetal estimado, possíveis malformações fetais - Hemograma, urina 1, urocultura à triagem infecciosa - Cultura de estreptococo grupo B vaginal e anal. Tocólise - MS: deve ser iniciada diante do diagnóstico de TPP, respeitadas as contra-indicações - Inibição das contrações - Objetivo - ganhar tempo: o Corticoterapia o Profilaxia estreptococo grupo B o Transferência para centro terciário, com segurança - Diminuição complicações neonatais Tocolíticos - Todos possuem efeitos adversos - Utilizados preferentemente até 34 semanas o 34-36 semanas - individualizar (condições da paciente, local de atendimento) - Avaliar rigorosamente: o Condições clínicas da paciente o Vitalidade fetal o Custo das drogas - Uma vez iniciada, monitorizar resposta clínica e aparecimento de efeitos adversos - Não iniciar tocólise se houver suspeita de DPP ou corioamnionite - Atosibana – antagonista da ocitocina - Ritodrina e atosibana – desenvolvidas para esse fim Fisiologia - Unidade contrátil miometrial – 3 reguladores: - Aumento Ca +2 intracelular é essencial para a contração muscular uterina - P: diminuição Ca+2 intracelular – aumento limiar excitabilidade - útero quiescente 7º SEMESTRE G.O 11 - PG (prostaglandinas): aumento permeabilidade da membrana celular - influxo de Ca+2 – contração Beta-2 agonistas - Atua em: o Beta 2 (miométrio, vasos e bronquíolos), principalmente o Beta 1 (coração e intestinos) - Relaxamento da fibra muscular o ativa adenilciclase - formação de AMPc – diminuição Ca+2 livre intracelular - Atravessam placenta - efeitos colaterais no feto - Efeitos colaterais maternos - dor torácica, dispneia, taquicardia, tremores, cefaleia, hipocalemia, náuseas – podem ser graves (morte). Terbutalina - Betamimético mais usado em nosso meio - Ataque: 5 amp terbutalina + 500mL de SG5% o Iniciar com 10-20 gotas / min o Aumento 10-20 gotas / min a cada 20-30 min até inibição (máximo 80 gotas/min) à manter por 12 horas o Monitorização rigorosa: manter pulso materno < 120bpm e FCF < 180bpm (suspender se fora desses parâmetros) - Manutenção – após 12 h, na ausência de contrações: o Aumento 10 – 20 gotas / min a cada 20-30 min, mantendo dose mínima necessária por mais 12 horas Outra opção: o Ataque: 5amp de terbutalina em 500mL de SG 5% em BIC, 120mL / h (=40 gotas / min) até inibição o A seguir: diminuição lenta e progressiva, até 24mL / h, por mais 24 horas - Não usar: cardiopata, hipertensa, diabética. Evitar hidratação excessiva (edema pulmonar) Nifedipino - Bloqueador de canal de cálcio - 1ºescolha o Tão efetivos quanto beta agonistas o Menos efeitos colaterais o VO 7º SEMESTRE G.O 12 - Inibem a entrada do cálcio extracelular pela membrana, impedem a liberação do cálcio do retículo sarcoplasmático e aumentam a saída do cálcio da célula miometrial - Esquema (FEBRASGO): o Ataque: 10mg VO a cada 20 min, até inibição (máximo 3 doses) – Manutenção: 1 cp de 20mga cada 8 horas por 48 horas - Contra-indicação: hipotensa (<90x50mmHg) e bloqueio átrio- ventricular. - MS: o Ataque: 10mg 20/20min (4 doses) ou 20mg dose única (s/n, repetir em 90-120min) o Manutenção: 20mg a cada 4-8h por no máximo 72horas Atosibana - Antagonista da ocitocina - Compete com a ocitocina no receptor da célula miometrial - Diminuição significativa das contrações uterinas - Poucos efeitos colaterais (leves) - Alto custo - 2 apresentações: 0.9mL e 5mL - Esquema de 3 fases - Podem ser repetidas, em casos muito bem selecionados, por até 3 vezes - Esquema o Fase 1: 0,9mL IV em 1 minuto o Fase 2: 10mL (2 frascos de 5mL) em 90mL soro (SG / SF / RL) ▪ 24mL/h por 3 horas (72mL) ▪ Restante (28mL): 8 mL/h, por mais 3,5h o Fase 3: 10mL em 90mL soro - 8mL/h por até 45 h Outros (não mais recomendados) - Sulfato de magnésio: Compete com o cálcio, impedindo sua entrada na célula miometrial - Indometacina: Inibidor da PG - Preferência: nifedipino e atosibana - bloqueio de quase 70% casos de TPP Corticoide antenatal - Mecanismo pouco conhecido: atua em Pneumócitos tipo II - produção de fosfatidilcolina (principal componente de surfactante) - acelera maturidade pulmonar - Diminuição síndrome do desconforto respiratório (SDR) em RN prematuros - Não específico para o tecido pulmonar- influência sobre Cérebro, Intestino, Pâncreas, Pele - Outros efeitos benéficos o Estabilidade circulatória – diminuição hemorragias cerebrais o Diminuição enterocolite necrosante (ECN) - Efeitos adversos potenciais - Entre 24 e 34 semanas - Ciclo: o Betametasona 12mg IM 2dias OU o Dexametasona 6mg IM 12-12h 2dias 7º SEMESTRE G.O 13 - Efeito benéfico já nas primeiras horas, mas efeito ideal após 24 h de ciclo completo, com duração de até 7 dias - Ciclo único - excepcionalmente, resgate, com intervalo > 2-3 semanas - Contra-indicações: infecção ou parto iminente - Efeitos colaterais o Aumento 30% Leucócitos e diminuição 45% linfócitos ▪ 24 h após administração ▪ Retorno ao normal em 3 dias o Hiperglicemia materna o Alterações dos parâmetros de avaliação da vitalidade fetal– Transitórias o Contrações uterinas em gestações com ≥ 3 fetos Profilaxia da infecção neonatal pelo estreptococo do grupo B - Vagina e reto: 10-30% grávidas - Sepse neonatal (principalmente no prematuro) - Investigação: entre 35 e 37 semanas- Bacteriúria pelo estreptococo grupo B deve ser valorizada - Uso de antibiótico durante a gravidez não impede reinfecção e transmissão vertical Fatores de risco para infecção neonatal: o Parto prematuro o RPMO pré-termo o RPMO > 18 horas o História de RN anterior com infecção o Febre durante TP - Suspeita ou diagnóstico de TPP, sem cultura vaginal / retal negativa nas 5 semanas anteriores - profilaxia: o Penicilina G cristalina ▪ Ataque: 5 milhões UI IV ▪ Manutenção: 2,5 mihões UI IV, 4-4 horas, até o nascimento o Ampicilina ▪ Ataque: 2g IV ▪ Manutenção: 1g IV 4-4 horas até o nascimento o Alergia: clindamicina 900mg 8-8h até o nascimento - Gestantes com cultura negativa para EGB não precisam de profilaxia em nenhuma situação - Profilaxia deve ser mantida até tocólise ou parto. 7º SEMESTRE G.O 14 Neuroproteção com MgSO4 - Risco de paralisia cerebral (PC) em RN 23-27 semanas = 80 vezes > que RN de termo - Sulfato de magnésio parece diminuir a incidência e a gravidade da PC - Mecanismo desconhecido: o Antioxidante o Diminuição citocinas inflamatórias o bloqueio dos canais de cálcio o estabilização das membranas o aumento fluxo sanguíneo cerebral o evita flutuações da pressão sanguínea - Indicações: < 32 semanas - Esquema: 4g ataque + 1g/h, IV, até o parto (máximo de 24h) - Parto iminente / cesárea eletiva: usar no mínimo 4h Durante internação - Controle de sinais vitais - Controle da MF (2x/dia, após almoço e janta) - Cardiotocografia - Avaliar resultado de exames solicitados - Controle da atividade uterina Atentar para: o Febre o Contrações o Taquicardia materna ou fetal o Diminuição MF Alta hospitalar o Após 24 horas sem contrações o Encaminhar para pré-natal de alto risco o Orientações de retorno ao hospital se: ▪ perdas vaginais ▪ sintomas de TPP ▪ diminuição MF Caso clínico 5 - MAS, 28 anos, comerciante o DON - 2G 1Pv 0Ab IG = 32 semanas o DOPP - 1 parto prematuro com 27 semanas. o Ao exame: BEG, corada, eupneica, afebril. o PA=100x70mmHg, 63kg, AU= 30cm, BCF=140bpm, MF+, DU= 3 contrações de 40”/10’, colo esvaecido 80% e pérvio 8cm, apresentação cefálica em +1, bolsa íntegra. o Queixa: contrações há 2 horas. Estágio IV – condutas - Trabalho de parto Irreversível - Assistência ao Parto Prematuro - Cardiotocografia contínua - Menor tolerância a hipóxia - Evitar sofrimento fetal e traumatismos obstétricos (hemorragia intracraniana) - Via de parto o Polêmica o Fatores mais importantes para a decisão: IG e peso fetal estimado - Medidas de proteção ao concepto- Oferecer ao neonato crianças com as melhores condições possíveis Via de parto - Cesariana eletiva o Não melhora resultados neonatais o Aumenta complicações maternas 7º SEMESTRE G.O 15 - Considerar: o Apresentação fetal o Condições do colo o Integridade das membranas o Possibilidade de monitorização fetal o Viabilidade fetal - Viabilidade fetal o Literatura internacional: 24 semanas, 500g o Individualizar para cada serviço - ~ 24-25 semanas - Feto Inviável - preferir via vaginal, independente da apresentação fetal (proteção materna) - Fetos acima da viabilidade: o Apresentação cefálica fletida, independente do peso e IG - via vaginal ▪ Evolução espontânea ▪ Condições materno-fetais boas o Demais situações - cesariana - Parto de indicação materna ou fetal, de fetos < 1500g - cesariana o Riscos da indução > benefícios Cuidados na assistência ao parto prematuro - Dilatação cervical < 10 cm pode permitir a passagem do polo cefálico - Cardiotocografia contínua - Neonatologista na sala de parto - Evitar analgésicos e sedativos - Analgesia de condução - Evitar amniotomia – prevenir infecção e proteger polo cefálico - Episiotomia seletiva (se houver resistência dos tecidos moles maternos) - Evolução espontânea do parto - Clampeamento do cordão – se não houver contra-indicações, aguardar 1 minuto - Cesariana o Histerotomia - decisão no intra- operatório - Na ausência de segmento adequado: segmento- corporal o Delicadeza na extração fetal (incisão adequada) o Tocólise intra-operatória pode ser necessária para facilitar extração fetal o Prematuros extremos - extração empelicada traz benefícios
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