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Beatriz Machado de Almeida - Internato INTRODUÇÃO • Falha na continência urinária. • Perda involuntária de urina. CONTINÊNCIA URINÁRIA 1. Corpo vesical: receptores adrenérgicos e colinérgicos. 2. Colo vesical e uretra: o esfíncter externo da uretra tem controle cortical Receptores vesicais adrenérgicos (a e b) e colinérgicos (m - muscarínicos). • Enchimento: Simpático ativo e parassimpático inativo. ❖ a adrenérgica → contração esfincteriana. ❖ b → relaxa detrusor. • Esvaziamento: simpático inativo e parassimpático ativo. ❖ M2/M3 colinérgicos → contração detrusora. ❖ Para haver o relaxamento esfincteriano, basta não ativar o receptor a. • Simpático → Segurar urina (enchimento). • Parassimpático → Perder urina (esvaziamento). FATORES DE RISCO • Idade avançada. • Diminuição do estrogênio (ex. pós menopausa). • Obesidade. • Doenças crônicas (ex. DPOC, DM). • Cirurgias prévias (ex. histerectomia). • Parto vaginal (lesão de fibra muscular). • Multiparidade. CLÍNICA • Bexiga hiperativa: desejo incontrolável, polaciúria (frequência aumentada durante o dia), noctúria (frequência aumentada à noite). • Incontinências aos esforços: tosse, espirro, ao levantar. Compromete a qualidade de vida. • Perda insensível (incontinência extrauretral): pensar em fístula; cirurgia prévia + perda contínua para vagina. Cistoscopia (vesicovaginal - bexiga) / Urografia excretora (ureterovaginal - ureter). DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO: • Avaliar IMC. • Avaliar prolapso genital. • Fazer teste de esforço: paciente em pé + tosse/manobra de Valsava. EXAMES COMPLEMENTARES: • EAS (urina I) e urinocultura: ITU pode simular incontinência urinária. Avaliar hematúria. • Teste do cotonete / USG: avaliar a mobilidade do colo vesical. • Urodinâmica: Padrão-ouro. Nem sempre é necessário. 3 gráficos (a seguir): ❖ Urofluxometria: esvaziamento inicial. ❖ Cistometria: fase de enchimento: não pode haver: atividade do detrusor, perda de urina, dor. + importante. ❖ Estudo miccional: esvaz. final. P detrusor = P vesical – P abdominal. Incontinência Urinária e Prolapso Beatriz Machado de Almeida - Internato INCONTINÊNCIA DE ESFORÇO • Hipermobilidade vesical: Pressão de perda ao esforço (PPE) >90cm H2O. • Defeito esfincteriano: PPE <60cm H2O. TRATAMENTO CLÍNICO: • Recomendação inicial. • Perda de peso. • Fisioterapia (Kegel, biofeedback). • Farmacológico: Duloxetina e Agonistas alfa- adrenérgicos (aumenta AVE). Muitos efeitos colaterais. CIRÚRGICO: • Hipermobilidade vesical: Burch (já foi cirurgia padrão). Padrão ouro atual é SLING. • Defeito esfincteriano: Padrão ouro SLING (TVT/TOT). Funciona para ambas as causas. BEXIGA HIPERATIVA • Síndrome de urgência e urgeincontinência. TRATAMENTO GERAIS: • Perda de peso. • Diminuição da cafeína e fumo. • Fisioterapia: cinesioterapia e eletroestimulação. FARMACOLÓGICO: • Anticolinérgicos: ❖ (Oxibutinina/Tolterodina/Darifenacina/Solife nacina) ou Imipramina (opção – 2º linha). ❖ Contraindicações: arritmias, glaucoma de ângulo fechado, gestação/lactação. • Agonista B3 adrenérgico: ❖ Mirabegrona. ❖ Vantagem: mesma eficácia e menos efeitos adversos. PROLAPSO APARELHO DE SUSPENSÃO • Ligamentos anteriores: Pubovesicuterinos. • Ligamentos laterais: Cardinais ou Paramétrios. • Ligamentos posteriores: Uterossacros. APARELHO DE SUSTENTAÇÃO • Diafragma pélvico: ❖ Elevador do ânus - principal (puborretal, ileococcígea e pubococcígea) e coccígeo. • Diafragma urogenital. • Fáscia endopélvica. TIPOS DE PROLAPSO UTERINO – PROLAPSO APICAL • Descida do útero da posição normal e, junto com ele, descida do fundo de saco vaginal. • Geralmente acomete mulher com idade mais avançada, a não ser que tenha distúrbio de colágeno. • Tratamento: ❖ Conservador: quando prolapso menor e alto risco cirúrgico. → pessários (empurrar o prolapso pra dentro; técnica que também pode Beatriz Machado de Almeida - Internato ser usada na incontinência urinária) e fisioterapia. ❖ Cirúrgico: Histerectomia vaginal ou cirurgia de Manchester (se desejo reprodutivo ou alto risco cirúrgico; MANchester=MANter o útero). CÚPULA – PROLAPSO APICAL • Pode acontecer pós- histerectomia. • Tratamento: ❖ Se baixo risco cirúrgico: Fixar cúpula vaginal ao promontório ou sacroespinhoso. ❖ Se alto risco cirúrgico: fazer pressário ou colpocleise (Le Fort – fechamento da vagina). Impede atividade sexual. VAGINAL ANTERIOR – CISTOCELE • Diferenciada da retrocele pela passagem do espéculo e compressão das paredes. • 80% defeito lateral da fáscia de suporte. • Cirurgia: Colporrafia (colpoperineoplastia) anterior corrigindo fáscia pubovesicocervical → recidiva considerar uso de tela. VAGINAL POSTERIOR – RETROCELE • Cirurgia: Colporrafia posterior corrigindo a fáscia retovaginal. DEFINIÇÃO DOS PROLAPSOS CLASSIFICAÇÃO POP-Q • Aa e Ba → Parede Anterior. • Ap e Bp → Parede Posterior. • C → Colo ou Cúpula. • D → Fundo de saco de Douglas. Quando a mulher é histerectomizada, ela não tem o ponto D, e o C corresponde a cúpula e não ao colo. • Qualquer letra dessas com: Número negativo → dentro do canal vaginal. Número positivo → além do hímen. ESTADIAMENTO • Estádio I: <-1. • Estádio II: entre -1 e +1. • Estádio III: >= +2, mas não total. • Estádio IV: total.
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